MANDY
Não vi motivo para cancelar meus estudos no período da tarde, com Mark. Eu estava me sentindo completamente bem, mas ele demonstrou tanto carinho por mim.
Ele fechou os livros e disse que eu deveria descansar. Eu concordei, mas pedi a ele para ficar e conversar comigo. Ele aceitou e me pediu para lhe contar todos os acontecimentos em detalhes. Estávamos curtindo esta oportunidade, quando minha mãe interrompeu gentilmente:
— Mandy, só uma pergunta rápida. Você prefere velas ou flores para as peças centrais da sua festa?
— Flores, mãe.
— OK. Mais tarde você escolherá quais. Temos tempo suficiente. É só que alguns fornecedores pedem um depósito e eu quero ter certeza de que tudo ficará perfeito. A propósito, Mark, você já está convidado.
— Vai haver uma festa?
— Sim. Ela completa dezesseis anos. A festa será no Hotel 5 Comets. O salão de baile deles é lindo. - Em seguida, mamãe sai, enviando mensagens de texto em seu telefone.
Estou um pouco envergonhado de ser o centro das atenções. De novo.
— Você quer que eu vá, Mandy? - Ele percebe que estou tímida.
— Claro, eu quero que você vá, Mark. Só não tinha mencionado antes, porque ainda faltam dois meses. Até mesmo os convites não estão prontos ainda.
— Porque talvez sua mãe estivesse apenas sendo educada.
— Pelo contrário, nós duas queremos que você vá. E se você não acha que sou muito atrevida, queria pedir para você seria meu parceiro na cerimônia.
— Claro, Mandy, é um prazer.
Eu estava meio que reluzindo quando ele saiu.
Mas não durou muito. No dia seguinte, eu o vi conversando com Steph na escola e os dois pareciam muito sérios. Eu me aproximei deles sem nenhuma preocupação, afinal ela é minha melhor amiga e ele é meu paquera.
Mas eles pararam de falar imediatamente e ele saiu com pressa. — O que foi isso, Steph?
— Nada de mais. Algo sobre o carro dele. - E ela mudou rapidamente de assunto.
Foi quando comecei a ficar desconfiada. SEU CARRO??? Quer dizer, Steph não entende nada de carros. E tenho certeza disso, porque nem eu entendo de carros.
No dia seguinte, ela estava enviando tantas mensagens de texto durante o almoço que fiquei curiosa novamente. Eu não estava pensando em Mark naquele momento, porque confio em Steph, mas imaginei que era algo importante, porque ela estava tão concentrada nisso.
Quando eu finalmente perguntei, ela disse que Charlie estava sendo bobo. Mas eu tinha certeza que vi a foto do Mark na tela do celular dela.
Tive dificuldade em adormecer naquela noite. Quer dizer, meus sentimentos por Mark eram reais e Steph sabia disso.
Além disso, ela tinha sua própria paixão, seu vizinho Frank.
Minha imaginação superativa, não ia conseguir levar a melhor. Eu estava decidida.
Mas, Steph lançou uma bomba no dia seguinte. Ela não ia pegar carona na na limusine. Ela disse que tinha algo a fazer, com Charlie.
Por acaso, eu vi Charlie sozinho em seu carro, enquanto a limusine passava por ele.
Então, vi o carro do Mark à distância e tomei uma decisão difícil:
— Por favor, Trevor, siga aquele carro. Mas você pode ser discreto? Tanto quanto é possível, com uma limusine?
— Claro, senhorita Hills. Vou manter uma distância segura. - Seus olhos mostraram humor.
Eu estava com o coração em minhas mãos. Comecei a suar muito. ‘Talvez eu deva ir para casa’, pensei.
Quer dizer, sempre que eu estava em uma missão, sobre qualquer paquera, Steph estava ao meu lado.
Quando decidi que não conseguia encarar a verdade e já ia desistir, Trevor me disse que Mark havia entrado no estacionamento do Shopping Center.
Pedi a ele que estacionasse atrás de outros carros e longe de Mark. Sim. Eu iria enfrentar isso. Olhei atentamente, enquanto Mark e Steph saíam do carro e caminhavam alegremente, para o saguão de entrada.
Meu coração pulou uma batida.
