Vi o senhor Oslon sentado, me esperando. Era um homem de quase 40 anos, não muito mais velho que minha mãe. Sentei e conversei um pouco até nossas bebidas chegarem.
— Senhor Oslon, quero que me prometa uma coisa, não importa o que eu diga. O senhor não falará nada com minha mãe. É importante que toda essa conversa fique entre nós dois. — Ele assentiu. — Preciso saber se minha mãe tem alguma dívida ou alguma hipoteca para pagar. — Fui direto ao ponto. — Ela não tem nenhuma dívida para pagar, mas a hipoteca da casa dela ainda está vencida. Ela deveria ter sido paga há meses, mas, como ela adoeceu, não pôde fazer isso, e o tribunal emitiu uma notificação judicial informando que, se ela não conseguisse pagar o preço da casa até o final deste mês, deveria deixá-la imediatamente. — ele me explicou. Isso significa que o Aiden não estava blefando. Ele estava falando sério. — Você está bem, senhorita Carter? — perguntou preocupado. — Sim, estou bem, obrigada, senhor Oslon, por me dar seu tempo. Saí do café atordoada. O senhor Oslon havia me dito que a dívida era de cerca de cinquenta mil e eu não tinha esse dinheiro em mãos. Eu estava tão ocupada com meus pensamentos que não vi o ônibus se aproximando quando, de repente, alguém me puxou para trás e eu colidi com um peito quente. — Você é louca ou o quê?! — ele me perguntou. — Eu... eu... — Meu corpo inteiro tremia de medo. Estava tão perto... se ele não tivesse me puxado... Olhei nos olhos do meu salvador. Olhos escuros me encaravam com raiva. — Você realmente deveria tomar cuidado por onde anda. — Eu estava sem palavras. — Venha comigo, pequena. — disse ele. Não protestei. Não conseguia. Estava muito abalada com tudo. Ele me levou até o carro dele, me empurrou para dentro do banco do passageiro com cuidado e me colocou o cinto de segurança. Ele dirigiu em silêncio. Fiquei surpresa ao encontrá-lo dirigindo o carro. Ele não era algum tipo de multimilionário ou algo assim? Talvez ele tenha outros hobbies mais interessantes do que arruinar a minha vida. Ele entrou em uma garagem e desafivelou meu cinto de segurança. — Vamos, pequena, estamos aqui em casa. — Eu não queria me mover. Ele se encolheu, colocou uma mão embaixo de mim e a outra embaixo da minha cabeça e me pegou no colo como se eu não pesasse nada. Me carregando assim em direção ao elevador. Aiden me colocou em cima de algo. Sua bancada de café da manhã? — Aqui, beba isso. — Peguei a água e a engoli de uma só vez, acabando por tossir violentamente. Ele balançou a cabeça em desaprovação. — Por que você está sempre com tanta pressa, pequena? Você pode acabar morrendo. Olhei para ele com seriedade. Ele é o único que atrapalha minha vida perfeitamente planejada. — Como você está sempre presente em todos os lugares? — De repente me preocupei de estar sendo vigiada. — Sou dono de metade dos prédios em Nova York, pequena, incluindo o apartamento em que você mora com sua melhor amiga e o café em que você estava hoje. Eu estava apenas verificando todos os meus negócios uma vez por mês, e essa será sua função quando você se tornar minha secretária. — Verificando negócios é? Sei... — Você é perseguidor demais para o seu próprio bem. — Comentei descuidadamente e seus olhos se estreitaram. — Mesmo que não aceite minha proposta, você ainda será minha secretária a partir de segunda-feira. Eu ia te ligar pessoalmente. — Nossa... o Satan mudou de ideia. — Aceito sua proposta. — Ele me olhou com os olhos arregalados. — Não estou brincando, Lúcifer. Aceito sua proposta, só não me toque. Recuso-me a ser seu aquecedor de cama. Serei sua escrava por toda a eternidade se você salvar a casa da minha mãe. — Será que eternidade foi um exagero? Só disse isso porque acho que logo o Satan vai cansar de me perseguir. — Você parece muito cansada. Não dormiu nada ontem à noite? — Está tão visível assim? Achei que tinha feito uma boa maquiagem. — Como posso dormir se você passa a noite inteira na minha cabeça, Lúcifer? — Ele riu e me pegou no colo como se eu fosse uma criança. Andou um pouco até me colocar em algo