2 – Tudo tem um preço

Acordei com o despertador tocando. Era o último dia do meu turno, e era fim de semana. Eu estaria ocupada desde cedo, e a tia Anne me mandou fazer meu pão especial. Desci as escadas e beijei minha mãe, que estava preparando o café da manhã para mim. Sentei-me e engoli tudo.

Despedi-me da minha mãe e caminhei em direção ao café, que ficava a uns dez minutos de caminhada da minha casa. Entrei e logo o aroma fresco do café me atingiu. Cumprimentei a tia Anne e comecei a assar os pães. Eram oito horas quando terminei e coloquei os pães dentro das vitrines.

— Mesa 2. — disse outra garçonete, amiga da minha mãe, cujo nome eu descobri ser Samira.

— Entendi, Sami. — eu disse e fui até a mesa, mas precisei olhar duas vezes quando vi quem era. Era o mesmo homem de antes. Mas ele estava vestido casualmente, sem mencionar que estava com uma sensualidade de dar água na boca. Mas não pensarei muito nisso. — O que você gastaria hoje?— perguntei.

— Panquecas e um copo de suco de laranja. — Ele disse, sem tirar os olhos do jornal.

— Mais alguma coisa, senhor? — perguntei educadamente.

— Nada.

Bufei enquanto preparava o prato dele. Que tipo de pessoa ele é? Ele não tinha tempo para falar ou comer sem enfiar o nariz no jornal da manhã, e era sábado, pelo amor de Deus. Peguei o xarope de bordo e o coloquei na frente do prato dele.

— Aqui está o seu pedido, senhor. Já volto com o suco. — Avisei.

Coloquei o copo de suco de laranja na frente dele. O sinal tocou, sinalizando a chegada de alguém e fui atender instantaneamente.

— Olá, David, o que você hostaria para hoje?

— Que uma garota bonita me note, é claro. — Ele disse sorrindo. David é um dos frequentadores e, como minha mãe me contou, era um galanteador. Ele era dono de uma loja na mesma rua e era apenas dois anos mais velho que eu. Ele me deu uma rosa. Ergui a sobrancelha, confusa. — Um pequeno símbolo da minha gratidão pela mulher que faz as panquecas mais deliciosas do mundo. — disse ele me fazendo rir.

— É por conta da casa, David. Deus te abençoará se você conquistar o coração difícil dessa garota. — disse tia Anne, e eu corei involuntariamente.

No entanto, nem todos ficaram felizes com a atitude dele. Ouvi um tom silencioso de desaprovação vindo de um cliente bastante improvável.

— Algum problema, senhor? — perguntei.

— Sim, eu pensei que a senhora fizesse as panquecas mais deliciosas do mundo, então por que estou comendo essa porcaria? — perguntou ele. Fiquei ainda mais irritada com ele me chamando de senhora outra vez.

— Você sabe... não me arrependo de ter estragado sua camisa. Na verdade, estou feliz por ter feito isso, você é desrespeitoso, é rude e parece se sentir o rei do mundo como esse papo de “Você não sabe quem eu sou” — Imitei a voz dele de um jeito cômico. — Não, eu não sei quem você é. Mas na minha opinião se você fosse pelo menos metade do que acha que é eu saberia. — Todos ficaram boquiabertos.

Talvez eu tenha ultrapassado meus limites, mas ele me deixou muito brava, meu santo definitivamente não b**e com o dele.

Ele parou e largou o garfo. Não disse nada. Acho que devo me desculpar.

— Olha... — Ele estendeu a mão para me impedir.

— Seja você uma garota muito corajosa ou realmente muito ingênua. Em ambas as condições, você deve saber analisar antes de escolher seu oponente. — Ele jogou algum dinheiro na mesa. Algumas notas de cem dólares e me olhou com severidade. — Fique com o troco e compre algo que valha a pena para você, menina patética. — Minha raiva aumentou. Fui até o caixa e peguei o troco. Não quero o dinheiro sujo desse homem para mim. Ele estava saindo quando decidi segui-lo.

Caminhei atrás dele e o segui até o estacionamento. Ele estava se aproximando do carro dele, um Ashton Martin. Agora entendi, ele é rico.

— Ei, cara! — Ele se virou. Fui até ele e enfiei o dinheiro na sua mão, recebendo um olhar irritado

— O que foi agora? — ele perguntou sendo palerma o suficiente para não entender.

— O senhor esqueceu o troco.

— Eu disse para ficar com o troco e comprar algo bom. Para não ter que vê-la da próxima vez com esses panos patéticos que você chama de roupa. —Ele disse.

Patético isso, patética aquilo, blá blá blá. Ele não conhece outra palavra ofensiva?

— Eu realmente não quero seu dinheiro nem ter nada a ver com você. Você rejeitou as panquecas que eu fiz e me insultou na frente de todo o restaurante e depois diz que minha roupa não é decente o suficiente para você? Bem, senhor “Quem quer que você seja”. Seu ego é grande demais para o seu cérebro. E eu quero receber nada de uma pessoa com um ego tão grande. — Eu disse dando as costas para ele.

De repente, ele me puxou para si.

— Cuidado! — Senti um carro passar por mim em alta velocidade. Minha raiva havia se dissipado.

De repente, eu estava muito ciente da nossa proximidade.

— Obrigada. — Agradeci, porque afinal uma coisa não tinha nada a ver com a outra e ele meio que salvou minha vida.

— Você devia mesmo tomar cuidado por onde anda, eu não estarei sempre por perto para te salvar, pequena. — Ele acariciou minha bochecha suavemente.

O quê? Pequena? E o que é esse carinho do nada? Deus, eu cruzei o caminho de um maluco com dupla personalidade?

Eu me afastei de suas mãos e sua expressão endureceu.

— Você deveria ir embora. — eu disse.

— Eu vou embora. Mas não vou te deixar tão facilmente, Ivy. Você ainda me deve e eu vou te cobrae cada pequena coisa. A partir de agora. — Franzi a testa ao ouvir isso. — Em breve eu te direi o que eu quero que você faça, e você fará isso se quiser manter aquela casa e aquela bolsa de estudos que você tem para a faculdade. — Ele disse sorrindo.

— Do que você está falando? Você não pode...

— Ah, mas eu posso, pequena. Você ainda não me conhece. Você não sabe do que Aiden Wolfe é capaz. — Porque esse cara fica dizendo o nome dele desse jeito como se fosse uma coisa impressionante?

Cortando completamente minha linha de raciocínio ele me puxou para si e me empurrou para o capô do seu carro, colando seus lábios nos meus. Empurrei-o com toda a minha força e ele cambaleou para trás, olhando para mim com uma expressão selvagem.

— Quem você pensa que é? Não sou nada sua para beijar, tocar ou fazer qualquer coisa, senhor. — eu disse. Seus olhos escureceram.

— Você será, tudo tem um preço. Só não sei o seu ainda.

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