~Pov. Victor~
Os Telectos estavam avançando todos os dias, nossa fonte de energia vinha da radiação emitida do fundo da cidade. Oncep nunca aceitou ter perdido Rebelion, a cidade foi construida sobre uma antiga usina nuclear intocada. A radiação movimentava lâminas grossas em torno de vacuos gerando uma energia extra, também usavamos a energia do sol mas tinhamos poucas placas de absorção.
- Victor? - Ginna estava bem posicionada sobre o muro, ela era uma número Quatro, fazia parte do GEC. Atentei para a nossa frente onde uma tropa se aproximava rapidamente. - Está pronto?
- Sempre pronto. - eramos conhecidos por não termos limites, saltamos do muro caindo sobre a terra batida fora da cidade. Os Transportadores não eram um grupo muito grande, ao todo podiamos contar com dez Elementares se revezando para fazer o trabalho dos soldados também.&
~Pov. Eris~Depois de muita insistência do Victor acabei voltando a dormir sonhando com tudo que eu tinha visto na mente do Telecto, aquelas informações eram desconexas e acabou sendo um sonho terrivel. Enquanto dormia escutei alguns gritos e uma discussão, abri um dos olhos devagar confirmando o que pensava, Tavarres e Victor estavam discutindo, decidi fingir que dormia e apenas ouvir.- Porque não trancou ela na sala!? - Victor bufou, os dois estavam alterados.- Eu pensei que ela ficaria no lugar! Eu não vejo o futuro sabia?! - tremi quando sua voz começou a sair do eixo.- Agora eles sabem sobre ela, o regente quer interroga-la e usa-la para extrair os planos dos Telectos. - a voz de Tavarres estava cheia de culpa, o pavor que saia deles estava esmagando meus pulmões.- Só por cima do meu cadáver ele vai encostar na Eris! Eu não vou permitir que ele a use como se fosse u
~Pov. Gabriel~Eris tinha uma teimosia palpável, era impossível não notar. Depois que fomos praticamente enxotados da enfermaria pelo Victor notei o quanto eu me preocupava com ela, o quanto o seu bem estar fazia diferença em minha vida.Aqueles olhos tão expressivos, seu jeito delicado, sua estatura. Tudo nela parecia me atrair de um jeito estranho, bom. No caminho para a sala eu me perdi em pensamentos e quase entrei na sala do segundo ano, se o Ruan não tivesse esbarrado em mim teria pago um enorme mico.- Ora, vejam só quem resolveu aparecer. - Elena não perdia uma piada quando se tratava de atrasos, sorri sem graça e me apressei a ocupar o meu lugar em silêncio. - Já que foi o último a entrar, porque não explica para a turma a importância do bem estar físico e emocional?- Não seria melhor me bater com a régua? - ao menos não seria tão vergonhoso, eu não g
~Pov. Eris~Eu simplesmente não acredito que ele me beijou pensando em sua ex-namorada, me sinto tão usada, tão idiota. Em Oncep não nos apaixonamos por alguém que não é nosso parceiro, e aqui eu me sinto sufocada por não ter regras, por não ter que seguir algo.Meu coração dói com a possibilidade de não ser correspondido, de não ser amado. De fato era estranho o que eu sentia quando estava com Gabriel, Ruan e Victor, sensações diferentes e que me incomodavam. Sinto falta da certeza.Ao passar por Victor enquanto corro apenas o iguinoro, preciso sair daqui, preciso de espaço para pensar. Talvez não seja tão bom assim ser livre, poder fazer suas próprias escolhas. Quando percebo já estou no meio da rua, no frio obscuro da noite, um arrepio estranho passa por mim e escuto passos em minha direção, começo a andar sem olhar diretamente para trás.Eu vejo você. Uma voz em minha cabeça me fez salt
~Pov. Eris~Quando acordei notei estar em um lugar diferente, estava em uma cama de solteiro com lençóis azul escuro. Uma escrivaninha separava a cama onde eu estava da cama onde Gabriel dormia profundamente, próximo a porta da frente tinha um pequeno guarda roupa de duas portas e do outro lado uma porta entreaberta que eu identifiquei como o banheiro por estar saindo um vapor.Me sentei sobre a cama tentando lembrar do que houve ontem mas nada me vinha a cabeça, não conseguia me lembrar de como vim parar aqui. A porta do banheiro foi aberta e o Luiz saiu de lá apenas com a calça do uniforme, seu corpo padronizadamente largo ainda estava molhado da água do banho. Ele sorriu para mim e eu me peguei fazendo o mesmo.- Bom amanhecer. - ele saldou sentando sobre a cama onde eu estava e calçando os sapatos.- Bom... como eu...? - ele riu me olhando de soslaio.
