Parte 2...— Por favor, Anete, não diga nada ao seu irmão - segurou suas mãos — Eu sei que foi errado fugir, mas estava desesperada e com medo do que aconteceria comigo se ficasse.— Eu entendo, eu entendo... Não importa como veio parar aqui, mas sim que escapou. Deus... Tenho certeza de que você seria sua próxima vítima.— Pelo pouco que descobri, já entendi que era um homem cruel e ganancioso. Tenho certeza de que ele queria colocar a mão em minha herança.Anete voltou a abraçá-la como se ela fosse desaparecer se não fizesse isso.— Isso é algo muito sério e você deve contar tudo ao meu irmão. Eu não vou estar aqui em breve, então você tem que aprender como conviver com ele e para ter uma boa união, é preciso confiança.— E se ele me mandar embora?— Não seja boba - bateu de leve em sua mão — Ele não faria isso. Agora segure o choro e vamos até a horta lá fora. Tenho que lhe ensinar a cozinhar algo.— Obrigada - ela suspirou segurando a vontade de chorar — Eu fiz uma besteira hoje d
Parte 3...Ela gostava do modo positivo de Anete pensar. Precisava ter mais confiança como ela, mas nunca foi ensinada a ser assim.Sua mãe sempre lhe dizia que o mundo era dos homens e que as mulheres apenas os serviam.Entre Anna e tudo o que tinha que prestar atenção enquanto Anete a ensinava, ela tentava não entrar em desespero por perceber que nao sabia fazer absolutamente nada.Começaram a preparar o jantar mais cedo do que o normal porque Anete precisava voltar para casa.Ela deixou anotado a receita para o café da manhã e para o almoço. Só poderia vir ajudá-la depois do meio-dia e ela teria que se virar sozinha. Teria Anna e a casa para cuidar, sem esquecer de Hector, seu marido.** ** ** ** ** ** **Durante o jantar ela ficou apreensiva com o que ele iria dizer e quando finalmente provou a comida que tinha preparado, foi um alívio.— Hum, isso está muito gostoso.Ela sorriu aliviada. Sua primeira refeição, feita por suas mãos e para seu marido. Se sentiu bem depois de ouvir
Parte 1... Aprender a cuidar de uma casa poderia até dar trabalho, mas aprender a ser mãe de uma garotinha já crescida, era muito mais difícil. Ela tinha tentado em vão fazer com que Anna entrasse na banheira para estar pronta quando a tia chegasse para ensiná-la como guiar a carroça. As horas passaram, e ela já tinha realizado algumas tarefas depois que o marido saíra para o trabalho. O coração ainda apertado pelas palavras duras que ele havia dito antes de partir. Mas agora, era hora de deixar tudo isso para trás. Tinha acabado de sair do banheiro, e seu rosto ainda estava úmido das lágrimas que derramara em silêncio. Ao levantar os olhos, ela se assustou ao ver Hector parado perto da porta. Ela tentou passar, mas ele a puxou gentilmente e a fez sentar em seu colo. Pela surpresa e pela falta de costume, ela logo ficou corada de vergonha. Nunca tinha sentado no colo de um homem antes. O toque suave de Hector em seu rosto era reconfortante, e ele a beijou devagar, esperando que e
Parte 2... Ela ainda fez uma carinha de protesto, mas Lyanne ergueu a mão e foi firme como a cunhada lhe disse para ser. — Eu sou sua mãe e você me deve obediência - pigarreou — Tudo o que faço é para que você fique bem. Se não me obedecer, contarei ao seu pai quando ele chegar e ficará triste com você. A pequena arregalou os olhos. — Também ficará de castigo no quarto, sem sua boneca preferida - dizer isso lhe doeu o coração, mas era preciso ser firme — Vá agora, Anna - apontou para a porta do banheiro — Estamos atrasando sua tia. Anna abaixou a cabeça e saiu com um bico enorme, mas a obedeceu e entrou na banheira. Lyanne se aproximou e se abaixou, começando a lhe banhar, tentando não chorar. Quando o banho acabou, Anna se jogou em cima dela, chorando baixinho. Lyanne a reconfortou e ganhou um beijo. — Agora vamos sair e aprender coisas novas com a tia Anete - beijou sua bochecha. Devagar ela ia aprendendo. ** ** ** ** ** ** ** Anete foi uma ótima professora. Com muita paci