macio. — Durma, conversaremos quando você estiver descansada, pequena. — disse ele, colocando o edredom sobre mim. — Humhum. — murmurei e fechei os olhos. Afinal eu me sentia desnorteada. [...] Acordei em um ambiente desconhecido. Entrei em pânico ao me ver em uma cama estranha. Decidi dar o fora dali antes que algo ruim me acontecesse. Eu estava saindo quando colidi com um peito quente novamente, e desta vez era um peito nu. Olhei nos olhos de Aiden e ele parecia se divertir. — Você de novo? — perguntei retoricamente e de repente lembre como cheguei aqui. — Um agradecimento teria sido legal, mas as crianças de hoje não estão acostumadas a boas maneiras, não é pequena? Você estaria praticamente morta hoje se eu não estivesse lá para te salvar, em vez de me agradecer, você age assim?— Ele está se fazendo de ofendido do jeito mais falso que já vi. — Eu não te disse para me salvar, você poderia ter me deixado morrer. Mas quem alimentaria sua obsessão, não é? — Você nem consegue me insultar direito, pequena. Como você vai me tratar na cama? — ele perguntou, ainda divertido. — Oh nossa, falou o cara que só conhece a palavra “patética” e eu não vou dormir com você. — Ah, talvez você queira reconsiderar, já que você praticamente me implorou para salvar sua mãe algumas horas atrás. — Ele zombou de mim na cara dura. — Você é um babaca. — Eu disse prestes bater nele, ignorando qualquer processo milionário, mas ele me pegou. — E você tem medo de se entregar a mim, medo de se viciar em mim. Medo de desejar meu toque. Medo de se perder em mim, pequena. — Ah, pronto. Satan virou o “senhor irresistível”. — Aiden riu e me soltou. — Tudo o que você precisa fazer é assinar o contrato, você se passará por minha namorada por no mínimo seis meses e no máximo um ano. O resto você pode ler e assinar. — Falou me entregando a folha de papel. — Assim que fizer isso, transferirei o dinheiro da hipoteca diretamente para o banco e sua mãe não precisará mais trabalhar para ganhar o pão de cada dia. — Vou ler o que tem aqui primeiro. — Tudo bem. Mas saiba que no final, você sairá com 100 milhões na sua conta. — Disse simplesmente me entregando uma caneta.Desde a primeira vez que esbarrei naquela garota, eu soube exatamente o que queria: vingança e claro, domá-la.Não importava o rosto angelical ou o fogo que queimava por trás daqueles grandes olhos. Ivy Carter era apenas uma garota, uma distração que eu não podia ignorar, e que eu faria pagar por ter me desafiado.Depois daquele primeiro encontro, coloquei imediatamente uma equipe para investigar cada detalhe da sua vida.Família.Histórico escolar.Amigos.Namorados.Onde ela morava, onde trabalhava, até o tipo de café que ela preferia nas manhãs.Nada escapou do meu entendimento.Claro, também fui eu quem garantiu que ela fosse chamada para o estágio no meu escritório. Acham mesmo que um CEO multimilionário, teria tempo para entrevistar estagiárias pessoalmente?Patético.Tudo era parte do plano.E agora aqui estava ela, sentada à minha frente, mordendo o lábio enquanto lia o contrato com aquela concentração deliciosa.Tão inocente. Tão vulnerável.Tão minha, ainda que não
Olhei o papel e ele continha tudo o que eu mais detestaria. O contrato estipulava que eu teria que permanecer como namorada dele por no mínimo seis meses e no máximo um ano.Durante o contrato, manteremos relações sexuais e ele e eu não teremos nenhum tipo de relação sexual com nenhuma outra pessoa. Esse foi um bom ponto.Durante esse tempo eu o acompanho em todos os lugares como sua secretária também, e ele me treinará para me tornar a consultora jurídica da empresa. Se eu quisesse ficar após o término deste contrato, eu teria o cargo de consultora jurídica chefe na empresa.Pelo período de um ano, se eu continuar o contrato após seis meses, ele continuará a prover por pelo menos um ano todas as minhas despesas e qualquer ajuda adicional que eu possa precisar. Um bom exemplo disso, pode me beneficiar e também me prejudicar.Pelo período de um ano, tenho que morar com ele como sua companheira, e ele tem o direito de me usar fisicamente sempre que necessário, e eu não posso recusar. Is
