Lembrança: Segundas eram o dia mais odiável da semana, o dia que todo mundo que estava chateado ou de mau humor decidia descontar nas outras pessoas seus problemas, isso era mundial. Mas nessa segunda em particular Helen não estava com o mood rabugenta ativado, tínhamos passado um fim de semana perfeito, mas o que eu podia fazer se não tinha limites, muito menos com ela, demorei tempo de mais para conseguir que ela me desse essa chance, por isso aproveitei cada minuto, adorei fodê-la com os vibradores, com a boca, dedos, pau... ver Helen gozar se tornou o meu programa favorito. As portas do elevador se abriram e a manada de gente irritada se espremeu para entrar, eu a avistei de longe e me apressei em colocar uma mão firme em sua cintura, a empurrando até a parede no fundo. — Bom dia Doutora. — minha voz sussurrando contra sua nuca teve o poder de arrepiá-la por inteiro. — Bom dia Nando. — ela não disse mais nada enquanto o elevador subia, mas eu mantive minha mão ali, passeando
— Eu sou como Tomé querida, preciso ver para crer. Agora anda ou sua comida vai esfriar. — fui direto e ela se ergueu, ainda fingindo que não queria nada daquilo, e se sentou ao meu lado. — Não esqueça os papéis.Eu lhe entreguei o prato e comecei a comer o meu enquanto ela falava sem parar sobre o processo de lavagem de dinheiro em uma multinacional, o cliente dela claramente tinha feito parte do esquema, mas eu sabia que ela provaria sua inocência mesmo que não fosse o caso. Pois era para isso que ela estava sendo paga.No meio da conversa eu me sentei no chão depois de terminar de comer e banquei o advogado de acusação, dando a ela a chance de achar duas brechas para enfiar mais motivos do porquê o cliente era inocente.— Eu preciso anotar isso. — ela digitou rapidamente no celular enquanto eu ainda tentava manter as acusações sobre o cliente e derrubar os argumentos dela.Mas então desviei meus olhos pelas pernas longas que ela balançava enquanto escrevia e eu travei o olhar nos p
Eu estava há um tempo observando Sara passar de um papel para o outro tentando acompanhar nos documentos, que haviam chegado por e-mail, tudo o que Fernando tentava lhe explicava pelo telefone.— Espera... não entendi essa parte.Fazia mais ou menos meia hora que ele fazia seu trabalho por telefone e eu queria estar no lugar dela. Sabia que era ridículo, especialmente pela situação em que ela se encontrava, mas era como eu me sentia. Era puro orgulho já que eu sabia que podia dar o primeiro passo e chamá-lo, mas ao invés disso ficava aqui sentindo inveja da atenção que ela estava recebendo, de poder conversar com ele, ouvir sua voz.Nós não havíamos trocado mensagens desde a última discussão, ligação então estava fora de cogitação e eu tinha quase certeza de que Emy tinha lhe dado uma comida de rabo por ficar perguntando sobre mim ao invés de criar coragem e me chamar de uma vez.— Ok, eu vou passar. — Sara voltou a falar e eu só reparei seus movimentos quando ela parou na minha frent
Maria me mandou o endereço de onde seria o almoço em família e eu fui até lá, estava disposto a qualquer coisa para reconquistar Helen, voltar para ela e poder criar o nosso filho sem só pensar no lado ruim de tudo, eu queria poder voltar a ver as coisas do jeito que ela via, ser feliz com nosso filho, amá-lo incondicionalmente como fiz no começo de tudo. Mas para isso eu precisava deixar de lado todos os meus preconceitos.— Que bom que veio, cara! — Miguel foi quem abriu a porta para mim, como a montanha tatuada e assustadora que ele era.— Claro, estava realmente precisando disso. — murmurei ainda meio sem jeito por nem conhecê-lo direito.— Entra ai, Maria está lá no fundo com todo mundo, a gravidez está a fazendo passar a maior parte do tempo com os pés para cima. — ele disse enquanto me guiava por dentro da casa em direção ao barulho nos fundos.— É eu sei bem como é no começo. — Maria estava com alguns meses a menos que Helen.Quando saímos no quintal eu vi muita gente reunida,
