Cris Já não tenho paciência para discutir com o Arthur sobre a Monica. O fato é que a mulher me odeia e eu não sei o porquê. - Chega Arthur, não sei o que ela tem contra mim e nem quero saber. E já que você deixou claro que não acredita em nada que falo, e melhor eu ir embora! - Então é isso? Você está criando problemas para ir embora? Olho para ele incrédula. Ele tem o dom de distorcer minhas palavras. - Não, mas não vejo outra solução. - Você pode fazer a birra que quiser, daqui você não saí. - Então aguente a sua amada empregada. Não vem falar nada dela para mim porque não quero saber. - Cris você está passando dos limites. - Chega Arthur! Dá o fora, eu quero dormir. - Esse também é meu quarto. - Então saio eu! Me levanto e ele me puxa de volta pelo braço. - Deita e dorme se for capaz, só não cria mais problemas. Ele sai do quarto e eu me deito novamente. Difícil dormir quando estou com raiva. Levantei pela manhã e resolvi não dar corda para Monica. Vou descer quand
Arthur A situação em casa com Cris e Monica é complicada. Eu realmente não entendo o porquê dessa rusga. Talvez seja a forma que a Cris arrumou para eu me separar dela. Mas isso não vai acontecer! Deixo o Lucas escola e vou para o trabalho. Mas não tenho cabeça para trabalhar, nunca pensei que problemas domésticos me tirariam a concentração. Até o Denis percebeu que eu não estava numa boa. - O que você tem hoje, Arthur? Parece andar com a cabeça nas nuvens. - A minha mulher anda se estranhando com a empregada. - Puta merda hein? E você está preocupado com isso? Deixa que elas se resolvam. - Cada hora uma ameaça sair por causa da outra. Uma dor de cabeça. - Então deixe a empregada ir , qual o problema? - É que eu acho que o problema é a Cris. Mas ela não assume e eu não quero ser injusto com a Monica. - Cara entre a cama quente e a cama vazia, eu fico com a quente. - O que quer dizer com isso? - A menos que esteja dormindo com a empregada, não é difícil escolher. Empregada
Cris A situação do meu pai não é nada boa e estou desesperada, Acabei de descobrir que meu pai tem câncer e está na fase terminal, ou seja, pode vir a óbito a qualquer momento. O médico está comigo nesse momento: - É melhor chamar a família. Ele não vai resistir muito tempo. Eu já chorei tanto que estou praticamente sem voz. Pego meu celular e ele está descarregado. Não tenho como falar com o Arthur e preciso buscar minha mãe. Ela já deve estar desesperada por papai não ter chegado. Vou para casa falar com minha mãe. Coloco meu celular para carregar e ligo para o Arthur antes de falar com ela. - Cristina eu vou te matar! Está pensando que sou moleque? - Arthur me escuta... Ele desligou na minha cara, tento ligar de novo, ele não atende e minha bateria não aguenta e desliga. Agora tenho que levar minha mãe até o hospital, falo com ele depois. - Mamãe o papai está internado, vim te levar para o hospital. - O que aconteceu com ele? - O papai tem câncer e o estado dele e grave.
