Emma e Christopher voltaram pelos túneis, mas ele não conseguiu passar pela passagem secreta que levava até o porão da casa dela porque não fora convidado.
— Eu dou a volta e te encontro em frente a sua casa. — Disse ele antes que Emma dissesse qualquer coisa e desapareceu.Emma passou pela passagem e a fechou. Subiu a escada, rapidamente. Fechou a porta do porão e foi até seu quarto. Jogou sua jaqueta na cama e tirou sua blusa. Foi até o closet e pegou outra blusa e a vestiu. Se olhou no espelho. Pegou a escova e deu uma escovada em seu cabelo. Então, desceu. Foi até a geladeira e pegou dois refrigerantes antes de ir até a varanda.— Você demorou! — Disse Christopher sentado num banco de balanço.— Desculpe? — Emma sentou ao lado dele e lhe deu uma lata de refrigerante. — Sei que não é tão gostoso quanto um A-Positivo, mas é tudo o que tenho no meu freezer. — Ela brincou.Christopher riu.— Prefiro O-negativo, na verdade. Mas refrigerante serve. — Ele brincou tambFoi muito difícil para Bianca caminhar pelos corredores de São Marcos de cabeça erguida enquanto tinha de ignorar os sussurros e risos maldosos voltados a ela, mas ela se manteve firme.— Oi?Bianca se virou e viu Lizzie, Pagie e Nancy paradas a encarando. Só Lizzie falou. Pagie e Nancy ficaram o tempo todo de cara amarrada, deixando bem claro que só tolerariam a presença de Bianca porque Lizzie as obrigara.— Oi, Lizzie. Tudo bem? — Disse Bianca sorrindo e se aproximou dela e lhe deu um beijo no rosto. Bianca só se sentia querida e especial quando tinha a atenção de Lizzie voltada a ela. Mesmo que Dorothy vivesse enchendo a cabeça dela para ela tomar o lugar da loira e ser mais popular que ela, Bianca não conseguia. Sequer tentava. A verdade é que no mundo há pessoas que nascem para liderar e há pessoas que nascem para serem lideradas. Bianca nascera pa
Jordana foi atrás de Mary Ann para lhe entregar um convite para a festa da amiga de Brittany e deu de cara com Jeremy. Tentou ignorá-lo, mas ele agarrou seu braço.— Como você fez aquilo, aquele dia? — Ele perguntou.— Não sei do que está falando.— Ah, por favor? Não negue! Eu me lembro bem do que você fez. — Falou Jeremy.— Você prova? — Jordana puxou seu braço, fazendo Jeremy soltá-lo.— Você é algum tipo de mutante como no X-men? — Perguntou Jeremy.— O quê? Você é maluco! — Jordana disse comprimindo um riso.— Aí, esse cara tá te incomodando? — Perguntou Kentin chegando de repente.— Não. Tudo bem, Ken. — Respondeu Jordana.— Vê se deixa minha garota em paz! — Falou Kentin abraçando Jordana.— Eu só estava conversando com ela. — Disse Jeremy.— Imagino, até porque você não gosta de garotas. Não é mesmo? — Disse Kentin.— Não gosto. — Falou Jeremy se afastando.— Sua garota? Gostei disso, apesar de soar um pouco possessivo. — Disse Jordana
— Só alguns sapatos, né?! — Disse Amanda olhando para a coleção de sapatos de Mary Ann. — Quantos sapatos você tem aqui? Nossa! Dá para usar esses sapatos sem repeti-los por um ano todo ou mais.— Também não exagere! — Falou Mary Ann rindo.— São tão lindos! — Falou Luciana. — Acho que quero usar esses vermelhos, aqui.— Vão ficar ótimos em você! — Disse Mary Ann.As três ligaram o rádio e dançaram e cantaram um pouco, se aquecendo para a festa. Claro que não dançariam daquela forma tão solta na festa, por isso mesmo, estavam aproveitando. Luciana ajeitou sua câmera no tripé para filmá-las. Ela sempre filmava suas amigas para ter uma lembrança depois que fosse embora de cidade. As três cantaram o refrão da música Papa Don't Preach
