MARK
Eu me sinto muito sortudo por fazer parte da vida de Mandy. Não sei porque ela me escolheu, quer dizer, não tem nada de especial em mim. E tudo é cheio de vida e lindo ao seu redor. Eu não me refiro apenas a limusines e helicópteros. É mais do que coisas materiais.
Ela pode fazer você se sentir bem, mesmo se você estiver andando de bicicleta velha. É ela mesma que acrescenta valor às coisas, e não o contrário.
Ficou muito claro para mim quando Mandy me convidou para acompanhá-la ao orfanato Dom Bosco. Acontece que ela vai lá, todos os últimos domingos do mês.
Lá vivem 46 órfãos e ela interage com eles. Mandy faz trabalho voluntário, como descobri.
— Eu faço principalmente jogos ao ar livre, com eles. Então, nós exercitamos e praticamos matemática. - Ela me explicou docemente.
SR. BOSS— Queriiiido, senti tanto a sua falta. - Elizabeth disse isso, enquanto me abraçava em um gesto teatral. Já que estávamos sozinhos em seu apartamento, eu era uma espécie de audiência para ela.Ela realmente não sentia o momento, ela estava mais interessada em ler a reação no meu rosto. É como se me apresentasse sua grandeza e esperasse aplausos ou talvez um casaco de vison.Eu não ligava para isso antes, mas hoje ela estava me irritando:— Elizabeth, precisamos conversar.— Oh. - Ela chacoalhou a cabeça, balançando o cabelo na minha frente. Ainda me segurando, como um polvo. Quer dizer, ela estava até suando um pouco e eu senti como se ela estivesse tentando grudar em mim.— Você vai se ajoelhar, então? - Ela disse em uma voz rouca.— Não. Vamos apenas nos sentar.Parece que ela es
CAROLEntão, aqui estou eu, no meu primeiro encontro com Arthur. Ele fica tão bonito em seu blazer azul escuro e jeans. Oh nossa, e ele cheira tão bem.Chegamos a um restaurante muito chique e fomos recebidos na entrada por um anfitrião verdadeiramente educado.Arthur havia reservado a melhor mesa, perto da janela, e a vista era esplêndida. Fiquei encantada com ele. Ele sugeriu alguns pratos, mas insistiu que a decisão final era minha.Eu amo isso em um cara. Já aconteceu comigo antes, de estar com vontade de carne, por exemplo, e o cara pedindo peixe para mim.Tratando-me como um ser inferior, em intelecto ou capacidade de decisão.Mas não Arthur. Ele é tão perfeito. Ele me tratou com atenção e carinho. Ele notava para onde eu olhava, ouviu atento o que falei e explorou minhas ideias.Ele estava viajando em minha personalidade e eu estava comple
MANDYAntes da nossa chegada na festa, o helicóptero fez um tour pela cidade. Foi tão bonito. Lá de cima tudo ficou diferente e maravilhoso.A arquitetura da cidade fazia um desenho aleatório que foi surpreendente. Natureza e cimento em cooperação para criar beleza aos nossos olhos.Mark, Steph, Charlie, Arthur e minha mãe foram comigo. As pessoas mais queridas do mundo, para mim.Claro, eu também amo meus avós, mas eles são do interior, e eu entendi que eles não iriam viajar tão longe, só para uma festa de adolescentes. Muito barulho e agitação, para dizer o mínimo.Então, neste helicóptero, meu coração não conseguia desacelerar. Olhava pela janela e depois fitava meus entes queridos, com o mesmo entusiasmo.Quer dizer, essas pessoas se reuniram em um esforço para me fazer feliz. Eu me sen
