Bete bufou e olhou em volta, todas as mulheres a encarando com expectativa, esperando que ela se abrisse, já que estava deixando até mesmo o noivo no escuro não compartilhando nada com ele. — Meus pais estão em um hotel na cidade vizinha, mas eles vêm quase todos os dias me fazer uma visita "porque sou a filha amada deles". — as feições de raiva e nojo não davam para serem ignoradas, era claro toda a repulsa dela pelos próprios pais. — Eles só decidiram dar as caras porque descobriram que Carlos agora tem mais do que a fazenda aqui, poucas pessoas sabem que em Minas o pai dele tem uma fazenda de gado, então eu não faço ideia como eles descobriram, mas eles têm faro do cassete quando o assunto é dinheiro. — E agora eles estão interessados no seu relacionamento com ele? — Se esse fosse meu único problema eu estaria bem tranquila porque não precisaria de muito para afastar eles, mas... — Estamos aqui por você, Bete. — Emy apertou uma mão no ombro da amiga quando viu sua hesitação e lh
Lembrança:Eu demorei em encontrar uma roupa e cheguei muito cedo até a frente do prédio dela, mas o que eu podia fazer já que a mulher mais perfeita tinha aceitado meu convite para um encontro.Com toda certeza Helen achou que só porque finalmente assumiu que me queria eu a levaria para meu apartamento ou a um motel, para que pudéssemos encerrar o que começamos aquele dia na escada, mas ela não podia estar mais enganada, eu a chamei para um jantar.Estava na hora de mostrar para ela o que eu realmente queria, não ia ser apenas uma transa, um noite quente, ela ia descobrir que a queria muito além disso.Peguei meu celular conferindo as horas e liguei para ela, tinha dado a hora exata que combinamos e eu não me importava se ia parecer um garoto ansioso desesperado, eu estava ansioso para estar com ela. — Chego aí em um minuto. — foi a resposta rápida dela assim que me atendeu— Sem pressa, te esperei por tantos meses. — falei pensando em quanto tempo tive que esperar insistindo, até
Lembrança: Foi um suplicio manter minhas mãos longe dele por todo o caminho, até chegar ao menos no elevador consegui me manter firme, mas assim que as portas de metal se fecharam, eu o puxei pelo colarinho e o beijei. Precisava da boca dele na minha, daquela língua pecaminosa deslizando sobre a minha e me fazendo perder a cabeça. Gemi de satisfação assim que ele abriu a boca sugando meu lábio antes de enfiar a língua, suas mãos desceram por minha cintura até ele alcançar minha bunda. Fernando apalpou, apertou e então me impulsionou para cima no exato segundo que as portas voltaram a se abrir. Eu tive tempo de entrar no apartamento apenas, pois assim que ele passou atrás de mim seu corpo me prendeu contra a parede mais próxima. Meu rosto contra a parede fria enquanto o corpo quente me prendia no lugar, as mãos subindo pelas laterais, desenhando a silhueta do meu corpo, cada curva. Então ele enfiou os dedos em meus cabelos me puxando apenas o bastante para que meu rosto se aproximas
Vantagens de estar grávida: eu não estava de ressaca como Emy, Sara ou Carla. Bete, Bi e eu fomos às únicas a passar a noite sóbrias e as únicas que estavam bem essa manhã.— Sara saiu há um tempo já. — Bi informou enquanto terminava de passar o café fresquinho, mas tudo o que eu conseguia pensar era no chocolate gelado de Fernando, eu daria qualquer coisa por um desses agora.— Sara e Carla, as duas saíram juntas para o trabalho. — Emy apareceu segurando a cabeça com os olhos tão pressionados que me perguntei se não iria apenas aumentar sua dor de cabeça. — Por que o dia está tão claro?— Isso se chama porre cunhadinha.— Não lembro a última vez que bebi tanto. Na faculdade eu acho? Ou no ensino médio?— Ah claro, como se alguém deixasse você beber nessa cidade. Quando seu irmão finalmente sumiu da cidade foi a vez de Marcos aparecer e empatar nossas farras. — Bete se aproximou com duas canecas fumegantes e fez questão de batê-las na mesa com força antes de gritar. — BEBA!— Juro que
