Parte 5... — Eu só queria me atualizar sobre o tempo que o Alexandre vai ficar com você, assim eu já planejo outras coisas - mexi o ombro displicente. Ana apertou os olhos e me encarou de um jeito diferente. Foi engraçado, mas eu realmente não estava pensando bobagem. Bem, não com relação a ela, mas pensei no Lucas e no que ele pode achar sobre ela. Acho que não quero que ele fique pensando coisas ruins dela. Estou percebendo que ela está forçando o caminhado e até o momento, não vi que ela tenha tomado nada, mas sei que sente dores e Otávio me disse que usa remédio pra aliviar. — Eu juro que só estou querendo criar uma agenda, vamos dizer assim - abri as mãos e ela apertou mais os olhos para mim — Olha, você não era assim antes - apontei o dedo para ela. — É que antes, eu era só a sua secretária - ela balançou a cabeça de modo jocoso — Só que agora, nós vamos nos casar e eu tenho algo que me permite ser ousada - eu arregalei os olhos quando ela disse isso e ela entendeu —
Parte 1...Ficamos um tempinho contemplando a beleza da paisagem lá embaixo. Não falamos mais nada durante esse tempo e foi muito bom. Eu nem me lembro de ter uma cumplicidade com outra mulher, assim como estou tendo com Ana.Talvez seja apenas pela questão da necessidade. Para nós dois.** ** ** ** ** ** **AnaNão sei se eu estou ficando mole com relação a Matteo, ou se ele está mesmo se mostrando pra mim, sem ser aquele chefe chato e crítico. Eu não sei, nunca tive um momento assim com ninguém.Só espero não cometer nenhum erro. Por agora estou boba com essa vista e com ele. Não pensei que justo ele teria um lugar assim, onde se refugiava para pensar. Acho que no fundo, os amigos dele até que estão certos. Ele é uma boa pessoa, só tem hábitos particulares demais e cria um casca de proteção para que ninguém perceba como é de verdade.Afinal, pelo jeito, ele tem mágoas do passado também. E acho que a maioria das pessoas tem algum tipo de trauma ou mágoa. Passamos por tantas coisas na
Parte 2...MatteoEngraçado, me sinto um pouco inquieto agora. Voltar para casa foi a ideia que me surgiu, depois do beijo. E que beijo, por sinal. Acho que estou ficando mole ou então preciso mais de sexo do que pensei. Ana está sentada aqui ao meu lado e isso é uma coisa que começo a me acostumar. Rápido demais, aliás. Até pouco tempo era só minha secretária tonta. Eu pensava assim. Agora vejo que não.É como se a atmosfera ao redor de mim estivesse mudando. Me sinto envolvido em uma atmosfera de expectativa e conexão mútua. Será que estou certo ou estou sendo bobo? É difícil de saber agora. O rádio toca uma música italiana que gosto muito. Me faz recordar minha infância e adolescência na Toscana, na companhia de meus avôs. Meu peito até se enche de um carinho quente, que mesmo não tendo os dois mais aqui, eu ainda sinto. E sempre vou sentir. Não é porque não tem a presença física que eu vou esquecer deles.Após um momento de silêncio carregado de emoção, eu olho nos olhos dela co
Parte 3...— Tudo bem, Ana - assenti com a cabeça — Já vi que com você eu vou ter algumas surpresas. Só espero que sejam boas - toquei embaixo do olho — Vou ficar ligado em você, mocinha.Ela riu e balançou a cabeça.— Ok. Eu também vou ficar de olho em você, moço.Voltamos para minha cobertura. Até que tivemos um tempo cheio. Abri a porta para que ela entrasse.— Obrigada pelo agito - ela disse, sentando no sofá e se recostando — Foi muito bom, nunca tive um dia assim, mas fiquei cansada - esfregou a perna.— Está sentindo dor?— Não... Só um peso chato que incomoda. Fiquei muito tempo de um lado para outro sem parar.— Deveria ter me dito. Eu sou agitado mesmo.— Isso eu já sabia. Vejo você de um lado pra outro e as pessoas andando atrás - sorriu — O pessoal na empresa quando vê você chegar, já sabe que acabou o descanso.Eu ri e me sentei ao lado dela.— Otávio disse que você toma remédios para as dores. O que são?Ela me explicou. Basicamente é mais para a perna. Vez ou outra a co