Parte 3... — Eca, papai... De novo? Anna entrou correndo na cozinha e os pegou se beijando. Abraçou as pernas do pai, fazendo uma carinha engraçada e dramática. — Mamãe foi má comigo hoje - ela disse com voz dengosa, fazendo uma leve encenação teatral — Me tomou a boneca - fez um bico exagerado, arrancando um sorriso divertido do pai. Ele franziu a testa, fingindo uma expressão de preocupação exagerada, e a olhou sério. Lyanne chegou a pensar que iria brigar com ela, mas não o fez. — E o que você fez, para mamãe tomar sua boneca? - ele se abaixou, entrando na brincadeira. — Não fiz nada - Anna mexia o pezinho, tentando manter a pose de inocência. — Não mesmo? - ele levantou-se e fingiu uma indignação divertida — O que ela fez? — Anete estava para chegar e ela não queria tomar banho para sair - Lyanne cruzou as mãos, como se estivesse contando uma grande história de mistério — Foi teimosa e muito rude comigo, gritando e pulando pelo quarto. Eu tive que lhe dar um castigo para ap
Parte 1...Desde que eles haviam se casado que Lyanne tinha receio desse momento, mas agora ele tinha chegado e ela precisava enfrentar isso.Anna agora estava dormindo em sua cama, agarrada a uma boneca sem cabelo, que ela mesma havia puxado.Tudo já estava arrumado na cozinha. Hector saiu para olhar em volta como sempre fazia antes de dormir e isso lhe deu tempo de se preparar.Um pouco. Estava muito ansiosa.Hector voltou e a encontrou penteando o cabelo em frente ao espelho, usando uma camisola branca delicada. Fechou a porta e passou a chave.Lyanne estava indecisa do que usar, entre as opções que a cunhada a fizera comprar. Escolhera a branca por ser sua primeira noite de verdade com ele.Sua respiração ficou mais funda enquanto o via se aproximar. Deixou a escova de cabelo em cima da mesinha e se virou para ele.Ele sentia sua ansiedade, também ele estava assim. Desde que ela tinha ido morar em sua casa esperava esse momento, mas não queria assustá-la.A expectativa por consuma
Parte 2...— Vamos meninas - ele gritou — Estamos em cima da hora. Vamos nos atrasar.— Sei... E de quem é a culpa? - ela disse.— Óbvio que é sua.— Minha? - ela ajeitou o laço na cabeça de Anna — Como é minha?— Quem mandou você ser tão linda pela manhã? - piscou o olho e a beijou rápido.Lyanne sorriu olhando para ele, o cabelo penteado, a barba feita. Um homem muito bonito. E que tinha lhe ensinado coisas que jamais imaginara.E ela tinha gostado de cada uma.Suspirou.Seria tão bom se ele a amasse e ela também o amasse. Teriam o casamento perfeito.Por hora ela ainda não sabia bem o que sentia por ele, mas sabia que gostava muito de sua companhia e de suas brincadeiras.Tinha entrado de cabeça nessa loucura de ser uma esposa que agora já não se via de outra forma.E eram tantas obrigações. A maior de todas era cuidar de Anna, mas tinha certeza de que a menina já a via como sua mãe.A casa demandava muito trabalho. Com a propriedade ela não se envolvia. Deixava isso para Hector.E
Parte 3...— Ah, infelizmente eu não avisei à minha esposa que deveria ter trazido algo para a reunião.Ela tinha que cozinhar para mais pessoas? Mal sabia fazer o que a cunhada lhe ensinara e ainda assim usava as receitas. Não poderia cozinhar para muitas pessoas ao mesmo tempo.— Não se preocupe com isso - a mulher abanou a mão com um leve sorriso — Trouxemos muita coisa, dá para todos. Fiquem, assim sua bela esposa pode conhecer mais.Ele olhou para o rosto de Lyanne e viu em seus olhos que estava animada para ficar, ainda que um pouco receosa.— Se Lyanne assim o desejar, podemos ficar.— Eu gostaria - sorriu suave e segura.— Eu também quero, papai - Anna disse.— Tudo bem, então. Ficaremos mais.Ele desceu Anna que foi para o lado de Lyanne e segurou sua mão.Gostou que ela tivesse vontade de ficar e conhecer mais sobre as pessoas do grupo. Como xerife ele tinha contato com muitas pessoas e tinha que dar atenção a elas quando requisitado. Precisava estar bem com a comunidade.Qu