Eu estava vendo os dois conversando e rindo, mas parecia câmera lenta para mim. Eles não ficaram desconfiados e nem mesmo olharam na minha direção. Eu estava tão confusa.
Talvez eu tenha forçado uma intimidade com Mark, que ele não estava pronto para ter. Falando sobre nossas famílias e mais ainda, convidando Mark para ser meu par na festa.
Com certeza ele queria alguém menos sério, menos dramático, sem acidentes, limusines e mães ninja.
Eu não tinha percebido isso, mas tenho certeza que é porque estava fantasiando demais.
— O que você quer fazer agora, Srta. Hills? - Trevor me acordou de meus pensamentos tristes.
— Espere aqui, por favor.
É isso. Resolvi enfrentá-los, afinal não sou covarde. Quer dizer, eu fingiria que acabei de encontrá-los. Então, eles poderiam me dizer a verdade e todos seguiriam em frente.
Pensando bem, ele não era realmente meu namorado.
Eu os encontrei olhando para a vitrine de uma loja de presentes e conversando.
Fui andando direto para eles, como se tivesse acabado de perceber sua presença, pronta para falar sobre nosso falso ‘encontro casual’.
Eu ainda não estava muito perto, quando eles se viraram e me viram. Eles se deram as mãos e correram.
Sim.
Eles jogaram aquela bomba em mim.
Minha melhor amiga e meu paquera acabaram de fugir de mim.
Oh, Steph, que faca você colocou no meu coração, minha amiga.
MANDYAi, o amor não correspondido. Isso realmente dói.Não consegui esconder. Chorei na frente do motorista, chorei na frente da mamãe e chorei na frente do espelho.Eu me sentia duplamente traída, por Mark e por Steph.Mamãe me permitiu 20 minutos soluçando sozinha no banheiro, então ela bateu na porta:— Mandy, eu realmente vou te dar espaço se é isso que você quer. Mas estou aqui com os meus braços de mãe, prontos para te abraçar.Eu escolhi essa opção. Abri a porta e voei para os braços dela. Ela acariciou meu cabelo e eu contei tudo o que aconteceu. Surpreendentemente, ela não entrou em seu modo operacional ninja, ameaçando matar todos.Foi bom me abrir com a mamãe. Além disso, já há segredos suficientes. Talvez tivesse aliviado minha dor, se Steph tivesse me prepar
MANDYQuando decidi não ir à escola por uma semana, meu telefone teve uma explosão de mensagens e ligações não atendidas, já no primeiro dia.Por isso achei melhor mandar uma mensagem para o grupo de amigos da escola, dizendo que estava de folga durante a semana e que os veria na próxima segunda-feira. É engraçado como esse grupo incluía Steph e Mark.Acrescentei que era devido a uma forte dor de cabeça e à necessidade de descansar mais.E então desliguei o telefone.Se eu pudesse desligar minha mente. Continuei me lembrando dos laços que tive com Steph desde a infância. Nossas chamadas ‘missões’ começaram aos nove anos de idade, quando notamos os meninos pela primeira vez. Foi tudo muito inocente, mas nos deu alguns desafios e muita diversão. A primeira vez, foi quando Hiroshi, um estudante de intercâ
MANDYFiquei muito emocionada, quando de fato ganhei meu primeiro milhão de dólares, com investimentos no mercado de ações. E o dinheiro era meu. Foi inacreditável.Verifiquei com George, porque o sr. Boss o instruiu a me ajudar com dúvidas e quaisquer outros assuntos.— Eu não tinha dez mil dólares para começar, então estou investindo para a empresa, certo?— Não, neste caso. Você está investindo para si mesma. Veja, graças à generosidade do sr. Boss, a equipe de ‘projetos de alto nível’ recebe essa quantia para investir para si próprios. É um benefício e um incentivo. Ele diz que se as pessoas não gostam e não sabem investir para si, como podem trazer lucro para a empresa?— É o melhor lugar do mundo para trabalhar, George.— Não para todos, Mandy
