Assim que me virei lá estava ele, na penumbra da cozinha, vestido apenas com uma calça de moletom, com a luz parcial do quintal iluminando sua pele nua. O peito subindo e descendo com antecipação, os olhos ávidos na espera por alguma reação minha, e eu tinha certeza de que se pressionasse minhas mãos em seu peito seu coração estaria batendo tão rápido quanto o meu.
Não tinha dúvidas porque era assim desde que o conheci.
Fernando não disse nada, apenas ficou ali do outro lado do balcão me encarando. Eu fui a primeira a desviar o olhar me concentrando no micro-ondas como a covarde que era, torcia para que ele fizesse logo o que foi fazer ali e fosse embora.
Mas o infeliz sabia bem como mexer comigo, não demorou para que eu sentisse o calor do seu corpo perto do meu. Seus braços me envolveram em um casulo quando ele agarrou o balcão a minha frente me deixando presa entre o granito frio e seu peito quente. Senti quando ele esfregou o nariz em meus cabelos, descendo até estar contra minha nuca.
Aquilo era injusto de tantas formas, ele sabia como eu estava necessitada, em como os hormônios estavam uma loucura desde o começo da gravidez e pior agora, já há semanas sem ele, sem me dar prazer.
Os lábios tocaram ali e ele traçou um caminho até prender com os dentes o lóbulo da orelha, me arrancando um arquejo de satisfação.
Eu fechei os olhos e, como se sentisse que eu não fugiria, ele se permitiu soltar o granito e afastar meus cabelos, os enrolando na mão e segurando firme em minha nuca. Um gemido me escapou com o puxão possessivo que ele deu, Fernando sabia o quanto eu adorava quando ele puxava assim. Nuca, pescoço e pés eram nossos pontos, ele sabia que me teria fácil, fácil indo por aquele caminho.
Ele mordiscou a pele sensível, chupando, lambendo, descendo por meu pescoço até meu ombro. Eu não tinha mais reservas, estava entregue. Queria que ele fizesse o que desejasse comigo até explodirmos juntos. Eu sabia que era errado levando em conta toda a nossa situação, mas não conseguia resistir ao meu homem.
Por isso entrei no seu jogo de provocação e empinei meu bumbum em direção a sua ereção, me esfregando nele de forma descarada para que ele me fodesse ali mesmo.
— Fernando. — gemi seu nome em uma súplica e ele afastou a outra mão do balcão a levando direto ao meu seio.
Eles estavam pesados, sensíveis e inchados, e Fernando sabia bem como me dar alívio os tocando. Sua mão o segurou firme e o contornou de forma delicada o mamilo, até que ele estivesse rígido apontando na blusa, ele continuou com a tortura deliciosa que enviava ondas para o meio das minhas pernas, onde já pulsava por mais.
Deixei que minha cabeça tombasse em seu ombro e recostei todo meu corpo contra o dele. Fernando aproveitou meu momento de entrega e fez o mesmo com o outro seio me arrancando mais gemidos.
Se não me controlasse a casa toda seria acordada com meus sons, mas eu o queria, precisava do meu homem agora.
— Você é minha! Só minha! — eu apenas acenei com a cabeça concordando torcendo para que ele me tocasse lá embaixo logo e me desse alivio.
Mas tudo o que ele fez foi continuar com as mãos ali enquanto a ereção me cutucava por trás. Eu conseguia ouvir ao longe o micro-ondas apitando avisando que a comida já estava quente há muito tempo, mas eu só o queria.
— Não vou aguentar essa enrolação por muito tempo. — Fernando sorriu contra minha pele diante do meu desespero.
— Mãos no balcão doutora! — a ordem com a voz de comando enviou arrepios por meu corpo.
Rapidamente eu tratei de fazer o que ele mandou, apoiando as duas mãos no balcão a minha frente.
Fernando desceu as mãos em uma carícia sensual por minhas costas e quadril, então desceu minha calça, junto com a calcinha, até meus tornozelos. Senti sua mão passeando de forma despretensiosa por minha bunda, se embrenhando entre minhas pernas prolongando meu desespero, antes de abri-las até onde a calça permitia e enfiar o rosto ali.
