AdrianPedi pizza para nós, pois não ia permitir que Geovana voltasse para a cozinha e fazer tudo outra vez. Enquanto a pizza não chegava, ficamos conversando coisas leves e namorando.Quando o último pedaço de pizza teve o seu destino, me preparo para começar a contar tudo para Geovana.— Agora que estamos de barriga cheia, acho que você já pode falar sobre a investigação. — Geovana já puxa o assunto antes mesmo que eu sugira.— Sim, meu amor. Descobri algumas coisa que me deixaram pensativo. Uma delas foi descobrir que Mirela se enfiava na minha sala enquanto eu estava no cruzeiro.— A Barbie do Paraguai? — questiona ela e eu rio do apelido.— Ela mesma.— E o que ela poderia querer na sua sala?— Esse é o problema. Não faço ideia.— Já tentou falar com ela?— Não, mas acho que não adiantaria de muita coisa, se fosse algo de suspeito ela jamais falaria.— Mas vocês se conhecem há muito tempo, será que não perceberia que está mentindo ou escondendo algo?Fico pensativo com as palavra
AdrianMirela me encarava com uma expressão indecifrável. Não conseguia olhar em sua face e distinguir o que a mulher estava sentindo.— A reunião será bem rápida se você for sincera em sua resposta — começo — O que você veio fazer na minha sala nos dias em que estive no cruzeiro?Um sorrisinho surge em seu rosto e eu sinto vontade de esganar essa mulher à minha frente.— Não posso vir na sala de meu futuro marido? O que você esconde de mim, meu amor, que eu não possa entrar em sua sala?— Olha aqui, sua lambisgoia de araque — Ariane altera-se, colocara-se de pé, grirtando e apontando o dedo para a cara de pau da Mirela — Você sabe muito bem que ele não vai casar com você. Para de fazer esses joguinhos!— Não há jogos — declara, espalmando as mãos sobre o ventre inchado — Estou até esperando um filho dele. Como não seríamos namorados, prestes a marcar a data do casamento? Por isso eu vinha aqui: pra sentir o cheiro dele que ficou nessa sala.— Então não nega que ficou aqui dentro sem
GeovanaHoje vou sair pela primeira vez com um cartão ilimitado na minha vida. Adrian criou uma conta para mim e me deu um cartão onde não há limite para o que eu possa gastar e quando eu disse isso às minhas amigas, todas elas enlouqueceram. Decidimos ir ao shoping na hora de almoço e comprar várias coisinhas de bebê.Já estou com quase cinco meses de gestação e minha barriga está gigantesca. Parece que estão prestes a nascer, quem me vê e não sabe que são gêmeos pode achar que as crianças vão chegar a qualquer momento.Adrian continua indo ao meu apartamento durante a noite e não tem dia nem horário para chegar, segundo ele, são medidas de segurança. O relacionamento secreto me incomoda, mas entendo que é necessário, principalmente agora que ele e o investigador estão montando um esquema para desvendar quem está por trás de todas as fraudes que estão prejudicando a empresa de meu namorado.Antes de sairmos deixo tudo organizado para Hugo, mais uma vez o coitado vai ficar no salão so
Geovana— Você está linda com essa barriga. Tem certeza que engravidou depois do nosso rompimento? — Willian questiona e meu estado de choque com sua presença vai passando aos poucos.— Você me seguiu pra perguntar isso, Willian? Se fosse seus filhos eu diria. Agora, sai daqui ou vou gritar.Ele levanta as mãos e volta a falar.— Não estou aqui pra te fazer mal. Só está muito difícil chegar perto de você. Tem seguranças agora, não é, Geovana?Não gosto do tom de voz que usa. Espero para ver o que vem a seguir.— Descobri tudo. Está namorando um ricaço, por isso não quer nem olhar na minha cara, mais. Já contou a ele que os filhos são meus ou está enganando o otário pra arrancar dinheiro dele?— Você não sabe de nada, é melhor ir embora. Meus filhos não são seus, e com quem me relaciono é problema meu.— Então não nega que está namorando um ricaço — O sorriso que surge nos lábios dele me irrita profundamente — Também, quando que você poderia pagar por este vestido? Não deve nem ter olh