— Você é um péssimo jogador! — Disse Emma rindo de Christopher porque ele não sabia jogar sinuca.— Por que não jogamos pôquer? Aposto que eu te venceria facilzinho. — Ele disse convencido.— Ouvindo meus pensamentos? — Disse ela o encarando.— Que isso? Eu nunca trapaceio! Nunca! — Disse ele, mas sua cara dizia outra coisa.— Eu trapaceio… Um pouquinho. — Admitiu ela.— Só um pouquinho, né? — Disse ele entregando uma cerveja a ela.— Mas eu sou uma boa jogadora.— Modesta…Emma riu e bebeu sua cerveja.— Eu sou péssimo em qualquer coisa que exija muita concentração. Já era assim, mesmo antes de… Você sabe. — Falou ele.— Mas talvez, seja só porque você não se interesse por certas coisas, mesmo. Normal. Gosto de coisas que tem mais a ver comigo, com minha personalidade, com a forma como fui criada. Você também. E, não tinha essas coisas na sua época. — Falou Emma.— Nossa! Tá me chamando de velho? — Disse ele rindo.— Não. Desculpe? Não quis dizer
— Mary? — Ela chamou a amiga que dormia ao seu lado na mesma cama. Mas Mary Ann não acordou. — Ah, deus! Aqui não. Por favor? — Luciana disse baixinho e apertou o colar com pingente de guitarra, fechando os olhos e pensando em Alexander. Ele dissera que ajudaria se ela precisasse, não?Amanda gritou. Luciana se assustou e gritou também. Mary Ann despertou, sobressaltada.— O que foi?— Não sei. Ouvi a Amanda gritando! — Disse Luciana pulando da cama. † † †A velha pulou em cima de Amanda e arranhou o rosto dela. Amanda tentou escapar passando através dela, mas não conseguiu. De alguma forma, seu poder travou.— Socorro! Alguém me ajude, por favor? — Gritou Amanda, desesperada.Mary e Luciana vieram, correndo. A velha saiu de cima de Amanda e apareceu atrás de Luciana, agarrando-a pelo cabelo. Luciana gritou.
Amanda despertou e percebeu que estava deitada em uma calçada em frente a uma velha loja de brinquedos. Como ela fora parar ali? Não se lembrava. Olhou a sua volta. Onde estava? Ainda parecia Large Field, mas uma versão sombria da mesma porque a cidade parecia abandonada. Tinha folhetos e folhas de jornais e embalagens de produtos espalhados pelas ruas. Em um poste, tinha um cartaz que dizia que Amanda estava desaparecida. Ela arrancou o cartaz e o encarou.— Meu deus! Quanto tempo fiquei desaparecida? O que aconteceu aqui? — Disse Amanda angustiada.Ela correu até sua casa e quando chegou lá, chorou ao ver que a mesma estava em ruínas. Parte do teto havia desabado, as gardênias que sua mãe tanto amava, estavam murchas; a porta estava arrebentada e tinha tábuas pregadas em “x” nas janelas sem vidros.Amanda atravessou a porta que estava fechada – felizmente, ainda tinha seu poder – e olhou a sala. As paredes estavam pichadas com frases – provavelmente, escritas por um babac
Emma colocou algumas coisas em uma mala de mão e pegou a chave do carro de sua mãe. Ela iria para uma cidade vizinha e talvez ficasse lá por alguns dias. Por isso mesmo, decidiu ir até a casa de Christopher se despedir dele. Emma tocou a campainha e esperou.— Ora, ora… Quanta honra! Uma caçadora em minha porta! Veio falar com Christopher ou matá-lo? — Disse Lorena sorrindo, mas sem conseguir disfarçar seu ódio.— Ele está? — Emma perguntou.— Chris? — Gritou Lorena e se voltou a Emma. — Por favor? Entre? Sabe? Nós, vampiros, não somos tão indelicados a ponto de deixar uma pessoa parada do lado de fora, esperando.— Estou bem aqui. Obrigada. — Falou Emma.Christopher havia falado demais ou Lorena andou os espionando.— Ah, por favor? Queira desculpá-la? Ela só estava brincando.— Disse
Golden Valley era uma cidade vizinha de Large Field, com fortes influências irlandesas e escocesas, o que a tornava única e encantadora como um pedacinho do paraíso, tão diferente de Large Fiel com aquela arquitetura gótica e fria… Tinha flores e cores e aromas por toda parte. As pessoas eram bem-humoradas, educadas e prestativas. Crianças pobres e ricas se misturavam enquanto brincavam na praça jogando bola ou correndo umas atrás das outras em um tipo de pega-pega.Um homem se ofereceu para ajudar uma senhora a carregar suas sacolas, um açougueiro foi até a frente de seu estabelecimento e jogou uma linguiça para um vira-lata que era só pele e osso, uma mocinha de sorriso meigo saiu de uma padaria e deu um croissant a um mendigo. Um menino deu uma flor a Emma e sorriu para ela.— Seja bem-vinda a Golden Valley, senhorita. — Ele disse e se afastou antes que ela pudesse agra