Luciana entrou na sala de aula, sorridente. Estava diferente, mais arrumada do que normalmente costumava estar. Com um batom rosa claro nos lábios. Os cabelos presos de lado, uma blusinha verde, uma calça jeans, botas e uma jaqueta preta de couro.
Luciana foi até onde Christopher estava, sentou-se na mesa dele e disse-lhe:
— E aí, irmãozinho? Sentiu saudades de mim?
Christopher engoliu em seco sem entender o que estava acontecendo ali. O que diabos tinha de errado com Luciana? Será que ela estava bêbada?
— Por que essa cara? Parece que viu um fantasma? — Luciana riu, alto.
Brittany deu um risinho, achando que Christopher estava encrencado.
Emma viu Luciana em cima da mesa de Christopher e virou o rosto, antes que
— Emma, não! — gritou Christopher vindo correndo na direção dela.A fada agarrou o pulso dela e a puxou. Emma conseguiu agarrar a maçaneta da porta e empurrá-la antes que a fada a puxasse para dentro do portal. Só que a mão da fada ficou entre a porta, impedindo-a de ser fechada. Christopher torceu os dedos da fada até que ela puxasse sua mão e recuasse, emitindo um grito inumano. Emma fechou a porta. A maçaneta se agitou com força enquanto uma luz brilhante saía pelas fendas da porta. Era a fada tentando escapar.— Pelo amor de deus! — Disse Emma. — É isso o que espera os escolhidos? Nem em sonho, atravesso esse portal.— E eu pensando que fadas fossem todas boazinhas. — Falou Christopher.A porta parou de ser forçada e a luz desapareceu. Emma recuou e abriu a porta devagar. Uma parede de tijolos havia surgido novamente, ocultando o bosque. Emma fechou a porta e suspirou, aliviada. &n
Emma e Christopher voltaram pelos túneis, mas ele não conseguiu passar pela passagem secreta que levava até o porão da casa dela porque não fora convidado.— Eu dou a volta e te encontro em frente a sua casa. — Disse ele antes que Emma dissesse qualquer coisa e desapareceu.Emma passou pela passagem e a fechou. Subiu a escada, rapidamente. Fechou a porta do porão e foi até seu quarto. Jogou sua jaqueta na cama e tirou sua blusa. Foi até o closet e pegou outra blusa e a vestiu. Se olhou no espelho. Pegou a escova e deu uma escovada em seu cabelo. Então, desceu. Foi até a geladeira e pegou dois refrigerantes antes de ir até a varanda.— Você demorou! — Disse Christopher sentado num banco de balanço.— Desculpe? — Emma sentou ao lado dele e lhe deu uma lata de refrigerante. — Sei que não é tão gostoso quanto um A-Positivo, mas é tudo o que tenho no meu freezer. — Ela brincou.Christopher riu.— Prefiro O-negativo, na verdade. Mas refrigerante serve. — Ele brincou tamb
Foi muito difícil para Bianca caminhar pelos corredores de São Marcos de cabeça erguida enquanto tinha de ignorar os sussurros e risos maldosos voltados a ela, mas ela se manteve firme.— Oi?Bianca se virou e viu Lizzie, Pagie e Nancy paradas a encarando. Só Lizzie falou. Pagie e Nancy ficaram o tempo todo de cara amarrada, deixando bem claro que só tolerariam a presença de Bianca porque Lizzie as obrigara.— Oi, Lizzie. Tudo bem? — Disse Bianca sorrindo e se aproximou dela e lhe deu um beijo no rosto. Bianca só se sentia querida e especial quando tinha a atenção de Lizzie voltada a ela. Mesmo que Dorothy vivesse enchendo a cabeça dela para ela tomar o lugar da loira e ser mais popular que ela, Bianca não conseguia. Sequer tentava. A verdade é que no mundo há pessoas que nascem para liderar e há pessoas que nascem para serem lideradas. Bianca nascera pa
Jordana foi atrás de Mary Ann para lhe entregar um convite para a festa da amiga de Brittany e deu de cara com Jeremy. Tentou ignorá-lo, mas ele agarrou seu braço.— Como você fez aquilo, aquele dia? — Ele perguntou.— Não sei do que está falando.— Ah, por favor? Não negue! Eu me lembro bem do que você fez. — Falou Jeremy.— Você prova? — Jordana puxou seu braço, fazendo Jeremy soltá-lo.— Você é algum tipo de mutante como no X-men? — Perguntou Jeremy.— O quê? Você é maluco! — Jordana disse comprimindo um riso.— Aí, esse cara tá te incomodando? — Perguntou Kentin chegando de repente.— Não. Tudo bem, Ken. — Respondeu Jordana.— Vê se deixa minha garota em paz! — Falou Kentin abraçando Jordana.— Eu só estava conversando com ela. — Disse Jeremy.— Imagino, até porque você não gosta de garotas. Não é mesmo? — Disse Kentin.— Não gosto. — Falou Jeremy se afastando.— Sua garota? Gostei disso, apesar de soar um pouco possessivo. — Disse Jordana
