VioletaO dia foi estranho. No início pareceu que eu o odiaria de vez. Ele até estava tentando ser legal, mas da minha parte, pensei que odiar tudo que ele fazia e dizia seria a melhor coisa a ser feita. Depois do que Margarida falou, eu me assustei e quis afastá-lo de todas as formas. O que era difícil, por ele ter a vantagem de sua simpatia e beleza mexerem comigo.Só que Benjamin não era tão odioso, apesar de suas brincadeiras que às vezes me irritavam. Achei que por eu ser uma moça que cresceu no mato, ele tiraria sarro por me enxergar como uma caipira, contudo, até que me cativou. A cavalgada nos aproximou e me fez ver que o menino riquinho não era tão babaca.Ben se mostrou interessado nas coisas e nos moradores, conversou com os agricultores e os coletores e riu e brincou com eles, enquanto eu o observava de longe como se ele não fosse o mesmo homem que dias atrás eu queria jogar dentro da poça de lama com a qual ele me sujou.— Minha filha, não vai para a noite da fogueira? —
Apesar de estarmos no período mais quente, as noites de viola costumavam ser frias. Até botei uma coberta confortável por cima da roupa. Mas Iara parecia não se importar com nada. Assim que avistamos a roda de pessoas e a fogueira, a garota correu para perto delas.Optei por ficar no canto. Minha prima estava lá também, entretanto não me aproximei dela. Meu pai estava alegre, conversando com seus amigos e bebendo algo. Todos estavam se divertindo e um grupo de violeiros tocava, enquanto eu só queria me camuflar na escuridão.Sentei-me à distância, sobre um pedaço cortado de árvore, observando o que acontecia. Pensei mesmo que tinha sido uma má ideia ter ido ali. Minha mente borbulhava e eu só queria fechar os olhos para dormir. Mas também não sabia por que fiquei desse jeito.— Pensei que não a veria aqui — a voz de Benjamin fez com que meu coração quase pulasse pela boca.Olhei-o. Ben vinha de algum outro lugar do escuro, usando trajes como os de mais cedo. Ele era mesmo irresistível
VioletaEu me recusava a pensar que estava fugindo de Benjamin Fontana. Depois daquele beijo, eu não parava de pensar no maldito. Por que ele teve que fazer aquilo? Eu apostava que se divertia com o meu martírio.Eu deveria ser mais forte, uma pessoa que sabia o que queria e que afastava coisas assim. Todavia, eu estava há dez minutos arrumando algo que já estava certo, só por estar pensando no babaca playboy.Óbvio que suas palavras e promessas me deram um conforto e me aproximaram dele. Em menos de uma semana o homem caiu no meu colo, dizendo que se importava e que iria nos ajudar. Que iria me ajudar. Uma dor de cabeça!Benjamin Fontana era encrenca, um zumbido ao meu ouvido que me incomodava. Eu tinha certeza de que ele desejava me ver suspirar por ele e me ter pensando onde e como ele estava, sendo que só queria me causar mais problemas.Para mim, era claro que um homem maduro como o Benjamin me via como uma coitada do mato, quem ele seduziria e levaria para a cama, sendo que eu
Benjamin Violeta estava se tornando quase uma obsessão para mim. A menina simples era totalmente o oposto das mulheres com quem eu saía. Elas sempre se jogavam em mim, e eu confesso que me aproveitava disso. Com a minha mudança, eu tentava ser correto e não abusar por aquelas bandas, mas estava cada dia mais difícil não a desejar. A mulher arretada estava em meus sonhos me provocando, e sempre que eu acordava, tinha o impulso de sair e a procurar. Eu não fazia ideia de onde isso iria parar nem sabia o que realmente queria com a moça, porém não conseguia tirá-la da cabeça. — Está nas nuvens, é? — questionou-me Margarida, que me observava, curiosa, do outro lado da mesa. Estávamos tomando café. Eu não sabia onde meu irmão estava, só que não era em casa. — Ultimamente anda muito distraído. Eu ri da situação, pois era verdade. Isso era o efeito Violeta. — Estou pensando nos negócios da fazenda — menti, pois Margarida já tinha me dito a sua opinião sobre meus passeios com Vi