~Pov. Eris~Enquanto todos conversavam a mesa minha mente vagava por mentes, medos, indecisões, paixões. Um turbilhão de sentimentos me invadia sem pedir permissão, pensamentos alheios me chacoalhavam fortemente, eu nunca tinha estado tão vulnerável. Sentia como se fosse explodir a qualquer momento, como se o mundo inteiro estivesse entrando em minha cabeça.- Eris? Está ouvindo? - foi Leticia que me tirou do transe, as vozes e os sentimentos ainda se rebatiam contra mim fazendo minha cabeça latejar, forcei um sorriso para ela e assenti. Eu estava ouvindo tido na verdade só não conseguia distinguir sua voz das outras. - Ótimo, vamos para o ginásio. Ruby está impaciente hoje.Ela revirou os olhos se levantando, notei que o Luiz não estava mais entre nós, Antony e Felipe agora trocavam ofensas e Lorena estava em outra mesa. Tentei segui-los pelos corredores mas o caos de pemsame
~Pov. Eris~Ao corrermos para fora da sala novamente sou atingida pelas vozes ao meu redor, meu corpo se choca contra a parede em um desespero palpável. Luiz segurou meu rosto entre suas mãos tentando me acalmsr, segundo ele meus sentimentos são gatilhos ruins.- Eris, se concentra em apenas uma coisa. Vamos Toquinho, você consegue. - a dor quase me fez desabar mas como se voltasse a superfície depois de um quase afogamento meus sentidos voltaram ao normal expulsando as vozes. - Muito bem, vamos lá.Os alunos estavam sendo contidos pelos professores, o tumulto estava nítido em todo o lugar. Antes de conseguirmos chegar as portas da frente fomos interceptados por Ruby que corria desesperado e quase tromba com Luiz.- Onde vocês estavam? Eu fiquei louco procurando essa garota! - ele estava suado e ofegante parecia irritado com o Luiz e preocupado com outra coisa ao mesmo tempo.
~Pov. Victor~As chamas tomaram conta de tudo, cada mísero espaço foi tomado por elas, eu estava assustado, chorando desesperado. Eu sempre amei o fogo mas hoje foi o dia que ele escolheu para me decepcionar, sentado no quarto eu apenas assistia ele queimando porque eu não podia fazer nada.Ela estava desmaiada ao lado da cama com hematomas no corpo, ele gritava e se debatia no chão mas o fogo não apagava. Eu não senti arrependimento por ele embora tivesse tentado apagar as chamas minhas tentativas foram inúteis, vãs. Quando ela acordou ele ainda gritava, ainda rolava no chão em desespero mas a primeira pessoa que ela correu para ajudar fui eu, ela sempre me escolhia e eu a amava por isso. - Juan? Meu amor me diga que está bem!? - suas mãos delicadas tatearam meu rosto sujo de cinzas, forcei um sorriso para ela que me abraçou com força contra seu frágil corpo que tremia ferozmente co
~Pov. Victor~Depois de emprestar roupas limpas para a Eris seguimos ao refeitório vazio, os alunos já estavam nas salas. Ela permaneceu calada o tempo inteiro tentando evitar o assunto sobre a marca em sua cintura, resolvi não perguntar eu tinha meus meios de descobrir.Sentei ao seu lado devorando meu café, estava faminto mas ela não. Eris nem tocou na comida, seus olhos estavam perdidos em algum pensamento e duvido que ela ouviria se eu falasse alguma coisa, mesmo assim tentei.- Eris, algum problema? - ela fitou meus olhos e sorriu, não notei que seus dedos brincavam com o colar que eu havia lhe dado e aquilo pareceu um enorme sinal de carinho para mim.- Pensei... pensei que perderia você... - algumas lágrimas escorreram de seus olhos, meu coração foi totalmente rachado nesse momento, apertei o seu corpo contra o me