Cris Meu retorno ao trabalho foi um pouco agitado. Toda hora um colega vem falar comigo, fiquei comovida com tanta atenção. - Vamos Cristina, hora do almoço. - Só terminar essa planilha e já saio. Pode ir na frente. - Eu te espero, conheço você, distrai aí e acaba ficando sem almoçar. Falta muito? - Uns cinco minutos e termino. - Então vou ao banheiro e já volto. Quando saímos Roberto nos aguardava na saída e meu celular toca nesse momento. - E o Arthur! Pode ir que já te encontro. - Tranquilo. Dalila vai até o irmão e eu atendo. - Oi Arthur! - Como você está querida? - Estou bem, e você? - Tudo bem. Já almoçou? - Estou saindo agora com a Dalila. - Bom apetite, se alimenta bem. - Você também. Beijo! Desligo e vou de encontro aos dois. - Desculpa por fazer vocês esperarem. - Não é nada. O Roberto quer nos levar para almoçar em outro lugar. Tudo bem para você? - Sem problemas. O restaurante que ele escolheu não era longe, mas bem mais tranquilo que o outro, onde se
Arthur Estou no carro com o Lucas aguardando minha deusa sair do trabalho e os cinco minutos que espero, parecem uma eternidade. - Olha a mamãe lá papai! A espera é compensada quando a vejo vir andando em nossa direção, linda no seu terninho preto, cabelos voando e o leve sorriso que dá ao seu despedir da Dalila. - Boa tarde querida! - Boa tarde! Dá um beijo no Lucas e abre a porta do carona, entra e se senta ao meu, ganho um selinho nos lábios. Por hora estou satisfeito. - Vamos passar para ver como a mamãe está. - Claro que sim, podemos jantar com ela antes de irmos para casa. Sônia está um pouco melhor e até já tinha adiantado o jantar antes de chegarmos. - Como sabia que iríamos jantar? - Você trabalhou o dia todo, então não tem que se cansar mais. Minha mulher abraça a mãe e oferece. - Deixa que eu termino aqui. Descansa um pouco! - Não precisa, assim ocupo meu tempo. Pode ir ver TV ou dar banho no Lucas. A Cris não perde tempo e já coloca ele para fazer o dever. Q
Cris Acordei nos braços do Arthur e senti meu coração leve, voltamos ao normal e espero que continue assim. Sei que tenho que aprender a me impor e não deixar pessoas como Monica me afastar do homem que amo. E uma sensação indescritível acordar com ele nu ao meu lado. Lembro da noite passada e me pergunto como fiquei mais de um mês sem ele. Estico a mão e faço um carinho leve em seu rosto. Como se estivesse sendo chamado, seus olhos verdes se abrem e me encaram. - Bom dia querida! - Bom dia amor. Me aconchego em seus braços e ele me aperta junto ao seu corpo. O calor do contato nos deixa excitados nas primeiras horas do dia. - Eu te quero agora querida. - Vamos nos atrasar para o trabalho. - Temos tempo. Fizemos amor como loucos e saímos para buscar o Lucas. Tomamos café com a mamãe e eu aproveitei para pegar meu carro sob os protestos do meu marido. - Eu não me importo de te levar e buscar. - Mas tem que sair mais cedo do trabalho e se a gente tiver alguma emergência? El
Arthur Nos últimos dois meses minha casa era o paraíso, minha esposa é perfeita em tudo e cada dia que passa eu me sinto mais louco por ela. Ela foi às compras enquanto termino um trabalho, e eu vou buscar o Lucas na casa da minha sogra. Resolvi passar pelo supermercado e depois podemos ir juntos. Quando entro no estacionamento e vejo minha mulher nos braços do cretino do ex, fico louco. Acho que minha alma saiu do corpo, porque parei o carro sem sequer ver onde ou como parei e desci. Ele sorri para ela e sai disparado, tenho certeza que me viu chegando. Abro a porta do carro e puxo ela para fora. - É assim que vocês se encontram agora? E eu resolvi confiar em você. - Eu não marquei nada, ele apareceu do nada, eu disse que amo você, que nunca vou te deixar e ele me beijou à força. - Não sou um idiota Cristina! Te pedi várias vezes para ficar longe dele, mas você insiste em não me ouvir. Não vou facilitar para vocês. Estou a ponto de dar um infarto de raiva e me controlando p
