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4 – Quero que você aqueça minha cama

Olhei para o rosto belo de “Aiden Wolfe” levei a mão aos lábios instantaneamente e ele sorriu. Ele se lembrava de mim. Eu logicamente me lembrava, é como se ele fosse onipresente. Ele nunca saia da minha cabeça por nada.

— Venha. sente-se, senhorita Carter. — disse ele com firmeza, com uma expressão de comando escondida no rosto. Mas mais importante que isso... De repente virei senhorita? — Então você quer estagiar no meu escritório de advocacia, estou certo?

Não, vim apenas visitar sua empresa e achei que seria divertido tentar uma entrevista.

— Sim, senhor, eu gostaria de me juntar ao escritório. — respondi, ignorando meus pensamentos impertinentes diante do seu olhar. Ele colocou a mão sob o queixo, coçando-o pensativamente.

— Hummm... Você parece promissora, mas as aparências enganam. Senhorita Carter, o que você pode me oferecer em troca? — Ele perguntou me olhando de um jeito bem descarado.

Hein? O quê?

— Desculpe, senhor. Não entendi. — Digo enquanto me mexo desconfortavelmente.

Ele se levantou e caminhou em direção à minha cadeira, ficando ao meu lado. O homem colocou o braço no encosto da minha cadeira e se inclinou para mais perto.

— Fiz uma pergunta simples, Ivy. Se eu lhe der um cargo na minha empresa como consultora jurídica, o que você me dará em troca? — ele disse.

Eu não estava tão animada com essa proximidade e estremeci ao sentir sua respiração no meu pescoço.

— Não tenho nada a oferecer a você, senhor, além de minha lealdade, minha dedicação e meu trabalho duro. — Respondi sem mover um músculo com meu olhar fixo no lugar dele agora vazio.

— Interessante escolha de palavras, senhorita Carter, no entanto... — Ele fez uma pausa e se recostou na mesa, cruzando um pé sobre o outro. — As outras garotas parecem mais promissoras, especialmente a loira que até se ofereceu para aquecer minha cama para este trabalho.

Ele está falando sério?

— Ninguém deveria se rebaixar tanto por um emprego, senhor. — Respondi encontrando seus olhos escuros.

— Ela não queria o emprego, Ivy. ela queria a mim, e por isso estava disposta a fazer qualquer coisa, mas sabe... eu detesto garotas que se jogam em mim. — Ele comentou como se fosse um garanhão pelo qual todas morreriam. — Prefiro as difíceis.

— Hum, que bom para você. — Comentei indiferente sem desviar o olhar. Isso não parecia deixá-lo contente.

— Posso te dar o emprego, mas tenho uma condição, Ivy. Você ainda me deve e acho que durante dsse programa de estágio de seis meses pode me pagar. Então, se estiver interessada, gostaria de propor algo. — Explicou de uma forma bem duvidosa.

Não custa nada saber o que é, certo?

— O que você quer que eu faça?

— Seja minha escrava pelos próximos seis meses. Vou usá-la como minha empregada, minha secretária e minha personal shopper. — Ele fez outra pausa. — Você vai cozinhar, organizar minhas reuniões e me acompanhar em festas também. — Não é um pedido tão absurdo como pensei. Mas ainda assim... vou para a faculdade e viro escrava, empregada doméstica, etc.!! Esse cara é bem...

— Isso eu posso fazer. — respondi, mas ele me interrompeu.

— Eu ainda não terminei, senhorita Carter. Preciso de alguém para tirar meu estresse. Quero que você aqueça minha cama à noite. Será uma transa simples, baseada em entendimento mútuo, sem compromisso. — Minha mão voou para o rosto dele por vontade própria, mas ele a segurou a tempo. Obrigada Deus, não tenho grana para bancar um processo de agressão. — Não se atreva a me bater, Ivy. — Puxei minha mão de volta.

Como esse cara pode propor algo tão baixo? O que ele pensa que eu sou?

— Como ousa me pedir algo assim? Eu não sou uma prostituta e se fosse, não dormiria com você nem por todo o dinheiro do mundo. — Se ele se sentir humilhado o problema é dele, me sinto humilhada em dobro.

— Não é prostituição, é simplesmente um relacionamento sexual sem compromisso, baseado no entendimento mútuo. Tenho certeza de que você não desconhece esse negócio de amizade colorida. Não estou pronto para um relacionamento nem tenho paciência para lidar com as emoções femininas. — Parei de ouvir depois daquela coisa de sem compromisso. — Então eu preciso de alguém que nunca se apaixone por mim e nunca corra atrás do meu dinheiro. Você é a opção perfeita. Você pode sair quando quiser após os primeiros seis meses. Vou abrir uma conta em seu nome pelo tempo que você quiser. Também vou te ajudar a abrir seu próprio restaurante, se assim desejar.

— Desculpe, me recuso a fazer isso. Posso ser tudo, menos sua escrava sexual. — Não vou ter minha primeira vez com alguém que desprezo. — Acredito que devo fazer isso com alguém que gosto, não com alguém que quer me foder apenas para seu próprio prazer. — Afinal por que tem que ser eu? Tem muita mulher por ai que vai gostar dos “beneficios” que ele oferece. Depois de tomar minha decisão levantei para ir embora.

— Que pena, Ivy, porque isso poderia ter salvado a casa da sua mãe, que ela tanto se esforçou para manter. Que pena que a própria filha dela quer que ela fique sem teto. — Ele está mesmo partindo para as ameaças. Quanta satisfação pode obter em forçar alguém a dormir com ele? — Sem falar que ela quer trabalhar no café pelo resto da vida. Ela não está ficando mais jovem, Ivy. Ela precisa de apoio e bons cuidados agora. Ela precisa ser feliz e livre para viver a vida dela. — Com licença, senhor, minha mãe tem apenas 35 anos. Ela não tem 75.

Depois de ouvi-lo e receber um prazo. Eu não disse nada, apenas bati a porta.

Naquela noite, mal dormi. Ele me deu um número e disse para avisá-lo até o final da semana, e que minha mãe terá esse tempo.

Eu queria jogá-lo do andar de cima.

Mas infelizmente não pude. Fiquei rolando na cama relembrando das suas palavras: “Minha oferta vale até o final desta semana, Ivy. Não sou um homem paciente, e preciso que me ligue se você concordar, caso contrário, escolherá sua ruína e eu seguirei em frente.”

Não conseguia saber se ele tinha mesmo como fazer isso. Mas ele é absurdamente rico e gente rica pode qualquer coisa.

Se for verdade, farei qualquer coisa para salvá-la. Ela é minha mãe e farei qualquer coisa para garantir que ela tenha a melhor vida possível.

Mal consegui dormir, todos os eventos estavam rondando minha mente. Eu estava mais cansada do que antes de deitar. Odeio minha aparência, agora eu parecia mais do que um guaxinim.

Posso fazer qualquer coisa pela minha mãe, menos esquentar a cama dele a qualquer custo. Preciso encontrar algo para contornar essa exigência, talvez uma brecha.

Fiquei em frente ao café onde deveria encontrar o advogado da minha mãe. Ela relutou em me dar o número dele, tive que mentir de novo, e disse que precisava de uma carta de recomendação para o meu emprego atual e que era só isso que estava me atrapalhando naquela empresa, então ela concordou.

Ok, chegou o momento da verdade. Respirei fundo e entrei no café.

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