C.8 PLANEJANDO

Sentado no escritório de olhos fechados e sentindo o calor do meu pai ao meu lado, suspiro tentando me acalmar, mesmo porque preciso arquitetar o início da queda de Caroline, sempre tive ela no mais alto padrão do respeito, mesmo quando fiz coisas com ela na cama contra a sua vontade, mas ainda existia um respeito mútuo entre nós, mas não posso fechar os olhos diante do que ela fez, de como ela ousou em trair com o inescrupuloso do cara que dizem ser meu primo, uma ideia começa a se forma r na minha mente, Caroline é filha de um empresário bastante conhecido, então não posso simplesmente expor ela assim, mas posso fazer ela provar um pouco do sabor amargo do desespero, e nada melhor do que eu me usar como isca.

Fico mais um tempo na companhia do meu pai, e depois do que parece uma eternidade e com um plano na minha mente, me levanto e sigo em direção ao meu quarto, preciso de um bom banho e melhorar essa aparência precária que eu me encontro, mas antes aproveito o momento a sós e ligo para paul, preciso dele para colocar os meus planos em prática, sei que de início ele não concordará, mas preciso dele.

Assim que completo a ligação escuto a voz de Paul.

— Fala meu amigo, qual foi? Decidiu lembrar que ainda tem amigos? “ Como sempre debochado esse Paul”.

— Fala vacilão, se liga irmão, eu estou querendo ter uma noite com os amigos e sei que se eu ligar para Caroline ela não vai me atender, tem como você quebrar esse galho cara?

— O que você ta planejando Axel?

— Nada, apenas uma noite com os amigos de toda a vida.

— Te conheço Axel, mas não concordo com o que fizeram cara, então seja lá o que estiver planejando conte comigo.

— Pode ter certeza que estou contando com você e com o teu pau.

— Tá de tiração Axel?

— Que nada, mas não esquece convence Caroline a estar presente, não fale que estarei lá, se falar com certeza ela se negará a ir.

Marca no Trevor's hoje a noite, faça o possível para ela estar presente.

— Pode deixar vacilão, vou te ajudar nisso.

— Eu sabia que você não iria me decepcionar Paul. — Falo enquanto solto um suspiro de alívio, por sempre poder contar com o cara que cresceu comigo.

Logo após desligar o telefone, entro no banheiro, e por alguns minutos me olho no espelho, opto por fazer a barba, deixar ela perfeita, os cabelos não da para fazer muito, estão um pouco grandes, mas mesmo assim depois do banho darei um jeito, preciso estar muito bem apresentável, não quero demonstrar a dor que estou carregando no peito para ninguém.

Assim que termino de arrumar a barba, entro no chuveiro, deixo a água fria cair nas minhas costas, levando par ao ralo o cansaço, e amenizando um pouco da raiva, mesmo porque preciso estar sob controle, depois de uns vinte minutos desligo o chuveiro e enrolo uma toalha em volta da minha cintura e caminho para o closet, olho para as roupas penduradas e escolho uma social branca com as mangas dobradas nos braços, do jeitinho que a safada gosta, uma calça jeans preta, marcando bastante minhas coxas, a camisa está com dois botões abertos, calço um tênis branco, me encaro no espelho por alguns instantes, e mais uma vez sinto a falta da minha Heather, mas preciso dar uma pequena demostração de quanto estou respeitando a Caroline agora, depois de tudo o que ela fez é o mínimo que posso fazer, e depois ir em busca da minha mulher pelo tempo necessário.

Depois que coloco o relógio, o perfume, bagunço o cabelo com gel, pego minha carteira e a chave do meu carro e saio, paro no alto da escada ao ouvir a voz do meu pai conversando com o meu sogro, que por incrível que pareça está aqui.

— Não tem desculpas meu amigo, a Heather deixou muito claro sua decisão sobre o divórcio e o nosso advogado já preparou tudo, espero que o seu filho tenha a decência de assinar, mesmo porque se el se negar ela vai entrar no litigioso, ela recusará ficar presa a este casamento e eu não tiro a razão dela, minha filha sofreu demais, eu me arrependi de ter feito ela casar com o seu filho.

— Meu amigo, as coisas não são como parecem, eu já te expliquei, eu vi o Axel no momento do flagrante, não negö que era ele que estava lá, mas o Axel foi drogado, ele o tempo todo chamava por Heather, armaram para separar eles, e eu descobri que foi o meu sobrinho.

— Não me importo mais, aqui estão os papeis do divórcio, faça o favor de entregar ao seu filho, o nosso advogado está esperando o contato dele.

As palavras que escuto descem amargas pela minha garganta, mas não será isso que me farpa desistir do meu casamento, antes que eu fale qualquer coisa vejo o meu sogro me olhar profundamente.

