Parte 1...Logan estava agoniado e ansioso para ir logo para casa. Teve vários clientes pela manhã, o que foi ótimo, mas queria dar uma parada e correr para casa e ver sua Irina.Depois da conversa que tiveram na noite anterior ele tinha percebido que agora estava mesmo unido à sua mulher e queria que ela se sentisse bem ao seu lado. Talvez assim um dia, ela viesse a ter um sentimento grande por ele, talvez até amor.Quem sabe os designíos da vida?Quando o último cliente da manhã saiu, ele largou a barbearia com seu ajudante e correu para casa, para lhe fazer uma surpresa.— Irina, cheguei em casa - disse alto.— Ué... - ela saiu do quarto com os braços cheios de roupas que estava mudando para o quarto dele — Mas ainda não é hora do almoço - elevou as sobrancelhas — Voltou cedo hoje.Ele riu e a empurrou de volta para o quarto, caindo em cima da cama com as roupas e tudo.— Estava com saudades de você.— Você mal saiu de casa - riu quando ele a beijou no pescoço e nos ombros — O almo
Parte 2...Logan pagou a árvore e eles seguiram para casa, refazendo o trajeto, conversando sobre decoração. Ela falava sem parar.Antes de irem direto, ele entrou de novo no caminho para o centro e passou em duas lojas que vendiam os enfeites e outras coisas para o Natal. Deixou que Irina escolhesse o que mais gostava.No começo ela ainda lhe perguntou se poderia levar isso ou aquilo, mas depois que ele disse que ficaria do lado de fora da loja se ela não escolhesse, acabou parando de perguntar e passava entre os corredores mexendo nos enfeites e escolhendo.Voltaram para casa com duas sacolas dos mais diversos artefatos natalinos. Alguns que ele nem sabia para o que serviam.** ** ** ** ** ** **— Acho que aqui está bom, não está?Logan perguntou a ela depois que apoiou corretamente a árvore próxima da lareira que ele tinha acendido ao chegarem, pois ambos estavam com frio. O tempo tinha esfriado no caminho de volta.— Está sim - balançou a cabeça — E vai ficar ainda melhor amanhã,
Parte 3...Quando ele chegou em casa no início da noite, ficou surpreso com o que viu. Queria ter chegado mais cedo, porém dois clientes chegaram já no fim do expediente e queriam serviço completo.Ele não sabia como ela conseguira fazer tudo aquilo sozinha, mas foi a primeira vez que ele viu sua casa tão bonita à noite.— Amor, a casa está perfeita.Ele a abraçou por trás, enquanto ela secava a panela. Por um instante ela parou de respirar, pela surpresa de ter ouvido a palavra amor vinda dele.Estaria certa ou ouviu errado?— Que bom que gostou - se virou e passou os braços por seu pescoço — Tive ajuda.— De quem? - franziu a testa.— Greta e Lyanne estiveram aqui hoje à tarde.— Ah, certo. Quer dizer que seu marido não serve para te ajudar, mas suas amigas sim - brincou.— Não seja bobo - riu — Eu não poderia mandar minhas amigas embora, não é?— Eu sei. Estou brincando. Vocês fizeram um belo trabalho aqui. Nunca vi a casa desse jeito.Ela sorriu, feliz por mais uma vez ele aprecia
Parte 1...Quando Irina acordou ela se sentia diferente.Estava feliz por finalmente ter consumado seu casamento e agora ela era mesmo uma mulher casada e com um futuro pela frente. Quem sabe até, filhos.Os braços dele estavam em volta dela, a apertando contra seu corpo, como se fosse prendê-la na cama. E como se ela fosse querer fugir dali. Se sentia tão confortável em seus braços.Aos poucos ela conseguiu sair de seus braços e deslizou lentamente para fora da cama, mas nem conseguiu dar um passo pois ele logo a puxou de volta para a cama.— Bom dia, esposa - a beijou no rosto.— Bom dia, marido - riu — Preciso levantar.— E por que, não está bom aqui?— Está ótimo - ela o beijou dessa vez — Mas eu preciso levantar para preparar seu café. Você vai sair com fome para o trabalho?— Posso sair, desde que você fique mais comigo.— É, a cama é bem confortável - brincou.— Ah, a cama não é?Ele riu e começou a fazer cócegas nela que se debatia para se livrar, até que pararam em um beijo r
