A Fazenda.
– Hello guys, tudo bem com vocês? Eu estou aqui em frente a uma igreja antiga, bem assustadora, daquelas góticas antigas, onde em alguns minutos estará acontecendo uma palestra sobre exorcismo e demônios, fora do comum, eu sei, escola louca. Mas sou obrigada a ficar aqui por causa da recuperação. – Ela revirou os olhos. – Estarei neste final de semana desconectada da rede, porque vou para o sítio do meu avô, sabe, com meus amigos para conectar-se com a natureza, não sei muito bem dizer. Tá, foda-se, eu vou gravar uns vídeos para vocês sobre isso. Bye bye – disse a garota, enquanto gravava um story para o I*******m.
Michelle era uma garota de 16 anos, 1 metro e 65, cabelos pretos ondulados, olhos verdes e pele clara. A típica garota perfeita e popular. Era Youtuber, tinha um canal sobre coisas de menina e sua vida, o "Papo de garota", que na época contava com mais ou menos 100 mil inscritos.
– Há! – Alguém pulou sobre seu pescoço.
– Ai que susto, amor!
– Tá sem espaço na mochila? – perguntou o menino, sorrindo.
Michele o encarou confusa.
– O quê? – Ela pensou por alguns minutos. – Não.
O garoto aponta para a cabeça da Youtuber, rindo do mico que ela estava passando.
– O que foi? – Michelle ergueu a mão até a cabeça. – Não acredito! – gritou ela.
Por conta do estresse acabou saindo com uma toalha cor de rosa na cabeça.
– Minha mãe, nem para me avisar!
Por alguns minutos, ela não reparou que cruzou a cidade dentro de um ônibus lotado com aquela coisa em seu crânio.
Rapidamente, ela enfiou a toalha na mochila, disfarçando para não chamar mais atenção.
– Como que você não viu? – questionou o menino.
– Tipo tudo, tudo mesmo está dando errado para mim hoje. – Ela se lembrou. – Meu Deus.
– Que foi?
– Eu vim de ônibus com aquele trambolho na cabeça.
O garoto riu.
– Não tem graça! – protestou.
– Tem sim.
Michelle o encarou com uma sobrancelha erguida. Ao reparar no celular nas mãos do namorado, ela caiu por si, se lembrando dos stories.
– Meus stories.
Ela agarrou o smartphone e apagou o vídeo recém postado na rede social. A essa altura pelo menos umas vinte mil pessoas já tinham visto e sem duvida comentado. Por sorte eram fãs e não iriam fazer nada de mau a YouTuber.
– E aí, já conversou com o pessoal? – O menino mudou de assunto, para despreocupar a estabanada.
João Vitor era o atleta da escola e namorado de Michelle. Tinha belos olhos azuis, era magro e dono de uma personalidade própria. Além de ser um garoto popular, do tipo que geralmente atrai meninas como um ímã.
– Já – respondeu a ele – Meu primo ficará de levar a gente.
– O Douglas? – O garoto esboçou um sorriso debochado. – Vamos morrer antes de chegar lá.
– Ai, cala a boca. – Ela fez uma careta para o menino. – Ele já tirou a carteira de motorista e você ainda não.
– Muito que eu tenho idade.
Eles começaram a rir e sairam em direção a entrada da igreja macabra – uma antiga construção em estilo gótico do início da cidade, com aproximadamente uns quinhentos anos. Possuía cinco torres, uma em cada ponta e uma no centro, formando um quadrado perfeito. Em suas grandes janelas era visível desenhos indecifráveis. Suas paredes eram de uma coloração escura, talvez um cinza escuro, quase preto - para assistir a tal palestra.
***
Tilim tilim
O telefone de Michelle tocou, em meio a explicação de Demonologia do sacerdote. Parecia estranho, mas esse era o tema abordado pela palestra. Michelle não estranhou, já que a professora era cheia daquelas teorias que monstros e demônios habitavam no meio de nós.
– Alô - disse ela ao atender.
Nesse momento alguns olhares se voltaram para ela, inclusive o da senhora Marcark, a professora.
