Parte 8... Matteo... Eu nem pensei em mais nada, antes que por qualquer motivo, ela acabasse desistindo de continuar nosso momento. E eu quis que fosse aqui porque unia as duas coisas. Nem demorei um minuto para me livrar da calça e jogar no chão junto com a cueca. Vi os olhos dela correrem direto para meu genital, crescerem, acho que por espanto, assim espero e depois voltarem ao meu rosto. Ela está bem corada e não pude deixar de rir. — Não ria de mim, Matteo - ela reclamou. — Não estou rindo de você - segurei seu queixo — Estou rindo com você. Está parecendo um tomate. Ela apertou os lábios e riu também. — Desculpe... Falta de prática. — Não se desculpe, eu até acho bonitinho. Voltei a beijá-la para que se distraísse um pouco. Eu nunca parei para analisar o que uma mulher poderia pensar ou sentir ao ver um homem com ereção pela primeira vez. Seria feio? Esquisito? Talvez assustador? Não sei realmente e sem querer fingir modéstia, eu sei que sou bem dotado nesse quesito. J
Parte 9...Matteo...Depois de uns minutos, estávamos suados, a música da playlist já se repetia e a janela aberta mostrava que a lua já sumia da paisagem. Por mais que eu estivesse gostando muito de nossa primeira vez, eu tenho um limite de controle.E não dava mais. Empurrei fundo e gemi o nome dela, jogando a cabeça para trás. Acho que senti um efeito parecido com voar. Foi incrível. E pela resposta do corpo dela, acho que Ana também conseguiu ter um vislumbre desse voo comigo. Me derramei dentro dela e deixei o corpo descer sobre o dela, abraçados.** ** ** ** ** ** **Ana...Meu Deus... O que eu fiz?Minha cabeça está tão cheia quanto meu coração. Estou cheia de dúvidas, mas ao mesmo tempo, de certezas. Acho que estou perdida, essa é a verdade. Penso uma coisa e eu mesma respondo, analiso e julgo. Nossa, como é difícil não ter um apoio para conversar.Meu coração está desacelerando. Ou talvez seja o dele, em cima de mim. Estamos abraçados tão grudados que se alguém nos vir agora,
Parte 1... Matteo Hoje cedo quando acordei fiquei observando Ana que ainda dormia. Eu realmente suguei a energia dela durante a noite. Mas acho que valeu a pena. Foi uma experiência muito diferente, pra nós dois. E eu confesso que pra mim foi muito bom. No início achei que seria uma ideia ridícula de Sandro e Otávio, mas até que tenho que dar o braço a torcer, porque eles sabiam mais sobre ela do que eu e juntar nós dois está sendo uma boa coisa. Acho que todos estão mesmo certos de que existe uma relação de verdade entre nós e não um contrato com tempo determinado. — Ana! - balancei a mão para o alto para chamar sua atenção — Vem... Vamos comer algo! Ela acena lá de baixo. Está com uma das funcionárias e Nicolete, pegando flores no novo jardim. É engraçado, mas acho que ela combina com essa paisagem. Está de um jeito que eu jamais a veria, se continuasse apenas como minha secretária. E não é que eu não gostasse dela antes, eu nem mesmo a via realmente. Entrava apressado e ficav
Parte 2... Ana... Estamos voltando para casa. É até estranho pensar dessa forma, mas agora a cobertura dele é também minha casa. Pelo menos até que o contrato de casamento perdure. Depois poderei comprar algo para mim e Acácia. Nada tão grande e nem cheio de luxos como é a cobertura dele. Para nós duas o mais importante é que teremos tranquilidade financeira. Matteo me levou a alguns lugares lindos. Tomara que durante o tempo em que fique casada com ele, eu possa voltar mais vezes. A propriedade dele é maravilhosa e não só na parte material. As pessoas que vivem lá e cuidam de tudo são maravilhosas também. Gostei demais de conhecer a todos. Me trataram tão bem que eu poderia até me acostumar a viver em um lugar assim, cheio de gente calma e com um sorriso no rosto. A rotina deles é tão gostosa. Começam cedo os trabalhos na casa. Os empregados de fora passam de um lado para outro, cuidando da parte em volta. Não deu para ver tudo. A propriedade é muito maior do que eu pensei e bem