VioletaO que estou fazendo aqui? Hã?Como e por que fiz aquele convite? Logo para Benjamin Fontana, um dos donos de tudo isso que estou vendo agora.Confesso que eu não conseguia, de forma alguma, tirar esse homem da minha cabeça desde aquele beijo. Eu nunca havia sentido algo parecido. Apesar de rápido, foi suficiente para me enlouquecer e para eu não o tirar da minha mente.Eu deveria ser mais esperta, mais cautelosa, mas ali estava eu, olhando pela janela o sol raiando, os passarinhos cantando e o verde que cobria as terras da fazenda. Tudo o que eu conseguia pensar era em como ele era diferente do que imaginei, e que apesar de sempre estar com aquele sorriso safado no rosto, Ben era inteligente, carinhoso, brincalhão e me prendia a ele por muito tempo.Gostei tanto da nossa conversa, que quis prolongar as coisas e o convidei para fazer algo que nunca tinha sugerido a ninguém além da minha prima.— Está no mundo da lua outra vez — ouvi papai dizer. Depois ele tossiu e parecia que
VioletaEu me recusava a pensar que estava fugindo de Benjamin Fontana. Depois daquele beijo, eu não parava de pensar no maldito. Por que ele teve que fazer aquilo? Eu apostava que se divertia com o meu martírio.Eu deveria ser mais forte, uma pessoa que sabia o que queria e que afastava coisas assim. Todavia, eu estava há dez minutos arrumando algo que já estava certo, só por estar pensando no babaca playboy.Óbvio que suas palavras e promessas me deram um conforto e me aproximaram dele. Em menos de uma semana o homem caiu no meu colo, dizendo que se importava e que iria nos ajudar. Que iria me ajudar. Uma dor de cabeça!Benjamin Fontana era encrenca, um zumbido ao meu ouvido que me incomodava. Eu tinha certeza de que ele desejava me ver suspirar por ele e me ter pensando onde e como ele estava, sendo que só queria me causar mais problemas.Para mim, era claro que um homem maduro como o Benjamin me via como uma coitada do mato, quem ele seduziria e levaria para a cama, sendo que eu
BenjaminVioleta estava se tornando quase uma obsessão para mim. A menina simples era totalmente o oposto das mulheres com quem eu saía. Elas sempre se jogavam em mim, e eu confesso que me aproveitava disso.Com a minha mudança, eu tentava ser correto e não abusar por aquelas bandas, mas estava cada dia mais difícil não a desejar. A mulher arretada estava em meus sonhos me provocando, e sempre que eu acordava, tinha o impulso de sair e a procurar.Eu não fazia ideia de onde isso iria parar nem sabia o que realmente queria com a moça, porém não conseguia tirá-la da cabeça.— Está nas nuvens, é? — questionou-me Margarida, que me observava, curiosa, do outro lado da mesa.Estávamos tomando café. Eu não sabia onde meu irmão estava, só que não era em casa.— Ultimamente anda muito distraído.Eu ri da situação, pois era verdade. Isso era o efeito Violeta.— Estou pensando nos negócios da fazenda — menti, pois Margarida já tinha me dito a sua opinião sobre meus passeios com Violeta. — Há mui
VioletaO que estou fazendo aqui? Hã?Como e por que fiz aquele convite? Logo para Benjamin Fontana, um dos donos de tudo isso que estou vendo agora.Confesso que eu não conseguia, de forma alguma, tirar esse homem da minha cabeça desde aquele beijo. Eu nunca havia sentido algo parecido. Apesar de rápido, foi suficiente para me enlouquecer e para eu não o tirar da minha mente.Eu deveria ser mais esperta, mais cautelosa, mas ali estava eu, olhando pela janela o sol raiando, os passarinhos cantando e o verde que cobria as terras da fazenda. Tudo o que eu conseguia pensar era em como ele era diferente do que imaginei, e que apesar de sempre estar com aquele sorriso safado no rosto, Ben era inteligente, carinhoso, brincalhão e me prendia a ele por muito tempo.Gostei tanto da nossa conversa, que quis prolongar as coisas e o convidei para fazer algo que nunca tinha sugerido a ninguém além da minha prima.— Está no mundo da lua outra vez — ouvi papai dizer. Depois ele tossiu e parecia que