— Eu não sei o que quero... — Disse ela, ofegante, virando de costas.Me aproximei, passando os braços em volta de seu quadril, mordendo os ombros delicados, pousando a cabeça próxima à orelha.— Pelo que vi, Senhorita, você sabe bem o que quer, só tem medo de revelar! — Mordi a ponta e a virei de frente para mim, ela franzia os olhos, tímida. — Deixe-me ajudá-la com isso!— Sr. Morgan, eu já fui muito magoada e machucada... Por favor, não brinque com os meus sentimentos! — Com os olhos marejados, Lis se afastou, indo para o banheiro e fechando a porta.Suspirei, passando as mãos pelas têmporas, e parei atrás da porta fechada do banheiro, dando duas batidas suaves.— Senhorita Elisabeth, não pretendo magoá-la... Por que não me conta o que fizeram com você? — murmurei contra a porta. — E estou pelado em seu quarto. Vai me deixar aqui sozinho? — Brinquei, ouvindo um riso baixo. Lis abriu a porta para me encarar.— Você sempre foi assim? Te conheço há cinco anos e não me parece o mesmo h
— Tudo bem! — Greg respondeu de imediato, adentrando e olhando em volta de todo o apartamento antes de sentar-se no sofá. — Agora descanse, não sairei daqui até o Sr. Morgan retornar.— Ele voltará para cá hoje? — Arregalei os olhos, fechando a porta e trancando-a novamente, abaixando o taco.Greg fez que não com a cabeça.— Senhorita, mas estou encarregado de sua segurança até o retorno dele. Descanse, sei que passará o dia com a sua avó e ela precisa da neta bem! — Ele sorriu, algo raro para aquele homem que vivia com o semblante fechado.— Obrigada. — Sorri de volta, levando o taco comigo para o quarto.O amanhecer logo chegou. Preparei-me e saí para preparar um café da manhã, mas Greg já havia feito e aguardava do lado de fora do apartamento. Tomei o café, passei por ele agradecendo sua vigia e fomos para a casa de repouso. O dia transcorreu tranquilamente, às vezes minha avó lembrava de mim e outras vezes pensava que eu ainda era uma criança.— Querida, você não pode se casar com
— Verdade... — Falei baixo para não o incomodar; ao que parecia, meu chefe estava em um de seus dias de mau humor. Greg guardou nossas malas, sentou-se de frente ao CEO iniciando algumas tratativas. Abri meu notebook, ficando na poltrona ao lado, respondendo os e-mails de suma importância e avaliando o enredo recém-enviado do escritor estrela com a roteirização. Franzi o cenho, pontuando algumas inconsistências de arcos. Todo apontamento era enviado para o Sr. Morgan validar e pensarmos em uma estratégia de melhorias; nossos escritores carregavam o nome da editora SoundStory Press, e isso era muito bem zelado por nós.Iniciamos o voo, a comissária veio passar o cardápio, pegar os pedidos, chegando em frente ao CEO, seus seios saltavam em seu rosto de forma sedutora, carregada com uma voz manhosa para oferecer aperitivos. Morgan parecia impaciente, sendo rude ao afastá-la. Greg fez que não com a cabeça e parecia preocupado.— Só preciso descansar um pouco; fique na companhia da Sra. El
— Patrick! — Exclamei repreensivamente, sentindo a pulsação entre as pernas ansiando por ele. — Podemos manter o profissionalismo nesta viagem?Antes que ele pudesse responder, a comissária retornou com os pedidos e saiu rapidamente. Vi que ela deslizou para a cabine do quarto onde Greg estava, e franzi o cenho, ignorando.— Sabe, há dois quartos neste jato. Não se sente cansada? — O CEO perguntou presunçosamente, pousando sutilmente as mãos sobre meus joelhos, brincando com as unhas, subindo e descendo em minha pele.— Dormi maravilhosamente bem esta noite, Sr. Morgan. Estou bem. — Revirei os olhos, irritada.— Deixe-me reformular, Sra. Elisabeth: Vamos ter uma de nossas aulas. Você pode decidir se inicia aqui ou no quarto. — Patrick se inclinou, desafiando-me em uma disputa de olhares.— Você não ousaria... — Me inclinei para frente. — Não pode me obrigar a participar.— Obrigar, eu? Sou um cavalheiro aprendiz, mas... — Patrick também se inclinou para frente, passando a ponta da lín
Latejando em meu íntimo, era difícil me concentrar em uma desculpa plausível. Minha mente gritava: Porque tenho um ex-noivo psicopata que pode a qualquer momento aparecer e te matar a sangue frio, como fez com o médico da minha avó por ter sido apenas gentil em me dar a notícia sobre seu Alzheimer?— Sou uma pessoa quebrada. O senhor merece alguém à sua altura, e eu não sou essa pessoa! — Respondi por fim, empurrando seus braços para longe. Abri a porta e parei um pouco antes de sair, com os olhos cheios de lágrimas. — Então, por favor, pare de complicar as coisas.Saí finalmente, e Patrick não me seguiu. Peguei a mala e levei-a ao gabinete vazio para trocar de roupa. Sentei-me com um peso no peito que parecia impossível de carregar. Na beira da cama, permiti que o peso do meu coração sobrecarregado transbordasse em lágrimas. Eu poderia ter fugido, mas ainda estava aprisionada ao meu passado e ao causador dos meus traumas, enredada em suas correntes geladas que me puxavam para baixo.
