Parte 4...Nossa, meu coração está na minha garganta. Eu não sei o que fazer, mas não sei se quero que esse instante de cumplicidade acabe também.— V-você não é tão ruim como achei. Desculpe por ter pensado assim.— Tudo bem... Eu também achava que você era burra e tonta - eu arregalei os olhos e ele sorriu — Não faça essa cara... Eu não tinha a menor ideia de como você era de verdade. E sendo honesto, você derrubou muita coisa lá no escritório e ainda quebrou a jarra de água de coco.— Não tive culpa disso - apontei o dedo — Foi uma de suas amantes que saiu de dentro de seu escritório tão raivosa que literalmente me atropelou no caminho e me jogou em cima da mesinha. Caiu tudo e eu não tenho dez mãos. Só consegui pegar dois copos.Ele apertou os lábios e depois começou a rir. Eu o segui na risada.— Acho que ficamos um tanto melancólicos, não foi? - ele olha para o lado — E a culpa foi dessa sua bolsinha velha e sem graça. Vou jogar fora hoje mesmo.— Não senhor... - reclamei — Ela
Parte 5...Matteo É muito peculiar eu estar me envolvendo com Ana dessa forma, mas devo admitir que está sendo divertido. Tudo é tão imprevisível e novo, mas ao mesmo tempo emocionante. Tenho a sensação de que ela também compartilha esse sentimento.Nós dois estamos explorando territórios desconhecidos juntos, enfrentando as incertezas de cada momento com um sorriso no rosto. É como se estivéssemos dançando em uma melodia única. Não me recordo de ter me conectado a alguém assim antes e nem tão rápido. E o mais interessante é que eu não fazia ideia que ela beijasse dessa forma e nem que meu corpo iria reagir assim. Isso é um bom sinal de que temos uma conexão física e que nunca notamos. E ela está logo ali ao lado. Basta ir até lá e começar uma fase nova para nós dois. Mas se eu for lá agora, talvez ela fique intimidada. É... Melhor deixar para depois. Eu não estou assim tão necessitado de sexo a ponto de ficar insistindo para que minha ex secretária se deite comigo.Peguei o celula
Parte 1...Estou bem atenta a tudo que Alexandre está me ensinando, mas nunca achei que tivesse tanta coisa assim. Vou ter que me lembrar dos detalhes para não fazer bobagem.Estamos em uma sala elegante, decorada com bom gosto, com cadeiras alinhadas e uma grande mesa de madeira no centro. No fundo, uma ampla janela permite a entrada de luz suave, destacando o ambiente refinado. Alexandre, muito divertido e gentil comigo, está sendo um professor de etiqueta experiente e claro que estou seguindo o que me diz.Ele se aproxima de mim com um sorriso. Eu até gosto de aprender coisas novas, mas juro que dá vontade de rir às vezes. É regra demais e algumas me parecem bem frescas, mas, como eu preciso aprender, então tudo bem. Vamos em frente. Estou prestando atenção com interesse.Ana, agora vamos para outra parte, será apenas um resumo, já que não temos muito tempo agora. Estou aqui para te ensinar os princípios da etiqueta em situações sociais. Vamos começar com a maneira adequada de entr
Parte 2...— Eu não me lembrei disso, Matteo - reclamei de novo — Não pode ficar brigando comigo assim. Eu não sou mais sua empregada.— Eu sei que não, mas eu fui até o salão de Alexandre e você não estava lá.— Porque a aula de hoje terminou e eu tinha outras coisas para fazer. Eu tenho uma vida que funcionava sem você, esqueceu?Ouvi o suspiro dele do outro lado.— Tudo bem, Ana, mas agora estamos juntos e o mínimo que você poderia fazer, era me avisar.— Eu não sabia que você iria querer saber de cada passo meu, Matteo - respondi abusada.— Ana... - outro suspiro longo — Olha, me diga o que vai fazer, para o caso de eu precisar de você. Estou retirando os papéis para o casamento no civil e preciso de seus dados.— Olhe no contrato... Está tudo lá - continuei abusada.— Ana... Tudo bem, eu não vou reclamar... Onde você está agora?— Chegando na clínica para ver como foi a mudança de Acácia.— Mande o endereço pra mim. Eu vou te buscar.— Não precisa.— Eu vou te buscar, Ana - ele r
