Parte 2...Ele ria e fazia piadas de seus erros, mas ela não gostava de estragar comida, ainda que ele estivesse bem de dinheiro.A propriedade dele era menor do que a de Anete, mas era produtiva e ele tinha boas colheitas. Além disso, seu salário como xerife era um dos mais altos.E diferente de seu pai, um homem muito rico, Hector não fazia questão que ela usasse o dinheiro para comprar coisas para ela, nem mesmo lhe questionava se o valor tinha sido alto.Depois de um tempo ela se acostumou com isso e já não ficava com receio de comprar novos vestidos, sapatos ou outros acessórios para ela e Anna.Até para ele sempre trazia algo quando voltava do centro ou da cidade vizinha, que agora ia sozinha manejando a carroça como havia aprendido.Agora até mesmo Nancy era mais simpática com ela, passado o ciúme e cisma inicial. Já comprava em sua loja de roupas sem medo de que ela fosse a tratar mal e até conversavam um pouco.Hector precisou fazer duas viagens a trabalho e ela ficou sozinha
Parte 3...— Fique calma, nós vamos achá-la - apertou seu ombro.— Anna! - ela gritou e não ouviu resposta.— Ali tem umas árvores, vamos por lá.Eles se aproximaram das árvores e ao longe ouviram um choro baixo.— Anna! - ele gritou bem alto.— Papai... Papai... - ela respondeu chorando.— Oh, meu Deus - Lyanne cobriu a boca, quase chorando também.Anna estava sentada ao pé de uma árvore larga e frondosa, seu vestido clarinho estava sujo e seu cabelo cheio de folhas.Eles se abaixaram ao seu lado e quando Hector tocou sua perna ela gritou e chorou.— Minha perninha, papai... Dói.Lyanne se sentiu culpada pelo ocorrido. Se estivesse mais atenta isso não teria acontecido. Se abaixou ao lado dela e alisou seu rostinho, limpando a poeira.— Fique aqui com ela - disse sério.Ele saiu andando rápido e deixou as duas sozinhas. Lyanne esqueceu até de seu vestido e sentou ao lado dela na grama.— Querida, o que estava fazendo aqui sozinha? Não sabe que não pode andar por aí sem mim?— Eu sei,
Parte 1...Depois de passarem no consultório do médico, eles seguiram para casa. Anna ia deitada no colo de Lyanne, com a perna enfaixada.Por sorte, não tinha quebrado mesmo e sim luxado um pouco. Ficaria alguns dias dolorida e depois o inchaço e as feridas da queda ficariam boas e poderia voltar a caminhar e correr como antes.Lyanne estava muito preocupada porque Hector falou pouco durante o caminho até a casa.Ele desceu e pegou a filha no colo, entrando com ela direto para o quarto. A colocou na cama.— A mamãe vai limpar você e depois vai descansar do susto, está bem?Ela fez que sim com a cabeça e esticou os braços para o pai, recebendo um beijo na bochecha e um abraço apertado.— Depois vamos conversar - passou por ela.Lyanne já esperava. Entrou no quarto com o coração apertado e enquanto limpava Anna chegou a chorar baixinho, se sentindo culpada.Ela se sentia mal por sua filhinha estar sentindo dor e ter que ficar trancada em casa por um tempo até ficar curada de vez.E ain
Parte 2...O modo como ela o olhava era diferente, único e sentia que era real. Todas as vezes em que estavam juntos ele sentia algo dentro do peito.Seria muito bom que ela também sentisse.Ele sabia que existia uma conexão forte entre eles, algo que poucas vezes se consegue achar na vida e isso é como um presente divino.Foi uma mudança enorme na vida de ambos, mas ela tinha sido muito corajosa em sair de casa e tentar ter uma vida escolhida por ela e não por seus pais.Mudou de cidade, abandonou tudo e investiu em um conhecido que nem mesmo tinha lhe contado sobre ter uma filha.Ela tinha sido muito corajosa e isso o deixava orgulhoso e feliz de ter sido escolhido.Também se sentia feliz com o fato dela nunca o rejeitar quando a procurava. Ao contrário, ela sempre estava contente em participar com ele, inclinando o corpo para o deixar dominar o momento.E adorava quando, como agora, ela sempre aceitava seu carinho, se deixava ficar em seu colo. Era como se apesar de tudo o que ela
