Jordana foi atrás de Mary Ann para lhe entregar um convite para a festa da amiga de Brittany e deu de cara com Jeremy. Tentou ignorá-lo, mas ele agarrou seu braço.
— Como você fez aquilo, aquele dia? — Ele perguntou.— Não sei do que está falando.— Ah, por favor? Não negue! Eu me lembro bem do que você fez. — Falou Jeremy.— Você prova? — Jordana puxou seu braço, fazendo Jeremy soltá-lo.— Você é algum tipo de mutante como no X-men? — Perguntou Jeremy.— O quê? Você é maluco! — Jordana disse comprimindo um riso.— Aí, esse cara tá te incomodando? — Perguntou Kentin chegando de repente.— Não. Tudo bem, Ken. — Respondeu Jordana.— Vê se deixa minha garota em paz! — Falou Kentin abraçando Jordana.— Eu só estava conversando com ela. — Disse Jeremy.— Imagino, até porque você não gosta de garotas. Não é mesmo? — Disse Kentin.— Não gosto. — Falou Jeremy se afastando.— Sua garota? Gostei disso, apesar de soar um pouco possessivo. — Disse Jordana— Só alguns sapatos, né?! — Disse Amanda olhando para a coleção de sapatos de Mary Ann. — Quantos sapatos você tem aqui? Nossa! Dá para usar esses sapatos sem repeti-los por um ano todo ou mais.— Também não exagere! — Falou Mary Ann rindo.— São tão lindos! — Falou Luciana. — Acho que quero usar esses vermelhos, aqui.— Vão ficar ótimos em você! — Disse Mary Ann.As três ligaram o rádio e dançaram e cantaram um pouco, se aquecendo para a festa. Claro que não dançariam daquela forma tão solta na festa, por isso mesmo, estavam aproveitando. Luciana ajeitou sua câmera no tripé para filmá-las. Ela sempre filmava suas amigas para ter uma lembrança depois que fosse embora de cidade. As três cantaram o refrão da música Papa Don't Preach
— Você é um péssimo jogador! — Disse Emma rindo de Christopher porque ele não sabia jogar sinuca.— Por que não jogamos pôquer? Aposto que eu te venceria facilzinho. — Ele disse convencido.— Ouvindo meus pensamentos? — Disse ela o encarando.— Que isso? Eu nunca trapaceio! Nunca! — Disse ele, mas sua cara dizia outra coisa.— Eu trapaceio… Um pouquinho. — Admitiu ela.— Só um pouquinho, né? — Disse ele entregando uma cerveja a ela.— Mas eu sou uma boa jogadora.— Modesta…Emma riu e bebeu sua cerveja.— Eu sou péssimo em qualquer coisa que exija muita concentração. Já era assim, mesmo antes de… Você sabe. — Falou ele.— Mas talvez, seja só porque você não se interesse por certas coisas, mesmo. Normal. Gosto de coisas que tem mais a ver comigo, com minha personalidade, com a forma como fui criada. Você também. E, não tinha essas coisas na sua época. — Falou Emma.— Nossa! Tá me chamando de velho? — Disse ele rindo.— Não. Desculpe? Não quis dizer
— Mary? — Ela chamou a amiga que dormia ao seu lado na mesma cama. Mas Mary Ann não acordou. — Ah, deus! Aqui não. Por favor? — Luciana disse baixinho e apertou o colar com pingente de guitarra, fechando os olhos e pensando em Alexander. Ele dissera que ajudaria se ela precisasse, não?Amanda gritou. Luciana se assustou e gritou também. Mary Ann despertou, sobressaltada.— O que foi?— Não sei. Ouvi a Amanda gritando! — Disse Luciana pulando da cama. † † †A velha pulou em cima de Amanda e arranhou o rosto dela. Amanda tentou escapar passando através dela, mas não conseguiu. De alguma forma, seu poder travou.— Socorro! Alguém me ajude, por favor? — Gritou Amanda, desesperada.Mary e Luciana vieram, correndo. A velha saiu de cima de Amanda e apareceu atrás de Luciana, agarrando-a pelo cabelo. Luciana gritou.