– Oi Mi – disse a voz do outro lado da linha – Então, eu já busquei o Matheuzinho e a Amanda já deve estar saindo da aula. Cadê você e o João? – reconheceu a voz. Era Brenda, a melhor amiga de infância dela.
– Já estamos indo. – Ela reduziu a voz quase num sussurro. – A professora não quer deixar ninguém sair dessa bosta de palestra, affs.
Brenda riu do outro lado da linha.
– Então, tá. – Michelle a ouviu rir. – Vê se não demora.
Na calçada em frente ao colégio, Brenda desligou a chamada, e começou a andar de um lado para o outro com as mãos nos bolsos da calça jeans.
– Cadê a minha irmã, aquela vaca?
– Deve estar vindo – respondeu ela para a criança que a observava como um leão olhando para uma zebra quando está com fome, uma refeição ambulante.
Matheus era o casula da família, mimado e sem papas na língua, um garoto levado, de 9 anos.
– Eu odeio ir para o sítio, aquele lugar cheio de mosquitos e sem internet. Como vou jogar Freefire?
– Aí, Matheus, você vai gostar. – Ela sorriu para o pequeno garotinho. – Prometo.
Brenda sempre com seu instinto de mãe. Gostava muito de crianças e se dava bem com essas pestinhas. Ela era uma garota que se diferencia de todas as outras, era totalmente o contrário de sua amiga. Não seguia padrões, como a moda, naquele momento, por exemplo, estava usando meias rosas choque com calças jeans já surradas e uma camiseta do uniforme de sua escola. Não posso deixar de citar seus belos chinelos de lantejoulas com uma meia grossa. Durante a tarde, estudava o segundo ano do ensino médio, mas naquele dia resolveu matar aula. Coisa muito inusitada para ela, que sempre era foi uma aluna deticada.
Um barulho ecoou dentro do colégio do qual eles estão em frente, esperando por Amanda. Era o sinal, finalmente a aula tinha acabado. O colégio de Amanda era particular, então você já sabe, cheio daquelas meninas metidas e playboyzinhos.
– Brenda! – exclamou a loira – Cadê a Mi? – disparou a garota com uma mochila nas costas.
Elas se abraçaram. Por mais que não se dessem tão bem, ainda assim se viam como amigas. Graças a Michelle.
– Deve estar vindo – respondeu Brenda à outra menina – Não sei.
– Olha isso, miga. – Uma garota loira e praticamente seminua passava comentando e rindo. – É época de chinelo e meia.
As duas meninas metidas riram, debochando de Brenda.
– Cala a boca, Mia! – gritou Amanda – Sai daqui sua...
As duas meninas se olharam e desviaram o olhar debochado para Amanda. Cada movimento que elas faziam dava a impressão que tinham ensaiado. Duas meninas tolas que achavam que a vida era fácil porque seus papais tinham dinheiro.
– Olha a galinha quer levantar voo – disse a líder, tirando risos da outra.
– Nossa garota você tá me irritando! – gritou Amanda com fúria nos olhos.
– Deixa ela para lá, ignora – disse Brenda com toda calma do mundo.
– Bate nela, Amanda! – Matheus, sempre colocando lenha na fogueira. Para uma criança ele era bem violento.
– Vem sua baranga! – provocou a patricinha, jogando a mochila no chão.
Antes que Amanda pulasse em cima de Mia, o porteiro chegou gritando com as duas e dando fim a confusão.
– Podem parar! – Ele puxou Amanda pelo braço. – Quer que eu chame o diretor?
– Ela que começou – profanou Mia.
– Vai pro inferno sua mentirosa. – Amanda gritou grosseiramente.
Um pequeno grupo de alunos se aglomerou ao redor para observar o que acontecia. Matheus xingava alguns deles por entrar na sua frente.
– Não quero saber – disse o porteiro – Vão sumam daqui!
Mia ajuntou sua mochila do chão e saiu resmungando.
– Pera eu! – gritou a outra menina.
– Garota idiota – pronunciou Amanda – Tão olhando o quê? Sumam daqui.
O grupinho fez uma cara feia para a menina e se retiram praguejando.