Jornal da ManhãQuando Carol viu uma foto de Arthur Boss na primeira página do jornal de domingo, ela quase caiu da cadeira.Ela leu avidamente, o seguinte: ‘A atriz de Hollywood Elizabeth Lizabeth Beth, com seu namorado, o bilionário magnata das finanças Arthur Boss, têm o prazer de convidar pessoas de todo o mundo para o lançamento de seu novo filme.’ Agora ela estava pálida e Mandy perguntou o que havia de errado.— Esses idiotas do jornal. Eles brincaram com as palavras e por um momento pensei que fosse o anúncio do noivado de Arthur.— Não acredito. Deixe-me ver.Carol bebe um pouco de água, enquanto Mandy lê.— É apenas um filme bobo, mãe.— Eu entendi, agora. Mesmo assim, diz que ela é a namorada dele.— Ah, mãe, que coisa chata.— Não se pre
MANDYComo minha mãe decidiu correr antes do anoitecer, eu estava organizando minhas coisas, para a escola no dia seguinte.Eu temia aquela segunda-feira, mas estava chegando. Com esse pensamento desagradável, ouvi a campainha tocar e então, ela estava à minha porta, a própria Steph.Bem, talvez fosse melhor acabar logo com isso.— Entre, Steph.— Ai, Mandy, desculpe por passar por aqui sem avisar, mas eu estava tão preocupada que não podia esperar até amanhã. Tenho tentado falar com você, mas há algo errado com seu telefone. E eu enviei uma tonelada de mensagens.Percebi seu nervosismo, porque ela falava sem parar e estava quase sem fôlego.— Como você está se sentindo, Mandy?— Eu me sinto melhor, obrigada. Mas achei que você não queria falar comigo.— Por quê?— V
MANDYDe repente, eu estava ansiosa pela segunda-feira. Quase não consegui dormir. Levantei-me uma vez para visitar a fileira de vasos de flores que Mark tinha me mandado. Cheguei à escola com Steph e Charlie, já que insisti em devolver a limusine para o sr. Boss.Mark veio nos encontrar no meio do caminho, no estacionamento. Ele parecia aliviado por me ver bem. Antes de qualquer palavra, ele apenas me abraçou. Na frente de todos. Isso fez maravilhas para curar minhas inseguranças.— Você está bem?— Sim.— Eu estava tão preocupada, Mandy. Você não tem ideia. (agora isso, era música para meus ouvidos. Ok, eu não queria que ele sofresse nem nada, mas mostrou que ele se importava comigo.)Charlie e Steph nos deixaram sozinhos. Mark estava segurando minha mão agora. Eu disse:— Minha mãe quis que eu fizesse mais testes.
MARKEu me sinto muito sortudo por fazer parte da vida de Mandy. Não sei porque ela me escolheu, quer dizer, não tem nada de especial em mim. E tudo é cheio de vida e lindo ao seu redor. Eu não me refiro apenas a limusines e helicópteros. É mais do que coisas materiais.Ela pode fazer você se sentir bem, mesmo se você estiver andando de bicicleta velha. É ela mesma que acrescenta valor às coisas, e não o contrário.Ficou muito claro para mim quando Mandy me convidou para acompanhá-la ao orfanato Dom Bosco. Acontece que ela vai lá, todos os últimos domingos do mês.Lá vivem 46 órfãos e ela interage com eles. Mandy faz trabalho voluntário, como descobri.— Eu faço principalmente jogos ao ar livre, com eles. Então, nós exercitamos e praticamos matemática. - Ela me explicou docemente.
SR. BOSS— Queriiiido, senti tanto a sua falta. - Elizabeth disse isso, enquanto me abraçava em um gesto teatral. Já que estávamos sozinhos em seu apartamento, eu era uma espécie de audiência para ela.Ela realmente não sentia o momento, ela estava mais interessada em ler a reação no meu rosto. É como se me apresentasse sua grandeza e esperasse aplausos ou talvez um casaco de vison.Eu não ligava para isso antes, mas hoje ela estava me irritando:— Elizabeth, precisamos conversar.— Oh. - Ela chacoalhou a cabeça, balançando o cabelo na minha frente. Ainda me segurando, como um polvo. Quer dizer, ela estava até suando um pouco e eu senti como se ela estivesse tentando grudar em mim.— Você vai se ajoelhar, então? - Ela disse em uma voz rouca.— Não. Vamos apenas nos sentar.Parece que ela es