Estou furioso com a pirraça da minha mulher. Depois de esperar por ela até tarde, estou prestes a enlouquecer de raiva. Então me lembro do ex e me pego pensando se estão juntos. Ela me liga quase uma da manhã e prefiro nem falar com ela. Não sou nenhum moleque para ela fazer hora e ficar por isso mesmo. Desligo e ela liga de novo. Não atendo. Agora estou saindo para levar o Lucas e o telefone toca. - Se for ela diga que não estou. E era ela. Vou resolver quando voltar do trabalho a noite cara à cara. Hoje ela vai ter que aparecer. Pouco depois um número estranho me ligou. Ninguém me liga a essa hora, então tenho certeza que é ela e desligo no terceiro toque. Chego no trabalho e o Ramon me liga. - O telefone da Sra deu um sinal antes de uma da manhã e sumiu. Agora ele está ativo no mesmo local da noite. - Qual endereço? - Pelo que pude ver e da casa dos pais dela. Com certeza passou a noite lá. - Obrigado Ramon. Quero que coloque seguranças atrás dela. Me informe se ouver al
Cris Saio para o velório com minha mãe, Dalila e o irmão estão nos acompanhando. Fico surpresa com a quantidade de pessoas que compareceram. Muitos são colegas de trabalho, outros são moradores do bairro que a muito tempo não via e , alguns nem conheço. Recebo os pêsames das pessoas ao lado do caixão do meu pai. Uma grande quantidade de pessoas eram seus colegas de trabalhho. Me espantou com a presença do Guilherme e D. Amélia que permanece ao nosso lado o tempo todo. - Cris, Sônia, meus sinceros sentimentos! - Obrigada D. Amélia, obrigada Guilherme. - Pode contar conosco sempre que precisar Cris. Tenho você como uma filha e isso nunca vai mudar. - Também aprecio muito a Sra. Outras pessoas vieram nos dar os pêsames e me virei para outro lado. Quando volto a olhar para frente, meu marido está entrando no velório com a testa franzida. Desvio o olhar e não sei como vou lidar com ele. Por outro lado, não quero preocupar minha mãe. - Querida, eu sinto muito! Só consegui chegar
Arthur Não sei o que acontece comigo, pois sou um homem prático e centrado. Dirijo um grupo de empresas com mãos de aço e não vacilo. Mas, quando o assunto é a Cris sou totalmente irracional, não é a primeira vez que piso na bola com ela. Hoje estou desesperado, não estar ao lado dela em um momento tão difícil e doloroso foi desumano, eu sei. - Oi Arthur, o que está pegando? O Denis me ligou preocupado. - O pai da Cris faleceu. - O Murilo me falou, achei que tinha se enganado. - O pior é que ela tentou falar comigo e eu não atendi o telefone. - Você enlouqueceu cara? Não estou te reconhecendo Arthur. - Eu sei, dessa vez eu vacilei feio. - Você tem que resolver o lance com a empregada logo, se não quiser perder sua mulher tem que se decidir. - Eu já me decidi. Vou dispensar ela em alguns dias. - É o melhor a fazer. Está precisando de alguma coisa? - Nada que você possa me ajudar. Passei todo o dia na casa da minha sogra, minha mulher dormiu e falava baixo durante o sono.
Estamos na casa da minha mãe e isso fez com que eu interagisse mais com o Arthur, para não a deixar preocupada. Com isso minha mágoa foi saindo sem que eu sentisse. Acabo de sair do banho e o Arthur está sentado na cama com meu celular na mão. - Cadê o Lucas? Porque tomou o celular dele? - Cris, por que não me mostrou a gravação? Não entendo de imediato e pergunto: - Que gravação? Ele aciona e minha voz discutindo com Monica enche o quarto. - Eu ainda sou a dona dessa casa. Coloque o meu café de volta! - Não sou sua empregada, estou aqui para cuidar do Arthur e do seu filho. Você não é nada! Logo o Arthur te põe para fora. - Eu não espero que me sirva, mas não tem o direito de jogar meu café fora e me expulsar da minha cozinha. - Tem certeza que é sua cozinha? Ou que essa casa é sua? - Você está passando dos limites Monica. - Estou? Tenta mudar alguma coisa nessa casa para ver o que acontece. - Essa é a casa da única mulher que ele amou. Ele mantém tudo do jeito que a Bar
Arthur Estou com raiva de mim mesmo por tudo que a Cris passou e eu não estava ao seu lado. O remorso não me abandona, e passei quatro dias sem sair do seu lado. Hoje voltaremos para casa e farei de tudo para minha deusa ter a paz que ela precisa. Deixo ela no trabalho, o Lucas na escola e agora vou me livrar da Monica. - Sr Arthur, bom dia! - Bom dia! - O Sr veio cedo, precisa de alguma coisa? Olhei para ela e ainda custo á acreditar que ela estava provocando minha mulher gratuitamente. - Na verdade, vim para te dizer que não preciso mais de seus serviços. - O Sr está me mandando ir embora? - Não dá para te manter aqui. Sei que anda irritando minha mulher e tirando a paz da minha casa. - É mentira dela, eu não sei porque ela inventa essas coisas. - É mentira sua Monica. Eu ouvi uma gravação, e o jeito que você a tratou. Jogou o café dela fora e a expulsou da cozinha. Só queria entender o porquê. - Não é verdade, A gravação é falsa. - Chega Monica! Não me trate como um id