— Só alguns sapatos, né?! — Disse Amanda olhando para a coleção de sapatos de Mary Ann. — Quantos sapatos você tem aqui? Nossa! Dá para usar esses sapatos sem repeti-los por um ano todo ou mais.— Também não exagere! — Falou Mary Ann rindo.— São tão lindos! — Falou Luciana. — Acho que quero usar esses vermelhos, aqui.— Vão ficar ótimos em você! — Disse Mary Ann.As três ligaram o rádio e dançaram e cantaram um pouco, se aquecendo para a festa. Claro que não dançariam daquela forma tão solta na festa, por isso mesmo, estavam aproveitando. Luciana ajeitou sua câmera no tripé para filmá-las. Ela sempre filmava suas amigas para ter uma lembrança depois que fosse embora de cidade. As três cantaram o refrão da música Papa Don't Preach
— Você é um péssimo jogador! — Disse Emma rindo de Christopher porque ele não sabia jogar sinuca.— Por que não jogamos pôquer? Aposto que eu te venceria facilzinho. — Ele disse convencido.— Ouvindo meus pensamentos? — Disse ela o encarando.— Que isso? Eu nunca trapaceio! Nunca! — Disse ele, mas sua cara dizia outra coisa.— Eu trapaceio… Um pouquinho. — Admitiu ela.— Só um pouquinho, né? — Disse ele entregando uma cerveja a ela.— Mas eu sou uma boa jogadora.— Modesta…Emma riu e bebeu sua cerveja.— Eu sou péssimo em qualquer coisa que exija muita concentração. Já era assim, mesmo antes de… Você sabe. — Falou ele.— Mas talvez, seja só porque você não se interesse por certas coisas, mesmo. Normal. Gosto de coisas que tem mais a ver comigo, com minha personalidade, com a forma como fui criada. Você também. E, não tinha essas coisas na sua época. — Falou Emma.— Nossa! Tá me chamando de velho? — Disse ele rindo.— Não. Desculpe? Não quis dizer
— Mary? — Ela chamou a amiga que dormia ao seu lado na mesma cama. Mas Mary Ann não acordou. — Ah, deus! Aqui não. Por favor? — Luciana disse baixinho e apertou o colar com pingente de guitarra, fechando os olhos e pensando em Alexander. Ele dissera que ajudaria se ela precisasse, não?Amanda gritou. Luciana se assustou e gritou também. Mary Ann despertou, sobressaltada.— O que foi?— Não sei. Ouvi a Amanda gritando! — Disse Luciana pulando da cama. † † †A velha pulou em cima de Amanda e arranhou o rosto dela. Amanda tentou escapar passando através dela, mas não conseguiu. De alguma forma, seu poder travou.— Socorro! Alguém me ajude, por favor? — Gritou Amanda, desesperada.Mary e Luciana vieram, correndo. A velha saiu de cima de Amanda e apareceu atrás de Luciana, agarrando-a pelo cabelo. Luciana gritou.
Amanda despertou e percebeu que estava deitada em uma calçada em frente a uma velha loja de brinquedos. Como ela fora parar ali? Não se lembrava. Olhou a sua volta. Onde estava? Ainda parecia Large Field, mas uma versão sombria da mesma porque a cidade parecia abandonada. Tinha folhetos e folhas de jornais e embalagens de produtos espalhados pelas ruas. Em um poste, tinha um cartaz que dizia que Amanda estava desaparecida. Ela arrancou o cartaz e o encarou.— Meu deus! Quanto tempo fiquei desaparecida? O que aconteceu aqui? — Disse Amanda angustiada.Ela correu até sua casa e quando chegou lá, chorou ao ver que a mesma estava em ruínas. Parte do teto havia desabado, as gardênias que sua mãe tanto amava, estavam murchas; a porta estava arrebentada e tinha tábuas pregadas em “x” nas janelas sem vidros.Amanda atravessou a porta que estava fechada – felizmente, ainda tinha seu poder – e olhou a sala. As paredes estavam pichadas com frases – provavelmente, escritas por um babac