Parte 2... Ela ainda fez uma carinha de protesto, mas Lyanne ergueu a mão e foi firme como a cunhada lhe disse para ser. — Eu sou sua mãe e você me deve obediência - pigarreou — Tudo o que faço é para que você fique bem. Se não me obedecer, contarei ao seu pai quando ele chegar e ficará triste com você. A pequena arregalou os olhos. — Também ficará de castigo no quarto, sem sua boneca preferida - dizer isso lhe doeu o coração, mas era preciso ser firme — Vá agora, Anna - apontou para a porta do banheiro — Estamos atrasando sua tia. Anna abaixou a cabeça e saiu com um bico enorme, mas a obedeceu e entrou na banheira. Lyanne se aproximou e se abaixou, começando a lhe banhar, tentando não chorar. Quando o banho acabou, Anna se jogou em cima dela, chorando baixinho. Lyanne a reconfortou e ganhou um beijo. — Agora vamos sair e aprender coisas novas com a tia Anete - beijou sua bochecha. Devagar ela ia aprendendo. ** ** ** ** ** ** ** Anete foi uma ótima professora. Com muita paci
Parte 3... — Eca, papai... De novo? Anna entrou correndo na cozinha e os pegou se beijando. Abraçou as pernas do pai, fazendo uma carinha engraçada e dramática. — Mamãe foi má comigo hoje - ela disse com voz dengosa, fazendo uma leve encenação teatral — Me tomou a boneca - fez um bico exagerado, arrancando um sorriso divertido do pai. Ele franziu a testa, fingindo uma expressão de preocupação exagerada, e a olhou sério. Lyanne chegou a pensar que iria brigar com ela, mas não o fez. — E o que você fez, para mamãe tomar sua boneca? - ele se abaixou, entrando na brincadeira. — Não fiz nada - Anna mexia o pezinho, tentando manter a pose de inocência. — Não mesmo? - ele levantou-se e fingiu uma indignação divertida — O que ela fez? — Anete estava para chegar e ela não queria tomar banho para sair - Lyanne cruzou as mãos, como se estivesse contando uma grande história de mistério — Foi teimosa e muito rude comigo, gritando e pulando pelo quarto. Eu tive que lhe dar um castigo para ap
Parte 1...Desde que eles haviam se casado que Lyanne tinha receio desse momento, mas agora ele tinha chegado e ela precisava enfrentar isso.Anna agora estava dormindo em sua cama, agarrada a uma boneca sem cabelo, que ela mesma havia puxado.Tudo já estava arrumado na cozinha. Hector saiu para olhar em volta como sempre fazia antes de dormir e isso lhe deu tempo de se preparar.Um pouco. Estava muito ansiosa.Hector voltou e a encontrou penteando o cabelo em frente ao espelho, usando uma camisola branca delicada. Fechou a porta e passou a chave.Lyanne estava indecisa do que usar, entre as opções que a cunhada a fizera comprar. Escolhera a branca por ser sua primeira noite de verdade com ele.Sua respiração ficou mais funda enquanto o via se aproximar. Deixou a escova de cabelo em cima da mesinha e se virou para ele.Ele sentia sua ansiedade, também ele estava assim. Desde que ela tinha ido morar em sua casa esperava esse momento, mas não queria assustá-la.A expectativa por consuma
Parte 2...— Vamos meninas - ele gritou — Estamos em cima da hora. Vamos nos atrasar.— Sei... E de quem é a culpa? - ela disse.— Óbvio que é sua.— Minha? - ela ajeitou o laço na cabeça de Anna — Como é minha?— Quem mandou você ser tão linda pela manhã? - piscou o olho e a beijou rápido.Lyanne sorriu olhando para ele, o cabelo penteado, a barba feita. Um homem muito bonito. E que tinha lhe ensinado coisas que jamais imaginara.E ela tinha gostado de cada uma.Suspirou.Seria tão bom se ele a amasse e ela também o amasse. Teriam o casamento perfeito.Por hora ela ainda não sabia bem o que sentia por ele, mas sabia que gostava muito de sua companhia e de suas brincadeiras.Tinha entrado de cabeça nessa loucura de ser uma esposa que agora já não se via de outra forma.E eram tantas obrigações. A maior de todas era cuidar de Anna, mas tinha certeza de que a menina já a via como sua mãe.A casa demandava muito trabalho. Com a propriedade ela não se envolvia. Deixava isso para Hector.E
