Parte 2...Quando a Laís disse que finalmente estava tudo finalizado, até senti um arrepio. Agora era a hora da verdade.Nossa, nem sei o que ele vai dizer. Matteo tem uma boca enorme. E na maioria das vezes ele fala muita bobagem.Levantei da cadeira e me virei devagar para ele. Meu coração está batendo apressado. Apertei os dedos com força.Caminhei até ele com passos leves e hesitantes, esperando sua avaliação. Os olhos dele pareciam não acreditar no que viam. E agora? Não vai dar pra desfazer o trabalho todo.** ** ** ** ** ** **MatteoQuando Ana finalmente chegou perto de mim, eu fiquei sem palavras por um momento. Meus olhos varreram o novo visual dela com espanto genuíno. Os cabelos bem cuidados emolduravam seu rosto de forma elegante, realçando sua expressão. Ela usava um vestido simples, mas que lhe caía perfeitamente, ressaltando suas curvas de maneira sutil e encantadora.Sei que depois, quando estiver usando algo elegante, isso vai ficar ainda mais atraente.— Ana - eu
Parte 3... Matteo Eu nem me lembro se alguma vez estive com uma virgem. Quando comecei a minha vida sexual já foi com uma mulher mais velha e mais experiente do que eu. E de certa forma isso até que foi bom porque aprendi muitas coisas com ela, em vários sentidos e acabamos tendo uma relação por um tempo, mas isso não agradava ao meu avô que ficou me enchendo o saco por causa disso até que eu terminei com ela. Depois dela eu tive algumas poucas namoradas e o resto foram apenas casos. Uns longos e outros ocasionais, mas nunca demorei mais do que três ou quatro meses com a mesma mulher. Não é por causa delas somente, é por mim também. eu nunca me senti à vontade para ficar com uma mulher, sendo eu mesmo, com minhas manias e meus defeitos. As qualidades todo mundo vê logo e isso atrai realmente, mas depois de um tempo, começam os problemas. E com elas ficava mais difícill ainda porque sempre insistiam em me mostrar apenas seu lado bom, em especial no começo do caso. Aí fica difícil
Parte 4... — Alexandre, esta é minha noiva e brevemente minha esposa - sorri e peguei em sua mão — Ana! — Ah, que boa notícia - ele bateu as mãos e sorriu — Que maravilha, Ana - a segurou pelos ombros e lhe deu dois beijos no rosto. Ana corou — Fazia tempo que eu esperava ouvir isso. Vocês vieram me trazer um convite para o casamento? — Ainda não, mas com certeza você receberá um - ela me olhou rápido — Para o segundo casamento, quero dizer. Agora será um casamento só no civil porque tenho algumas questões a resolver, mas depois faremos toda a cerimônia de sempre. — Acho bom - ele apontou o dedo pra mim — E o que vai ser agora? — Bom... Eu queria saber se você pode ajudar minha noiva com a questão de etiqueta - vi o olhar de surpresa dela — Sabe como é... Esse meio nosso é cruel e julga tudo e todos. Ana é muito inteligente e capaz, mas ela é uma pessoa tranquila, que nunca esteve nesse tipo de situação. — Ahhh... Entendi - ele disse educado — Não se preocupe, Ana, você vai cons
Parte 5... — Eu só queria me atualizar sobre o tempo que o Alexandre vai ficar com você, assim eu já planejo outras coisas - mexi o ombro displicente. Ana apertou os olhos e me encarou de um jeito diferente. Foi engraçado, mas eu realmente não estava pensando bobagem. Bem, não com relação a ela, mas pensei no Lucas e no que ele pode achar sobre ela. Acho que não quero que ele fique pensando coisas ruins dela. Estou percebendo que ela está forçando o caminhado e até o momento, não vi que ela tenha tomado nada, mas sei que sente dores e Otávio me disse que usa remédio pra aliviar. — Eu juro que só estou querendo criar uma agenda, vamos dizer assim - abri as mãos e ela apertou mais os olhos para mim — Olha, você não era assim antes - apontei o dedo para ela. — É que antes, eu era só a sua secretária - ela balançou a cabeça de modo jocoso — Só que agora, nós vamos nos casar e eu tenho algo que me permite ser ousada - eu arregalei os olhos quando ela disse isso e ela entendeu —
