Yuri se sentia estranho, faltava alguma coisa.- Quanto tempo fiquei naquele hospital? Eu não consigo me lembrar do acidente e nem de antes dele, a última lembrança que tenho foi da viagem para de Londres para cá.- Não se lembra de nada mesmo? Nem de ninguém? O tenente perguntou curioso.- Eu...Nesta hora a Imperatriz bateu na porta e entrou com uma bandeja com suco e biscoitos.- Yuri precisa descansar coma e descanse, mais tarde tenho uma surpresa para você.- Vou indo, deixarei você descansar, volto hoje para a província Leste e daqui a quinze dias toda a tropa terá vindo de lá.- Está certo, obrigado por ter vindo. Yuri agradeceu.Quando o tenente desceu as escadas deu de cara com Meilin que estava chegando com um monte de malas que mais pareciam uma mudança. Ele apenas a cumprimentou e saiu.“Então essa era a surpresa” ele pensou, se lembrado das palavras da imperatriz e também do imperador aquele dia no hospital, “pobre Rosana”.Ele sentiu pena pelo amigo também, ele e Yuri er
Se passaram alguns dias e tudo estava pronto para as eleições do parlamento da província Leste. Restavam poucos soldados da província Oeste, a maioria já havia voltado. Um dos candidatos ao parlamento era o homem que Yuri e seus soldados salvaram quando sua mulher foi sequestrada pelos guerrilheiros, ele se comprometeu em cuidar de Rosana, quando soube do acidente com Yuri, era o mínimo que ele podia fazer.- Tenente não se preocupe eu e minha família cuidaremos da senhorita Rosana, ela é como da família para nós.- Obrigado, espero que ganhe a vaga e que reconstrua sua província, qualquer coisa estaremos lá, não hesite em nos procurar.- Obrigado, darei a Rosana um emprego na creche ela é muito dedicada, espero que o marechal se recupere rapidamente.- Também espero. O tenente respondeu, pensando que isso precisava realmente acontecer logo ou seria melhor, então, que ele não recordasse de nada caso as coisas chegassem no ponto que já não dava mais para voltar atrás.Dois dias depois
Quando Yuri passou pela fronteira entre a província Leste e a Oeste, ele teve a impressão de já ter estadão lá, ele sabia que sim, mas não conseguia recordar, era mais um sentimento como um “dejavi”.Conforme iam adentrando na província Leste podia-se notar nas feições de Meilin que ela reprovava o lugar. Pararam para comer em um pequeno restaurante à beira da estrada, ainda estavam longe da capital, ao se sentar a mesa ela correu os olhos pelo lugar.- O que vocês vão querer? Um senhor simpático veio atendê-los.- Traga-nos o cardápio. Ela disse sem cerimônia.Yuri e o tenente se entre olharam.- Para mim o prato do dia, por favor. Yuri disse.- Para mim também. Completou o outro.- Está certo. Disse o senhor.Ele entrou e logo em seguida trouxe o simples cardápio e a louça para as refeições de Yuri e o tenente.Ela olhava a pequena folha em sua mão, mas não decidia por nada.O senhor esperou até que avisaram que as comidas dos rapazes já estavam prontas, ele foi busca-las deixando M
- Sim. Ela respondeu se afastando dele.Na posse Yuri já estava impaciente esperando Meilin se arrumar, quando desceu ela vestia um vestido vermelho de veludo com detalhes dourados, como uma rainha, estava bonita, mas Yuri achou demais.- Vamos ou chegaremos atrasados. Ele disse a apressando.Rosana estava no fundo entre a multidão, ansiosa, esperava para o grande momento a população via naquele momento um marco para uma nova vida com esperança e liberdade. Ela se colocou um pouco afastada e de longe consegui a ver o palco onde os parlamentares subiriam para a solenidade.Não muito tempo depois, um homem bem vestido começou as apresentações e pessoas importantes começaram a se sentar à uma mesa que estava no palco, quando chamaram por Yuri ele apareceu de mãos dadas com Meilin.O coração de Rosana parou de súbito, ela não conseguiu nem desviar o olhar.Quando Yuri se sentou à mesa e correu os olhos pela multidão ele encontrou os olhos da moça que estava na calçada no dia que chegaram
