AidenAlguns dias... Observo a pista molhada enquanto ponho as luvas de couro nas mãos. Ao nosso redor tem alguns carros e os roncos ferozes dos seus motores avisam que eles já estão prontos para desbravar os limites de uma estrada em fase terminal de construção. São quilômetros de ruas solitárias completamente nossas. Uma luta cheia de adrenalina pela vitória e uma ansiedade nua e crua para ultrapassar a linha de chegada. Enquanto Yang e Kevin verificam últimos detalhes do motor, os meus olhos percorrem a multidão a procura da única pessoa que dá sentido a minha existência e sorrio sutilmente quando a vejo do outro lado da pista acompanhada dos seus amigos.— Tudo pronto, Aiden! — Richard grita dando destaque a sua voz no meio de tanto barulho e uma adrenalina começa a preencher o meu corpo.— Oi, lindinho! — Brenice fala parando do meu lado. — Eu vim para deixar o meu beijo da sorte. — A garota sussurra aproximando, porém, eu desvio a tempo de evitar o beijo e a faço afastar-se.—
Mel— Aí, saco! O que ele está fazendo aqui? — Abby rasga a frase quando Aiden adentra a pequena lanchonete próxima do meu prédio e se aproxima da nossa mesa e de imediato fecho os meus olhos para reprimir um xingamento. Só para entender melhor essa situação, eu convidei a minha amiga para um lanche no meio da tarde. A ideia era iniciar uma conversa que a incentivasse a aceitar uma conversa amigável com o meu namorado e o Aiden só tinha que esperar o meu sinal para finalmente participar da nossa conversa, mas parece que o meu play boy não conhece bem as regras do jogo.— Abby, clama! Vamos conversar, ok? — peço, porém, ela não me dar ouvidos e pega o garfo no seu prato para ir na direção dele. É claro que eu me pus entre os dois e um par de olhos grandes e esverdeados me encaram possessos.— O que você está fazendo aí, Melissa Jones?— Abby, senta-se e vamos conversar como seres humanos educados.— Eu me sentaria para conversar como um humano educado se, ele fosse um maldito ser human
Mel— Aí, saco! O que ele está fazendo aqui? — Abby rasga a frase quando Aiden adentra a pequena lanchonete próxima do meu prédio e se aproxima da nossa mesa e de imediato fecho os meus olhos para reprimir um xingamento. Só para entender melhor essa situação, eu convidei a minha amiga para um lanche no meio da tarde. A ideia era iniciar uma conversa que a incentivasse a aceitar uma conversa amigável com o meu namorado e o Aiden só tinha que esperar o meu sinal para finalmente participar da nossa conversa, mas parece que o meu play boy não conhece bem as regras do jogo.— Abby, clama! Vamos conversar, ok? — peço, porém, ela não me dar ouvidos e pega o garfo no seu prato para ir na direção dele. É claro que eu me pus entre os dois e um par de olhos grandes e esverdeados me encaram possessos.— O que você está fazendo aí, Melissa Jones?— Abby, senta-se e vamos conversar como seres humanos educados.— Eu me sentaria para conversar como um humano educado se, ele fosse um maldito ser human
MelEu nunca imaginei que passaria parte desse dia sentada em um sofá apertado com os meus pais entre o meu namorado e eu, assistindo um filme de ação. Não com o fogo que eu estava a poucos minutos atrás. Que ideia foi essa de virem sem me avisar, eles nunca fizeram isso antes! Teve um momento que eu pensei, isso vai acabar logo. Após o lanche e o filme, e tudo mais, eles vão entrar naquele carro e voltarão para casa, e tudo voltará ao normal. Mas percebi que estava enganada quando papai simplesmente abriu a sua boca e disse:— Sabe pescar, Aiden? — No mesmo instante o letreiro do filme começou a subir e eu suspirei baixinho, e desanimada. O meu pai estava em uma missão agora: conhecer o namorado da sua única filha.— Não, eu nunca pesquei antes.— Quer aprender?— É sério? — E pela primeira vez o vi expressar uma empolgação quase infantil. Então me lembrei de que Aiden nunca teve um momento de pai e filho na vida. Que droga, Melissa, você não pode ser tão egoísta a esse ponto! Não ti