– Por que não deu uma de esquerda nela e depois uma de direita e um pontapé, e depois enforcou ela até suas tripas saissem pelo...?
Amanda olhou o menino, sorrindo.
– Matheus que isso!? – disse Brenda, assustada.
O garotinho deu de ombros.
– Vi num filme do papai – deduziu ele.
As garotas riram da criança.
Uma Saveiro vermelha virou a esquina naquele instante. Era Douglas que estava vindo buscá-los. Ele era um garoto de 19 anos, forte e lindo como a prima. Tinha cabelos lisos e bem aparados, olhos amendoados e era dono de um belo sorriso. Ele parou o carro no encostamento, abaixando o vidro.
– Então, já estão prontas? – lançou com todo o seu charme.
– Sim – respondeu Brenda, que desde pequena sofria uma "quedinha" por ele.
– Então, partiu. – O garoto abriu a porta. – Ops, Amanda você terá que ir atrás porque só cabe dois aqui na cabine.
– Sério? – reclamou a garota – Tá né, fazer o que – ela subiu na caçamba da Saveiro.
– Eu vou atrás com a Amanda, não quero ficar aí vendo vocês dois de namorico – disparou Matheus.
Brenda ficou vermelha e entrou no carro sem falar nada.
– E a Mi? – perguntou Brenda, sem graça.
O perfume forte e marcante de Douglas impregnava as narinas da garota. Como ela não espirrou? Talvez, por paixão.
– Vamos buscá-los lá na igreja.
– Ok, então – disse ela, e deu um sorrisinho sem graça.
Em frente da igreja, Michelle e JV – apelido de João Vitor – esperavam a carona no meio da calçada como dois patetas parados.
– Cadê esse povo? – Michelle sempre com pressa.
– Calma. – O garoto tentou acalmar a namorada. – Logo eles tão aí.
– Calma, meu cú! – gritou.
Uma velhinha que passava atrás deles os observou horrorizada.
– Olha o que você fala. – Ele sorriu para a mulher de idade. – Se controla!
– Foda-se esses velhos, a bateria do meu celular acabou e já estou aqui a mais de horas...
– Três minutos – corrigiu ele, olhando no relógio.
– Anos – fez drama – Esperando esses idiota.
Um homem passou observando a garota histérica, em sua mente, ela só poderia estar de TPM.
– Que foi? – gritou ela para o homem.
João sorriu dando um tchauzinho para o rapaz. O mesmo o devolveu um sorriso sem jeito. Porém, o que chamou a atenção do garoto era o carro que vinha por de trás do homem.
– Olha eles vindo lá. – JV deduziu que era a Saveiro de Douglas descendo a rua.
Douglas estacionou o automóvel.
– Cansados? – zombou ele.
– Aleluia! – gritou Michelle.
– Essa daí tava dando a cria aqui já. – JV disse se referindo a namorada.
Ele cumprimentou o primo da namorada com um aperto de mão. Tinham se conhecido a pouco tempo, no dia em que Michelle o apresentou a família dela.
– Vem logo! – gritou Michelle.
– Iiii... melhor você ir, do jeito que conheço essa louca, se você não subir vai acabar apanhando.
Os dois riram.
Eles subiram na caçamba com Amanda e Matheus.
– Tem certeza que nós não vamos cair? – perguntou JV.
– Só se eu te derrubar – zombou Matheus, rindo da cara do namorado da irmã.
– Cala a boca, Matheus – retrucou Michelle.
Assim, nesse espírito de intrigas, eles se deslocaram para o sítio dos Torres, o sítio do avô de Michelle. O avô da garota, já era falecido – morreu a alguns anos de uma doença na bexiga – porém, os papéis da herança ainda não tinham sido bem resolvidos, ou seja, o sítio ainda estava no nome do velho. Portanto, ninguém da família morava lá, por mais que, às vezes, o tio Antônio levava umas mulheres na casa da fazenda, obviamente para fazer coisas erradas.
A fazenda era cuidada por um caseiro, ex-peão. Um homem, na casa dos 30 anos com cara de derrotado.
Eles chegaram a fazenda. Na maior cara de pau, foram invadindo e tomando posse da casa.
– Coloca essa mala ali. – Michelle começou a dar ordens.