— Fernando! — minha repreensão não tinha nem força, eu estava adorando o homem ajoelhado dando beijos em minha bunda. Fernando lambia e dava chupadas sem pressa, então antes que eu pudesse prever ele me virou e não esperou que eu me recuperasse da surpresa já me atacando com sua boca. — Isso! — foi tudo o que consegui dizer antes de começar a gemer perdida com sua boca em minha boceta.
Ele esfregava a língua em círculos, cobrindo toda a pele sensível com sua baba. Os dedos se juntaram a brincadeira e abrindo meus lábios ele deslizou para dentro de mim dois deles, deixei que minha cabeça tombasse enquanto eu gemia seu nome.
Como tinha esperado por isso, sentia fala da sua boca, dedos, do seu pau! Fernando passou a fazer círculos com a língua enquanto o dedo continuava no vai e vem lento, ele queria me fazer perder a cabeça. Bastou que eu embrenhasse meus dedos em seus cabelos macios para que ele intensificasse as chupadas, minhas pernas tremeram e eu tentei me firmar, mas o homem ajoelhado a minha frente queria mais e para provar puxou minha coxa sobre seu ombro enterrando ainda mais a cabeça no meio das minhas pernas.
Minha boceta latejava enquanto ele socava agora dois dedos, eu estava tão perto e sentia que uma vez só não seria suficiente.
— Goza na minha boca! — Fernando gemeu com a boca contra meu clitóris antes de voltar a chupá-lo.
Precisei só de duas estocadas sincronizadas com seus lábios para que eu explodisse em um orgasmo intenso. Fechei meus olhos curtindo a sensação se espalhando desde os dedinhos do pé até meus seios, os pontinhos brilhantes se formaram atrás de meus olhos e eu sorri deixando meu corpo relaxar em suas mãos.
Quando finalmente abri os olhos encarei o homem com cara de safado sorrindo com os lábios úmidos. Não consegui esperar mais e agarrei seu rosto tomando sua boca na minha.
O gemido de satisfação dele explodiu quando sentiu minha língua deslizando sobre a sua, minhas mãos procurando os cabelos bagunçados que eu adorava, descendo pelo pescoço e fazendo questão de arranhar a pele do abdômen com as unhas até chegar ao cós da calça.
— Eu quero você! — afirmei com a voz descompassada, meu fôlego indo embora junto com minha sanidade.
— Helen... — sua voz soou como um aviso, mas eu não quis saber, enfiei a mão em suas calças e agarrei o pau duro como pedra ansiando por mim. Nossos gemidos preencheram o lugar, mas suas mãos seguraram as minhas rapidamente me afastando. — Eu vou voltar pra São Paulo amanhã.
Um banho de água gelada teria sido menos doloroso. Puxei minhas mãos das suas com brusquidão, ele estava certo, não devíamos estar fazendo aquilo, especialmente eu me entregando facilmente assim com tudo o que ele estava me fazendo passar.
Me virei irritada comigo mesma, com ele principalmente por ter vindo atrás de mim, peguei o prato no micro-ondas e me virei procurando um garfo. Agora já não me importava em fazer barulho ou não, todo o sangue que parecia ter descido pulsando até o centro das minhas pernas agora parecia se espalhar, fervendo por todo o corpo.
— Boa viagem! — rosnei prestes a sair da cozinha, mas sua voz me fez parar.
— Eu volto, final de semana eu estou aqui. E então vamos conversar sobre nós, sobretudo. — sua voz era calma e contida e eu queria pedir que ele ficasse, que conversasse comigo agora.
Mas eu sabia que não era o melhor momento, ele precisava de mais tempo para entender o que estava em jogo.
Então apenas suspirei alto e concordei com a cabeça, já subindo as escadas com meu prato.
— Você não deveria ir e sabe disso, eu e seu filho precisamos de você aqui!
— Eu te amo! — ele afirmou no pé da escada e eu apertei os lábios um contra o outro para reprimir o choro, ele dizer apenas que me amava e não dizer nada sobre amar o nosso filho cortava meu coração. Engoli duro e reprimi para não me dar a chance de dizer que o amava também.