Cris Depois que o Arthur saiu cantando pneus, não fui para casa. Fui até a casa da Dona Amélia. - Cris, o que aconteceu com você? - Eu vim conversar com a senhora, o Guilherme está infernizando minha vida. - O que aconteceu Cris? Relato a ela todo o ocorrido desde que me casei. Das abordagens com ou sem a Márcia. - Eu sinto muito Cris! Preferia mil vezes que o Guilherme se casasse com você. Mas ele foi pego na cama dela, dentro da casa dos Nunes. Isso eu não sabia. Mas não me surpreende e muito menos me atingiu. Não agora que eu estava com Arthur. - Eu amo meu marido, hoje sei que se tivesse casado com o Guilherme, teria cometido um erro. Eu só quero que ele me deixe em paz. - Não sei nem o que falar para você. Eu não tinha coragem de olhar para você de tanta vergonha. Não concordo com o que meu filho fez com você antes e não vou apoiar ele agora. Mas ele não me escuta. - Não tenho outra saída Dona Amélia, vou a polícia denunciar ele por assédio. Vim pela consideração que te
Arthur chego em casa e a Cris está de saída com a minha sogra. - Não deu tempo de preparar o jantar, pedi uma entrega de comida para vocês. Vou sair com a minha mãe. - Está tudo bem com ela? - Está sim, não se preocupe. Me despesso delas e entro com o Lucas. - Lucas vai fazer o dever enquanto esperamos o jantar. - Eu queria ir com minha mãe, mas não tem luz na casa da vovó. - O que aconteceu? - Ela falou que o dinheiro não deu para pagar. - Não fica triste com isso. Sua mãe deve resolver para ela. Cris chega por volta das nove da noite. - E a sua mãe? - Deixei ela em casa. - Deixou ela na casa escura? Ela me olha com surpresa. Já devia saber que o Lucas me contaria. - Ela não quis ficar aqui, o que posso fazer? - Porque deixou cortar a luz dela? - Eu não sabia que as contas estavam sem pagar. Quando a Cris não estava aqui eu sempre cuidei para não faltar nada para seus pais. - Está precisando de ajuda? - Não, já está tudo resolvido. Amanhã ligam a luz. Ela pega
CrisArthur ficou fora por nove dias, alguma coisa deu errado, ele ficou quatro dias a mais que o previsto.Entramos em casa e ele estava sentado no sofá, vestindo um moletom e os cabelos ainda úmidos, o que prova que chegou a algum tempo.- Papai voltou!Lucas se atirou no seu colo. Acho que nunca ficou tanto tempo longe do pai.- Vocês demoraram! Sentiu minha falta filho?- Eu senti muita! A mamãe também sentiu.- Ela disse isso?Eu quase engasgo quando ele diz isso. E o cara de pau do Arthur acha a maior graça. Claro que senti falta dele, mas não vou por em palavras.- Não, mas ela fica triste, é porque está com saudades.- Sério?Parece perguntar para o Lucas, mas seus olhos fixos em mim com a sombrancelha levantada deixa claro que é para mim. Que respondo com uma pergunta:- Fez boa viagem?- Excelente! Embora senti falta de vocês.- Você deve estar com fome, vou preparar o jantar!- Acertou, estou faminto!Me olha de cima a baixo com um sorriso torto nos lábios, entendo claramen
Arthur Trouxe uma jóia exclusiva para a Cris da minha viagem, qualquer mulher pularia de alegria, mas ela olhou e pôs de lado sem grande entusiasmo. Não disse nada, mesmo não estando na melhor fase, esperava um pouco de alegria. Desde que cheguei, notei que minha mulher está sem carro. Achei que estava na oficina, hoje resolvi perguntar. a ela. - Onde está o seu carro Cris? - Vendi ele há alguns dias. - Porque vendeu? Resolveu trocar? - Quis vender. Não vou comprar outro por enquanto. - Não me disse nada sobre vender o carro. - O carro era meu, não preciso de sua permissão para vender. Não esperava uma resposta tão ríspida e com um mau humor na voz. Ela nunca teve esse tipo de comportamento. - Eu sei que o carro era seu, só estou tentando entender porque se desfez dele. Me lembro como estava feliz e orgulhosa no dia em que comprou. Ela começou a chorar e foi para o quarto, não entendi nada, não e normal ela explodir dessa forma. Peguei o telefone e liguei para o Ramon.