Parte 1...Ficamos um tempinho contemplando a beleza da paisagem lá embaixo. Não falamos mais nada durante esse tempo e foi muito bom. Eu nem me lembro de ter uma cumplicidade com outra mulher, assim como estou tendo com Ana.Talvez seja apenas pela questão da necessidade. Para nós dois.** ** ** ** ** ** **AnaNão sei se eu estou ficando mole com relação a Matteo, ou se ele está mesmo se mostrando pra mim, sem ser aquele chefe chato e crítico. Eu não sei, nunca tive um momento assim com ninguém.Só espero não cometer nenhum erro. Por agora estou boba com essa vista e com ele. Não pensei que justo ele teria um lugar assim, onde se refugiava para pensar. Acho que no fundo, os amigos dele até que estão certos. Ele é uma boa pessoa, só tem hábitos particulares demais e cria um casca de proteção para que ninguém perceba como é de verdade.Afinal, pelo jeito, ele tem mágoas do passado também. E acho que a maioria das pessoas tem algum tipo de trauma ou mágoa. Passamos por tantas coisas na
Parte 2...MatteoEngraçado, me sinto um pouco inquieto agora. Voltar para casa foi a ideia que me surgiu, depois do beijo. E que beijo, por sinal. Acho que estou ficando mole ou então preciso mais de sexo do que pensei. Ana está sentada aqui ao meu lado e isso é uma coisa que começo a me acostumar. Rápido demais, aliás. Até pouco tempo era só minha secretária tonta. Eu pensava assim. Agora vejo que não.É como se a atmosfera ao redor de mim estivesse mudando. Me sinto envolvido em uma atmosfera de expectativa e conexão mútua. Será que estou certo ou estou sendo bobo? É difícil de saber agora. O rádio toca uma música italiana que gosto muito. Me faz recordar minha infância e adolescência na Toscana, na companhia de meus avôs. Meu peito até se enche de um carinho quente, que mesmo não tendo os dois mais aqui, eu ainda sinto. E sempre vou sentir. Não é porque não tem a presença física que eu vou esquecer deles.Após um momento de silêncio carregado de emoção, eu olho nos olhos dela co
Parte 3...— Tudo bem, Ana - assenti com a cabeça — Já vi que com você eu vou ter algumas surpresas. Só espero que sejam boas - toquei embaixo do olho — Vou ficar ligado em você, mocinha.Ela riu e balançou a cabeça.— Ok. Eu também vou ficar de olho em você, moço.Voltamos para minha cobertura. Até que tivemos um tempo cheio. Abri a porta para que ela entrasse.— Obrigada pelo agito - ela disse, sentando no sofá e se recostando — Foi muito bom, nunca tive um dia assim, mas fiquei cansada - esfregou a perna.— Está sentindo dor?— Não... Só um peso chato que incomoda. Fiquei muito tempo de um lado para outro sem parar.— Deveria ter me dito. Eu sou agitado mesmo.— Isso eu já sabia. Vejo você de um lado pra outro e as pessoas andando atrás - sorriu — O pessoal na empresa quando vê você chegar, já sabe que acabou o descanso.Eu ri e me sentei ao lado dela.— Otávio disse que você toma remédios para as dores. O que são?Ela me explicou. Basicamente é mais para a perna. Vez ou outra a co
Parte 4...Nossa, meu coração está na minha garganta. Eu não sei o que fazer, mas não sei se quero que esse instante de cumplicidade acabe também.— V-você não é tão ruim como achei. Desculpe por ter pensado assim.— Tudo bem... Eu também achava que você era burra e tonta - eu arregalei os olhos e ele sorriu — Não faça essa cara... Eu não tinha a menor ideia de como você era de verdade. E sendo honesto, você derrubou muita coisa lá no escritório e ainda quebrou a jarra de água de coco.— Não tive culpa disso - apontei o dedo — Foi uma de suas amantes que saiu de dentro de seu escritório tão raivosa que literalmente me atropelou no caminho e me jogou em cima da mesinha. Caiu tudo e eu não tenho dez mãos. Só consegui pegar dois copos.Ele apertou os lábios e depois começou a rir. Eu o segui na risada.— Acho que ficamos um tanto melancólicos, não foi? - ele olha para o lado — E a culpa foi dessa sua bolsinha velha e sem graça. Vou jogar fora hoje mesmo.— Não senhor... - reclamei — Ela