Mas assim que fechei a porta do quarto eu sussurrei que o amava, porque apesar de todos os nossos problemas eu o amava. Não consegui segurar o choro por muito tempo e apostava que todos ali na casa já tinha me ouvido chorar mais vezes antes.
Eu estava me sentindo o pior filho da puta, não queria deixar Helen, não queria abandonar ela de novo daquele jeito. Mas eu precisava, era o único jeito de fazê-la entender que eu só queria o bem dela.Nada estava acontecendo como eu queria, como tinha planejado, deveríamos estar juntos em São Paulo preparando tudo para a chegada do nosso filho, eu tinha que estar ao lado dela cuidando, mimando, garantindo que ela tivesse tudo o que queria e precisava, mas ao invés disso eu estava dentro do meu carro dirigindo fugindo da minha mulher pois sabia que se continuasse perto dela ia acabar começando a acreditar no que ela dizia.Mas eu sabia que não podia fazer isso, não podia ser fraco assim quando tinha noção de que nenhum de nós dois estava preparado para a chegada de uma criança com tantas limitações e problemas, seria como trazer um problema para as nossas vidas já sabendo que é um problema e isso seria burrice.Ao menos agora eu estava mais tranquilo, Helen estava com a minha família
Os dias estavam passando rápido de mais, Fernando não tinha aparecido como prometido, havia enviado apenas uma mensagem dizendo o quanto estava corrido e assim que conseguisse viria. Eu conhecia melhor do que ninguém aquele escritório e sabia que sua decisão de ficar lá tinha a ver com nossa situação, ele com certeza preferia adiar nossa conversa sabendo que seria algo definitivo.Mas eu estava ocupando minha cabeça com outras coisas, tinha marcado uma consulta com a obstetra da cidade, passava boa parte do tempo lendo mais sobre bebês com síndrome de Down e me informando em todas as dificuldades que seriam comuns de aparecer, eu queria estar pronta para dar tudo o que eu filho fosse precisar, mesmo que isso não incluísse um pai.E havia Fábio, que também era uma ótima distração, quando ele não estava na escola passava horas me fazendo companhia, cuidávamos do jardim juntos, víamos algum filme ou eu o assistia jogar bola.Nesses dias que se passaram eu finalmente tinha conhecido o fam
Lembrança:Helen parecia não acreditar no que estava vendo diante dos meus olhos. Eu estava parado na porta dela às oito da manhã de um domingo, depois de passar a noite toda planejando o que eu faria com a advoga que vinha mexendo com a minha cabeça, eu precisava dar um jeito de fazer ela se render ao meu charme ia usar toda a minha animação e energia para fazer derrubar as barreiras dela e conquistá-la.Encarei o corpo dela de cima a baixo, ela estava usado uma calça legging e uma regata folgada, tão diferente das roupas sociais que usava no escritório, mas a expressão de advogada durona continuava a mesma.— O que está fazendo aqui? — ela questionou incrédula, como se achasse que eu não iria levar a sério a conversa das amigas dela, eu teria aproveitado qualquer oportunidade de ficar sozinho com ela. — Como sabe onde eu moro?— Perguntas, perguntas. Tsc tsc, o povo de São Paulo não sabe mesmo como ser educado, não é doutora?! — falei e sacudiu a cabeça a chamando de doutora só porq
Encarei as chaves penduradas na parede como se elas fossem me dar alguma resposta.Era dia da minha consulta e eu tinha adiado contar para qualquer um em casa, parte de mim insistia em acreditar que Fernando apareceria no último minuto e me faria companhia, mas estava óbvio que não ia acontecer.Miguel tinha ido à cidade vizinha com alguns amigos e por isso havia deixado a velha picape ali, Emy e Sara estavam trabalhando então éramos só eu e Fábio. O menino havia tido uma súbita dor de barriga antes de sair para escola, dor essa que havia passado miraculosamente assim que a mãe saiu o deixando comigo.Tinha suspeitas sobre o que poderia tê-lo feito mentir para mãe, especialmente para não ir à escola já que ele adora passar o dia lá, rodeado de amigos, mas não o questionei, sabia que ele contaria assim que quisesse, assim como ele fez quando me contou sobre as brigas que havia presenciado com os pais.O garoto era tão inteligente e sensível, até se sentiu mal por contar pra mim o que t
