Parte 2... Hector estava mesmo com fome, mas se ainda fosse ensinar sua esposa como usar o fogão, seguro não teria tempo de comer nada. Ele suspirou e esfregou a testa. Tudo bem, ele poderia comer no restaurante da Marnie. Pelo menos Anna estava com a barriguinha cheia. Olhou as panelas em cima do fogão. Apenas a que ele usara estava suja. As outras não tinham sido nem tocadas. Anna derrubou a colher no chão e os dois se abaixaram ao mesmo tempo para pegar. Suas mãos se tocaram e os dois se olharam. Ele pegou a colher e deixou em cima da mesa. Estava feliz por ter sua filhinha com ele de vez. Ela tinha ficado muito tempo com sua irmã. Eles precisavam ter mais tempo juntos, para aumentar o laço que os unia como pai e filha. Não dava para fazer esse papel pela metade. Mas se pudesse, agora gostaria que ela estivesse ainda com Anete, assim poderia ter um tempo à sós com sua mulher. Sentia que os dois poderiam se dar muito bem realmente e que era só questão de irem se adaptando um
Parte 3... Durante o trajeto até a cidade, Anete foi lhe falando um pouco mais sobre o irmão e sua história, mas não entrou em detalhes por causa da sobrinha. Lyanne aproveitou para lhe revelar o que havia acontecido, mas evitou também os detalhes, prometendo que contaria depois, também por causa de Anna ao lado delas. Chegaram na cidade de Beiley Town e Anete seguiu direto para uma loja que ela conhecia a dona. — Bom dia, Nancy - ela disse — Será que pode nos atender? Estamos com um pouco de pressa. — E por que tanta pressa logo pela manhã? - a mulher sorriu saindo de trás do balcão — Por acaso vai se casar? - deu uma gargalhada pequena. — Quase isso - puxou Lyanne — Esta é minha cunhada, Lyanne - a mulher a olhou espantada — Ela se casou recentemente com meu irmão e não teve tempo de fazer a mudança de suas coisas particular. Lyanne falou com a mulher que parecia avaliar sua aparência. — Precisamos de roupas para o dia, de trabalho e outras coisinhas mais. Você entende. — Cla
Parte 1...Antes de voltarem para casa, Anete decidiu que deveriam passar antes na delegacia para que ela conhecesse o local onde o marido trabalhava.— Olha, olha... - Anna apontava — Papai...— Isso mesmo, minha linda - Anete disse a segurando no lugar — Papai trabalha ali, na delegacia.Anna estava animada de encontrar o pai e Lyanne estranhamente também se sentia assim. Elas pararam ao lado do prédio da delegacia e desceram com a ajuda de um rapaz que trabalhava para Hector.Elas entraram na primeira sala onde ficava a mesa de recepção e o oficial que trabalhava em um documento as mandou passar direto para a sala de Hector.Anna foi na frente, pulando cheia de animação e empurrou a porta, mas não havia ninguém na sala.— Onde está meu papai? - olhou para Lyanne.— Também não sei, querida - segurou sua mão — Vamos perguntar de novo ao rapaz lá atrás.— Não precisa.Elas se viraram ao mesmo tempo quando ouviram a voz dele atrás delas.— Papai... - Anna correu para ele.Ele a pegou n
Parte 2...— Por favor, Anete, não diga nada ao seu irmão - segurou suas mãos — Eu sei que foi errado fugir, mas estava desesperada e com medo do que aconteceria comigo se ficasse.— Eu entendo, eu entendo... Não importa como veio parar aqui, mas sim que escapou. Deus... Tenho certeza de que você seria sua próxima vítima.— Pelo pouco que descobri, já entendi que era um homem cruel e ganancioso. Tenho certeza de que ele queria colocar a mão em minha herança.Anete voltou a abraçá-la como se ela fosse desaparecer se não fizesse isso.— Isso é algo muito sério e você deve contar tudo ao meu irmão. Eu não vou estar aqui em breve, então você tem que aprender como conviver com ele e para ter uma boa união, é preciso confiança.— E se ele me mandar embora?— Não seja boba - bateu de leve em sua mão — Ele não faria isso. Agora segure o choro e vamos até a horta lá fora. Tenho que lhe ensinar a cozinhar algo.— Obrigada - ela suspirou segurando a vontade de chorar — Eu fiz uma besteira hoje d