Passado alguns minutos, um homem estranho apareceu.
– Quem são vocês? – questionou ele.
Ele era pequeno, não possuía mais do que um metro e cinquenta, tinha olhos arregalados e unhas grandes até demais.
– Eu sou Michelle Torres, neta de ...
– O que estão fazendo aqui? É perigoso, melhor voltarem para casa – interrompeu a garota antes dela terminar de se apresentar.
– Não. – Ela sorriu para o homem esquisito. – Eu sou da família. Nós só vamos passar um final de semana aqui.
O homem olhou para todos os jovens, como se estivesse fazendo uma espécie de anotação mental de seus rostos.
Minutos depois, ele falou:
– Ok. Depois não digam que eu não avisei. – O homem encerrou a conversa e foi embora.
Eles continuaram a guardar as suas coisas dentro da casa, sem nem se importa com a visita daquele homem estranho.
Anoiteceu e o caseiro chegou do plantio, encontrando um grupo de adolescentes mais uma criança na sala de sua morada. Ele se assustou, raramente recebia visitas.
– Olá, eu sou ...
– Você deve ser o caseiro? – perguntou Douglas.
– Sim. – O homem tirou o chapéu. – Eu me chamo Cezar.
Cezar era um homem robusto, tem a pele marcada pela ação do tempo. Possuía olhos castanhos e cabelos pretos, que naquele momento estavam molhados de suor. Sua pele clara era queimada pelo sol.
– Eu sou Douglas, o filho da Maria – se apresentou.
O homem pensou um pouco. Conhecia a maior parte da família de seus patrões.
– Neto do falecido patrão? – perguntou ele, mas para puxar assunto mesmo.
– Sim, meu avô.
Uma garota empurrou Douglas, se metendo no meio da conversa.
– Eu sou Michelle – se intrometeu a garota convencida – Sou neta "do patrão" também. Essa é Amanda, Brenda e essa peste no meu celular é o meu irmão, Matheus.
– Ei, vou conta para mamãe quando nós voltar que você me chamou de peste – ameaçou o garotinho.
Ela o olhou revirando os olhos.
– Bem, tem o João também, mas ele não está aqui agora, disse que ia olhar o açude ou coisa parecida – se pronunciou Brenda.
O caseiro olhou aquela galera, respirou fundo e então disse:
– Eu vou tirar leite, alguém topa vir comigo? – perguntou na intenção de arrumar um ajudante.
– Finalmente alguém disse minha língua – respondeu Douglas.
– Eu também vou – disse Brenda, com certeza sem vontade, mas era uma oportunidade de ficar perto de seu amor de infância e ver ele... Tirando leite!
– Eu vou ir, mas não vou encostar minha mão naquelas coisas da vaca – disse Amanda – Que nojo!
– Eu que não vou ficar aqui sozinha – falou Michelle – E você? Vem conosco?
Matheus nem se quer ergueu o olhar em direção a irmã, deixando-a irritada.
– Eu? Com aqueles mosquitos? – Ele sorriu. – Tô fora.
Michelle encarou o irmão, que mostrou a língua para ela.
– Então, vamos. – O homem que cuidava da fazenda chamou os adolecentes, pegando alguns baldes de metal na dispensa.
