AdrianSinto uma dor em meu coração só de ver Geovana com essa carinha triste. Ela não é assim; essa não é a Geovana que conheci no navio: sorridente e animada. E eu me sinto culpado por isso, pois é a minha presença em sua vida que trouxe esses sentimentos conflituosos para a minha paçoquinha.Mas eu pretendo acabar com esse clima ruim hoje mesmo.— Me perdoa, Geo. — Ajoelho-me a sua frente e segura a sua mão. Levo o dorso até meus lábios e deixo um beijo molhado ali. — Eu já mandei a Mirela sair da casa da minha mãe, ela já até foi para o apartamento que eu aluguei para ela.— Você está pagando o aluguel do apartamento que ela vai ficar? Não acha muito, não? Ela vai aproveitar para sempre estar no seu ouvido te alugando — reclama e eu entendo que ela tem razão em parte, mas o que eu posso fazer.— Meu amor, ela está grávida e existe grande chance desse filho ser meu. Mas não tenho mais nada com ela, não quero ter mais nada com ela.— E os nossos filhos? — Ela apoia a mão sobre o ven
GeovanaDepois do nosso tombo, a copa se encheu de gente querendo saber o que aconteceu... se eu estava bem... se estávamos brigando... esse tipo de coisa. Mas só foi um acidente mesmo, típico de mim. E como disse Adrian: as coisas estavam voltando ao normal.Adrian havia ido até o salão com um motorista, o que nos impediu de nos despedir normalmente. Ele disse que voltaria sempre, pois o serviço é de extrema qualidade e o ambiente muito acolhedor. Tudo isso antes de entrar no veículo. Segundo ele, qualquer um pode ser cúmplice e estar envolvido com o mandante do crime.Não aceitei o tal apartamento, mas fui obrigada a aceitar o segurança. Ele disse que é pelo meu bem e de nossos filhos. Não pude negar, mas já tem algumas semanas que eu ando com um segurança atrás de mim. São dois, eles revezam, mas ambos são muito discretos. Tanto que eu até esqueço que estão lá, mas eles estão, e quando me lembro me sinto incomodada.Adrian conseguiu convencer a família que está bem o suficiente par
AdrianTomo uma decisão: preciso retomar o controle da minha vida o dos meus negócios. Por isso, resolvo levantar cedo e me arrumar para o trabalho. Chega de ficar em casa sem saber o que está acontecendo.Visto um terno cinza, uma gravata azul escuro e de frente ao espelho tiro uma foto e envio para Geovana, informando que volto a trabalhar hoje. Ela não sabe que estou fazendo isso sem informar ninguém, além dela.O bom é que pego todos de calças curtas, como dizia meu avô.— Onde vai todo arrumado desse jeito? — questiona minha mãe que ainda veste um robe cor de rosa e tem uma xícara de café em suas mãos.— Para a empresa. Estou bonito? — faço a pergunta arrumando a gravata.— Você não está bonito, meu filho. Você é bonito.Vou até ela e lhe dou um beijo estalado na bochecha.— Me deseje sorte para o meu primeiro dia depois de três meses.— Boa sorte, meu filho. Está se sentindo bem mesmo? E suas lembranças?— Estou me sentindo melhor do que nunca, mãe. E é como se eu nunca tivesse
GeovanaAdrian voltou a trabalhar e disse que tem muita informação pra me contar. Combinamos de nos encontrar depois do meu expediente em meu apartamento. Tem alguns dias que a gente se viu, pois ele estava muito concentrado com as coisas do trabalho.No momento estou indo até o mercadinho comprar algo para lancharmos, mas eu não esperava encontrar uma certa pessoa no caminho.— Você está linda com essa barriguinha, hein! — escuto a voz e meu corpo enrijece no lugar. Viro e dou de cara com William. — Quando você ia me contar que estava grávida? Eu tenho direito de saber!Assim que ele fala, percebo que William está achando que o filho é dele. Na verdade, até poderia ser se eu não tivesse tomado anticoncepcional até o nosso rompimento.— Sai da minha frente, Willian — peço com firmeza e tento passar por ele, mas o homem segura o meu braço.— Fala de uma vez, Geovana. Por que não me contou que estava grávida?Ele parece que está se irritando, mas não me preocupo, pois sei que o seguran
