~Pov. Victor ~
- Victor? - sua voz doce encheu o ambiente e meu coração falhou. - Victor?
Ela chamou novamente e estendeu a mão pequena para mim, eu não a conhecia mas sentia que deveria ir com ela, sentia que precisava segurar sua mão. Uma parte de mim se esforçava para lembrar daqueles lábios delicados. Atendi ao se
~Pov. Eris~Tentar me livrar dos meninos não foi fácil, eles queriam estar o tempo inteiro perto de mim para garantir que eu ficasse bem. A verdade é que eu nuca estaria realmente bem, eu estava lá em seu corpo passando por todas as torturas que um humano sem número não suportaria. Eu morri e voltei tantas vezes que é difícil acreditar que isso seja real.Meu irmão, a única pessoa que realmente precisava de um abraço não teve quem o ajudasse. Erick não teve uma saída. Ele tentou por tantas vezes escapar, ele ainda acreditava que existia alguém fora dali que o amava e estava a sua espera. Todos os sonhos morreram depois que as mentiras foram postas em sua cabeça.Disse que precisava ir ao banheiro e consegui despista-los, agora estou sentada no terraço de uma sala vazia olhando para os muros, olhando na verdade para o nada. O nada que minha vida subitamente se tornou ao saber d
~Pov Luiz~LuizAlgo me chacoalhou com força, nem notei que tinha dormido com a Eris em meu colo, esfreguei os olhos para espantar a sonolência e dei de cara com um Victor emburrado. Eris ainda dormia então evitei me mecher muito.- Eu estava procurando vocês igual um louco. - resmungou em um tom baixo para não acorda-la, revirei os olhos para o seu exagero.- Ela precisava de um tempo. A Eris não está bem, Victor. - ele suspirou e sentou a minha frente, os joeohos erguidos e os cotovelos sobre eles, parecia preocupado.- E você acha que eu não sei? Isso tudo é uma merda, eu queria protegê-la mas não dá. - eu me sentia da mesma forma, passei a mão sobre seus cabelos castanhos claros e soltei o ar com força.- Não podemos protegê-la de tudo, é basicamente impossível. - ele assentiu, sabia mais do que eu que ela er
~Pov. Eris~Ainda estava inconformada com a decisão de Luiz embora a esperança que eu poderia fazer ele mudar de ideia, o resto do dia eu me manti longe dele mesmo seus olhos estando o tempo inteiro sobre mim. Luiz sabia que eu estava com raiva e não tentou se aproximar muito. Aproveitei o tempo para agradecer a Nicole e a rainha. Pretesto para ficar longe dele.- Você parece tão distante. - comentou Nicole, na verdade eu estava tentando encontrar a mente de Victor, mesmo sabendo que não conseguiria por causa da distância. Meu alcance não era como o do Erick.- Desculpe, eu estou preocupada com o Victor. - revelei mexendo no prato repleto de frutas que ela tinha posto em minha frente, a rainha suspirou.Não era só eu que estava preocupada, Pietro também pós sua vida em risco indo até Aruna sozinho. Eles nem sabiam como está a situação de lá. Belisquei algumas u
~Pov. Victor~Foi doloroso ter que deixa-la, eu não consegui nem me despedir porque sabia que se ela me pedisse para não ir, eu não viria. O caminho estava sendo repleto de arrependimento, eu deveria te-la beijado uma última vez, não fazia ideia do que iria encontrar daqui para a frente. Estava guiando os dois carros repletos de soldados, Pietro dirigia um deles e o outro motorista era o general do seu exército. Eu pedia mentalmente a qualquer divindade existente que protegesse Eris e me permitisse voltar para ela inteiro e vivo de preferência.Parei a uma boa distância do topo das árvores que começaram a aparecer, os carros estacionaram atrás de mim e Pietro desceu ao meu encontro. Seu olhar era calculista parecia esquadrinhar toda a área com algum tipo de dom estranho, os moradores de Arcaria precisavam ser estrategistas já que não p
