TYLER NARRANDOSinceramente, esse é um tipo perigo que eu não devia correr com Hannah. Eu não devia porque sabia que aquela garota me tirou dos eixos. Eu me apaixonaria tão fácil por ela que ela seria capaz de quebrar meu coração em mais caquinhos do que a bruxa quebrou.Eu passei meus braços ao redor da cintura dela, a puxando ainda pra mais perto.“Deixa eu te beijar, vai...” Hannah fechou os olhos e eu a beijei. Eu sou um idiota irracional comandado pelo pinto, essa é a verdade.A medida que a língua dela tocava a minha, eu sentia arrepios por todo meu corpo. Ela foi a primeira garota em muito tempo que me fez arrepiar dos pés a cabeça. Ela fazia com que eu sentisse que minha busca por alguém tinha acabado. Eu queria casar com ela, e fazer uns cinco filhos nela. Essa era a verdade.Os lábios tímidos dela se mexiam contra os meus, até que eu me levantei e, com as duas mãos, a guiei para onde estávamos ontem. Segurei Hannah pela cintura e a coloquei sentada no balcão da cozinha novam
TYLER NARRANDOEu parei o beijo, levei meus lábios até o ouvido dela e mordisquei seu lóbulo, antes de falar.“Hannah... Se você não quer transar comigo, é melhor você me parar... Eu não tô aguentando.”Ela ainda estava de olhos fechados, em completo êxtase. Eu tenho certeza que se qualquer garota estivesse no lugar dela, imploraria para eu meter de uma vez.“Tyler... Dá pra gente fazer alguma coisa... Não tão invasiva dessa vez?” Voz saiu falhada, porque eu literalmente estava empurrando meu quadril contra o dela como se estivéssemos transando. Eu a ouvi e assenti com a cabeça. Nada mais justo do que começar devagar, jpa que fazia tanto tempo que ela não ficava com alguém desse jeito. Quem sabe, no meio do caminho, ela mude de ideia.Eu me levantei do sofá e estiquei a mão para ela. Ela se levantou, um pouco apreensiva, e eu a guiei até meu quarto. Fechei a porta, e ela ficou parada ali, com os braços cruzados como se estivesse com frio. Eu a abracei por trás, a encoxando para que ela
Ponto de Vista de TylerNão tinha jeito, eu queria ela só pra mim. Eu não podia evitar de me jogar naquela brisa suave chamada Hannah. Eu já tinha vivido um amor platônico no estilo furacão, e aquilo havia devastado minha vida. Hannah era diferente. Ela despertava sentimentos profundos, intensos, mas era de um jeito que não me dava medo. Eu senti que naquele momento, ou eu a teria pra mim, ou eu a deixaria ir.Ela estava em meus braços, após um momento incrível. Dormir com ela foi a melhor coisa que me aconteceu desde a noite com a bruxa. Ainda estávamos tentando normalizar nossas respirações. Ela estava deitada em meu peitoral, que subia e descia conforme eu respirava.“Você não sabe o quão especial você é, Hannah. Não tem ideia. Eu não quero você só pra sexo, e queria deixar isso claro pra você... Quer dizer, eu adoro transar com você, você é muito gostosa. Mas além disso, você é uma menina incrível, doce...” Um sorriso surgiu naquele rosto marejado. “E é por isso que eu quero você
O idiota do Anthony saiu andando e eu dei uma boa olhada nele: Alto, loiro de cabelo parecendo uma tigela, magro e sério. Eu sei que a Hannah nem conhece ele, mas por algum motivo, tenho um pressentimento ruim em relação a ele. Decidi confirmar minhas paranóias e entrei no Instagram, procurando o perfil dele. Quando achei, vi que ele seguia a Hannah, e isso me enfureceu mais. O filho da puta mal a conhecia, e já seguia ela. Merda, eu tô com aquele ciúme paranóico super abusivo e doentio, não estou?Bom, pelo menos minha raiva não é da Hannah. Minha raiva é dele. Ele lembrou bem demais dela, por algum motivo, disso eu tinha certeza. Quando cheguei na minha casa, subi no quarto dela e a vi dobrando as roupinhas do Daniel que haviam saído da máquina de lavar recentemente.“Então... Como foi seu dia?” Puxei assunto, tentando desvencilhar os malditos pensamentos sobre Anthony da minha cabeça.“Foi interessante. Recebi uma ligação do RH da GreenLines hoje, eles querem uma entrevista comig