Parte 4...Nossa, meu coração está na minha garganta. Eu não sei o que fazer, mas não sei se quero que esse instante de cumplicidade acabe também.— V-você não é tão ruim como achei. Desculpe por ter pensado assim.— Tudo bem... Eu também achava que você era burra e tonta - eu arregalei os olhos e ele sorriu — Não faça essa cara... Eu não tinha a menor ideia de como você era de verdade. E sendo honesto, você derrubou muita coisa lá no escritório e ainda quebrou a jarra de água de coco.— Não tive culpa disso - apontei o dedo — Foi uma de suas amantes que saiu de dentro de seu escritório tão raivosa que literalmente me atropelou no caminho e me jogou em cima da mesinha. Caiu tudo e eu não tenho dez mãos. Só consegui pegar dois copos.Ele apertou os lábios e depois começou a rir. Eu o segui na risada.— Acho que ficamos um tanto melancólicos, não foi? - ele olha para o lado — E a culpa foi dessa sua bolsinha velha e sem graça. Vou jogar fora hoje mesmo.— Não senhor... - reclamei — Ela
Parte 5...Matteo É muito peculiar eu estar me envolvendo com Ana dessa forma, mas devo admitir que está sendo divertido. Tudo é tão imprevisível e novo, mas ao mesmo tempo emocionante. Tenho a sensação de que ela também compartilha esse sentimento.Nós dois estamos explorando territórios desconhecidos juntos, enfrentando as incertezas de cada momento com um sorriso no rosto. É como se estivéssemos dançando em uma melodia única. Não me recordo de ter me conectado a alguém assim antes e nem tão rápido. E o mais interessante é que eu não fazia ideia que ela beijasse dessa forma e nem que meu corpo iria reagir assim. Isso é um bom sinal de que temos uma conexão física e que nunca notamos. E ela está logo ali ao lado. Basta ir até lá e começar uma fase nova para nós dois. Mas se eu for lá agora, talvez ela fique intimidada. É... Melhor deixar para depois. Eu não estou assim tão necessitado de sexo a ponto de ficar insistindo para que minha ex secretária se deite comigo.Peguei o celula
Parte 1...Estou bem atenta a tudo que Alexandre está me ensinando, mas nunca achei que tivesse tanta coisa assim. Vou ter que me lembrar dos detalhes para não fazer bobagem.Estamos em uma sala elegante, decorada com bom gosto, com cadeiras alinhadas e uma grande mesa de madeira no centro. No fundo, uma ampla janela permite a entrada de luz suave, destacando o ambiente refinado. Alexandre, muito divertido e gentil comigo, está sendo um professor de etiqueta experiente e claro que estou seguindo o que me diz.Ele se aproxima de mim com um sorriso. Eu até gosto de aprender coisas novas, mas juro que dá vontade de rir às vezes. É regra demais e algumas me parecem bem frescas, mas, como eu preciso aprender, então tudo bem. Vamos em frente. Estou prestando atenção com interesse.Ana, agora vamos para outra parte, será apenas um resumo, já que não temos muito tempo agora. Estou aqui para te ensinar os princípios da etiqueta em situações sociais. Vamos começar com a maneira adequada de entr
Parte 2...— Eu não me lembrei disso, Matteo - reclamei de novo — Não pode ficar brigando comigo assim. Eu não sou mais sua empregada.— Eu sei que não, mas eu fui até o salão de Alexandre e você não estava lá.— Porque a aula de hoje terminou e eu tinha outras coisas para fazer. Eu tenho uma vida que funcionava sem você, esqueceu?Ouvi o suspiro dele do outro lado.— Tudo bem, Ana, mas agora estamos juntos e o mínimo que você poderia fazer, era me avisar.— Eu não sabia que você iria querer saber de cada passo meu, Matteo - respondi abusada.— Ana... - outro suspiro longo — Olha, me diga o que vai fazer, para o caso de eu precisar de você. Estou retirando os papéis para o casamento no civil e preciso de seus dados.— Olhe no contrato... Está tudo lá - continuei abusada.— Ana... Tudo bem, eu não vou reclamar... Onde você está agora?— Chegando na clínica para ver como foi a mudança de Acácia.— Mande o endereço pra mim. Eu vou te buscar.— Não precisa.— Eu vou te buscar, Ana - ele r