Jornal da Manhã
Quando Carol viu uma foto de Arthur Boss na primeira página do jornal de domingo, ela quase caiu da cadeira.
Ela leu avidamente, o seguinte: ‘A atriz de Hollywood Elizabeth Lizabeth Beth, com seu namorado, o bilionário magnata das finanças Arthur Boss, têm o prazer de convidar pessoas de todo o mundo para o lançamento de seu novo filme.’ Agora ela estava pálida e Mandy perguntou o que havia de errado.
— Esses idiotas do jornal. Eles brincaram com as palavras e por um momento pensei que fosse o anúncio do noivado de Arthur.
— Não acredito. Deixe-me ver.
Carol bebe um pouco de água, enquanto Mandy lê.
— É apenas um filme bobo, mãe.
— Eu entendi, agora. Mesmo assim, diz que ela é a namorada dele.
— Ah, mãe, que coisa chata.
— Não se preocupe Mandy. Não é como se estivéssemos juntos ou algo assim.
— Tal mãe tal filha, certo?
— O que você quer dizer?
— Bem, mãe, nós duas presumimos que alguém gostava mais de nós, do que era verdade.
— Sim. É mesmo engraçado, né? – Ela diz isso, mas Carol não tinha cara de feliz. Ficou bem desapontada.
— Acho que vou apenas seguir o seu exemplo e me manter ocupada, Mandy.
— Bem pensado, mãe. Vou tomar um banho e acompanhá-la em qualquer atividade que você escolher.
— Obrigada, querida.
Quando a campainha da porta começa a tocar insistentemente, Carol vai atendr. Ela fica surpresa ao ver Arthur. Confusa, ela simplesmente o deixa entrar.
— Nem me incomodei em ligar, Carol. Decidi vir pessoalmente. — Eu não quero falar com você, Arthur.
— E por que isso, Carol?
— Porque você tem uma namorada.
— Sim, eu tenho uma namorada. Por que você acha que eu ainda não convidei você para um encontro romântico?
— E ainda por cima, ela é uma estrela de cinema. - Carol disse acusadoramente, como se Elizabeth fosse uma assassina em série. - Eu vi vocês dois no jornal desta manhã.
— Eu imaginei que isso pudesse acontecer, quando também vi o jornal. É por isso que vim falar com você.
— Você deveria ter me contado.
— Sim eu deveria. É que eu não tive muita chance, já que metade das vezes que nos encontamos, você estava ocupada me odiando. - E isso era absolutamente verdade. - Vou terminar com ela, Carol. Deve ser óbvio para você agora. Estou interessado em você. Mas sou solteiro e já tive namoradas antes, inclusive Elizabeth.
— Não me dê uma lista.
— Vamos Carol, seja razoável. Ela está na Europa gravando um filme, no momento. Mas logo ela estará de volta para lançar o filme. Por isso, a foto saiu no jornal hoje. Eles estão começando algum tipo de promoção do filme. Não é uma foto recente, é do seu acervo pessoal.
Carol tinha imaginado isso. Eles estavam em alguma montanha, praticando esqui. Arthur continuou:
— Estou pedindo que você seja paciente e não desista de mim, Carol.
— Senão?
— Senão eu vou apenas terminar por telefone. Ou talvez faça uma viagem rápida até lá.
— Não faça isso. - Quando ela mostra essa reação de ciúme, ele se sente mais confiante.
— Ok. Então, esperamos. Mas continuamos nos vendo como amigos, concorda? Para nos conhecermos melhor. E porque sinto sua falta, quando nos separamos. - Ele estava tão fofo aos olhos dela agora, dizendo isso. Ele acrescenta:
— Promete não manter distância? Por favor?
— Eu não vou desaparecer no ar agora, vou?
Ela finge estar brava, mas seus olhos mostram o contrário. Eles pedem a Mandy que se junte a eles e saem para almoçar. Mandy fica feliz porque eles resolveram as coisas e ainda têm uma chance no amor.
MANDYComo minha mãe decidiu correr antes do anoitecer, eu estava organizando minhas coisas, para a escola no dia seguinte.Eu temia aquela segunda-feira, mas estava chegando. Com esse pensamento desagradável, ouvi a campainha tocar e então, ela estava à minha porta, a própria Steph.Bem, talvez fosse melhor acabar logo com isso.— Entre, Steph.— Ai, Mandy, desculpe por passar por aqui sem avisar, mas eu estava tão preocupada que não podia esperar até amanhã. Tenho tentado falar com você, mas há algo errado com seu telefone. E eu enviei uma tonelada de mensagens.Percebi seu nervosismo, porque ela falava sem parar e estava quase sem fôlego.— Como você está se sentindo, Mandy?— Eu me sinto melhor, obrigada. Mas achei que você não queria falar comigo.— Por quê?— V
MANDYDe repente, eu estava ansiosa pela segunda-feira. Quase não consegui dormir. Levantei-me uma vez para visitar a fileira de vasos de flores que Mark tinha me mandado. Cheguei à escola com Steph e Charlie, já que insisti em devolver a limusine para o sr. Boss.Mark veio nos encontrar no meio do caminho, no estacionamento. Ele parecia aliviado por me ver bem. Antes de qualquer palavra, ele apenas me abraçou. Na frente de todos. Isso fez maravilhas para curar minhas inseguranças.— Você está bem?— Sim.— Eu estava tão preocupada, Mandy. Você não tem ideia. (agora isso, era música para meus ouvidos. Ok, eu não queria que ele sofresse nem nada, mas mostrou que ele se importava comigo.)Charlie e Steph nos deixaram sozinhos. Mark estava segurando minha mão agora. Eu disse:— Minha mãe quis que eu fizesse mais testes.