Parte 3...— Eu disse que iria resolver - sorriu.Os três entraram e Greta logo fez amizade com Anna, toda feliz em poder contar sobre sua aventura que a colocara de castigo com a perninha machucada.Hector puxou Lyanne para a cozinha e a beijou saudoso. Tinha ficado fora cinco dias.— Gostou da surpresa?— Muito. Deveria ter me contado.— Aí não seria surpresa e sei que ficaria preocupada - mexeu em seu cabelo.— Tem razão - o beijou rápido — Depois tem que me contar tudo. Greta vai ficar aqui quanto tempo?— O tempo que você quiser - a puxou — Eu a tirei da casa de seus pais - suspirou — Que por sinal, são pessoas muito frias - beijou sua testa — Fico feliz que tenha tido coragem de fugir, querida. Aquele homem horrível iria acabar com seu espírito bondoso.— Você o conheceu? - arregalou os olhos surpresa — E... Como foi?Hector lhe contou que o senhor Rogan estava na casa quando chegou. Sua viagem dessa vez nada tinha a ver com trabalho, mas com realizar seu desejo de livrar Greta
Parte 1...Os dois estavam deitados após terem feito um amor diferente, mais calmo e cuidadoso. Ele sabia que ela se preocupava muito com sua gestação ainda no início e não queria deixar que isso influenciasse em sua saúde. Não a queria estressada.— Amanhã Anete chega com Peter. Ela está muito curiosa para saber sobre Greta e o bebê.— Ela adora ser tia.— E eu vou amar ser mãe de mais um - sorriu e deitou a cabeça em seu ombro — O que será?— Menino ou menina, o que importa é que será nosso e seremos felizes aumentando a família.— Quantos filhos você quer?— Muitos - riu da careta dela — Mas me contento com três - beijou sua testa.— Anna disse que quer uma irmã.— Bem, quem decide isso é Deus. Ela terá que aceitar e amar o que vem por aí.Ela fez que sim e beijou seu ombro. Suspirou.— Lyanne - segurou seu rosto — Eu deveria ter lhe dito antes...— O que? - aumentou os olhos.— Você é muito bonita, em todos os aspectos - alisou sua bochecha com o dedo — É uma boa esposa pra mim e
Parte 2...Quase trinta minutos depois, ela se tremia inteira, a dor era grande e seu corpo pequeno parecia que iria ser rasgado.Confiava em Anete e Greta para o que vinha pela frente. O marido ainda não havia chegado.Greta não o achou na delegacia e então correu para o consultório médico, avisando a assistente que ela precisava urgente de sua presença.— No momento ele não está, foi fazer um atendimento de urgência - a mulher a avisou — Mas eu vou chamá-lo agora mesmo e o avisarei.Ela agradeceu e tentou de novo na delegacia, mas Hector ainda não tinha retornado. Ela deixou dois dos funcinários da delegacia atrás do xerife e voltou o mais depressa possível para casa para ajudar Anete.Quando entrou ouviu o grito de Lyanne e seu choro. Anna estava no quarto dela como a tia mandara e ela logo se preparou para ajudar.— Eu não posso - Lyanne chorava, cansada.— Pode sim - Anete disse firme — E se acostume, esse é apenas o primeiro. Meu irmão vai querer outros filhos para encher a casa
Parte 1...Romance de Época “A pé e de coração leve enveredo pela estrada abertaSaudável, livre, o mundo à minha frenteÀ minha frente o longo atalho pardo levando-me aonde eu queiraDaqui em diante, não peço boa-sorte.Boa-sorte sou eu...”Capítulo Um...Sunnydale, 1885Irina estava em seu pouco tempo livre. Do lado de fora da grande casa, ela se inclinava feliz sobre o papel pequeno e amarelado da carta que tinha recebido à dois dias e ainda não tinha tido tempo de ler.A senhora Gilbert tinha sido a responsável por receber mais esta carta, enviada com carinho e preocupação por sua amiga Greta.Na verdade Jordana Gilbert era a responsável pela agência de noivas dos Correios de Sunnydale, mas recebia também algumas correspondências para outras pessoas que por algum motivo não tinham como enviar ou receber notícias de alguém distante.Que era o seu caso.Ela trocava correspondência com Greta, sua amiga que trabalhava para a família Carlton. Ela era empregada dos pais de Lyanne Carl