~Pov. Ruan~
Meu corpo inteiro doía enquanto continuavamos andando sem parar naqueles túneis, sem água ou comida apenas a respiração ofegante de todos e alguns sons abafados feitos por nossos passos. Minha cabeça ainda girava com as informações que meu pai tinha revelado, eu não era o seu filho biológico. Isso me matou um pouco por dentro, na verdade cada palavra sua matou um pouco de mim. Ele matou o pai do Antony, ele matou minha mãe, esse tempo todo eu vivia com um assassino.
- Vamos morrer nesses túneis! - gritou o pai de Lorena, fazia algum tempo que ele tinha tomado a frente.
- Se tivermos sorte, você vai. Mas se isso não acontecer eu me encarrego do trabalho. - resmunguei empurrando os outros oficiais e tomando a frente.
~Pov. Antony~Quando soube que Ruan estava de volta corri até o banheiro masculino e o encontrei terminando de por a jaqueta do uniforme, ele abriu um sorriso ao me ver e eu praticamente corri para abraça-lo. Senti falta do meu parceiro, senti falta de lutar ao seu lado, passamos tanto tempo juntos que era difícil ter que imaginar a distancia.- Soube que se saiu muito bem liderando uma equipe, parabéns Anto. - ele sentou no banco para calçar os sapatos, sentei ao seu lado.- É, eu fiz o que tinha que fazer. Mas você liderou oficiais do exército, cara isso é demais! - soquei seu ombro, ele gargalhou jogando os cabelos negros para trás da orelha e os prendendo com um elástico.- Eu quase os matei, é diferente. Mas e você e a Leticia, como estão? - sorri em resposta, provavelmente o Ruby havia contado tudo para ele.- Estamos oficialmente namorando, assim c
~Pov. Erion~Eu não imaginava que seria tão difícil chegar no ponto de encontro, os carros quebravam a todo instante por causa da estrada pessima para uso. Os pneus estouravam com o calor e era difícil pensar quando a adrenalina batia forte contra a pele. Telectos são feitos para o frio e o calor acaba com o nosso pensamento lógico. Respirei fundo encarando mais dois pneus estourados dos caminhões a frente.Os soldados estavam prontos para aguentar qualquer batalha mas o sol nos castigava com força. Minha mente apenas fazia questão de me lembrar o motivo para essa angústia, o real objetivo por eu ter vindo junto a eles, eu precisava da Eris em meus braços, precisava dizer a ela o que eu realmente sinto.Eu sabia que no final eu seria recompensado com seus lábios sobre os meus, aquilo que eu queria m
~Pov. Victor ~Sentado sobre aquela cama dura eu vi a parede se desfigurar mostrando uma passagem para um lugar estranho, era como um laboratório muito branco a ponto de incomodqr minha visão acostumsda a escuridão daquele lugar. Uma pequena garota parou no portal olhando suas bordas e em seguida fitando seus olhos verdes brilhantes para mim. Eu senti que a conhecia de algum lugar mas minha mente não conseguiu ir tão longe, seus cabelos castanhos claro caia ao lado do seu rosto redondo e delicado, suas roupas eram tão brancas quanto a sala atrás dela. - Victor? - sua voz doce encheu o ambiente e meu coração falhou. - Victor?Ela chamou novamente e estendeu a mão pequena para mim, eu não a conhecia mas sentia que deveria ir com ela, sentia que precisava segurar sua mão. Uma parte de mim se esforçava para lembrar daqueles lábios delicados. Atendi ao se
~Pov. Eris~Tentar me livrar dos meninos não foi fácil, eles queriam estar o tempo inteiro perto de mim para garantir que eu ficasse bem. A verdade é que eu nuca estaria realmente bem, eu estava lá em seu corpo passando por todas as torturas que um humano sem número não suportaria. Eu morri e voltei tantas vezes que é difícil acreditar que isso seja real.Meu irmão, a única pessoa que realmente precisava de um abraço não teve quem o ajudasse. Erick não teve uma saída. Ele tentou por tantas vezes escapar, ele ainda acreditava que existia alguém fora dali que o amava e estava a sua espera. Todos os sonhos morreram depois que as mentiras foram postas em sua cabeça.Disse que precisava ir ao banheiro e consegui despista-los, agora estou sentada no terraço de uma sala vazia olhando para os muros, olhando na verdade para o nada. O nada que minha vida subitamente se tornou ao saber d
