Capítulo 05

Vamos comer algo? — Alexandre me convidou para um almoço, meu chefe lindo, maravilhoso e dono do meu coração, precisei desmaiar para isso acontecer.

Chegamos no restaurante e pela primeira vez na vida ele conversa comigo, sem serem as ordens de trabalho, meu amor por ele se multiplicou na última hora, só pela preocupação dele comigo.

Eu fiquei preocupado com você Bianca, trate de comer antes de ir trabalhar — ele ordenou.

Nunca passei um susto como esse com nenhuma funcionária da loja — declarou.

Eu não tenho fome quando levanto muito cedo — respondi devorando meu almoço parecendo uma esfomeada.

Tiramos alguns minutos para descansar depois do almoço, como eu gostaria que fosse verdade o que o médico falou, se eu fosse mesmo a esposa dele eu seria a mulher mais feliz do Planeta.

Com ou sem fome de manhã é para comer alguma coisa para não termos mais nenhum episódio de emergência — ele concluiu, não sei se preocupado com minha saúde ou com o atraso no trabalho.

Chegamos de volta na loja.

Como você está Bianca? — Jennifer perguntou preocupada.

Estou bem obrigada! Não foi nada grave não — respondi constrangida por fazer todo esse reboliço e segui para o depósito.

Alexandre me fez mil perguntas, se eu tinha realmente a capacidade de voltar as atividades, jamais deixaria ele sozinho nessa empreitada, fiquei persistentemente.

Olhar seu jeito de andar, suas mãos leves passando de garrafa em garrafa, adoraria ser uma garrafa daquelas, ficar ao lado dele mesmo que seja só a trabalho me faz bem.

Vamos voltar ao trabalho e não quero ser incomodado — ele exigiu.

Sim, Sr.! — Jennifer respondeu e se retirou, antes que ele a expulse de novo.

Fomos para o depósito de novo, trabalhamos e conversamos, coisa que nunca aconteceu entre nós, é bater papo, dessa vez correu tudo bem, trabalhamos o resto do dia sem nenhuma ocorrência, única ocorrência que eu desejaria no fundo da minha alma é que ele caísse em meus braços para poder amá-lo loucamente, mas isso não é possível. Saímos para casa e dentro do carro ele me advertiu para que eu me alimente bem amanhã antes de irmos para a outra loja, espero que ele não bata nessa tecla diariamente.

Amanhã mesmo horário no escritório ok? — ele ordenou.

Está bem seu Alexandre — concordei.

Ele deu um leve sorriso com o canto da boca, meu coração quase entrou em colapso, meus pensamentos fazem tantas coisas, realizam tantos desejos com esse homem, é uma pena ficar só nos pensamentos.

Vou te deixar em casa, me indica o caminho — falou sem mais conversa.

Não se faz necessário seu Alexandre — respondi.

Faz sim, nesses dias de trabalho fora da matriz te deixo na casa no fim do dia — falou e não me deu escolhas.

Como quiser — respondi com vergonha, não sei o que falar para esse homem.

Chegamos a minha casa, estou em dúvida se chamo ele para um café ou não, já que o dia evoluiu bastante comparado de ontem para trás.

Obrigada, o Sr. Quer descer e tomar um café? — convidei com meu coração quase pulando fora do peito com medo dele topar.

Não obrigado! Fica para uma próxima. — Ele me deu esperança de pelo menos um café numa próxima vez.

Ele me respondeu e pegou na minha perna respeitosamente, fiquei passada com essa reação dele.

Será que o gelo está derretendo dentro desse homem?” Pensei.

Tudo bem então! Obrigada! — agradeci quase tendo uma convulsão.

— Até amanhã! — murmurou meu gato dos olhos azuis.

Até! — respondi com aquela vontade de beijá-lo, de levá-lo a loucura, ele estava tão próximo que talvez até cederia um beijo. Ou não.

Entrei em casa saltitante e os curiosos Willy e Jéssica já vieram ao meu encontro fazendo mil perguntas:

E aí? Como foi? — perguntou Willy.

Ele olhou para você pelo menos? — perguntou Jéssica.

Calma gente, de vagar, vou contar tudo o que aconteceu hoje — respondi aos dois.

Quando cheguei lá ele me olhou e ficou parado me olhando por alguns segundos, mas nem bom dia ele me deu, mas me comia com os olhos, aí fomos para a loja 09 que fica em Milheirós e quando começamos os trabalhos eu comecei a passar mal, estava muito calor, ai desmaiei, ele saiu correndo me socorrer chamou ambulância e tudo...

Como assim desmaiou, se você tivesse trepado com ele eu diria que você estava grávida, então, porque desmaiou se isso não aconteceu? — perguntou Jéssica.

Eu fiquei muitas horas sem comer e no depósito estava muito quente, não tinha ar condicionado, por isso desmaiei, ele me socorreu e ficou comigo o tempo todo no hospital e me levou para almoçar depois, na volta para casa ele me disse que assustei ele, e quando chegamos aqui no portão de casa eu perguntei se ele queria descer e tomar um café e ele se recusou e disse numa próxima vez pegando na minha perna, nem nos meus melhores sonhos eu pude imaginar ele fazendo isso, fiquei nas nuvens — respondi à Jéssica, enquanto o Willy estava com a cara totalmente paralisada pela situação, ele sabe que isso é literalmente uma novidade.

Hã? Veio trazer na porta da casa? — murmurou Willy se arreganhando num sorriso após voltar ao normal.

Sim, ele disse que iria me trazer a semana toda enquanto estivesse em balanço, porque é cansativo e longe, então se ele já tem que voltar para cá aproveita e me deixa em casa — respondi Willy que já estava rindo feito louco.

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