Amanda despertou e percebeu que estava deitada em uma calçada em frente a uma velha loja de brinquedos. Como ela fora parar ali? Não se lembrava. Olhou a sua volta. Onde estava? Ainda parecia Large Field, mas uma versão sombria da mesma porque a cidade parecia abandonada. Tinha folhetos e folhas de jornais e embalagens de produtos espalhados pelas ruas. Em um poste, tinha um cartaz que dizia que Amanda estava desaparecida. Ela arrancou o cartaz e o encarou.— Meu deus! Quanto tempo fiquei desaparecida? O que aconteceu aqui? — Disse Amanda angustiada.Ela correu até sua casa e quando chegou lá, chorou ao ver que a mesma estava em ruínas. Parte do teto havia desabado, as gardênias que sua mãe tanto amava, estavam murchas; a porta estava arrebentada e tinha tábuas pregadas em “x” nas janelas sem vidros.Amanda atravessou a porta que estava fechada – felizmente, ainda tinha seu poder – e olhou a sala. As paredes estavam pichadas com frases – provavelmente, escritas por um babac
Emma colocou algumas coisas em uma mala de mão e pegou a chave do carro de sua mãe. Ela iria para uma cidade vizinha e talvez ficasse lá por alguns dias. Por isso mesmo, decidiu ir até a casa de Christopher se despedir dele. Emma tocou a campainha e esperou.— Ora, ora… Quanta honra! Uma caçadora em minha porta! Veio falar com Christopher ou matá-lo? — Disse Lorena sorrindo, mas sem conseguir disfarçar seu ódio.— Ele está? — Emma perguntou.— Chris? — Gritou Lorena e se voltou a Emma. — Por favor? Entre? Sabe? Nós, vampiros, não somos tão indelicados a ponto de deixar uma pessoa parada do lado de fora, esperando.— Estou bem aqui. Obrigada. — Falou Emma.Christopher havia falado demais ou Lorena andou os espionando.— Ah, por favor? Queira desculpá-la? Ela só estava brincando.— Disse
Golden Valley era uma cidade vizinha de Large Field, com fortes influências irlandesas e escocesas, o que a tornava única e encantadora como um pedacinho do paraíso, tão diferente de Large Fiel com aquela arquitetura gótica e fria… Tinha flores e cores e aromas por toda parte. As pessoas eram bem-humoradas, educadas e prestativas. Crianças pobres e ricas se misturavam enquanto brincavam na praça jogando bola ou correndo umas atrás das outras em um tipo de pega-pega.Um homem se ofereceu para ajudar uma senhora a carregar suas sacolas, um açougueiro foi até a frente de seu estabelecimento e jogou uma linguiça para um vira-lata que era só pele e osso, uma mocinha de sorriso meigo saiu de uma padaria e deu um croissant a um mendigo. Um menino deu uma flor a Emma e sorriu para ela.— Seja bem-vinda a Golden Valley, senhorita. — Ele disse e se afastou antes que ela pudesse agra
Jordana sentiu suas costas tocarem a parede fria da varanda. Estava encurralada, mas ousou negar:— Não sei do que está falando.— Kentin e você estavam dançando quando ele recuou e disse que voltava logo, que pediria umas bebidas para os dois. Sem querer, ele esbarrou em Bradley Kepler. Desculpou-se, mas Brad não aceitou as desculpas dele e bateu nele. Quando você percebeu que seu namorado não poderia se defender e levaria uma bela surra, ficou cega pelo ódio e atacou Brad.— Isso é ridículo. — Jordana riu nervosa. — Brad tem o quê? Uns dois metros de altura. Acha mesmo que uma garotinha como eu acabaria com um gigante daqueles? Nem que eu lutasse karatê.— Quando ficou cega pelo ódio, algo sombrio despertou dentro de você… Algo com garras e olhos vermelhos. — Falou Henry tão perto dela que seus corpos se tocaram. J
Amanda estudava seu grimório quando ouviu uma batida em sua janela. Quem podia ser? Levantou-se e foi ver. Ah, mas se fosse Aaron… Ele veria só o escândalo que ela faria! Aquele infeliz…— Boa-noite? — Disse Henry sorrindo, tímido. Ele estava parado na sacada.— É alérgico a campainha? — Disse Amanda com as mãos nos bolsos de seu robe com estampa de flores.— Não. É que… Está tarde. Não queria acordar os seus pais. Só isso. Só passei para vê-la, mas se quiser, eu vou embora. — Ele disse.— Não. Desculpe? Fique. — Falou Amanda.— Tem certeza? — Ele disse. — Não quero incomodar. Não quis acordá-la. Só bati em sua janela porque vi a luz acesa.— Você… Quer entrar? — Ela sorriu.Henry se aproximou dela e ela pensou que ele fosse beijá-la, mas ele apenas acariciou seu rosto.— Tem certeza?— Confio em você. — Disse ela pegando a mão dele e o puxando para seu quarto.— Muito bonito o seu quarto! — Falou ele olhando ao redor.— Obrigada. — Ela disse e se sentou na cama. Ele sentou-se ao lado