Rosana se assustou ao ver Yuri a sua frente com um olhar admirado como se estivesse surpreso em vê-la, acontece que ela tinha a mesma surpresa, mas mais surpresa ela ficou ao ouvir a voz de Meilin. Ela nem pensou, passou a mão no bilhete tirando-o das mãos de dele, ela não queria ser vista por Meilin. Yuri frustrado ficou olhando o trem partir, sentia ainda, em seus dedos, o suave toque da delicada mão da jovem que esbarrou nele, “o que faria agora”? “Será que ela está indo a passeio ou está indo sem volta”? Enquanto pensava seu coração palpitava aflito “e se ela não voltar”? Ele saiu deixando Meilin onde estava andou depressa até o guichê perguntando para onde estava indo o trem. - Ele está indo para Pyangin. O homem respondeu. - Yuri o que está fazendo? Meilin chegou afobada perguntando. - Nada vamos, ainda temos coisas para fazer, partiremos amanhã. O tenente de longe observava Yuri, “ a memória dele pode até não se lembrar de Rosana, mas seu coração parece nunca tê-la esquec
Durante o jantar Meilin tentou o seu melhor para estabelecer uma conversa mais intima com Yuri, ela percebeu os olhares sobre os dois e ela gostou disso, Yuri também percebeu e não se sentiu muito à vontade, mas ele não pretendia voltar a província Leste, afinal agora estavam livres ele já não era mais necessário.Ao sair do restaurante Meilin reclamou do frio passando as mãos nos braços que estavam nus, Yuri tirou sua jaqueta e colocou sobre os ombros dela.O movimento dele fez com que seu perfume chegasse as narinas da mulher que sentiu seu corpo esquentar pensando em como seria estar intimamente nos braços de Yuri, suas bochechas esquentaram e Yuri percebeu seu rubor, deixando-o constrangido pela mulher.Rosana estava sentada olhando pela janela, um rapaz se sentou ao seu lado.-Está indo para Pyangin?- Sim. Ela respondeu.- Parentes lá?- Não.- Tem uma pensão muito boa lá, fica no começo da cidade, que não é muito grande. A dona é uma senhora muito simpática. Tome o cartão, cheg
Rosana chegou a pensão e foi muito bem recebida, principalmente quando disse que Park a havia recomendado.- Ah, ele é um excelente rapaz, você teve sorte de encontra-lo.- A senhora o conhece?- Sim desde menino, ele viaja muito com o emprego que tem agora, mas sempre que pode vem me visitar, é um bom rapaz. Tem namorado Rosana?- Não senhora. Ela ficou na dúvida sobre o que dizer, mas decidiu dizer que não afinal, Yuri agora era um passado distante.- Park é um excelente partido.Rosana corou, procurando mudar de assunto.- Preciso de um emprego.- Hum, quase não saio mais de casa, tenho muitas tarefas na pensão, mas você pode ir e dizer que está aqui comigo vai te ajudar.- Obrigada, posso ajuda-la e depois eu vou dar uma volta na cidade para procurar o emprego.- Você deveria descansar, vou te dar um quarto ao lado do meu.- Estou bem, o que a senhora precise que eu faça?Rosana ficou ali ajudando a senhora nos fazeres na pensão e na cozinha, depois ela foi até a cidade com a reco
Em dois dias o palácio estava um caos, muita gente andando de um lado para outro a imperatriz gritando com um e com outro. Meilin estava sumida se arrumando “tenho que ser a mais bela do baile, hoje Yuri não poderá me resistir”. Ela havia mandado trazer seu vestido do estrangeiro, passou o dia fazendo massagens e arrumando os cabelos. Yuri e seu pai tomaram o café no jardim e de longe viam a correria dentro do palácio. Alguns convidados também começaram a chegar, os mais íntimos que tinham vindo de longe. - Ei pai vamos dar uma volta? Yuri disse ao pai. - Gostaria, mas temos que ficar aqui fazendo sala aos convidados. Os dois se olharam e riram, realmente eram parecidos o desanimo estava estampado no rosto dos dois. Em Pyangin Rosana estava indo muito bem, trabalhando não tinha muito tempo para pensar nas coisas que lhe haviam acontecido. A noite as vezes perdia o sono e pensava em Yuri em como ele devia estar, mas logo se recordava da imagem dele chegando no palco com Meilin ao