Gustavo esperou ansioso pela resposta.
— Amanhã é um outro dia - ela disse, ainda pensativa e levantou o rosto. — Sim... Acho que a gente pode ficar juntos novamente.
Ele ficou tão aliviado com essa resposta que a espremeu entre os braços.
— Obrigado, carinho - alisou seu rosto — Você tirou um peso de cima de meus ombros - sorriu. — Eu estava com receio de que não me aceitasse de volta.
— Eu aceito... Desde que você entenda mesmo que eu não vou mudar meu jeito e nem vou transar com você antes de me sentir confortável e segura, tudo bem? - ergueu a mão — E não venha me acusar de novo de ficar te provo
— Não é bom comer a essa hora, porque já está tarde, mas como é Ano Novo, tudo bem.Já era quase duas horas da madrugada. Desde que saíram da praça e acabaram ali o tempo correu sem nem perceberem. Ela pegou uma torta de chocolate com cobertura de chantilly e cortou uma fatia para cada um. Passou o pratinho com o garfo para ele.— Uau, muito gostosa a torta. Essa foi você quem fez? - mordeu um pedaço.— Foi sim - sorriu por ele ter gostado. — Dessa vez eu não deixei o Bruno fazer as sobremesas. Estava animada e queria ocupar o tempo. Assim passava mais depressa.Ele cobriu e apertou sua mão. Entendeu que ela queria se ocupar para não
Mas não tinha importância, ele poderia repetir depois. Com certeza isso era um indício de que as coisas voltavam a caminhar do jeito certo. Ela não iria relaxar em seus braços se não se sentisse segura.Sorriu sabendo que ela lhe dava mais um voto de confiança. Recostou a cabeça para trás e ficou pensando na noite.Ele acabou adormecendo também enquanto observava as luzes da árvore que piscavam coloridas. Que ele se recordava, essa era a primeira vez em sua vida que se sentia tão bem e relaxado dessa forma. Talvez pelo ambiente quente e aconchegante da sala, pelo sentimento de mais um ano que começava, por ter se aberto com ela. Não sabia bem qual o
Quando Gustavo se mexeu na cama, ele sentiu uma dor fina que vinha de suas costas e descia por suas pernas.— Ah, que merda... - se esticou — Deus... Ai... - espreguiçou devagar o corpo e sentiu outra fisgada.Ele sentou com calma, devagar, mexeu as mãos, os pés, a cabeça. Foi movimentando todo o corpo para esticar os músculos e as articulações. Ele ter passado da hora de tomar o remédio e ainda ficar andando de um lado para outro a noite anterior, prejudicou sua perna e dormir torto no sofá da casa de Beatriz, só fez mal para suas costas. Estava todo dolorido agora.— Nossa, eu par
O homem quis lhe pagar por ter devolvido, mas ele pediu que comprasse um remédio para dor. Explicou o que sentia. O professor foi com ele, comprou o remédio e ainda lhe comprou um lanche depois. Estava envergonhado, é claro, mas não iria negar a ajuda porque estava desesperado com o dente doendo muito.O homem insistiu em levá-lo a um dentista e ele acabou cedendo, indo em uma clínica pública de atendimento para pessoas carentes que não podiam pagar. Fizeram um tratamento e sua boca ficou boa. Depois disso ele nunca mais descuidou dos dentes e fez um tratamento caríssimo logo que pôde pagar.Ele ainda ficou amigo do professor e ia vê-lo na escola sempre que passava por p
Ela não iria mudar seu modo de ser só para agradá-lo. Se iriam ser um casal, poderiam tomar decisões juntos e entrar em acordo sobre certas coisas, mas sobre sexo ela não iria se jogar na cama com ele por mais que estivesse atraída. Antes precisava confiar e se sentir bem para isso. Não queria se arrepender depois, se desse um passo sem pensar só porque queria satisfazê-lo.Pelo menos estavam começando um novo relacionamento, em um novo ano juntos e em acordo com os sentimentos. Tinham conversado bem sobre essas coisas. Ela lhe daria toda atenção possível, mas esperava receber o mesmo. E respeito por seu modo de ser. E mais que isso, queria retribui&ccedi
Gustavo se sentiu realmente bem quando voltou á casa de Beatriz naquele dia primeiro. Os irmãos dela não perguntaram e nem comentaram nada sobre os acontecimentos anteriores a ele ter se afastado e nem se tocou no nome de Margô.Eles almoçaram, conversaram enquanto descansavam e depois foram dar uma olhada na parte do fundo do terreno, onde Bruno mantinha uma plantação pequena de girassóis e uma casinha de madeira, onde ele guardava as ferramentas e servia de depósito para outras tralhas.A casinha estava precisando de uma reforma, nada grande, apenas para melhorar e reforçar a aparência. Eles conversaram um pouco e os irmãos aceitaram que ele comprasse tinta para a madeira e algumas coisas
— Se guardar assim solto, no natal que vem vai estar tudo embolado de novo e vai estragar.— A gente desfaz como sempre... Dãaa....— Vai queimar o pisca, Bruno - Bianca pegou da mão dele.— Então guarda você, chata - fez careta.Foi algo que ele nunca pensou em presenciar e gostou de estar ali dividindo aquele momento íntimo com eles. Se sentia acolhido pela família e passou a retirar com cuidado os enfeites de cima da árvore.— Tem que guardar as partes da árvore com cuidado para não ficarem tortas ou quebrar - Beatriz explicou.— Sim, senhora - el
Essa descoberta ele teve quando estavam na quadra de basquete, vendo o time dela jogar e Bianca ao lado torcendo pelo time contrário. Foi hilário ver as duas lado a lado e Bruno riu tanto que chorou.Foi engraçado demais ver como elas se confrontavam fazendo piadas e ameaçando acabar com a outra por causa do jogo. Não era nada ofensivo, apenas de brincadeira e isso o divertiu bastante.Ficou observando e notou que estava gostando de estar ali. Era uma parte de sua vida que ele nunca tivera antes, mas se sentia grato por poder compartilhar com eles.Uma vez eles quase tiveram um começo de briga por causa de um telefonema que ela recebeu. Foi aí que ele descobriu que ela era ciumenta. E até que gostou da sensação.