Parte 3...Ela gostava do modo positivo de Anete pensar. Precisava ter mais confiança como ela, mas nunca foi ensinada a ser assim.Sua mãe sempre lhe dizia que o mundo era dos homens e que as mulheres apenas os serviam.Entre Anna e tudo o que tinha que prestar atenção enquanto Anete a ensinava, ela tentava não entrar em desespero por perceber que nao sabia fazer absolutamente nada.Começaram a preparar o jantar mais cedo do que o normal porque Anete precisava voltar para casa.Ela deixou anotado a receita para o café da manhã e para o almoço. Só poderia vir ajudá-la depois do meio-dia e ela teria que se virar sozinha. Teria Anna e a casa para cuidar, sem esquecer de Hector, seu marido.** ** ** ** ** ** **Durante o jantar ela ficou apreensiva com o que ele iria dizer e quando finalmente provou a comida que tinha preparado, foi um alívio.— Hum, isso está muito gostoso.Ela sorriu aliviada. Sua primeira refeição, feita por suas mãos e para seu marido. Se sentiu bem depois de ouvir
Parte 1... Aprender a cuidar de uma casa poderia até dar trabalho, mas aprender a ser mãe de uma garotinha já crescida, era muito mais difícil. Ela tinha tentado em vão fazer com que Anna entrasse na banheira para estar pronta quando a tia chegasse para ensiná-la como guiar a carroça. As horas passaram, e ela já tinha realizado algumas tarefas depois que o marido saíra para o trabalho. O coração ainda apertado pelas palavras duras que ele havia dito antes de partir. Mas agora, era hora de deixar tudo isso para trás. Tinha acabado de sair do banheiro, e seu rosto ainda estava úmido das lágrimas que derramara em silêncio. Ao levantar os olhos, ela se assustou ao ver Hector parado perto da porta. Ela tentou passar, mas ele a puxou gentilmente e a fez sentar em seu colo. Pela surpresa e pela falta de costume, ela logo ficou corada de vergonha. Nunca tinha sentado no colo de um homem antes. O toque suave de Hector em seu rosto era reconfortante, e ele a beijou devagar, esperando que e
Parte 2... Ela ainda fez uma carinha de protesto, mas Lyanne ergueu a mão e foi firme como a cunhada lhe disse para ser. — Eu sou sua mãe e você me deve obediência - pigarreou — Tudo o que faço é para que você fique bem. Se não me obedecer, contarei ao seu pai quando ele chegar e ficará triste com você. A pequena arregalou os olhos. — Também ficará de castigo no quarto, sem sua boneca preferida - dizer isso lhe doeu o coração, mas era preciso ser firme — Vá agora, Anna - apontou para a porta do banheiro — Estamos atrasando sua tia. Anna abaixou a cabeça e saiu com um bico enorme, mas a obedeceu e entrou na banheira. Lyanne se aproximou e se abaixou, começando a lhe banhar, tentando não chorar. Quando o banho acabou, Anna se jogou em cima dela, chorando baixinho. Lyanne a reconfortou e ganhou um beijo. — Agora vamos sair e aprender coisas novas com a tia Anete - beijou sua bochecha. Devagar ela ia aprendendo. ** ** ** ** ** ** ** Anete foi uma ótima professora. Com muita paci
Parte 3... — Eca, papai... De novo? Anna entrou correndo na cozinha e os pegou se beijando. Abraçou as pernas do pai, fazendo uma carinha engraçada e dramática. — Mamãe foi má comigo hoje - ela disse com voz dengosa, fazendo uma leve encenação teatral — Me tomou a boneca - fez um bico exagerado, arrancando um sorriso divertido do pai. Ele franziu a testa, fingindo uma expressão de preocupação exagerada, e a olhou sério. Lyanne chegou a pensar que iria brigar com ela, mas não o fez. — E o que você fez, para mamãe tomar sua boneca? - ele se abaixou, entrando na brincadeira. — Não fiz nada - Anna mexia o pezinho, tentando manter a pose de inocência. — Não mesmo? - ele levantou-se e fingiu uma indignação divertida — O que ela fez? — Anete estava para chegar e ela não queria tomar banho para sair - Lyanne cruzou as mãos, como se estivesse contando uma grande história de mistério — Foi teimosa e muito rude comigo, gritando e pulando pelo quarto. Eu tive que lhe dar um castigo para ap