MARKEu me sinto muito sortudo por fazer parte da vida de Mandy. Não sei porque ela me escolheu, quer dizer, não tem nada de especial em mim. E tudo é cheio de vida e lindo ao seu redor. Eu não me refiro apenas a limusines e helicópteros. É mais do que coisas materiais.Ela pode fazer você se sentir bem, mesmo se você estiver andando de bicicleta velha. É ela mesma que acrescenta valor às coisas, e não o contrário.Ficou muito claro para mim quando Mandy me convidou para acompanhá-la ao orfanato Dom Bosco. Acontece que ela vai lá, todos os últimos domingos do mês.Lá vivem 46 órfãos e ela interage com eles. Mandy faz trabalho voluntário, como descobri.— Eu faço principalmente jogos ao ar livre, com eles. Então, nós exercitamos e praticamos matemática. - Ela me explicou docemente.
SR. BOSS— Queriiiido, senti tanto a sua falta. - Elizabeth disse isso, enquanto me abraçava em um gesto teatral. Já que estávamos sozinhos em seu apartamento, eu era uma espécie de audiência para ela.Ela realmente não sentia o momento, ela estava mais interessada em ler a reação no meu rosto. É como se me apresentasse sua grandeza e esperasse aplausos ou talvez um casaco de vison.Eu não ligava para isso antes, mas hoje ela estava me irritando:— Elizabeth, precisamos conversar.— Oh. - Ela chacoalhou a cabeça, balançando o cabelo na minha frente. Ainda me segurando, como um polvo. Quer dizer, ela estava até suando um pouco e eu senti como se ela estivesse tentando grudar em mim.— Você vai se ajoelhar, então? - Ela disse em uma voz rouca.— Não. Vamos apenas nos sentar.Parece que ela es
CAROLEntão, aqui estou eu, no meu primeiro encontro com Arthur. Ele fica tão bonito em seu blazer azul escuro e jeans. Oh nossa, e ele cheira tão bem.Chegamos a um restaurante muito chique e fomos recebidos na entrada por um anfitrião verdadeiramente educado.Arthur havia reservado a melhor mesa, perto da janela, e a vista era esplêndida. Fiquei encantada com ele. Ele sugeriu alguns pratos, mas insistiu que a decisão final era minha.Eu amo isso em um cara. Já aconteceu comigo antes, de estar com vontade de carne, por exemplo, e o cara pedindo peixe para mim.Tratando-me como um ser inferior, em intelecto ou capacidade de decisão.Mas não Arthur. Ele é tão perfeito. Ele me tratou com atenção e carinho. Ele notava para onde eu olhava, ouviu atento o que falei e explorou minhas ideias.Ele estava viajando em minha personalidade e eu estava comple
MANDYAntes da nossa chegada na festa, o helicóptero fez um tour pela cidade. Foi tão bonito. Lá de cima tudo ficou diferente e maravilhoso.A arquitetura da cidade fazia um desenho aleatório que foi surpreendente. Natureza e cimento em cooperação para criar beleza aos nossos olhos.Mark, Steph, Charlie, Arthur e minha mãe foram comigo. As pessoas mais queridas do mundo, para mim.Claro, eu também amo meus avós, mas eles são do interior, e eu entendi que eles não iriam viajar tão longe, só para uma festa de adolescentes. Muito barulho e agitação, para dizer o mínimo.Então, neste helicóptero, meu coração não conseguia desacelerar. Olhava pela janela e depois fitava meus entes queridos, com o mesmo entusiasmo.Quer dizer, essas pessoas se reuniram em um esforço para me fazer feliz. Eu me sen
CAROLMesmo quando eu tinha os sonhos mais extraordinários para o futuro da minha filha, nunca a imaginei como parte do mundo dos magnatas. Mandy superou minhas expectativas. Estou tão orgulhosa dela que sinto que poderia explodir de alegria.E Arthur parece estar encantado com as capacidades dela também. Quando conversamos sobre Mandy, ele me disse que ela tinha um raro dom para a matemática, combinado com uma personalidade empreendedora. Como ele me explicou, algumas pessoas, embora sejam excelentes em matemática, não conseguem ganhar nem mesmo um dólar com isso. Outros trabalham com negócios, mas não têm visão clara e capacidade de investir.E eu disse a ele que meu objetivo principal era ter uma filha saudável e feliz. Já que psicólogos e conselheiros me disseram que Mandy tinha um QI alto, que lhe conferia capacidades excepcionais, fiz questão de observar
MANDYFoi uma grande surpresa saber que Arthur dera um restaurante lindo e sofisticado para minha mãe. Isso colocou Steph e eu em movimento.É o sonho de infância da minha melhor amiga ser uma cantora famosa. Sim, uma estrela pop. Ela tem a melhor voz do mundo e escreve suas próprias letras.Então, perguntamos à mamãe se Steph poderia se apresentar no restaurante, nas noites de sábado. Mamãe achou uma ótima ideia, porque todo mundo gosta de música ao vivo, mas pediu que escolhêssemos melodias suaves, para que as pessoas pudessem curtir enquanto conversavam.Começamos os ensaios imediatamente. Mark e Charlie também participaram com sugestões e incentivos.Charlie encontrou um pianista que poderia acompanhá-la em algumas apresentações previamente combinadas. Foi perfeito.Steph levou muito a sério, porque era o son