A cicatriz era grande e descia até quase tocar seu peito. Mas ela não pareceu se importar com isso. Apenas o olhou e por um instante observou a cicatriz, mas logo depois sorriu e eles continuaram a mexer na bagunça do quartinho que ela decidiu melhorar para virar um ateliê definitivo para a irmã.
Isso lhe deu mais confiança e liberdade com eles. Parou de ter medo dela o achar feio.
Era bom ficar ativo e ele estava até desacostumado a fazer trabalhos manuais em casa. Depois que melhorou de vida ele chamava alguém para fazer o serviço e pronto. Não se preocupava com nada.
Mas ele estava gostando de participar da vida deles, de se meter nos projetos dos irmãos, de dar opinião.
Gustavo pensou e decidiu conversar com ela sobre seu passado. Já que estava tão envolvido na vida dela, devia isso também. Ele vinha aos poucos revelando uma coisa aqui e outra ali.Bianca e Bruno estava no quarto vendo televisão e eles ficaram na sala, abraçados no sofá. Na televisão passava um programa sobre perguntas e respostas e eles tentavam acertar, dando boas risadas.Ela estava sentada com as pernas dobradas e a cabeça em seu ombro. Ele segurava uma tigela grande cheia de pipoca.— Beatriz... Você me perguntou antes sobre minha vida - começou devagar — Ainda tem vontade de saber?— É claro que tenho - olhou para ele &mda
— Então, você me aceita assim como eu sou? - piscou e sorriu — Com meu passado feio?— Claro que aceito, desde que você me aceite também. Não vou mudar só porque você quer. Posso fazer uma concessão em algo, mas você também tem que fazer. Se a gente não conversar, os enganos vão continuar a acontecer.— Isso é uma ordem?— Não - franziu o rosto — É só um acordo entre nós. Eu não sei sobre relacionamentos, só o que via com meus pais, mas eles sempre conversavam sobre tudo. Eu quero isso pra mim. Não quero ficar descobrindo coisas aos poucos.— Eu t
Acordar e descobrir que sua cozinha tinha um vazamento era um aborrecimento que Beatriz preferia não ter tido, mas infelizmente estava de pé em uma poça no meio da cozinha.Ela e Bianca acordaram cedo como de costume e tiveram que antes mesmo de preparar algo para comer, fazer a limpeza do piso. Toda a cozinha estava cheia de água e os utensílios embaixo do armário da pia estavam encharcados.Bruno avisou que do lado de fora da cozinha tinha um vazamento também. Algo tinha ocorrido durante a noite que rompera a tubulação. Talvez por ser antiga e com o frio acabou cedendo.Bianca correu e fechou o registro geral da casa para impedir que mais água fosse desperdiçada, mas não poderiam fazer m
— Você poderia ter me dito que estava com problemas, Beatriz. Eu poderia ter chamado uma empresa maior para fazer o trabalho. Tudo ficaria pronto muito mais rápido.— E por que? - cruzou os braços — Arnaldo é um conhecido, é competente e é mais barato do que os outros. Ele vai fazer.— Serviço barato não presta - reclamou.— Você nem o conhece, como pode julgar? - se chateou.Eles estavam falando alto e nem perceberam. Beatriz não tinha gostado de saber que ele se ofereceu para pagar.— Eu não gosto que você fique fazendo tudo sozinha. — Poxa, Gustavo, eu não quis te chatear - ficou intimidada — Só que o problema é algo banal, um encanamento que precisa ser trocado e é problema meu e de meus irmão, nós moramos lá, você não.— Ah, então certo. Agora você definiu bem - apontou — Sou só um visitante ocasional que vai lá para curtir.Ela ficou dura, parada como uma estátua de pedra sentindo que ele realmente estava muito chateado com ela e isso a deixou triste. Não foi essa a intenção, era só costume mesmo.— Eu não... - ela travou — Não queria mesmo...Ele percebeu que tinha reagido de forma alterada e se aproCapítulo 11.2
— Eu quero mudar minha vida e preciso de você ao meu lado para me ajudar nesse caminho - se emocionou também — Sou uma pessoa difícil, mas eu promteo tentar fazer você feliz sempre e cuidar dos seus irmãos como se eles fossem meus também - respirou fundo — Eu te amo! Quer ser minha esposa e me fazer feliz?Ela tentou secar o rosto molhado pelas lágrimas, mas foi em vão porque não conseguia parar de chorar. Fez que sim com a cabeça, entre riso e choro.— Sim? Isso é um sim? Você aceita se casar comigo? - perguntou emocionado.— É claro que é sim - pegou a caixinha e tirou um anel lindo com uma pedra enorme de diamante no meio
Beatriz suspirou abraçada ao peito dele, correndo o dedo em sua barriga ainda trincada, mesmo sem fazer exercícios por muito tempo desde o acidente. Já estava tarde e ela precisava sair e ir para casa, mas não conseguia se mexer, suas pernas não obedeciam e nem tinha vontade de se afastar do calor do corpo dele.Olhou de novo para a pedra do anel de compromisso que ele lhe dera de forma tão inesperada. Foi uma alegria tão grande que ela não conseguiu segurar o choro.Ela se mexeu um pouco e ele a apertou. Estava gostando dessa sensação de ficar ali, agarrada a ele. Sua mente não parava de pensar no que tinha acontecido horas antes.Do pedido de
Ele a acariciou um pouco mais e a deixou bem molhada para receber seu pênis. Sabia que a primeira vez poderia ser ruim e não queria que ela acabasse desistindo, nem que ficasse arrependida.Ele não iria suportar ficar pela metade. Estava querendo estar assim com ela desde que haviam se acertado. E agora já tinhm dado um passo maior.Ele foi para cima dela e se beijaram. Dava para sentir que ela estava trêmula e ainda ansiosa, mas ele também estava. Ele se ajeitou por cima dela e encostou o pênis na entrada devagar. Levantou a cabeça e a encarou respirando pesado.— Tudo bem mesmo? - perguntou receoso.— Sim... Tudo bem - murmurou ansiosa pelo que viria.
Último capítulo