CAROLMesmo quando eu tinha os sonhos mais extraordinários para o futuro da minha filha, nunca a imaginei como parte do mundo dos magnatas. Mandy superou minhas expectativas. Estou tão orgulhosa dela que sinto que poderia explodir de alegria.E Arthur parece estar encantado com as capacidades dela também. Quando conversamos sobre Mandy, ele me disse que ela tinha um raro dom para a matemática, combinado com uma personalidade empreendedora. Como ele me explicou, algumas pessoas, embora sejam excelentes em matemática, não conseguem ganhar nem mesmo um dólar com isso. Outros trabalham com negócios, mas não têm visão clara e capacidade de investir.E eu disse a ele que meu objetivo principal era ter uma filha saudável e feliz. Já que psicólogos e conselheiros me disseram que Mandy tinha um QI alto, que lhe conferia capacidades excepcionais, fiz questão de observar
MANDYFoi uma grande surpresa saber que Arthur dera um restaurante lindo e sofisticado para minha mãe. Isso colocou Steph e eu em movimento.É o sonho de infância da minha melhor amiga ser uma cantora famosa. Sim, uma estrela pop. Ela tem a melhor voz do mundo e escreve suas próprias letras.Então, perguntamos à mamãe se Steph poderia se apresentar no restaurante, nas noites de sábado. Mamãe achou uma ótima ideia, porque todo mundo gosta de música ao vivo, mas pediu que escolhêssemos melodias suaves, para que as pessoas pudessem curtir enquanto conversavam.Começamos os ensaios imediatamente. Mark e Charlie também participaram com sugestões e incentivos.Charlie encontrou um pianista que poderia acompanhá-la em algumas apresentações previamente combinadas. Foi perfeito.Steph levou muito a sério, porque era o son
MANDYNão sei se o motivo é, que tudo é tão novo para mim, mas não me canso do Mark. Sua presença, sua doçura, seus pensamentos. E eu tenho muita sorte que ele seja paciente comigo. Porque, quer dizer, é como se ele estivesse sob investigação ou algo assim. Eu o questiono, e questiono, e procuro conhecer seus sentimentos, dos menores aos mais profundos. Algumas pessoas exploram o espaço, outras exploram pirâmides. Eu mergulho na mais maravilhosa exploração, da personalidade do meu namorado.Ele se tornou meu mundo. E que mundo lindo é.Por dentro e por fora.MARKAdoro estar com Mandy, especialmente para nossas longas conversas. Quando sei que nos encontraremos mais tarde naquele dia, começo a me sentir aquecido e feliz. Ela me dá expectativas maravilhosas, para uma vida que era vazia, em comparação com agora.A
MANDYQuando nasci, meus pais moravam em uma fazenda. Pertencia à família do meu pai. Ele construiu uma pequena casa para ele e minha mãe, no terreno de sua família.Era como um ninho de amor e felicidade.Até hoje eu me lembro da risada de papai. Não tenho nem um dia ruim na minha memória, mas acho que é normal, porque ele era um recém-casado feliz, com sua filha primogênita.Meus pés quase nunca tocavam o chão, porque quando não eram mamãe ou papai me carregando, eram o vô John ou a vó Helen. O vô John é o cowboy típico. Sempre de chapéu e roupas de couro.Meu pai não era tanto, já que era meio empresário, encarregado de negociar o gado ou de comprar terras novas, também.Mas o vô John andava sempre a cavalo, cavalgando no campo e raramente saía da fazenda para ir
ARTHUR BOSSNunca me senti assim. Então, eu não sabia o quanto sentia falta. Minha vida carecia de amor verdadeiro. O que eu poderia dizer ao meu próprio braço ou perna? Que são uma parte de mim? Parece bobagem, mas não me canso de dizer para Carol:— Você é uma parte de mim. Eu amo você.Ela fica um pouco tímida e isso apenas me tenta a declarar repetidamente:— Eu te amo, Carol. Você é minha vida.A primeira vez que ela disse, ‘Eu te amo, Arthur’, foi como ouvir a sinfonia mais perfeita. Agora estou com sede de ouvir mais. E ela diz.Tenho sorte porque ela me ama de volta. Ter Carol na minha vida transformou tudo para mim.É exatamente como assistir a um filme em preto e branco que com a entrada de um determinado personagem muda de cor.Carol fez tudo parecer melhor, soar melhor, ser melhor. Antes dela, eu via