7

Benjamin

A cada dia que se passava, mais a jovem e petulante Violeta me surpreendia.

Quando cheguei à fazenda, precisei de um tempo para me acostumar com o silêncio e com a falta do odor que eu tanto odiava do charuto que papai fumava. Estar ali era difícil, mas confesso que a menina de nariz empinado me ajudava a me distrair. Eu não parava de pensar nos seus lábios carnudos, no corpo pequeno e na língua solta. Eu gostava de desafios, e estava esperando a poeira abaixar para ir à procura da baixinha, mas o destino estava a meu favor.

Claro que eu sabia o básico: ela era moradora da vila e trabalhava na fazenda. Provavelmente, eu daria um jeito de achar a garota, no entanto ela veio até mim novamente, cheia de coragem e petulância.

Eu estava começando a gostar de ser provocado.

— Sei que não tivemos um início muito amigável — comecei, sabendo que depois de chamar a sua atenção deveria me afastar. — Não queremos gerar desconfianças nem desconfortos. Meu irmão e eu estamos aqui a pedido
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