~Pov Luiz~LuizAlgo me chacoalhou com força, nem notei que tinha dormido com a Eris em meu colo, esfreguei os olhos para espantar a sonolência e dei de cara com um Victor emburrado. Eris ainda dormia então evitei me mecher muito.- Eu estava procurando vocês igual um louco. - resmungou em um tom baixo para não acorda-la, revirei os olhos para o seu exagero.- Ela precisava de um tempo. A Eris não está bem, Victor. - ele suspirou e sentou a minha frente, os joeohos erguidos e os cotovelos sobre eles, parecia preocupado.- E você acha que eu não sei? Isso tudo é uma merda, eu queria protegê-la mas não dá. - eu me sentia da mesma forma, passei a mão sobre seus cabelos castanhos claros e soltei o ar com força.- Não podemos protegê-la de tudo, é basicamente impossível. - ele assentiu, sabia mais do que eu que ela er
~Pov. Eris~Ainda estava inconformada com a decisão de Luiz embora a esperança que eu poderia fazer ele mudar de ideia, o resto do dia eu me manti longe dele mesmo seus olhos estando o tempo inteiro sobre mim. Luiz sabia que eu estava com raiva e não tentou se aproximar muito. Aproveitei o tempo para agradecer a Nicole e a rainha. Pretesto para ficar longe dele.- Você parece tão distante. - comentou Nicole, na verdade eu estava tentando encontrar a mente de Victor, mesmo sabendo que não conseguiria por causa da distância. Meu alcance não era como o do Erick.- Desculpe, eu estou preocupada com o Victor. - revelei mexendo no prato repleto de frutas que ela tinha posto em minha frente, a rainha suspirou.Não era só eu que estava preocupada, Pietro também pós sua vida em risco indo até Aruna sozinho. Eles nem sabiam como está a situação de lá. Belisquei algumas u
~Pov. Victor~Foi doloroso ter que deixa-la, eu não consegui nem me despedir porque sabia que se ela me pedisse para não ir, eu não viria. O caminho estava sendo repleto de arrependimento, eu deveria te-la beijado uma última vez, não fazia ideia do que iria encontrar daqui para a frente. Estava guiando os dois carros repletos de soldados, Pietro dirigia um deles e o outro motorista era o general do seu exército. Eu pedia mentalmente a qualquer divindade existente que protegesse Eris e me permitisse voltar para ela inteiro e vivo de preferência.Parei a uma boa distância do topo das árvores que começaram a aparecer, os carros estacionaram atrás de mim e Pietro desceu ao meu encontro. Seu olhar era calculista parecia esquadrinhar toda a área com algum tipo de dom estranho, os moradores de Arcaria precisavam ser estrategistas já que não p
~Pov. Eris~As horas se passavam lentamente sobre o chão extenso, de um lado imensidão de terra rachada e do outro mais terra rachada. Estava ficando perdida e exausta, as vezes fechava os olhos e imaginava uma linda floresta verde nos rodeando assim como os livros de romance que eu lia. Apertei um pouco a cintura de Luiz que olhou para mim de soslaio e mudou a rota para uma rocha que oferecia sombra. Ali ele parou e me ajudou a descer da moto fazendo o mesmo em seguida.- A noite já está próxima, não podemos demorar muito. - assenti encostando a cabeça na rocha e encarando o sol se por devagar. - Está com fome? Acho melhor comermos alguma coisa antes de voltar para a estrada.- Será que em algum lugar do planeta ainda existe plantas verdes, tipo uma floresta igual a dos livros? - Luiz parou um pouco e me encarou sério enquanto eu retirava a bolsa das costas para podermos comer.- Acho. Não é possíve