AdrianDepois do susto que Geovana levou, achei melhor passar o dia com ela, embora não fosse o mais prudente a se fazer. Vi a empolgação com cada roupinha ou mamadeira que ela amostrava. Mais até mesmo que as coisas que foi obrigada pelas amigas e por mim a comprar para ela mesma.— Veste aquele babydoll rosa, veste — peço fazendo cara de cachorrinho pidão.— Aquele com pompom que a Cris pegou?— Esse mesmo, tem outro?Ela começa a rir.— É sério que você quer que eu vista aquilo? Só trouxe porque a Cris insistiu que era sexy e ela ia me perturbar pelo resto da vida por causa daquilo.— É sexy — afirmo e ela volta a gargalhar.— Só pode estar brincando. Vou ficar parecendo um poodle.— A poodle mais linda do mundo.Seguro-a pela cintura e puxo seu corpo na minha direção, fazendo-a se chocar contra mim.— Para de bobeira, Adrian. Aquilo é ridículo.— Não é, não. Veste.Ela bufa e com a cara de derrota que faz já sei que ganhei.Ela pega a peça na sacola e vai para o quarto, em poucos
AdrianMinha família acredita que estou embarcando no cruzeiro nesse momento. E assim como eles, todos os associados e investidores também acham a mesma coisa. Não desconfio de minha família, mas quanto menos pessoas souberem do meu plano melhor, pois eles podem confiar na pessoa errada e deixar a informação escapar.Em vez de estar embarcando, neste momento estou no meu apartamento com uma equipe enviada pelo investigador. Eles estão analisando cada canto da minha casa, até os mais improváveis.— Senhor Adrian — a voz me tira de meus pensamentos e me viro para ver um jovem usando um uniforme de uma empresa de tecnologia. Ele tem alguma coisa em mãos. — Encontrei isso em seu quarto.— E o que é isso?— Aqui temos uma câmera, um dos modelos mais recentes com captura de imagem perfeita, mesmo a uma certa distância. Também tem ajuste de foco e de ângulo.— E por que uma pessoa colocaria uma câmera assim no meu quarto? — questiono meio confuso, pois somente se quisessem me ver nu colocari
GeovanaAdrian está confiante que agora conseguirá provas o suficiente para pegar o responsável pelas fraudes e desvios de verba da empresa e finalmente poderemos viver o nosso amor sem precisar estar fugindo das pessoas.Me levanto para mais um dia de trabalho cheia de fome. Depois que passou a fase dos enjoos, que duraram três longos meses da minha vida, entrei na fase da fome de leão. Tem vezes que preciso pegar algo pra ficar roendo e enganar a fome, pois se não for assim passo o dia inteiro comendo. Não tive desejos até agora, estou a espera daquelas vontades loucas que as pessoas contam, tipo comer jiló com sorvete, mas até agora não aconteceu nada assim.Me visto com um dos vestidos que Adrian comprou para mim e vou para a cozinha preparar meu café da manhã. Faço torradas, suco de laranja e pego o potinho de patê na geladeira. Coloco tudo na bandeja e levo para a sala. Quando ligo a TV me assusto. Vejo uma navio fumegante e várias pessoas chorando, enroladas em mantas térmicas
AdrianDepois da ligação de minha mãe, não pude manter o segredo que não estava naquele cruzeiro por muito tempo. Meu telefone não parava de tocar com as mais diferentes pessoas querendo saber o que exatamente havia acontecido no cruzeiro.Jornalistas queriam coletivas; os investidores queriam saber o que seria do valor que investiram no cruzeiro e eu sei que o pior nem começou.Acabei precisando ir para a empresa ainda cedo, fazendo as pessoas me olharem com cara de espanto.— Chefe! É bom vê-lo... vê-lo bem — fala minha secretária.— Ainda estou bem, no fim do dia não sei dizer. O dia mal começou e tive que desligar o telefone, pois não conseguia raciocinar com tanta gente ligando.Ela sorriu e apontou para o telefone na mesa.— Posso imaginar, o telefone não para de tocar — Quando ela pronuncia as palavras, o telefone em sua mesa começa a tocar e volta correndo para atendê-lo.Entro em minha sala que agora se tornou mais confortável, depois que soube que estou livre de qualquer câm