— Calma, calma. — o homem murmurou rápido quando viu que tinha apertado todos os botões errados. — A gente começou com o pé esquerdo. — ele puxou uma cadeira a estendendo em minha direção. — Senta um pouco e toma uma água, já trago pra você. Não saía daí!Tentei manter em mente que ele tinha um humor de comediante, mesmo que eu não estivesse nenhum pouco no clima para dar risadas.Respirei fundo e encarei o relógio na parede, eu já estava atrasada dez minutos para a consulta. Perfeito!Fábio surgiu logo em seguida com um pedaço de bolo em um pratinho e a boca toda suja de chocolate. Ele me sorriu da forma mais inocente e eu não consegui segurar a retribuição apesar de toda a irritação que sentia passear por meu corpo.Parecia que hoje era o dia de: não saia de casa Helen! Me perder, o carro quebrar e ter que lidar com gene arrogante e que julgam meu casamento sem nem ao menos me conhecer, com toda certeza não estava nos meus planos quando me levantei da cama hoje.— Obrigada Fábio. —
— Eu não te chamei, nem te pedi que fizesse isso. — travei a mandíbula tentando ignorar o bolo incomodo que se formava em minha garganta.Era ridículo que um desconhecido tivesse mais interesse, de ver meu filho ou no mínimo meu bem-estar, do que meu próprio marido, do que o próprio pai. Era ridículo que eu estivesse dependendo da ajuda de outros, que estavam contando com pessoas que nem ao menos conhecia para me apoiarem e estarem do meu lado nesse momento.— Você não, mas o Fábio aqui me deixou bem curioso. — ele estendeu a mão para o menino que aceitou de bom grado e sacudiu a cabeça concordando com ele. — É verdade que vão passar uma câmera na sua barriga que vai mostrar seu bebê lá dentro? Estou ansioso pra ver e você?Os dois continuaram a conversar animadamente enquanto eu não sabia como reagir a tudo aquilo. Pedro era uma pessoa... fora do comum. Ok, eu tinha acabado de conhecer o homem, mas quem faz isso com alguém que não conhece? Ele poderia estar apenas seguindo algum pedi
Lembrança:Entrei no elevador com o olhar de Helen queimando sobre mim, ela me esperou segurando a porta do elevador enquanto eu tirava todas as caixas do carro, por todo o tempo que isso durou os olhos dela não me deixaram, ela podia até fingir que não estava babando na imagem a sua frente, mas eu sabia que estava e provavelmente pensando muitas coisas improprias eu diria pelo tom vermelho das bochechas.Em minha defesa eu também estava observando ela, não conseguia para de olhar para ela, já fazia um tempo que eu não tinha nenhum contato com outras mulheres, desde que eu a vi no elevador para dizer a verdade, ela era a única que povoava meus pensamentos, minhas fantasias e sonhos eróticos.— Bonito apartamento. — falei bem próximo a pele dela e isso pareceu trazê-la de volta de seus pensamentos. — Vou descer e pegar o resto.Dei uma volta no lugar que já estava ocupado com os móveis, era um bom apartamento, bem no meio da loucura e correria de São Paulo, ficava perto do trabalho e i
O rosto dela queimou no mesmo instante, sendo tingido de um tom de vermelho.— Como você...— Como eu achei? — eu a interrompi. — Sua bolsa que estava meio rasgadinha, terminou de se abrir e não foi bonito quando pelo menos quatro consolos diferentes pularam no corredor.A boca dela se abriu em choque e o rosto todo ficou vermelho, ela parecia prestes a cair dura no chão de tanta vergonha.— Me dá isso aqui. — Helen se esticou tentando pegar, mas eu me afastei rápido de mais. — Fernando não faz graça e me dá logo esse negócio, já quero morrer por isso, não precisa fazer mais piada com minha desgraça.— Piada? Pelo contrário, eu adoraria ver você usar um desses, qualquer um que quiser. — minha voz e expressão eram sérias de mais, mostrando a ela que eu não estava brincando, tanto que ela parou a meio caminho de arrancar o vibrador das minhas mãos e ficou me encarando envergonhada e chocada com a proposta. — Você me faria um homem muito feliz mostrando pra mim como se satisfaz com eles.