- Por que Yasmim está sempre povoando nossas conversas? – Me atiro na cama irritada. Matt e eu havíamos subido, deixando uma Lilly desconcertada na sala. - O dia estava tão perfeito até agora.
- Você vai deixar que isso o estrague? – Matt me encara, sério. – Você sempre soube de mim e Yasmim, sabe de quão conturbado foi nosso relacionamento.
- Eu sei... Mas me incomoda o fato de ela estar sempre presente. Sua irmã ser amiga dela, sua mãe gostar dela... Além do mais... queria ter ouvido sobre o noivado de você e não de Lilly.
Matt suspira fundo, tira o sapato e vem se deitar ao meu lado na cama, passando o braço ao meu redor e me puxando contra o seu peito. Eu me aconchego.
- Yasmim e eu nos conhecemos na faculdade. Ela era caloura, a garota bonita e popular... e eu era bem galinha na época, então...
- Você não
~ ELLA ~Acontece que o fato de Matt prometer não me deixar dormir durante a noite, me deixou ansiosa o suficiente para também não conseguir dormir naquele momento. Acabei optando por relaxar um pouquinho na hidromassagem enquanto lia um livro no meu leitor digital, mas depois de vários capítulos, Lilly e Matt ainda não haviam retornado.Então me troquei e resolvi descer para preparar um lanche na cozinha, já que não tinha comido nada direito desde o café da manhã. Eu realmente teria que dar um jeito, pois aquela vida com Matt a base de vinhos e queijos, não era nada saudável.- Então, quanto vale?- O quê? – Me surpreendo ao ouvir a voz de Oliver vinda do sofá da sala, quando passava em direção a cozinha.- O anel. Quanto vale?Instintivamente olho para o anel em meu dedo antes de responder:- Sei l&aacut
~ MATT ~Ouço um gemido baixinho de dor, mas já é o suficiente para me despertar do meu cochilo não autorizado e me colocar em estado de alerta. Ella está se mexendo fracamente na cama enquanto franze a testa, tentando se proteger da claridade.- Hey, você acordou – puxo minha cadeira mais para perto da cama dela e seguro sua mão.- Matt... – sua voz soa fraquinha. – O quê... ? O que aconteceu? Onde eu..?- Você não se lembra?Observo-a ficar em silêncio por alguns segundo, e quase posso ver sua cabeça trabalhando para tentar buscar as lembranças e colocá-las no lugar.- Eu... que merda! Eu destruí seu carro? Puta que pariu, eu dei perda total em um Porsche?- Porra de Porsche, Ella! Eu quero saber o que aconteceu com você! Você passou por mim na estrada e estava dirigindo como uma l
~MATT~Quando volto para o quarto em companhia de um médico, ele regula a medicação e explica para Ella que apesar do acidente ter sido grave o cinto de segurança tornou o que poderia ter sido fatal em apenas ferimentos leves. Ella tinha ganhado um braço quebrado, um ferimento profundo próximo a orelha esquerda, muitos hematomas pelo corpo e provavelmente teria que tomar remédio para dores por alguns dias.- Você vai passar a noite aqui para observação, mas tudo correndo como o esperado, amanhã pela manhã você já pode voltar para casa, ok?- Obrigada, doutor.Quando ele sai e fecha a porta do quarto atrás de si, volto a me sentar na cadeira próxima a cama e segurar a mão boa de Ella.- Temos frequentado mais hospitais do que eu gostaria – admito.- Eu que o diga. Hey... – ela acaricia os nós do
- Por que você parou? – Olho para o lado encarando Matt.Eu tinha recebido alta pela manhã e estávamos voltando para a cabana. Matt estava dirigindo o carro de Lilly, depois de ter reclamado algumas vezes sobre como era horrível dirigir um Mini Cooper Convertible, quando suas pernas mal cabiam dentro do carro. Mas quando viu que isso me fazia sentir culpada, mudou de assunto e disse que nem era um carro tão ruim assim.Agora estávamos parados em frente a pequena delegacia da cidade e por mais que eu tivesse perguntado, tinha uma boa ideia do que Matt queria que eu fizesse.- Você precisa fazer um boletim de ocorrência. Pedir uma ordem de restrição. A gente pode fazer isso aqui e depois meu advogado...- Não – digo simplesmente.- Ella, você sabe que é o certo a fazer.- Não – repito. – Não vai dar em nada, nunca d&aacu