Parte 2...Quando ela abriu os olhos já era de manhã. Logan voltaria nessa manhã e ela estava ansiosa por isso.Entretanto, a manhã passou e veio a tarde e nada de seu marido retornar para casa. Começou a ficar preocupada e nervosa. Ele já deveria estar ali com ela.A neve estava mais alta e talvez isso o tivesse atrasado um pouco. Começou a preparar as coisas para a ceia que teriam à noite. Ele chegaria em pouco tempo, pensou positivo.Só que a tarde também passou e nada de Logan voltar.Sentada na poltrona dele de frente para a lareira ela apertava as mãos de nervosismo, quase chorando. Olhou para a mesa onde estava a ceia posta e bonita, aguardando por ele.Deu um soluço nervosa, sem querer liberar o choro, mas só pensava que estava sozinha ali e não sabia onde seu marido estava.Ouviu passos nos degraus da varanda e seu coração bateu forte e acelerado. Ficou de pé. Deveria ser Logan.Andou até a porta, mas antes que se aproximasse ela se abriu e seu marido entrou, batendo os pés p
Parte 1... Sunnydale, 1885 Lyanne tinha dormido muito mal. Na verdade ela pouco conseguiu dormir, agitada pela frustração e nervosismo de saber que seu futuro estava ligado a um desejo cruel e mesquinho das pessoas que deveriam portegê-la. Era difícil demais controlar as batidas do coração. Ela já tinha andando por todo o quarto sem parar. Em breve seus pés abririam um buraco no chão. Sua mente estava agitada de pensamentos conflitantes. Mas o que ela poderia fazer? Torcia as mãos preocupada. Os pais aguardavam que cumprisse sua parte no acordo. Algo que ela não participou e nem mesmo foi questionada se aceitaria ou não. Ela apenas estava ali como uma boneca para ser colocada de um lado para outro, para servir aos interesses de seus pais. Lá embaixo na sala, estava à sua espera um dos homens mais horríveis que ela já conhecera na sua vida ainda jovem. Uma pessoa que lhe causava até ânsia e arrepios nada bons, só de ouvir seu nome ser pronunciado. Tinha apenas dezenove anos e m
Parte 2... Ela tentou segurar ainda, pois tinha vergonha do que acontecia, apesar de no fundo estar gostando, porque isso o afastou, mas foi impossível. Ele fez uma cara de nojo e a empurrou com toda força, fazendo com que caísse pesado ao chão. Até doeu quando bateu o cotovelo no degrau. _ Que nojo - disse com raiva _ Arnald - gritou _ Arnald... Lucy... Venham ver o que essa garota horrível fez comigo - ele andava de braços abertos, olhando para a roupa. Não dava pra dizer que isso não foi engraçado, porque foi. Ela não fez por querer, mas ele mereceu. Andava com esse cheiro forte e a agarrando dessa forma, foi só uma reação natural. Ele gritou com raiva até que seus pais apareceram. Sua mãe segurou o rosto entre as mãos, arregalou os olhos e ficou horrorizada com o que via e seu pai ficou vermelho. _ Menina estúpida - seu pai disse aborrecido _ Lucy, leve-a daqui agora! - ordenou. Sua mãe se abaixou e lhe deu a mão para que levantasse. Estava nervosa também. Ficou desolada. A ce
Parte 3... Anete tinha suas próprias obrigações além de cuidar da sobrinha. Seu gerente na farmácia, senhor Mire, infelizmente faleceu após quase dois meses enfermo. Ele cuidava de tudo diretinho e depois de sua orte, ficou tudo meio desorganizado porque o assistente dele não sabia fazer igual. Depois, sua gerente, a senhora Louren se aposentou da padaria e então tudo ficou nas mãos apenas de Anete, que ficou carregada demais. Apesar dela ser rápida e organizada, ainda assim era coisa demais e de vez em quando ela ficava sobrecarregada. A padaria demandava muito de seu tempo e a farmácia ainda começava a se ajustar. Ela ficava indo e vindo de um lado para outro e com a sobrinha, ficava mais difícil. Ele entendia. Amava a irmã e sabia que ela faria mais se pudesse, mas se sentia de mãos atadas e tinha uma responsabilidade grande ali. Porém ele não iria fugir de sua obrigação maior. Tinha medo de não dar conta sozinho, mas não iria recuar mais. De repente até que isso foi bom pra ele