*POV AUTOR Depois das aulas Clare foi com Jeff para casa se arrumar. Eles iriam sair como o combinado. Clare gostava de sair com Jeff e Joana. Mas hoje era só ela e Jeff. Joana decidiu ir ao Pub novo com o pessoal. Ficaram tentando convencê-la a ir com eles. Porém a jovem queria passar um tempo com Jeff. Lamentou o fato de não sair com Chuck, então marcaram de sairem no domingo. – O que eu visto?- Clare perguntou entrando na casa. – Nada muito curto.- riu.- Vamos jogar e eu sei que quando você se empolga... – Só porque eu sou melhor que você!- ela subiu para seu quarto. Jeff permaneceu na sala junto com a avó que tirava o pó da estante, onde se encontravam alguns retratos da família reunida em muitas das comemorações tradicionais. – Ela teve mais uma recaída não é?- ele falou baixo o suficiente para a senhora ouvir. – Nessa noite? Não. Pela primeira vez em meses, durmi sem gritos na madrugada. Acordei assustada hoje pela manhã.- a senhora olhava Jeff pensativa.- O que será qu
*POV DAVID Enfim contamos a verdade para Clare. Quase me desesperei quando ela começou a perder o controle. Daria tudo pra que ela não passasse por isso. Mas é como dizem: " é um mal necessário ". Deitei ela em sua cama, a cobri e me sentei ao lado da cama segurando sua mão. Eu devia estar muito cansado mesmo, pra acabar dormindo todo curvado. Metade do corpo na cadeira e a outra na cama da Clare. Escutei alguém me chamando, endireitei na cadeira e vi a avó de Clare com uma bandeja nas mãos. – Bom dia, trouxe o café.- informou colocando a bandeja em cima da escrivaninha.- Você deve estar faminto, venha comer.- ela falava baixo para não acordar Clare. – Obrigado.- agradeci tomando um gole de suco. – Ela não acordou de madrugada, deve ser um bom sinal.- a senhora estava agora sentada onde eu havia dormido.- Se quiser, pode descansar no meu quarto. – Eu estou bem. Se não se importa gostaria de ficar aqui até ela acordar. - eu comia um pedaço de bolo enquanto olhava para Clare.
*POV CLARE Chegamos em casa (David e eu), o almoço já estava acontecendo. - Vocês demoraram. - Jeff falava colocando algumas folhas verdes em seu prato. - Sentem-se, vou pegar mais pratos.- minha avó se levantou indo ao armário. Me sentei ao lado do Jeff depois de beijar seu rosto. David ficou á minha frente ao lado do seu tio. Vovó ficou na ponta. - Como você está?- Jeff afagava minha mão por baixo da mesa. - Bem, na medida do possível.- passar a manhã relaxando me fez bem.- Ainda estou digerindo toda essa coisa. - Onde vocês foram?- Vovó se manifestou maternal. - Ãm, David me levou em um lugar pra me ensinar a controlar a "coisa".- corei olhando pra David me lembrando do que ocorrera depois do treino. - E como foi?- indagou Jeff olhando pra David. - Foi bom. O zumbido no meu peito está quase imperceptível. - Ela se saiu muito bem.- David cortou piscando pra mim. "Por que ele faz isso comigo?" - Isso é muito bom querida!- exclamou vovó. -Posso falar com você ?- sussur
*POV AUTOR Clare não pensava encontrar Chuck naquela mercearia. Antes mesmo que ela falasse ou pudesse dizer qualquer coisa, ele capturou sua boca, dando-lhe um beijo apaixonante e cheio de saudades. - Chuck!- ela cortou o beijo envergonhada pelas pessoas que os olhavam ali. Então...como foi sexta?- disfarçou pegando o saco de farinha do chão. - Até que foi legal. Queria você lá comigo, ai seria perfeito.- sorriu evidenciando suas covinhas . - Hum.- ela se virou para ir ao caixa pagar pela compra. - Mas compensaremos hoje. Vou te levar em um lugar. Garanto que vai gostar.- passou o braço em volta dos ombros da garota indo com ela ao caixa. Ela não sabia o que dizer á ele. Clare gostava de Chuck. Se sentia bem ao lado dele. Gostava dos carinhos, dos beijos, do sorriso e suas covinhas... ele não a tratava como "a coitadinha que perdeu os pais". Ele a fazia sentir forte, preparada pra qualquer rasteira que a vida pudesse lhe dar. Sentia tudo isso por ele. No entanto tinh
