— Você é um péssimo jogador! — Disse Emma rindo de Christopher porque ele não sabia jogar sinuca.
— Por que não jogamos pôquer? Aposto que eu te venceria facilzinho. — Ele disse convencido.— Ouvindo meus pensamentos? — Disse ela o encarando.— Que isso? Eu nunca trapaceio! Nunca! — Disse ele, mas sua cara dizia outra coisa.— Eu trapaceio… Um pouquinho. — Admitiu ela.— Só um pouquinho, né? — Disse ele entregando uma cerveja a ela.— Mas eu sou uma boa jogadora.— Modesta…Emma riu e bebeu sua cerveja.— Eu sou péssimo em qualquer coisa que exija muita concentração. Já era assim, mesmo antes de… Você sabe. — Falou ele.— Mas talvez, seja só porque você não se interesse por certas coisas, mesmo. Normal. Gosto de coisas que tem mais a ver comigo, com minha personalidade, com a forma como fui criada. Você também. E, não tinha essas coisas na sua época. — Falou Emma.— Nossa! Tá me chamando de velho? — Disse ele rindo.— Não. Desculpe? Não quis dizer— Mary? — Ela chamou a amiga que dormia ao seu lado na mesma cama. Mas Mary Ann não acordou. — Ah, deus! Aqui não. Por favor? — Luciana disse baixinho e apertou o colar com pingente de guitarra, fechando os olhos e pensando em Alexander. Ele dissera que ajudaria se ela precisasse, não?Amanda gritou. Luciana se assustou e gritou também. Mary Ann despertou, sobressaltada.— O que foi?— Não sei. Ouvi a Amanda gritando! — Disse Luciana pulando da cama. † † †A velha pulou em cima de Amanda e arranhou o rosto dela. Amanda tentou escapar passando através dela, mas não conseguiu. De alguma forma, seu poder travou.— Socorro! Alguém me ajude, por favor? — Gritou Amanda, desesperada.Mary e Luciana vieram, correndo. A velha saiu de cima de Amanda e apareceu atrás de Luciana, agarrando-a pelo cabelo. Luciana gritou.
Amanda despertou e percebeu que estava deitada em uma calçada em frente a uma velha loja de brinquedos. Como ela fora parar ali? Não se lembrava. Olhou a sua volta. Onde estava? Ainda parecia Large Field, mas uma versão sombria da mesma porque a cidade parecia abandonada. Tinha folhetos e folhas de jornais e embalagens de produtos espalhados pelas ruas. Em um poste, tinha um cartaz que dizia que Amanda estava desaparecida. Ela arrancou o cartaz e o encarou.— Meu deus! Quanto tempo fiquei desaparecida? O que aconteceu aqui? — Disse Amanda angustiada.Ela correu até sua casa e quando chegou lá, chorou ao ver que a mesma estava em ruínas. Parte do teto havia desabado, as gardênias que sua mãe tanto amava, estavam murchas; a porta estava arrebentada e tinha tábuas pregadas em “x” nas janelas sem vidros.Amanda atravessou a porta que estava fechada – felizmente, ainda tinha seu poder – e olhou a sala. As paredes estavam pichadas com frases – provavelmente, escritas por um babac
Emma colocou algumas coisas em uma mala de mão e pegou a chave do carro de sua mãe. Ela iria para uma cidade vizinha e talvez ficasse lá por alguns dias. Por isso mesmo, decidiu ir até a casa de Christopher se despedir dele. Emma tocou a campainha e esperou.— Ora, ora… Quanta honra! Uma caçadora em minha porta! Veio falar com Christopher ou matá-lo? — Disse Lorena sorrindo, mas sem conseguir disfarçar seu ódio.— Ele está? — Emma perguntou.— Chris? — Gritou Lorena e se voltou a Emma. — Por favor? Entre? Sabe? Nós, vampiros, não somos tão indelicados a ponto de deixar uma pessoa parada do lado de fora, esperando.— Estou bem aqui. Obrigada. — Falou Emma.Christopher havia falado demais ou Lorena andou os espionando.— Ah, por favor? Queira desculpá-la? Ela só estava brincando.— Disse