Parte 3...— Ah, infelizmente eu não avisei à minha esposa que deveria ter trazido algo para a reunião.Ela tinha que cozinhar para mais pessoas? Mal sabia fazer o que a cunhada lhe ensinara e ainda assim usava as receitas. Não poderia cozinhar para muitas pessoas ao mesmo tempo.— Não se preocupe com isso - a mulher abanou a mão com um leve sorriso — Trouxemos muita coisa, dá para todos. Fiquem, assim sua bela esposa pode conhecer mais.Ele olhou para o rosto de Lyanne e viu em seus olhos que estava animada para ficar, ainda que um pouco receosa.— Se Lyanne assim o desejar, podemos ficar.— Eu gostaria - sorriu suave e segura.— Eu também quero, papai - Anna disse.— Tudo bem, então. Ficaremos mais.Ele desceu Anna que foi para o lado de Lyanne e segurou sua mão.Gostou que ela tivesse vontade de ficar e conhecer mais sobre as pessoas do grupo. Como xerife ele tinha contato com muitas pessoas e tinha que dar atenção a elas quando requisitado. Precisava estar bem com a comunidade.Qu
Parte 1...Lyanne esperava que Hector entrasse no quarto. Estava ansiosa para lhe falar sobre o que havia acontecido para acabar ali, como sua esposa.Quando ele entrou, logo percebeu que ela estava incomodada com algo. E era uma coisa que ele não gostava.Gostava de ver sua bela esposa alegre, animada com os afazeres e rindo com sua Anna.— Tem algo que a incomoda?— Não... Sim... Um pouco - apertava os dedos das mãos, nervosa.Hector teve vontade sorrir, mas como notou que estava preocupada, não quis que se fechasse e esperou. Sentou na cama de frente para ela.— Pode me falar... Qualquer coisa.— Mesmo? - fez uma careta.— Mesmo - ele esticou a mão e segurou a sua, a puxando — Prometo que vou tentar entender, caso seja algo que eu não saiba como funciona.Ela estava dura, travada no lugar e ele teve que puxar mais forte para que se aproximasse.— Anna está dormindo, podemos falar sem problema - a fez sentar em seu colo.Lyanne ainda estava preocupada com sua reação, mas tinha conco
Parte 2...Ele ria e fazia piadas de seus erros, mas ela não gostava de estragar comida, ainda que ele estivesse bem de dinheiro.A propriedade dele era menor do que a de Anete, mas era produtiva e ele tinha boas colheitas. Além disso, seu salário como xerife era um dos mais altos.E diferente de seu pai, um homem muito rico, Hector não fazia questão que ela usasse o dinheiro para comprar coisas para ela, nem mesmo lhe questionava se o valor tinha sido alto.Depois de um tempo ela se acostumou com isso e já não ficava com receio de comprar novos vestidos, sapatos ou outros acessórios para ela e Anna.Até para ele sempre trazia algo quando voltava do centro ou da cidade vizinha, que agora ia sozinha manejando a carroça como havia aprendido.Agora até mesmo Nancy era mais simpática com ela, passado o ciúme e cisma inicial. Já comprava em sua loja de roupas sem medo de que ela fosse a tratar mal e até conversavam um pouco.Hector precisou fazer duas viagens a trabalho e ela ficou sozinha
Parte 3...— Fique calma, nós vamos achá-la - apertou seu ombro.— Anna! - ela gritou e não ouviu resposta.— Ali tem umas árvores, vamos por lá.Eles se aproximaram das árvores e ao longe ouviram um choro baixo.— Anna! - ele gritou bem alto.— Papai... Papai... - ela respondeu chorando.— Oh, meu Deus - Lyanne cobriu a boca, quase chorando também.Anna estava sentada ao pé de uma árvore larga e frondosa, seu vestido clarinho estava sujo e seu cabelo cheio de folhas.Eles se abaixaram ao seu lado e quando Hector tocou sua perna ela gritou e chorou.— Minha perninha, papai... Dói.Lyanne se sentiu culpada pelo ocorrido. Se estivesse mais atenta isso não teria acontecido. Se abaixou ao lado dela e alisou seu rostinho, limpando a poeira.— Fique aqui com ela - disse sério.Ele saiu andando rápido e deixou as duas sozinhas. Lyanne esqueceu até de seu vestido e sentou ao lado dela na grama.— Querida, o que estava fazendo aqui sozinha? Não sabe que não pode andar por aí sem mim?— Eu sei,