Parte 3...O sol brilha suavemente através das folhas da árvore, criando uma atmosfera serena no jardim da clínica. Eu gosto muito desse ambiente e sentadas em cadeiras do jardim, desfrutando da tranquilidade do local, é ainda melhor. É relaxante para mim e mais para Acácia. Dá para perceber que apesar da mudança de um local para outro, ela está até mais corada. Isso é bom.— Acácia, você se lembra da primeira vez que nos mudamos juntas para aquela pequena casa no bairro?— Ah, como eu poderia esquecer? - ela me responde nostálgica — Era tão difícil naquela época. Não tínhamos muito, mas tínhamos uma a outra, e isso era o mais importante.— Sim, tínhamos que contar nossas moedas para comprar comida. Mas você sempre esteve ao meu lado, me apoiando. Eu não teria sobrevivido sem você - suspirei, um tanto melancólica pela recordação.— E você, minha querida, cresceu tão forte e corajosa. Estou muito orgulhosa de você - ela apertou minha mão com carinho.Não resisti e a abracei carinho
Parte 4...MatteoOnde diabos está Ana? Ela disse que estava na clínica, mas já rodei pelos corredores e nada dela. Fico impaciente, preciso dela para dar continuidade ao plano. Peguei o celular e mandei mensagem."Ana, onde diabos você está?"Logo em seguida ela me responde. Mandou um aúdio."— Matteo, eu estou onde disse, aqui na clínica."Mandei outro de volta e reclamei." — Não está nada... Eu estou aqui e já rodei pelos corredores e não te vi. Onde está?"O celular tocou. Atendi rápido.— Matteo, em que corredor você está agora?Eu olhei em volta e vi a plaquinha na parede.— Corredor C3 - respondi.— Então, senhor agoniado, é só você seguir até o final desse corredor e sair no jardim do fundo da clínica. Estamos sentadas embaixo de uma árvore grande. Vai nos ver logo.Desliguei e fui logo. Saí pelas portas largas de vidro e vi mesmo as duas, mais à frente. Me aproximei. Vi o cabelo branco da senhora ao lado dela e me pareceu que estavam bem carinhosas uma com a outra, de mãos d
Parte 5...Não sei se devo dar detalhes agora, mas Ana também não me deu nenhuma dica e eu achava que a mãe adotiva dela fosse mais velha e estivesse mais doente, a ponto de não precisar dar detalhes.— Eu espero que sseja lá o que for, vocês não fiquem em uma situação complicada depois.— Não vai acontecer nada de ruim, Acácia - Ana disse e me olhou arregalando os olhos — É que Matteo fala de um modo que até parece que tem algo de ruim escondido, mas não tem.— Pois é - dei uma risadinha falsa — É que eu sou um pouco exagerado mesmo.— Um pouco? - Ana ergueu a sobrancelha e cruzou os braços.— Ah... Você também é - abanei a mão e Acácia riu baixinho — A senhora sabe que ela também é exagerada. Ela me olhava de cara feia na empresa o tempo todo.— Porque você era um ogro comigo, Matteo - ela falou alto.— Não... - balancei o dedo para o alto — Não era bem assim, não. Você também fazia algumas coisas erradas no trabalho. Até quebrou algumas coisas.— Porque eu tenho um problema na per
Parte 1... Depois que saímos da clínica, Ana me deu algumas explicações sobre os problemas de saúde que Acácia tem e realmente não sei como ela conseguiu ainda levar por tanto tempo, sem ajuda de outras pessoas. É muito difícil ser sozinha nos tempos de hoje. Até mesmo para mim que sou homem e que já nasci com previlégios, de vez em quando fico empacado em alguma situação. Bem, agora mesmo. Se não fosse por ela ter aceitado entrar nesse plano para me ajudar, eu nem sei se teria chance de ficar com a propriedade. Olhei para ela ao meu lado no carro. — Ana... - ela me olhou — Caso eu esqueça ou então não mostre isso... Eu agradeço muito o que está fazendo, ficando ao meu lado nessa loucura toda que Otávio e Sandro criaram. Ela respirou fundo e depois sorriu de leve. — Não vai me chamar de interesseira ou então de aproveitadora? - ergueu a sobrancelha. — Hum... - eu torci a boca — Não mais - dei um risinho cínico — Mas eu pensei mesmo isso antes. — Eu sabia! - ela apontou o dedo p