Matt e eu saímos da cabana pouco antes do entardecer. Ele disse que as estradas da serra eram perigosas demais para encarar a noite, e que gostaria de chegar em casa a tempo do jantar. O que seria ótimo já que nossa alimentação tinha sido tão ruim no final de semana. É sério, eu nunca mais confiaria a Matt essa função quando planejássemos um final de semana em um lugar isolado.De bônus, ganhamos uma visão maravilhosa do céu se tingindo de laranja enquanto serpenteávamos pela estrada repleta de paisagens bucólicas. Mas apesar de toda aquela beleza, em certo momento me peguei observado a mais bela vista que eu poderia ter: Matt.- Hey, Matt, eu acabei de perceber algo... Você sempre dá uma piscadinha com os olhos toda vez que dá seta. É algum tipo de hábito estranho? – Pergunto, achando divertido.Matt riu, surpres
~ MATT ~- Desfaz esse bico – Colo meus lábios rapidamente nos de Ella enquanto estamos no elevador privativo. – Eu sei o que você está pensando e Yasmim não tem minha chave há anos.- Ainda assim tem uma mulher loira no seu apartamento – ela responde irritada.- Você se esquece que minha irmã é loira?- Como se o porteiro não fosse conhecer a Lilly pelo nome... – ela diz.- Ele é novo! – Mas ela bufa e revira os olhos. – Ella, a gente precisa trabalhar a sua confiança em mim.Quase ao mesmo tempo que digo essa frase, eu me arrependo. Não tenho dúvidas de que é Lilly quem está no meu apartamento, mas isso não faz dessa uma situação fácil. Ela tinha saído furiosa da nossa última conversa e dito coisas horríveis sobre Ella. Cois
- Matt te disse isso? – Sinto minhas pernas bambearem, e opto por voltar a me sentar na banqueta. Desisto até de tomar mais uma dose, minha mão também tremia.- É claro que não! Eu vi o contrato de vocês... Mexi nas coisas dele.- O contrato? – Engulo em seco.Merda, eu devia ter lido aquele contrato inteiro! Mas agora não fazia mais sentido, né? De qualquer forma, se Matt tinha colocado algo sobre isso, eu ficaria extremamente decepcionada. Nós deixamos bem claro o nosso acordo sobre sexo, e por mais que tenhamos quebrado na primeira oportunidade, não foi por dinheiro.- Eu não entendo – Lilly parecia pensativa, brincando com seu copinho. – É por isso que você está com Matt? Pelo dinheiro?- Não... – tento protestar, mas Lilly continua falando.- Porque você faz tão bem para ele! Eu nem consigo me
Acontece, que fazer as coisas com um braço só, e aquele que não era o meu dominante, estava se provando muito mais difícil do que eu imaginava. Além de coçar um absurdo! Então, na noite anterior, quando Matt e eu jantamos juntos e ele pediu que meu prato viesse com a carne completamente cortada em pequenos pedaços, meus olhos se encheram de lágrimas. Ao mesmo tempo em que me sentia uma garotinha aprendendo a usar os talheres pela primeira vez, aquilo soou como uma das coisas mais fofas que ele poderia fazer por mim.- Meu Deus, Matt, não são nem sete horas da manhã... E você trabalha há dez minutos daqui!Não tinha sido uma noite agradável. Toda hora eu acabava rolando por cima do gesso ou de alguma parte machucada do meu corpo e acordava choramingando de dor. Dessa vez, quando isso aconteceu, abri os olhos para ver Matt completamente vestido e terminando de d