Morcego Infernal. Na beira do açude, tão grande quanto um pequeno lago, João Vitor estava sentado na grama. Estava escuro e ninguém podia vê-lo ali. Algo estava aceso em sua boca, uma espécie de cigarro. Ele estava fumando um preparo com pozinho verde semelhante a folhas trituradas. Seu olhar era deprimente, frio e profundo. Seus pensamentos o levavam para fora da realidade, ele pensava em seu pai. João era do tipo de garoto, que todas as garotas queriam, mas não era perfeito. Ninguém era perfeito. Ele tinha problemas com o pai, brigavam e discutiam muito e sempre para se livrar do problema, JV saia pelas ruas na calada da noite. Morava em um lugar desprivilegiado, uma comunidade da periferia da cidade. Conheceu gente que
A Mulher-cobra. Com a fogueira já acesa, e todos ao seu redor. Cezar colocava os pensamentos em ordem para contar a história. Michelle brigava com a câmera, com certeza iria gravar para postar em seu canal no YouTube quando voltasse. Cezar bebeu um copo de água, para molhar a garganta e então começou: – Meu avô, quando eu ainda tinha a idade de vocês, me contou essa lenda: "Muito antes do patrão colocar os pés nessa terra, tudo aqui era uma mata fechada e sem acesso, nem mesmo os índios tinham a coragem de pisar em tal terreno. Aqui, neste solo onde nós cá estamos, era o lar de espíritos malignos... demônios. Com a chegada do patrão e a construção da fazenda, muitos ritos de exorcismo e benzimentos foram fe
O Caçador. O dia amanheceu, e prometeu ser inesquecível para todos. Eles se reuniram à mesa para tomar café, como se tivessem tido uma ótima noite de sono, pobres coitados. – O que iremos fazer hoje? – perguntou Amanda, despreocupada e com cara de sono. Michelle a olhou sorrindo e diz: – Hoje, pretendo gravar alguns vídeos para meu canal, sei lá, tava pensando em ir até a reserva, sabe, onde vi o nosso amigo morcego. O caseiro a olhou e parou de comer. Ele e Matheus, eram os únicos ali que não estavam com cara de sono. – Como você disse? – perguntou com um tom de autoridade – Ning
O Nascituro. Douglas, Brenda e Amanda, retornaram a reserva, na esperança de encontrar JV.Matheus e Michelle, ficaram na casa com a missão de lavar a louça. Na reserva, eles procuraram por vestígios da presença de João, porém nada eles encontravam. Já faziam duas horas que eles estavam ali. – Aí, eu desisto – exclamou Brenda – Melhor nós voltarmos, já está tarde, e além disso, nós podemos ser os próximos. – Próximos o quê, Brenda? – perguntou Douglas. A garota o olhou com a sobrancelha erguida. – Próxima vítima. – Ela
Embaixo da cama. Brenda sentou entre Amanda e Douglas, provando os amantes. – Bem – disse ela, enquanto tomava o resto do leite que estava no copo –, acho que alguém tem que me levar para casa. Douglas a olhou, pensou um pouco e disse: – Verdade, tinha me esquecido. Ele levantou e foi até o quarto, provavelmente buscar as chaves do automóvel. Brenda, pretensiosa, puxou assunto com Amanda. – Então, querida – provocou ela, ironizando – Curtiu seu banho?
Psicopata. Todos levantaram tarde naquele domingo, afinal era domingo e estavam esgotados com tudo que havia acontecido. Michelle queria, necessitava, ligar para a mãe ou chamar a polícia para resolver aquela loucura. Uma pessoa morta já era demais para a garota. – Merda! – gritou ela – Mil vezes merda. Na fazenda não pegava torre, impossibilitando a garota de fazer a chamada. – O que foi? Que nervosismo é esse? – perguntou Douglas à garota que bufava de raiva. Michelle, em uma crise de ódio, arremessou o
O Pacto. Douglas separou as duas loucas que brigavam, prestes a se matar. – Vocês tão loucas? – gritou ele. Brenda soltou Amanda e se levantou. – Essa doida aí, quis me matar – disse Amanda. Brenda a olhou com ódio. – Sua... – Ela parou o que ia dizer e respirou fundo. – Deixa quieto, fica ai com seu namoradinho. Douglas ajudou Amanda a se levantar, eles olhavam Brenda horrorizados. Brenda
A Loira do Banheiro. Brenda e Michelle retornaram para a casa. Michelle estava se sentindo ameaçada na presença de Brenda, mas não sabia o por quê, era como se Brenda não fosse mais a Brenda. Não havia ninguém dentro da casa, nem mesmo uma Alma penada. Brenda decidiu ir tomar banho, para disfarçar seu novo cheiro de enxofre. Ao entrar no banheiro, ela assumiu sua forma real, uma mulher meio cobra, e entrou embaixo do chuveiro. No canto do box, uma menina loira estava deitada, toda ensanguentada e destroçada, parte de seu intestino parecia ter sido arrancado a força para fora do corpo. Er