O Encanto Do ItalianoA enorme casa, corrijo, uma mansão à vista que faz evocar outra época, apaixona-se instantaneamente. Não posso deixar de me gabar em minha mente dessa fachada que conserva o tom clássico, me remonta ao passado, entre os materiais mais destacados está a pedra. Uma fonte adorna a frente. Silvain estaciona o carro a par de uma Ferrari vermelha. Tira o seguro da portezuela e posso sair, fico à espera sobre o paralelepípedo. Ele se aproxima de mim estendendo a mão, revirando os olhos e rejeitando-o. Ele faz um gesto depreciativo antes de ir para a entrada, eu o sigo atrás, desejando fugir de tudo isso. Quando eu o alcanço, ele me vê de lado, eu Bufo.- Apaga essa amargura, Viscardi. Não quero que seja uma má impressão que a Rosellini tire da minha assistente. - ordena, cerrando os dentes em sinal de desgosto. Somos recebidos por uma mulher de meia-idade, dirigindo-se a nós dois de uma forma hospitaleira, mas formal, acima de tudo. - Benvenuto, il Signore ti sta Gi
Mais tarde eles se enganam em negócios, falam de vários terrenos, de Construções e projetos. Tento levar o fio à conversa, mas me perco na maré pensativa, a inundação sem freio que já me arrebata o centro. As razões pelas quais Silvain tem agido tão estranho esta noite estão ligadas ao seu interesse pessoal, e ouso jurar que houve ciúmes no início, aborrecimento ao ver que Rosellini sacava a arma viril para cativar. Tudo corre mais rápido do que eu pensava. Na despedida Fabrizio me dá um beijo em cada bochecha. - Che tutto Vada bene, spero di rivederti (que tudo corra bem, espero vê-lo novamente) Acompanho o aceno com um sorriso doce, antes que ele se dirija a Silvain e diga adeus da mesma maneira. - A presto, Silvain, meu sarebbe piaciuto che tu restassi qui, ma non insisto (até breve, Silvain, gostaria que ficassem aqui, mas não insistirei) —admite, e volta a dar-me um olhar daqueles que te provocam vertigem e eletricidade ao mesmo tempo. Lá fora, longe de um terceiro, solto-lh
Sua EscuridãoTenho a sensação de que vou passar o dia sozinha no quarto. Eu sinto isso; quando acordei, Silvain não estava mais lá. Ainda não volta e já é quase meio-dia, ao contrário de ontem tenho a liberdade de sair, mas não tenho certeza de andar por Roma sem companhia. No entanto, eu me arranjo, fico adequada e pego o telefone antes de ir pela cidade eterna e respirar aquele ar romano. As ruas estão cheias de transeuntes; afluxo normal em um país tão frequentado por turistas de todo o mundo. A beleza da capital me envolve no passeio, consigo me desconectar da realidade, desse ciclo tóxico de acontecimentos que despertam estados de raiva e tristeza.Eu tiro algumas fotos do passeio e as Envio Para Mila. Eu sorrio ao ler sua resposta, ela alega que eles são muito bonitos e admite desejar estar comigo, ao que eu respondo com um emoji de coração. Depois vêm as perguntas. Mila: Estás você está com Silvain? Eu: não, saí sozinha. Mila: Dónde Onde está esse idiota? Eu: ele saiu, e
—Não siga, para mim a solução que urge é deixar de trabalhar para você, do meu bebê eu me encarregarei, porque o amo, sim, Já tenho profundo carinho e o protegerei, ao contrário de você sim sou uma pessoa e tenho um coração, Não uma rocha em seu lugar. - grunhido, saindo da sala, não sei se me seguirá, espero que não. Eu o repudio com todas as minhas forças. Eu sinto apenas ódio obstinado por Silvain e sua atitude de rock, eu acho que uma pedra teria mais emoções do que ele. Estou enardecida, projetando esse fogo louco a cada passo rápido, sem fazer barulho do corredor, do pessoal do hospital ou de pessoas doentes; cravada no meu mundo que arde e se vai sobre mim, não interessa mais nada. Continuo meu caminho, alongando o passo, parando de golpe no exterior penso A Modo de advertência em vez de conselho, o que disse o doutor, por isso me obrigo a recuperar a calma e estabilizar o ritmo que dança no furor, quando meu coração se acompanha procuro um banco, longe da entrada onde se mobi
Desgosto + desilusão: Caos emocional- Acontece que és um perdedor. Você está vencido, não permite ver a vida através de outros olhos. Não faço ideia do que aconteceu na tua vida, mas aquilo que te marcou não te devia ganhar. Nem tudo está perdido... Nega, um sorriso dessas ladinas, em desacordo. - Tu disseste. Você não tem ideia de nada, eu agradeceria se você parasse com seu palavrão bobo. - Nada de absurdo emito, Silvain. Você tem medo de falhar, de não ser suficiente, disso você tem medo, de errar, o que você faz à direita e à esquerda. Entre na cabeça que você é um mortal a mais, cheio de imperfeições como todos; você se esforça para parecer algo, e os erros são mais perceptíveis para você. Além disso, você é desconfiado, não permite que ninguém saiba sobre sua vida. Tudo o que escave em tua vida, isso não interessa, não consigo nada, apenas tremendas incógnitas. Na verdade, não SEI Como É Que o Gaspard foi informado, e nem sequer lhe contaste tudo... - brusca, paro de falar.