*POV CLARE "Não, não pode ser... de novo... não" eu pensava enquanto me acalmava nos braços do David. - Ele está vivo!- exclamou Jeff. Me agachei perto de Chuck colocando o ouvido para ouvir sua respiração.- David, me ajude à levar ele para dentro.- pediu Jeff. Deitaram Chuck no carpete felpudo do chão. David abriu devagar a camisa ensanguentada do Chuck e fez uma cara de tristeza. - Droga! - falou sentando no chão colocando as mãos na cabeça. - O que foi David? Por que "droga"?- falei desesperada. - Ele foi mordido.- as palavras de David soaram como lamento. - O que aconteceu aqui Clare?- Jeff me olhava preocupado.- Você se transformou, não foi? Um murmuro veio do corpo no carpete. - Temos que fazer alguma coisa, ou ele vai sangrar até morrer.- informou David.- Posso usar teu celular Jeff?- este lhe entregou o aparelho.- Alô, tio? Encontramos ela. Guan está ainda ai?- disse andando pela sala.- Preciso de vocês, tem alguém mordido, se não agirmos, ele morrerá logo. E
*POV AUTOR*"Não queria abandonar meus amigos. Ir para um lugar novo implica isso, pessoas novas, hábitos novos, sensações novas.Tudo aqui me lembra eles. Estou cansada dos olhares de pena que as pessoas me lançam."Pensou Clare dentro do trem. Seu estomago dava voltas de ansiedade em ver sua avó. Já não se viam á sete meses, desde o enterro.Ela só queria chegar e acabar com essa angústia. Só sua avó conseguiria fazê-la se sentir melhor.Já podia até sentir o cheiro dela, flor de cerejeira.Ela aspirou o ar. Um cheiro de brisa fresca invadiu sua narina. Se virou para a porta de sua cabine e ele estava lá.– Posso ficar aqui?- perguntou o rapaz sério.- Aqui foi o único lugar com menos pessoas que encontrei. Prometo que não vai perceber que estou aqui. Só quero descansar um pouco.– Ok.- disse se virando para a janela.Ela viu seu reflexo fechar a porta e se deitar. Conseguiu ver bem. Ele era alto, de pele morena, cabelos negros, olhos que pareciam duas psinas. E o sorriso que ele deu e
*POV AUTOR*Eles entraram em uma lojinha, onde tinha vários uniformes em cima de um balcão. Joana puxou Clare para um provador e lhe entregou umas roupas.– Sério que é isso o uniforme?- disse Clare se olhando no espelho após se trocar.- É uma escola ou um convento?Ela vestia uma camisa branca de botões, gravata azul e uma saia de pregas que iam até a linha do joelho.– É, também não gosto dele.- resmungou Joana.Clare saiu do provador bufando. Jeff caiu na gargalhada. Clare riu também, nunca tinha pensado que um dia se vestiria assim.Eles foram a uma lanchonete após conseguirem o uniforme. Assim que Clare entrou o viu sentado em uma mesa nos fundos. Seus olhares se cruzaram e ela sentiu seu estômago dar cambalhotas na barriga."De novo!"Clare se sentou do lado de Jeff, de frente para Joana e de costas para o estranho.– O uniforme é careta, a escola também, mas tem pessoas legais lá.- tagarelava Joana, mas Clare não conseguia se concentrar.– Está tudo bem?- perguntou Jeff abraçan
*POV DAVID* Quando a vi entrando na lanchonete meu coração deu um pulo no peito. Ela estava sorrindo junto com uma garota de cabelos loiros curto e olhos verdes, e um rapaz alto que devia ser o namorado dela pelo jeito que ficou abraçado á ela. Me senti aliviado ao vê-la sorrir, no trem ela estava com medo de mim. Sai do trem e fui atrás dela para me desculpar mas não a encontrei. – Maravilha, mal cheguei nesta cidade e já quero ir embora...- resmunguei na hora. Resolvi ir até a mesa dela me desculpar. – Oi.- estava nervoso?- Eu queria me desculpar por hoje no trem. Não quis te assustar.- tentei falar tranquilamente. – Não me assustei.- ela soou indiferente. Mas eu sabia que era mentira, dava pra ver nos seus olhos que ela sentiu medo. Não prestei atenção no que ela falava com a outra garota. Fiquei vidrado naqueles olhos verdes profundos. – Então, você me desculpa? Estamos em paz?- estendi a mão para um aperto que veio. Sua mão estava quente. Mas a minha também, nem perceber