Eu estava acabado, devastado com a ligação de Helen. Ouvi-la dizendo o quanto estava sozinha e se sentindo abandonada, como a culpa era toda minha, quebrava meu coração e me deixava em um buraco bem maior do que eu já havia me enfiado.Não podia continuar daquele jeito, nós dois não podíamos continuar com aquilo. Nos amávamos e estávamos sofrendo o inferno com essa separação, aquilo não estava certo, tinha passado da hora de acabar, de colocar um ponto final no nosso sofrimento. Estava na hora de eu dar um jeito nisso, precisava fazer isso, só tinha que descobrir como ia fazer isso.Foi com isso em mente que eu sai de casa, falar com Helen deixou a saudade ainda mais intensa, eu queria muito ter de volta tudo, nossos momentos, nossa rotina, então fui para nossa rotina de domingo, querendo ter algo dela aqui perto de mim.— Olha só quem saiu da toca! — ouvi a voz familiar me chamando e me fazendo parar no mesmo instante.— Você na rua em um domingo, isso é mesmo um milagre.Não esperav
— Tem certeza de que não quer vir comigo? Pode ser legal ver um bando de marmanjo fazendo dança de salão. — Miguel me ofereceu pela milésima vez só hoje que o acompanhasse até a cidade vizinha. Ele e alguns amigos do projeto do AA estavam indo fazer uma aula de dança de salão. — Você precisa sair de casa lindinha.— Estou um pouco enjoada hoje. — menti. — Mas se melhorar prometo dar uma volta, ir até o parque quem sabe.— Não quer que eu te faça companhia? Uma ligação e cancelo tudo. — sua mão envolveu a minha tentando conferir minha pulsação e temperatura. — Eu vou ficar, está decidido.— Não ouse, seu neto precisa que você o ensine a dançar quando crescer, então você vai até lá e tem suas aulas. — me ergui do sofá já o empurrando para fora de casa.— Helen tem certeza? Não é bom você ficar sozinha e...— Só estou enjoada, isso acontece sempre, não se preocupe. — o interrompi, nem estava enjoada de verdade. — Prometo que se sentir qualquer coisa diferente eu aciono a árvore.Tinha si
— Que tal sobremesa? — lá ia ele fugindo do assunto. Respirei fundo me dando por vencida e negando sua oferta, já tinha comido de mais até, ao menos a caminhada até em casa me ajudaria a digerir. — Vamos então, vou te deixar em casa.Se eu deveria aceitar? Não, eu tinha saído para espairecer, andar, mas não queria perder nenhum minuto perto dele e ter a chance de desvendar mais um pouco do mistério que havia em seus olhos azuis.Depois de uma briga para ver quem pagava o almoço, com ele ganhando apenas porque Sara aceitou seu dinheiro antes do meu, pegamos o caminho de casa.Prometi a Sara que conversaríamos melhor quando ela chegasse em casa, como todas as noites, mas algo me dizia que não precisava me preocupar com o que ela estava pensando de mim, a mulher era a compreensão em pessoa.— Minha mãe está tentando me juntar com meu ex-marido. — soltei uma das confusões que estavam me irritando, confiando que Pedro não iria surtar. Depois dessa tarde eu sentia que ele era um bom ouvinte
Lembrança: Segundas eram o dia mais odiável da semana, o dia que todo mundo que estava chateado ou de mau humor decidia descontar nas outras pessoas seus problemas, isso era mundial. Mas nessa segunda em particular Helen não estava com o mood rabugenta ativado, tínhamos passado um fim de semana perfeito, mas o que eu podia fazer se não tinha limites, muito menos com ela, demorei tempo de mais para conseguir que ela me desse essa chance, por isso aproveitei cada minuto, adorei fodê-la com os vibradores, com a boca, dedos, pau... ver Helen gozar se tornou o meu programa favorito. As portas do elevador se abriram e a manada de gente irritada se espremeu para entrar, eu a avistei de longe e me apressei em colocar uma mão firme em sua cintura, a empurrando até a parede no fundo. — Bom dia Doutora. — minha voz sussurrando contra sua nuca teve o poder de arrepiá-la por inteiro. — Bom dia Nando. — ela não disse mais nada enquanto o elevador subia, mas eu mantive minha mão ali, passeando