AidenUm bom biólogo, gosta de pescaria, é um amante de sua esposa e um pai atencioso, e amoroso. Não foi preciso ficar horas ao lado desse homem, ou ouvir os seus relatos para ter essa impressão de Samuel Jones. Dá para perceber tudo isso apenas com as suas atitudes, no seu olhar admirado quando fala da sua filha, na maneira como ele trata a sua mulher. A minha tia sempre dizia; a primeira impressão é a que fica. E ela tinha toda razão. O carro para em frente à enorme loja de materiais do JJ. É uma loja muito extensa e aqui vende de tudo que se possa imaginar. E ao passar pelas portas largas é como se Samuel entrasse em outro universo. Um bem fascinante, cheio de informações fantásticas e acredite, estou atento a cada uma delas. Varas de pescas de vários tamanhos, cores e formatos, e cada uma com a sua finalidade. Linhas, anzóis, iscas, molinete e carretilhas, além, de chapéus, luvas, botas e macacões. Enquanto maneja alguns desses acessórios ele fala e fala, e eu me sinto cada vez m
Aiden— A minha mãe tinha razão. Ela sempre esteve certa e eu descobri da pior maneira que ela só queria me proteger. Eu nunca devia tê-lo procurado. E daquele dia em diante me tornei mais próximo da única pessoa que se doou a vida inteira por mim. — Samuel me olhar um tanto firme agora. — Eu escolhi ser diferente dele, Aiden. Escolhi me apaixonei, formei uma linda família e prometi para mim mesmo que nunca faria a mesma coisa com a minha filha. — Meneio a cabeça concordando com ele.— Eu o invejo, Senhor Jones, porque eu não sei se tenho essa mesma coragem.— Você não é igual a eles, Aiden. — Penso em rebater essa afirmação, quando percebo uma fisgada na vara e sem saber o que fazer a seguro firme. — Você pegou um! — O homem parece vibrar com isso e empolgado começo a puxar a linha. — Não! Não! Não! Solte a linha, Aiden!— O que? Mas ele vai fugir!— Não, ele vai lutar, vai se cansar e aí poderá puxá-lo para a margem. — E é isso, eu comecei a rir como um garotinho orgulhoso, que real
Aiden— Direito Processual é a área que se dedica ao estudo da forma dos processos judiciais. É aí que se define, por exemplo, a ordem dos atos de um processo, qual juiz deve julgar quais causas, qual recurso é cabível contra cada tipo de decisão e seus prazos, dentre outras regras sobre o desenvolvimento dos processos. No exercício de hoje, quero que encontrem cada lei adequada para cada situação e me apontem os erros mais comuns que claro, devem ser evitados diante de um tribunal. — Enquanto o professor Edward Soft fala, os meus olhos estão o tempo todo fixos no relógio acima do enorme quadro branco. Sim, estou contando os segundos que restam para finalizar a última aula e sair correndo para a Hawk's Cliff, porque eu só tenho algumas horas para desbravar cada curva e subida sua, e assim evitar o pior no final para o pouco que consegui conquistar até agora. — É isso aí, garotada, até a próxima aula e não se esqueçam... — Saio apressadamente, sem esperar o fim do seu conselho e assim
AidenJá é final de tarde quando resolvemos encerrar os testes e ao invés de irmos para casa, o pessoal opta por ficar um pouco na praia. Enquanto uma parte do pessoal foca em acender uma fogueira no meio da areia para nos aquecer. Robin afina o seu violão tocando uma melodia preguiçosa. A Abby organiza algumas cervejas dentro de uma caixa térmica com a ajuda do seu namorado e eu aproveito para me afastar um pouco da galera para esclarecer algumas coisas, já que Ethan está sozinho a beira mar, deslizando os seus pés pelas ondas minúsculas que insistem em vir para a margem. E eu sei exatamente o porquê dessa solidão. Enquanto fazíamos a nossa última volta, ele até quis conversar, mas prometi que faríamos isso em outro momento, e já não dá mais para adiar. Ao me aproximar, levo as mãos aos bolsos da minha calça e fito o horizonte quase escuro, lançando cores alaranjadas, misturadas às nuvens cinzas pelo céu. Ethan permanece calado na sua, mas os seus pés não brincam mais com as ondas e