Observei minha mãe andando pelo café onde trabalhava. Ela parecia mais frágil e cansada. E ela tem apenas 35 anos. Agora estou na faculdade, no ano passado, consegui me formar mais cedo e também ganhei a bolsa de estudos.Minha mãe sempre foi minha heroína, embora ela tenha me dado uma única regra: “nunca se apaixone por um bilionário”. Ela se apaixonou e se arrependeu, pois ele a usou apenas para uma noite e a deixou lá com uma criança para cuidar.Ainda é um assunto delicado para ela, sobre o qual nunca pretendemos falar. Ela tinha apenas dezesseis anos quando me teve e largou tudo para me criar como uma pessoa responsável. Enfim... Não é como se eu fosse a pessoa mais bonita do mundo e um bilionário de repente me encontraria e se deixaria ser seduzido por meus encantos. É uma regra bem fácil de se cumprir, certo?Minha mãe sorriu para mim enquanto atendia outro cliente. Eu queria assumir o turno dela por alguns dias, pois estava livre depois das provas deste semestre. No próximo se
Acordei com o despertador tocando. Era o último dia do meu turno, e era fim de semana. Eu estaria ocupada desde cedo, e a tia Anne me mandou fazer meu pão especial. Desci as escadas e beijei minha mãe, que estava preparando o café da manhã para mim. Sentei-me e engoli tudo.Despedi-me da minha mãe e caminhei em direção ao café, que ficava a uns dez minutos de caminhada da minha casa. Entrei e logo o aroma fresco do café me atingiu. Cumprimentei a tia Anne e comecei a assar os pães. Eram oito horas quando terminei e coloquei os pães dentro das vitrines.— Mesa 2. — disse outra garçonete, amiga da minha mãe, cujo nome eu descobri ser Samira. — Entendi, Sami. — eu disse e fui até a mesa, mas precisei olhar duas vezes quando vi quem era. Era o mesmo homem de antes. Mas ele estava vestido casualmente, sem mencionar que estava com uma sensualidade de dar água na boca. Mas não pensarei muito nisso. — O que você gastaria hoje?— perguntei. — Panquecas e um copo de suco de laranja. — Ele dis
— Tem certeza de que precisa ir tão cedo? — perguntou minha mãe. — Desculpe, mãe, eu também pensei que poderia ficar, mas minha faculdade me informou que precisamos ser entrevistadas para o programa de estágio para o qual me inscrevi. Espero conseguir. É uma chance em um milhão. — expliquei a dimensão da importância disso. — Ok, querida, me ligue quando terminar e veja se você pode passar alguns dias aqui antes de começar. — Assenti. — Vou ver se consigo, mãe, sem promessas. — A abracei com força. O telefonema veio depois de duas semanas aqui. Eu não conseguia acreditar. Estava xingando a minha sorte, justamente quando pensei que poderia passar um tempo de qualidade com a minha mãe. Entrei no portão de embarque para mostrar minha passagem. Assim que me sentei, vi as gotinhas de chuva caindo na pista. Liguei o iPod e comecei a ouvir música. O avião decolou de Ottawa enquanto eu me despedia silenciosamente de casa. Mal posso esperar para conseguir o emprego e depois cuidar mel
Olhei para o rosto belo de “Aiden Wolfe” levei a mão aos lábios instantaneamente e ele sorriu. Ele se lembrava de mim. Eu logicamente me lembrava, é como se ele fosse onipresente. Ele nunca saia da minha cabeça por nada. — Venha. sente-se, senhorita Carter. — disse ele com firmeza, com uma expressão de comando escondida no rosto. Mas mais importante que isso... De repente virei senhorita? — Então você quer estagiar no meu escritório de advocacia, estou certo? Não, vim apenas visitar sua empresa e achei que seria divertido tentar uma entrevista. — Sim, senhor, eu gostaria de me juntar ao escritório. — respondi, ignorando meus pensamentos impertinentes diante do seu olhar. Ele colocou a mão sob o queixo, coçando-o pensativamente. — Hummm... Você parece promissora, mas as aparências enganam. Senhorita Carter, o que você pode me oferecer em troca? — Ele perguntou me olhando de um jeito bem descarado. Hein? O quê? — Desculpe, senhor. Não entendi. — Digo enquanto me mexo desconf