— Edward, meu amigo, eu sei que ele é seu filho, mas você acha mesmo que eu ainda vou acreditar que o seu filho foi vítima em tudo isso? Olha só para ele. Está prontinho para a noitada. — Meu sogro fala coma voz de decepção, se ao menos ele soubesse o que estou indo fazer.

Desço a escada e encaro o meu sogro por alguns segundo e finalmente abro a boca.

Senhor Anthony, o senhor tem todo o direito de estar irritado comigo, e eu não tiro a sua razão, mesmo porque a Heather é a sua filha, mas sou homem e eu mudei, quanto ao divórcio, pode levar os papeis, eu não irei assinar nada e se a minha esposa entrar no litigioso, é um direito dela, mas farei isso se arrastar até que eu resolva tudo, e faça ela ver que nos dois fomos vítimas, quanto ao senhor, eu respeito a sua opinião, mesmo porque o senhor meu sogro não sabe o que estou indo fazer, e com a bagagem que tenho, não vai ser fácil convencê-lo, mas saiba que eu não desisti do meu casamento, e espero de verdade que o senhor não interfira na reconquista da Heather, ela é minha e só minha, e eu não abrirei mão dela, nem que o senhor me implore para que eu a deixe em paz, eu não abrirei mão da minha felicidade.

Agora, se o senhor meu sogro me der licença, eu estou saindo para ensinar uma lição a uma das pessoas responsáveis pela minha separação, mas sinta-se a vontade para continuar conversando com o meu pai.

Termino de falar e saio, mas com a satisfação no rosto de ver que o meu sogro não entendeu nada do que acabou de acontecer, caminho em passos largos até o meu carro e entro ligando o motor em seguida, fico alguns minutos ainda no carro ouvindo o ronco do motor que por alguns segundos me acalma e logo depois faço a ligação e espero de verdade que o Paul tenha conseguido convencer a safada a ir para o Trevor's Bar.

— Paul, e aí cara, conseguiu? — Pergunto assim que a ligação é completada.

— Calma Axel, ainda estou em casa, mas sim, ela concordou em me encontrar com os amigos no bar, espero que você saiba o que esta fazendo cara, você sabe o que penso sobre o seu caso com a Caroline.

— Sei Paul, mas depois dessa noite, espero que as coisas deem certo entre vocês…  

— Como assim Axel? Do que você esta falando?

— Esquece cara, esquece, pensei demais. “Desconverso, mesmo porque não quero que o Paul desconfie de nada”.

Desligo o telefone e coloco o carro em movimento, pouco depois encontro com um conhecido que em entrega a encomenda, e logo depois sigo em direção ao Trevor's Bar, entro no estacionamento e fico no carro por vários minutos, vejo Caroline estacionar e sair com um vestido curtíssimo vermelho de frente única e um salto, os cabelos se espalhando pelas costas, a mulher chama a atenção dos homens assim que desce do carro, sei bem como ela mexe com o nosso desejo primitivo, mas me controlo, hoje essa vadia me paga, rsrs.

Fico mais alguns minutos e vejo o Paul chegar e pouco a pouco os nossos outros amigos, quando finalmente vejo que boa parte da nossa roda chegou, saio do carro, ajusto minha roupa e caminho em direção a porta, sou cumprimentado pelos seguranças e sigo para o balcão, peço uma dose de whisky e logo após virar peço mais uma dose dupla sinto um tapinha no meu ombro.

— E aí Axel? Tá sumido cara, estamos todos aqui, se junta coma gente cara, sempre tem lugar para o pegador Axel, e agora que todos já sabem que você está solteiro. “Um dos amigos fala ao me olhar com um sorriso de compreensão e logo me levanto e o acompanho até a mesa”.

— Aí rapaziada, olha só quem encontrei no balcão, o pegador Axel. Parece que ele tá na pista. — fala enquanto me encara.

Cumprimento a todos e foco os olhos em Caroline que esta pálida e me encarando e engole em seco.

— E aí Caroline…  

— Lembrei que preciso acordar cedo, preciso ir para casa.

— O que foi? Parece que esta com medo de mim. — Falo com o meu sorriso mais escroto possível e passo a língua nos lábios a encarando.

— Vim apenas me divertir, não precisa sair por minha causa. — Falo em seguida e vejo a mesma sentar mais uma vez e relaxar os ombros, mas sei que o seu sinal de alerta está gritando “perigo a vista”.

Sento-me a mesa e começamos a beber, mas percebo os olhos de Caroline me encarando na maior parte do tempo, agora é uma questão de oportunidade para pôr o meu plano em prática.

Kell velloso

Olá meus queridos leitores, sou nova aqui na Buenovela este sendo o meu primeiro livro aqui na plataforma, espero que estejam gostando, gostaria de pedir que se possível adicionem o livro a biblioteca, e sigam meu perfil de autor, estará ajudando bastante a autora aqui, conto com a colaboração de vocês! Agradeço o carinho de cada um de vocês!!! Beijos de Luz!

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