~Pov. Eris~As horas se passavam lentamente sobre o chão extenso, de um lado imensidão de terra rachada e do outro mais terra rachada. Estava ficando perdida e exausta, as vezes fechava os olhos e imaginava uma linda floresta verde nos rodeando assim como os livros de romance que eu lia. Apertei um pouco a cintura de Luiz que olhou para mim de soslaio e mudou a rota para uma rocha que oferecia sombra. Ali ele parou e me ajudou a descer da moto fazendo o mesmo em seguida.- A noite já está próxima, não podemos demorar muito. - assenti encostando a cabeça na rocha e encarando o sol se por devagar. - Está com fome? Acho melhor comermos alguma coisa antes de voltar para a estrada.- Será que em algum lugar do planeta ainda existe plantas verdes, tipo uma floresta igual a dos livros? - Luiz parou um pouco e me encarou sério enquanto eu retirava a bolsa das costas para podermos comer.- Acho. Não é possíve
~Pov. Eris~Estava irada, meus pés faziam barulho ao encostar no chão, parecia uma criança com birra pisando forte em direção ao quarto. Ruan estava atrás de mim, clamando aos sols para que eu mantivesse a calma e pensasse direito, não consegui. Não demorou para ver o refeitório, tinha alguns alunos saindo de lá, eles olharam para mim - talvez pela primeira vez - e se afastaram para que pudesse passar. Sem esconder minhas emoções empurrei a porta com força, ela bateu na parede assustando aos que ainda estavam sentados.Em uma mesa no canto estava Tavarres, Luiz e os outros, me olhando espantados. Caminhei até eles e parei a beira da mesa, o olhar focado em Tavarres, que retribuía a intensidade ao me encarar de volta.- Quero a chave das celas. - fui direta, ele negou apenas com um movimento de cabeça, se pos em pé como se tentasse me mostrar a nos
~Pov. Victor~A meia noite demorou a chegar, parecia uma eternidade ter que esperar aquele tempo todo para finalmente libertar os Bárbaros. Pietro por outro lado, parecia calmo, respirava devagar e economizava energia para o ataque. Até a minha respiração estava quente e perturbada. De longe vimos o sinal do general, uma luz intercalada entre as folhas, eles estavam livres. Pietro olhou para o céu e assentiu, chegou a hora acabar com isso.Pietro e seus guardas foram na frente agindo sorrateiramente, aoagaram alguns guardas sem fazer barulho, me esgueirei para a porta dos fundos e derreti a maçaneta até o que antes estava trancando virar líquido aos meus pés. Dentro, encontrei os guardas, o líder e vários outroa homens da cidade.- Fênix! - se aproximou o líder pondo a mão em meu ombro. - Um dos seus nos traiu. - falou firmemente, parecia irritado. Assenti.
~Pov. Eris~Ao sairmos da sala Tavarres começa a conversar com Ruby um pouco mais afastado, Luiz coloca sua mão em meu ombro e pressiona para chamar minha atenção. Seus olhos faiscaram em amarelo, não estava aparentemente irritado mas um sentimento forte o rodeava, algo que que eu fiz todo o possível para repelir.- O que faço, para você deixar essa conversa para amanhã? - ele perguntou cruzando os braços e arqueando a sobrancelha.- É só pedir com jeitinho. - sorri de lado, sua pose demorou a se desmanchar mas ruiu. Ele fechou os olhos e balançou a cabeça negativamente massageando a ponte do nariz.- Estou exausto, você também está. Vamos dormir um pouco, amanhã pela manhã decidimos o que fazer com o Telecto. - a forma como ele se referiu ao Erion tinha um toque de nojo, me senti um pouco estranha com isso afinal eu sou uma Telecta até que se prove o contrário. - O que foi?- Nada. Vamos dormi