— Bom dia. — o homem com a cabeça enfiada no capo do carro quase se machucou ao ouvir minha voz e se erguer de pressa.— O que diabos você faz aqui? — Pedro praticamente rosnou visivelmente irritado em me ver e eu questionei se tinha sido uma boa ideia vir até a oficina.— Você disse que eu podia... esquece, acho melhor eu ir embora.Já tinha vindo remoendo durante o caminho todo dos motivos que me fizeram acordar com vontade de conversar com ele hoje. É claro que não era uma boa ideia, Pedro era prestativo, mas não significava que estava livre todo o tempo para conversar, me dar conselhos ou se quer me ouvir.— Te disse para ligar! — o homem jogou o pano que usava para limpar as mãos no chão e deu dois passos para me segurar antes que eu pudesse me afastar. — Aconteceu alguma coisa? — eu apenas neguei com a cabeça antes que ele continuasse, era constrangedor. — Te disse para ligar querida, não andar esse caminho todo sozinha. Vem aqui.Sua mão enlaçou a minha e ele me arrastou para d
Pedro largou a ferramenta no chão fazendo o barulho do metal contra o chão ecoar pelo lugar, então esfregou as mãos em um pano que carregava no bolso, o pano que era mais sujo do que as próprias mãos, antes de se aproximar de mim.— De novo, eu não conheço seu marido e tenho muito desprezo por ele. — eu não consegui evitar o sorriso que nasceu, porque ele não fazia questão de esconder a aversão que sentia por Fernando. — O que posso dizer é que vocês podem conversar, nada como um diálogo para colocar os pingos nos i’s. Só assim você vai descobrir quais as reais intenções dele.Suas mãos buscaram as minhas e as levou para seu peito, era um movimento delicado e fofo, até mesmo para ele.— Você acha que ele merece uma segunda chance? Se for isso que ele vá querer eu digo.— Acho que combinamos que ninguém tem que opinar na sua vida! — ele gritou com um sorriso perverso nos lábios e então me puxou pelos pulsos, me prendendo nos seus braços, sujando meu corpo e roupa de graxa, óleo e suor.
Lembrança:Enfiei minha mão por baixo de sua saia e eu ela não protestou, os olhos focados em minha mão. Os dedos deslizando pelo tecido da calcinha, me dando vontade de arrancar toda aquela roupa para poder sentir sua carne pulsante contra meus dedos de uma vez.Ela suspirou e ao mesmo tempo os olhos se desviaram para a porta, parecendo preocupada.— Alguém pode entrar. — Helen murmurou como um protesto, mas falhou miseravelmente quando soltou um gemido longo.— Pedi pra Luiza segurar qualquer um que quisesse entrar aqui. — confidenciei afastando o tecido de sua calcinha para o lado e esfregou o dedo na minha intimidade. — Vou te mostrar o quanto essa química é insana e deliciosa. — calei a minha boca e me ocupei em beijar aquele pescoço, deslizando a língua pela pele e dando leves mordidas. — Tão molhada. — foi a última coisa que disse antes que meu dedo a penetrasse fundo.O gemido baixo ecoou pelo lugar e a expressão de Helen se transformou em puro prazer, parecia até que estava s
— Helen querida, eu sei que você tem horror a casamentos, mas sei também que nesse último ano muita coisa mudou para nós dois. — o homem desceu com um joelho ao chão parado na minha frente antes de puxar do bolso uma caixinha preta. — Você reaprendeu a amar do mesmo jeito que me mostrou como é ter um amor para a vida toda. E você é o meu!— Fernando o que você...— Casa comigo Doutora? — questionou me interrompendo. — Me deixa fazer você sorrir todos os dias na mesma proporção que eu vou te deixar maluca? Acordar, dormir, brigar e fazer as pazes com melhor sexo de reconciliação para o resto da minha vida. É isso que eu quero, com você!Minha garganta estava seca e minha cabeça parecia ter perdido a capacidade de formular uma simples palavra.Não podia acreditar que ele estava fazendo aquilo, hoje, no nosso aniversário de um ano. Porque segundo ele no nosso primeiro encontro eu já era sua namorada, então a desculpa e insistência de que comemorássemos o dia em que finalmente eu abri as