Golden Valley era uma cidade vizinha de Large Field, com fortes influências irlandesas e escocesas, o que a tornava única e encantadora como um pedacinho do paraíso, tão diferente de Large Fiel com aquela arquitetura gótica e fria… Tinha flores e cores e aromas por toda parte. As pessoas eram bem-humoradas, educadas e prestativas. Crianças pobres e ricas se misturavam enquanto brincavam na praça jogando bola ou correndo umas atrás das outras em um tipo de pega-pega.Um homem se ofereceu para ajudar uma senhora a carregar suas sacolas, um açougueiro foi até a frente de seu estabelecimento e jogou uma linguiça para um vira-lata que era só pele e osso, uma mocinha de sorriso meigo saiu de uma padaria e deu um croissant a um mendigo. Um menino deu uma flor a Emma e sorriu para ela.— Seja bem-vinda a Golden Valley, senhorita. — Ele disse e se afastou antes que ela pudesse agra
Jordana sentiu suas costas tocarem a parede fria da varanda. Estava encurralada, mas ousou negar:— Não sei do que está falando.— Kentin e você estavam dançando quando ele recuou e disse que voltava logo, que pediria umas bebidas para os dois. Sem querer, ele esbarrou em Bradley Kepler. Desculpou-se, mas Brad não aceitou as desculpas dele e bateu nele. Quando você percebeu que seu namorado não poderia se defender e levaria uma bela surra, ficou cega pelo ódio e atacou Brad.— Isso é ridículo. — Jordana riu nervosa. — Brad tem o quê? Uns dois metros de altura. Acha mesmo que uma garotinha como eu acabaria com um gigante daqueles? Nem que eu lutasse karatê.— Quando ficou cega pelo ódio, algo sombrio despertou dentro de você… Algo com garras e olhos vermelhos. — Falou Henry tão perto dela que seus corpos se tocaram. J
Amanda estudava seu grimório quando ouviu uma batida em sua janela. Quem podia ser? Levantou-se e foi ver. Ah, mas se fosse Aaron… Ele veria só o escândalo que ela faria! Aquele infeliz…— Boa-noite? — Disse Henry sorrindo, tímido. Ele estava parado na sacada.— É alérgico a campainha? — Disse Amanda com as mãos nos bolsos de seu robe com estampa de flores.— Não. É que… Está tarde. Não queria acordar os seus pais. Só isso. Só passei para vê-la, mas se quiser, eu vou embora. — Ele disse.— Não. Desculpe? Fique. — Falou Amanda.— Tem certeza? — Ele disse. — Não quero incomodar. Não quis acordá-la. Só bati em sua janela porque vi a luz acesa.— Você… Quer entrar? — Ela sorriu.Henry se aproximou dela e ela pensou que ele fosse beijá-la, mas ele apenas acariciou seu rosto.— Tem certeza?— Confio em você. — Disse ela pegando a mão dele e o puxando para seu quarto.— Muito bonito o seu quarto! — Falou ele olhando ao redor.— Obrigada. — Ela disse e se sentou na cama. Ele sentou-se ao lado
|16 de abril de 2014Era uma manhã fria em Large Field. Poucos estudantes tiveram coragem de deixar suas camas aconchegantes para irem ao colégio.São Marcos era um prédio de quatro andares com uma quadra grande de basquete, um campo de futebol e um salão de natação. Os jardins eram bem cuidados, os pátios e corredores amplos. Mas, apesar de seu tamanho, estava longe de ser o colégio perfeito.O quarto andar estava em reforma desde o ano passado. As carteiras estavam rabiscadas com palavrões e desenhos obscenos. Os muros foram pichados e vez ou outra sumiam computadores ou coisas do laboratório. Sem contar as brigas que aconteciam durante o intervalo ou em campo. Sem dúvida, São Marcos era o inferno.Enquanto o professor Armando enchia a lousa de ex
|16 de abril de 2015Harriet:Me chamo Harriet Sullivan. Não sou popular como as outras garotas. Sou mais na minha, sabe?Na verdade tenho dificuldade em me socializar. Logo que comecei a estudar em São Marcos, me senti como um peixe fora d'água. Tudo era tão grande, barulhento e confuso…Não falava com ninguém e ninguém falava comigo. Até que, um dia, “ele” se mudou para o apartamento em frente ao meu.Jake Hawley é o seu nome. Ele é lindo! Alto, branco, com olhos azuis e cabelo castanho escuro. É tão gentil e bem-humorado e me trata muito bem. Saber que ele sabe que existo é a melhor coisa no mundo. Sei que nunca terei uma chance com ele porque, infelizmente