GeovanaOs dedos dele começaram a puxar a alça da minha camiseta para baixo, e então me lembro que ele saiu do hospital há mais ou menos um mês.— Adrian... — gemo, mas tento falar com certa urgência — Adrian, espera. — Estou ofegante, mas preciso falar pra ficar tranquila. Se esse homem passa mal vou me culpar pelo resto da vida.— Está sentindo alguma coisa, amor? — Seu olhar preocupado sobre mim, me faz me sentir levemente culpada.— Não... estou bem. Mas, e você... Você está bem? Esteve internado até pouco tempo, e... — antes que eu termine de falar, ele me interrompe com um beijo nos lábios.— Vou ficar doente se você não me deixar entrar em você — sua voz sensual me fez estremecer e me entreguei ao beijo novamente.Adrian segura a barra da minha camiseta e puxa para cima, fazendo-a passar pela minha cabeça e deixando meu seio exposto. Ele abocanha e suga meu mamilo sensível, meu corpo se contorce com a sensação que explode dentro de mim.Meus dedos começam a trabalhar desajeitad
AdrianPedi pizza para nós, pois não ia permitir que Geovana voltasse para a cozinha e fazer tudo outra vez. Enquanto a pizza não chegava, ficamos conversando coisas leves e namorando.Quando o último pedaço de pizza teve o seu destino, me preparo para começar a contar tudo para Geovana.— Agora que estamos de barriga cheia, acho que você já pode falar sobre a investigação. — Geovana já puxa o assunto antes mesmo que eu sugira.— Sim, meu amor. Descobri algumas coisa que me deixaram pensativo. Uma delas foi descobrir que Mirela se enfiava na minha sala enquanto eu estava no cruzeiro.— A Barbie do Paraguai? — questiona ela e eu rio do apelido.— Ela mesma.— E o que ela poderia querer na sua sala?— Esse é o problema. Não faço ideia.— Já tentou falar com ela?— Não, mas acho que não adiantaria de muita coisa, se fosse algo de suspeito ela jamais falaria.— Mas vocês se conhecem há muito tempo, será que não perceberia que está mentindo ou escondendo algo?Fico pensativo com as palavra
AdrianMirela me encarava com uma expressão indecifrável. Não conseguia olhar em sua face e distinguir o que a mulher estava sentindo.— A reunião será bem rápida se você for sincera em sua resposta — começo — O que você veio fazer na minha sala nos dias em que estive no cruzeiro?Um sorrisinho surge em seu rosto e eu sinto vontade de esganar essa mulher à minha frente.— Não posso vir na sala de meu futuro marido? O que você esconde de mim, meu amor, que eu não possa entrar em sua sala?— Olha aqui, sua lambisgoia de araque — Ariane altera-se, colocara-se de pé, grirtando e apontando o dedo para a cara de pau da Mirela — Você sabe muito bem que ele não vai casar com você. Para de fazer esses joguinhos!— Não há jogos — declara, espalmando as mãos sobre o ventre inchado — Estou até esperando um filho dele. Como não seríamos namorados, prestes a marcar a data do casamento? Por isso eu vinha aqui: pra sentir o cheiro dele que ficou nessa sala.— Então não nega que ficou aqui dentro sem
GeovanaHoje vou sair pela primeira vez com um cartão ilimitado na minha vida. Adrian criou uma conta para mim e me deu um cartão onde não há limite para o que eu possa gastar e quando eu disse isso às minhas amigas, todas elas enlouqueceram. Decidimos ir ao shoping na hora de almoço e comprar várias coisinhas de bebê.Já estou com quase cinco meses de gestação e minha barriga está gigantesca. Parece que estão prestes a nascer, quem me vê e não sabe que são gêmeos pode achar que as crianças vão chegar a qualquer momento.Adrian continua indo ao meu apartamento durante a noite e não tem dia nem horário para chegar, segundo ele, são medidas de segurança. O relacionamento secreto me incomoda, mas entendo que é necessário, principalmente agora que ele e o investigador estão montando um esquema para desvendar quem está por trás de todas as fraudes que estão prejudicando a empresa de meu namorado.Antes de sairmos deixo tudo organizado para Hugo, mais uma vez o coitado vai ficar no salão so