Parte 3... Ana Enquanto vou visitar Acácia para saber como ela passou esses dias em que fiquei fora, Matteo foi se encontrar com o responsável atual pelo testamento do avô dele. Me pareceu que estava tranquilo, o que é bom para passar uma boa ideia sobre nosso relacionamento. Não fiquei tanto tempo fora, mas ainda assim, Acácia teve um episódio durante uma noite e perdeu toda a madrugada entre inda e vinda para o banheiro e em uma ocasião chegou até a fazer as necessiadades em cima da cama mesmo. Ela estava um pouco deprimida, triste com o acontecimento, mas as enfermeiras da equipe que cuida dela me disse que estava tudo bem. Isso era algo normal que infelizmente ocorria muito com pacientes nas condições de saúde dela e ainda mais quando eram mais velhos, idosos. Eu a levei em uma cadeira de rodas para a parte de fora e escolhi um cantinho no gramado, perto de um jardim pequeno, para conversarmos melhor. É muito ruim ficar doente e se sentir debilitada a maior parte do tempo e a
Parte 4... — Como assim, esqueletos no armário? - eu franzi a testa achando engraçado. — É que nunca sabemos de verdade o que se passa na vida dos outros, querida. Ficamos tentados a pensar que só quem tem problemas somos nós, isso é comum para o ser humano. — Ah, entendi... Tipo "a grama do vizinho é mais verde que a minha" - gesticulei. — Bem isso mesmo. Puxei o ar fundo e torci a boca, pensando na frase. É verdade. — Matteo se mostra um homem diferente do que ele é na empresa. — Mas é que temos personagens para cada etapa de nossa vida. Você não é a mesmo vinte e quatro horas do dia, é? — Acho que não - torci o nariz. — Então, porque ele seria? - ela espalmou as mãos sobre o colo — Você tem que observar e buscar entender o comportamento do outro. Até nós mesmos, às vezes, vendemos uma falsa imagem nossa que acaba por enganar aos outros e muitas vezes nos decepcionamos quando achamos que não somos entendidos. Eu parei um momento para pensar nisso. Acácia como sempre tem m
Parte 5... Matteo — Eu não entendi isso, Otávio - cruzei as mãos sobre o colo — Desde quando você tem esse contato com meu irmão? — Desde que ele me pediu para ser advogado dele, lá no jantar - ele bateu as mãos — Eu não vi nenhum motivo para negar a proposta dele, Matteo. Eu torci a boca. Sei não. Do nada o Lucas resolve fazer parte de minha vida de novo. Tudo bem, a gente nunca chegou a brigar de verdade, eram só desavenças de irmãos, algo comum, mas ele se afastou e na maior parte das vezes, sempre sou eu quem o procura. — Isso não tem a ver com a herança, tem? — Eu não posso te falar sobre um cliente, Matteo - ele deu risada — Ainda que ele seja o seu irmão. Por enquanto nada tem a ver com isso, posso assegurar. Achei estranho, mas, enfim, Otávio tem razão. Um advogado não pode quebrar o silêncio de outro cliente. E se ele diz que não tem a ver com o testamento, eu acredito. Otávio nunca mentiu para mim. Que eu saiba, pelo menos. — E como foi a viagem com a Ana? Me recost
Parte 6... Infelizmente nem todo mundo pensa como eu, até mesmo dentro da própria família. Não sei exatamente o que meu avô sentiu ao saber que Lucas era homosexual, mas sei que minha avó depois de uns minutos pensando no que ele disse, simplesmente aceitou e me pareceu que isso não a incomodou realmente. — Mas, seja honesto... Se ele não fosse seu irmão, você aceitaria o fato dele ser gay? Eu torci a boca pensando. E porque eu não deveria aceitar? — Eu nunca fui de pensar em outra pessoa como diferente de mim... Pra mim todo mundo tem direito a ser e fazer o que quiser, desde que isso não traga prejuízo ao próximo. — Poxa, muito legal isso que você disse, Matteo - ele balançou a cabeça — Seria ótimo que as pessoas pensassem dessa forma, evitaria muita dor de cabeça. — Todo mundo tem liberdade individual, Otávio, você como advogado sabe bem disso - me inclinei para a frente — E as pessoas deveriam ser mais abertas a entender que elas não são as donas da verdade, como muitas pens