O homem quis lhe pagar por ter devolvido, mas ele pediu que comprasse um remédio para dor. Explicou o que sentia. O professor foi com ele, comprou o remédio e ainda lhe comprou um lanche depois.
Estava envergonhado, é claro, mas não iria negar a ajuda porque estava desesperado com o dente doendo muito.
O homem insistiu em levá-lo a um dentista e ele acabou cedendo, indo em uma clínica pública de atendimento para pessoas carentes que não podiam pagar.
Fizeram um tratamento e sua boca ficou boa. Depois disso ele nunca mais descuidou dos dentes e fez um tratamento caríssimo logo que pôde pagar.
Ele ainda ficou amigo do professor e ia vê-lo na escola sempre que passava por p
Ela não iria mudar seu modo de ser só para agradá-lo. Se iriam ser um casal, poderiam tomar decisões juntos e entrar em acordo sobre certas coisas, mas sobre sexo ela não iria se jogar na cama com ele por mais que estivesse atraída. Antes precisava confiar e se sentir bem para isso. Não queria se arrepender depois, se desse um passo sem pensar só porque queria satisfazê-lo.Pelo menos estavam começando um novo relacionamento, em um novo ano juntos e em acordo com os sentimentos. Tinham conversado bem sobre essas coisas. Ela lhe daria toda atenção possível, mas esperava receber o mesmo. E respeito por seu modo de ser. E mais que isso, queria retribui&ccedi
Gustavo se sentiu realmente bem quando voltou á casa de Beatriz naquele dia primeiro. Os irmãos dela não perguntaram e nem comentaram nada sobre os acontecimentos anteriores a ele ter se afastado e nem se tocou no nome de Margô.Eles almoçaram, conversaram enquanto descansavam e depois foram dar uma olhada na parte do fundo do terreno, onde Bruno mantinha uma plantação pequena de girassóis e uma casinha de madeira, onde ele guardava as ferramentas e servia de depósito para outras tralhas.A casinha estava precisando de uma reforma, nada grande, apenas para melhorar e reforçar a aparência. Eles conversaram um pouco e os irmãos aceitaram que ele comprasse tinta para a madeira e algumas coisas
— Se guardar assim solto, no natal que vem vai estar tudo embolado de novo e vai estragar.— A gente desfaz como sempre... Dãaa....— Vai queimar o pisca, Bruno - Bianca pegou da mão dele.— Então guarda você, chata - fez careta.Foi algo que ele nunca pensou em presenciar e gostou de estar ali dividindo aquele momento íntimo com eles. Se sentia acolhido pela família e passou a retirar com cuidado os enfeites de cima da árvore.— Tem que guardar as partes da árvore com cuidado para não ficarem tortas ou quebrar - Beatriz explicou.— Sim, senhora - el
Essa descoberta ele teve quando estavam na quadra de basquete, vendo o time dela jogar e Bianca ao lado torcendo pelo time contrário. Foi hilário ver as duas lado a lado e Bruno riu tanto que chorou.Foi engraçado demais ver como elas se confrontavam fazendo piadas e ameaçando acabar com a outra por causa do jogo. Não era nada ofensivo, apenas de brincadeira e isso o divertiu bastante.Ficou observando e notou que estava gostando de estar ali. Era uma parte de sua vida que ele nunca tivera antes, mas se sentia grato por poder compartilhar com eles.Uma vez eles quase tiveram um começo de briga por causa de um telefonema que ela recebeu. Foi aí que ele descobriu que ela era ciumenta. E até que gostou da sensação.
— E por acaso, isso quer dizer que vai ser meu cunhado? - fez uma cara engraçada.— Estava pensando sobre isso há um tempinho - bateu na perna olhando para o mármore do chão — O que você acha? Eu estou aprovado para o cargo?— Eu? - ele riu — Não acho nada. Desde que minha irmã fique feliz eu fico também. Quem tem que aprovar é ela. Mas admito que gosto dessa ideia - levantou o dedo em riste — Agora eu gosto, antes não.Gustavo riu, ele entendia o que queria dizer e estava tudo bem. Pelo menos ele cuidava da irmã.— Vamos olhar lá atrás - o chamou.
— Não se preocupe. Prefiro assim exagerado, do que o jeito frio e calculista do pessoal da capital. Ninguém se importa com o outro de verdade, só por interesse. Pelo menos aqui se dá para saber quem gosta de você de verdade.— Ainda bem que eu moro aqui em Torres. Acho que não me daria bem morando em um lugar assim, corrido e sem calor humano. Acho estranho não ter contato com pessoas que gosto.Ele sorriu e colocou as compras no carrinho. E foi nesse dia que ele decidiu que compraria um imóvel definitivo para ele e que ela pudesse pensar sério em morar com ele também.Queria se casar com Beatriz. Foi uma surpresa até para ele.
A cicatriz era grande e descia até quase tocar seu peito. Mas ela não pareceu se importar com isso. Apenas o olhou e por um instante observou a cicatriz, mas logo depois sorriu e eles continuaram a mexer na bagunça do quartinho que ela decidiu melhorar para virar um ateliê definitivo para a irmã.Isso lhe deu mais confiança e liberdade com eles. Parou de ter medo dela o achar feio.Era bom ficar ativo e ele estava até desacostumado a fazer trabalhos manuais em casa. Depois que melhorou de vida ele chamava alguém para fazer o serviço e pronto. Não se preocupava com nada. Mas ele estava gostando de participar da vida deles, de se meter nos projetos dos irmãos, de dar opinião.
Gustavo pensou e decidiu conversar com ela sobre seu passado. Já que estava tão envolvido na vida dela, devia isso também. Ele vinha aos poucos revelando uma coisa aqui e outra ali.Bianca e Bruno estava no quarto vendo televisão e eles ficaram na sala, abraçados no sofá. Na televisão passava um programa sobre perguntas e respostas e eles tentavam acertar, dando boas risadas.Ela estava sentada com as pernas dobradas e a cabeça em seu ombro. Ele segurava uma tigela grande cheia de pipoca.— Beatriz... Você me perguntou antes sobre minha vida - começou devagar — Ainda tem vontade de saber?— É claro que tenho - olhou para ele &mda