HANNAH A. COOPER NARRANDOAbri meus olhos e senti um clarão queimando minha retina. Coloquei minha mão automaticamente na frente do rosto, tentando evitar que aquela claridade me machucasse."Meu Deus... Aonde estou?""Caramba!" Eu ainda não enxergava direito, mas era possível ouvir perfeitamente. "A Desconhecida acordou!" A voz disse.Desconhecida? Como assim, Desconhecida?As coisas começaram a ficar um pouco mais visívels a medida que os segundos íam passando. Comecei a perceber as cores, e um grande borrão veio até mim, levantou minha pálpebra e começou a jogar ainda mais luz nos meus olhos."Mas que porra é essa?" Reclamei, e com razão!""Senhorita, qual o seu nome?" "Hannah, meu nome é Hannah Alice Cooper. Onde diabos eu estou?" Respirei fundo e, aos poucos, comecei a ver mais de forma mais nítida. Eu estava em um hospital, e as pessoas que falavam comigo eram médicos e enfermeiros."Hannah Cooper!" Um dos homens de jaleco repetiu, e o outro correu para fora do quarto. "Ótimo,
HANNAH NARRANDO"O que você está fazendo aqui? Vai embora! Você já destruiu demais a minha vida!" Gritei. A enfermeira arregalou os olhos e Tom, com seu ar de sedução, guiou a enfermeira até o lado de fora."Ela acabou de parir, está nervosa porque eu não apareci no parto. Com licença, preciso conversar com ela a sós." Eu neguei com a cabeça. Ele fechou a porta e ficou para dentro do quarto sozinho comigo."Sai daqui! Eu não quero você perto de mim ou do meu filho!" Gritei."Preciso checar se o menino é meu, oras. Posso ser um cretino, mas não deixaria meu filho nas mãos de uma louca feito você." Neguei com a cabeça mais uma vez."Ele nasceu de trinta e quatro semanas. Só se eu fosse um elefante para parir um filho seu, seu idiota. Não sabe fazer contas? Não transamos há meses, e você acha que o filho é seu? Me poupe!" Gritei. "Vá embora!""Então, você é a vadia que meus pais sempre me disseram que era? Isso é uma surpresa. Pelo visto, a caipira que achei na rua e trouxe pra dentro de
HANNAH NARRANDONaquele momento, tudo fez sentido. Eu não estava apenas com uma sensação de estar sendo observada, eu estava com a sensação de perigo, e esse sentimento vinha de Gabriel. Não imaginava que ele pudesse tentar fazer algo comigo, porque a real é que nunca imaginamos, até acontecer. Mas meu corpo entendeu os sinais que ele deu durante a noite toda. Ele estava se preparando para aquele momento e eu só entendi quando entrei na sala dele."O que tem de errado? Não tem nada meu na mesa dos funcionários, Gabriel." Eu disse, e ele sorriu de forma maliciosa."Mas tem algo que eu quero na minha mesa agora. E você me deve isso."Eu fui agarrada. Enquanto tentava me soltar e gritava, ele continuava passando as mãos por meu corpo."Por favor, me solta! Seu cretino!" Eu gritava.Ele me jogou no meu sofá da sala dele, tampando a minha boca com uma das mãos. Meus olhos se arregalaram quando o vi abrindo o cinto da calça."Você me olhou a noite inteira, agora vai recusar? Ah, você não va
TYLER NARRANDODesde que voltei para Nova Iorque, tudo que faço é pensar nela. Eu devia seguir em frente, mas é difícil quando se está obcecado por alguém que sequer lembra de você. Fazem exatos dezessete meses que vi aquela mulher pela primeira vez, e última. Minha terapeuta diz que eu criei uma mulher na minha cabeça, apenas para esquecer minha ex-noiva, mas eu tenho certeza de que ela era real. Eu estava um pouco bêbado, não me lembro o nome dela ou de seu rosto claramente, mas me lembro da sensação que tive quando a conheci. Só sei que, depois daquele dia, minha vida mudou.Conheci aquela moça em uma balada, tivemos um caso de uma noite. Ela estava triste por algum motivo relacionado ao noivo ou marido, e eu também estava. Compartilhamos um momento único, do qual eu queria me lembrar melhor, mas ainda assim, me lembro de como foi beijá-la e do que senti. Talvez ela fosse a mulher certa.Minha terapeuta começou a me ligar, era hora da minha consulta por vídeochamada. Eu prontamente