— Nem deve, merece mais. Farei o pedido da forma correta, mas esteja avisada sobre minhas intenções. — Sorri presunçoso quando o carro parou em frente ao luxuoso hotel onde ficaríamos.— A resposta ainda será a mesma! — Ela cerrou os punhos e saiu do carro.— É o que veremos! — Ri baixinho, divertido.Caminhamos para o hotel, deixando Elisabeth ir ao balcão falar sobre a reserva dos quartos.— O que? Isso não está correto... — Contexto Lis com o atendente.Me aproximei tranquilamente.— Há algum problema? — Arqueei as sobrancelhas, passando do balconista para Lis.— Perdão, Senhor Morgan, sua acompanhante está dizendo que fez uma reserva em nome da SoundStory Press para dois quartos presidenciais e um quarto de luxo simples. — Ele explicou nervoso. — Porém, a reserva que tenho em meu sistema é de apenas dois quartos presidenciais, sendo um deles com quarto acoplado de ligação.— Está correto. — Olhei para Lis, chocada.— Não, não está. Não foi isso que reservei... Onde irei dormir? —
— Te vejo mais tarde, Greg... — A mulher falou, sedutora, arrastando a voz. — Cavalheiros, com sua licença.Ela se afastou, nos deixando, e fomos em direção ao restaurante não muito longe dali.— Gosto quando segue meus conselhos, até sua aura está mais leve. — O provoquei, travesso. — Convidei alguns contatos para descobrir exatamente o que está acontecendo.— Minha aura é contaminada por suas malícias. — Retrucou ele. — Não é muito cedo? Devemos seguir o plano traçado.— Receio que tenhamos que acelerar as coisas... — Suspirei, com as mãos trêmulas, pegando a pílula e engolindo em seco. — Quero liberar minhas agendas e aproveitar a companhia da minha convidada ao lado.— Hum... Por que ela não veio? — Greg olhou pelo retrovisor, me encarando, preocupado.— Não faça essa cara feia. — Mostrei a língua para ele, que balançou a cabeça em negativa, rindo. — A pessoa do passado de Lis ainda a aprisiona. Sabia que ela tranca todas as portas, até mesmo a do quarto, antes de dormir, e que do
Ele me encarou, e ergui um dedo para que se calasse.— Vocês têm este contrato em posse para que possamos avaliar em conjunto? — Mantive o tom casual ao voltar a me encostar na cadeira. — Me ofende que tais fofocas estejam circulando por aí, e se for verdade a questão de minha assinatura, teremos um caso de fraude dentro de minha própria indústria.— Se estão fazendo isso com o Senhor, imagina conosco? — Diego franzia o cenho. — O que pretende fazer?— O que faço de melhor, Sr. Diego, derrubar meus inimigos! — Sorri, virando a taça de vinho e me levantando. — Com licença, tenho outro compromisso, mas antes, deixe-me lembrá-los de uma coisa: só firmo parcerias nas quais confio e que confiam em mim. Se duvidaram de minha veracidade por causa de uma estranha, receio que não haja mais interesse da SoundStory Press em seus trabalhos. Aproveitem o jantar, é por nossa conta.— Sr. Morgan, por favor, espere... Não há necessidade de encerrarmos uma parceria de anos. — Eduardo se levantou, mas