"Não sinto, não quero, não amo...». E, para o inferno com a esperança, nestes meses eu não tenho sido capaz de atravessar a fronteira que impõe, agora que nada resta para não vê-lo mais, eu não farei mais para demolir a muralha. As coisas importantes ele não é capaz de vê-las, a soberba lhe venda OS olhos, o orgulho e rancor amordaça sua boca. É mais cego que uma toupeira. A mim isso me mata, sou a que leva o sabor metálico do sangue, os golpes de uma rejeição fulminante, e todo o emocional atinge o triplo, mata em mim cada inseto alado. A única verdade da realidade é que pareço patética por implorar, sabendo que é um problema matemático tão incompreensível e absurdo. Quando ele toma banho, pego da minha mala o eco, não sei o mostrei, e não o farei. Você ainda não verá o que eu aprecio no ultrassom, que considero a primeira foto do meu filho. Não estou convencida de fazer a coisa certa. Já é tarde, entre suas coisas deixo o ecograma e peço ao céu que o note quando estiver em sua so
Suas BatidasDias depois...Gaspard está aqui, devorando um biscoito, do segundo lote que Mila preparou. Admiro que eles continuem próximos, como amigos, depois da aventura que tiveram. Observo-os e noto a cintilação no olhar da minha amiga, atrevo-me a dizer que perto de Lebrun parece mais vivaz, combinam; Gerrit é uma boa pessoa, mas devo confessar que quase sempre anda nas nuvens, estes últimos dias não saíram com frequência, embora Jones tenha estado envolvida de cabeça em algumas coisas sobre exercer a sua profissão. - Não comerás uma? - parece-lhe estranho que ainda não engula. - Estou cheia. —Você sente falta-geme o francês colocando todo o biscoito na boca. E, mexa-se tocando a ponta do meu nariz. Sorrio ao mesmo tempo que nego com a cabeça; Lebrun esteve junto a Mila ali para mim, quando me vejo fugitiva da vida e uma horda de ideias escuras racham minha visão e, cai-me a alma aos pés, então lembrando-me que sim vale a pena viver, esclarecem meu céu. Um dia depois de vol
Da Sua Parte Eu levo o ultra-som para casa, é o único que tenho, o primeiro que agora não me arrependo de deixar na bagagem de Silvain, eu tinha um objetivo. Receio que nada tenha mudado. É ridículo pensar por um segundo que eu receberia um único texto dele, até mesmo uma ligação ou ver o absurdo materializado de que ele estaria aqui, presente e me dizendo para, por favor, deixá-lo estar ao meu lado. Tudo Fantasia, nada Realidade. De Castelbajac é pior do que uma pedra. Recosto a cabeça na janela, passando o percurso metida na cidade, na sua Trajinha matinal, parte do dia que se despede já. Tenho um nó que ameaça me machucar, embora tenha tido aguerrida a força no momento em que outra batida encheu o consultório, volto a me entortar na fuga que não sabe para onde ir. Eis aqui onde sinto compugida a alma e palpo vazio. Sempre me coloco neste momento, não é culpa dos hormônios, é de um amor não correspondido, por sentir algo onde nada cresce, e dedicar tanto à sua alma escura que de s