Capítulo 12 – Planejando uma festa

MANDY

Não vi motivo para cancelar meus estudos no período da tarde, com Mark. Eu estava me sentindo completamente bem, mas ele demonstrou tanto carinho por mim.

Ele fechou os livros e disse que eu deveria descansar. Eu concordei, mas pedi a ele para ficar e conversar comigo. Ele aceitou e me pediu para lhe contar todos os acontecimentos em detalhes. Estávamos curtindo esta oportunidade, quando minha mãe interrompeu gentilmente:

— Mandy, só uma pergunta rápida. Você prefere velas ou flores para as peças centrais da sua festa?

— Flores, mãe.

— OK. Mais tarde você escolherá quais. Temos tempo suficiente. É só que alguns fornecedores pedem um depósito e eu quero ter certeza de que tudo ficará perfeito. A propósito, Mark, você já está convidado.

— Vai haver uma festa?

— Sim. Ela completa dezesseis anos. A festa será no Hotel 5 Comets. O salão de baile deles é lindo. - Em seguida, mamãe sai, enviando mensagens de texto em seu telefone.

Estou um pouco envergonhado de ser o centro das atenções. De novo.

— Você quer que eu vá, Mandy? - Ele percebe que estou tímida.

— Claro, eu quero que você vá, Mark. Só não tinha mencionado antes, porque ainda faltam dois meses. Até mesmo os convites não estão prontos ainda.

— Porque talvez sua mãe estivesse apenas sendo educada.

— Pelo contrário, nós duas queremos que você vá. E se você não acha que sou muito atrevida, queria pedir para você seria meu parceiro na cerimônia.

— Claro, Mandy, é um prazer.

Eu estava meio que reluzindo quando ele saiu.

Mas não durou muito. No dia seguinte, eu o vi conversando com Steph na escola e os dois pareciam muito sérios. Eu me aproximei deles sem nenhuma preocupação, afinal ela é minha melhor amiga e ele é meu paquera.

Mas eles pararam de falar imediatamente e ele saiu com pressa. — O que foi isso, Steph?

— Nada de mais. Algo sobre o carro dele. - E ela mudou rapidamente de assunto.

Foi quando comecei a ficar desconfiada. SEU CARRO??? Quer dizer, Steph não entende nada de carros. E tenho certeza disso, porque nem eu entendo de carros.

No dia seguinte, ela estava enviando tantas mensagens de texto durante o almoço que fiquei curiosa novamente. Eu não estava pensando em Mark naquele momento, porque confio em Steph, mas imaginei que era algo importante, porque ela estava tão concentrada nisso.

Quando eu finalmente perguntei, ela disse que Charlie estava sendo bobo. Mas eu tinha certeza que vi a foto do Mark na tela do celular dela.

Tive dificuldade em adormecer naquela noite. Quer dizer, meus sentimentos por Mark eram reais e Steph sabia disso.

Além disso, ela tinha sua própria paixão, seu vizinho Frank.

Minha imaginação superativa, não ia conseguir levar a melhor. Eu estava decidida.

Mas, Steph lançou uma bomba no dia seguinte. Ela não ia pegar carona na na limusine. Ela disse que tinha algo a fazer, com Charlie.

Por acaso, eu vi Charlie sozinho em seu carro, enquanto a limusine passava por ele.

Então, vi o carro do Mark à distância e tomei uma decisão difícil:

— Por favor, Trevor, siga aquele carro. Mas você pode ser discreto? Tanto quanto é possível, com uma limusine?

— Claro, senhorita Hills. Vou manter uma distância segura. - Seus olhos mostraram humor.

Eu estava com o coração em minhas mãos. Comecei a suar muito. ‘Talvez eu deva ir para casa’, pensei.

Quer dizer, sempre que eu estava em uma missão, sobre qualquer paquera, Steph estava ao meu lado.

Quando decidi que não conseguia encarar a verdade e já ia desistir, Trevor me disse que Mark havia entrado no estacionamento do Shopping Center.

Pedi a ele que estacionasse atrás de outros carros e longe de Mark. Sim. Eu iria enfrentar isso. Olhei atentamente, enquanto Mark e Steph saíam do carro e caminhavam alegremente, para o saguão de entrada.

Meu coração pulou uma batida.

Eu estava vendo os dois conversando e rindo, mas parecia câmera lenta para mim. Eles não ficaram desconfiados e nem mesmo olharam na minha direção. Eu estava tão confusa.

Talvez eu tenha forçado uma intimidade com Mark, que ele não estava pronto para ter. Falando sobre nossas famílias e mais ainda, convidando Mark para ser meu par na festa.

Com certeza ele queria alguém menos sério, menos dramático, sem acidentes, limusines e mães ninja.

Eu não tinha percebido isso, mas tenho certeza que é porque estava fantasiando demais.

— O que você quer fazer agora, Srta. Hills? - Trevor me acordou de meus pensamentos tristes.

— Espere aqui, por favor.

É isso. Resolvi enfrentá-los, afinal não sou covarde. Quer dizer, eu fingiria que acabei de encontrá-los. Então, eles poderiam me dizer a verdade e todos seguiriam em frente.

Pensando bem, ele não era realmente meu namorado.

Eu os encontrei olhando para a vitrine de uma loja de presentes e conversando.

Fui andando direto para eles, como se tivesse acabado de perceber sua presença, pronta para falar sobre nosso falso ‘encontro casual’.

Eu ainda não estava muito perto, quando eles se viraram e me viram. Eles se deram as mãos e correram.

Sim.

Eles jogaram aquela bomba em mim.

Minha melhor amiga e meu paquera acabaram de fugir de mim.

Oh, Steph, que faca você colocou no meu coração, minha amiga.

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