Raoni se sentiu pressionado e injustiçado. - Fiz o que você me pediu, tirei aquela selvagem de dentro do palácio sabe quanto arrisquei para isso? - É verdade, com a ajuda de meus homens, mais toda a logística que te forneci, já cumpri com minha parte do acordo, não investirei anos de trabalho e meu pessoal numa briga pessoal sua. - Você vai pular fora agora? Raoni disse com raiva. - Oras o que posso te dar é mais um carregamento de armas e munições, mas não disponho de pessoal para morrer na sua guerra e tenho dito! Em consideração a você darei o carregamento, você pode ir agora que meus homens te levarão até ele e você pode leva-lo para onde você quiser. Akira disse isso, colocando um pouco de vinho na taça. Agora você pode ir, tenho outros assuntos importantes para tratar. Ele girou a taça e bebeu do vinho sem nem olhar para o homem que estava a sua frente muito irritado. Raoni saiu e não disse nada ao outro que não parecia se importar com seus infortúnios. No caminho com aque
O que Raoni não contava era que Yuri estava ganhando tempo para outro regimento que estava naquele momento tomando a capital. Quem também estava aproveitando seu tempo era Rosana, que andava pela casa de Akira procurando uma porta, janela ou oportunidade para fugir, uma coisa que a preocupava era, se por ventura ela conseguisse fugir, Akira poderia a vir castigar Sufei. No palácio o imperador andava muito nervoso, ele tinha notícias de Yuri, sabia que logo ele retornaria e ele não sabia do paradeiro de Rosana e nem o que havia acontecido com ela. Quando soube que ela poderia estar na capital administrativa, da província, ele enviou seus homens de confiança para encontrá-la, até aquele momento nenhuma novidade. Na província Leste o dia amanhecia e Raoni não encontrava seus homens, ficaram apenas cinco o restante havia sumido, outros foram encontrados mortos em armadilhas, cada armadilha que ele encontrava ele mal dizia e xingava Yuri. Ele havia perdido seu efetivo, estava muito irr
Raoni se hospedou em um pequeno hotel à beira da estrada, ele deu uma olhada para as manchas escuras na parede e torceu o nariz por causa do cheiro forte de mofo, ao sentar na cama teve a sensação que parecia que alguém acabara de sair dali, podia até sentir o cheiro. Ele se encostou em uma poltrona velha e ali mesmo passou a noite. Rosana estava andando pela casa, abrindo as portas dos cômodos e entrando para tentar pelo menos uma janela que ela pudesse sair, ela tinha pressa, a qualquer momento Akira podia chegar e da última vez as coisas não foram muito amistosas entre eles. Depois que Raoni deixou o navio, Akira passou a noite ali mesmo, mas antes de voltar para casa ele aproveitou para verificar seus negócios quando voltasse não queria nenhum tipo de surpresa, ia se dedicar a Rosana “preciso ir um pouco mais devagar, ganhar sua confiança”, ele pensou, enquanto olhava os reflexos das luzes do porto nas aguas calmas do mar. Sufei, havia se apaixonado por Akira, mas os constantes
O homem correu atrás de mais dois vigias que estavam nos fundos da propriedade. Raoni caminha até a porta do banheiro. Toc, Toc. – Abra Rosana! Vamos poupar trabalho? Hum? Se colaborar posso ser bonzinho com você! Nesta hora ele riu alto. Ele mexeu na maçaneta da porta do banheiro, estava trancada. - Não adianta correr estou decidido te levar! Ele disse batendo com o ombro contra a porta. Ele tenta uma, duas vezes na terceira a porta se abre, Rosana grita. No piso de baixo os três vigias entram na casa, um deles encontra Sufei e vai socorre-la. –Subam! - Acorde Sufei! Ele disse tocando seu rosto com tristeza. Ela abre os olhos, seu rosto estava queimando e sua cabeça doía. - Não se preocupe estou aqui. Ele disse isso pegando-a no colo e levando-a para o escritório que ficava ali perto, ele a deitou no sofá fique quietinha aqui vou ajudar os outros não saia daqui eu voltarei. Quando Raoni ouviu o barulho dos homens subindo, ele entrou no banheiro e a arrastou para fora, com vio
Raoni dirigiu a noite toda, quando estava amanhecendo ele parou em uma pequena barraca a beira da estrada e comprou um pacote de biscoitos colocando-os nas mãos de Rosana. – Coma! - Não estou com fome. Ela disse. - Tanto faz, daqui para frente não terá nada para comer será só mato até sua província xexelenta. Ele deu partida no carro seguindo por uma estrada que adentrava uma mata. Rosana sentia seu coração palpitar, estava sozinha com aquele louco no meio do nada, se ela escapasse dele para onde iria? Se ele a alcançasse o que poderia fazer com ela? Eles seguiram mata adentro, a estrada era esburacada, Rosana estava com o corpo dolorido de bater contra o banco duro. Viajaram a noite e ela não sabia onde estava, apenas sabia que estavam indo para sua Província, ao pensar nisso então, ela entendeu que Raoni a estava usando como isca para atrair Yuri, com a confusão e o medo ela não havia pensado nisso, “preciso dar um jeito de fugir” ela pensou prestando atenção na estrada. Akira
Yuri não pensou em mais nada, saiu rápido para o carro que já havia preparado. - Senhor espere! Irei com o senhor. Disse Shong. - Não! Preciso que fique aqui e mantenha tudo como está, precisamos deixar as coisas aqui organizadas para partirmos, esta guerra já demorou demais. Yuri disse isso entrando no carro, assim que se despediu deu partida e seguiu sozinho. Na casa de Akira, Sufei acordou e viu Hao ao seu lado. - Como você está? Ele perguntou a ela, ajudando-a se sentar. - Estou bem, a quanto tempo estou dormindo? Ela perguntou confusa. - Uma noite e um dia. Ele disse. - O que aconteceu afinal? Ela perguntou. - Não fale muito, vou pegar algo para você comer e te conto tudo quando voltar. Ele disse se levantando, para ir a cozinha. No trajeto ele ia pensando “ela deve estar preocupada com Akira” ele sentiu ciúme. Na cozinha ele pegou o mingal que uma cozinheira havia preparado, ajeitou uns bolinhos na bandeja e um pouco e agua morna para ela. - Coma, você precisa se alimen
Yuri sentiu uma raiva tomar conta de seu coração ao ver o pavor nos olhos de Rosana. - E você Yuri, um cara tão centrado, colocando em risco toda uma província por causa de uma aldeã morta de fome? Raoni disse sendo sarcástico. - Você é ainda pior do que pensei. Yuri disse a ele com desprezo. - Não importa o que você pensa, solte a arma ou faço os miolos dela decorarem as paredes, não tenho nada a perder, você me tirou tudo. Ele disse balançando a arma em um gesto para que Yuri jogasse a arma para o lado. - Não te tirei nada! Sua ambição fez você jogar tudo fora, você cavou sua própria cova. Yuri disse deslizando a arma para longe. - Você é mesmo um idiota, você acha que vou deixar você e essa vagabunda saírem vivos hoje? Você é mesmo um incompetente eu a roubei de dentro da sua casa, debaixo das barbas do seu velho. Soube dias antes que ela havia ficado presa do lado de fora e quase morreu congelada, você consegue cuidar de uma província, quando você não consegue nem cuidar da su
Lá dentro estava Yuri em pé olhando para akira que apontava a arma para o corpo de Raoni. Ao ouvir o grito de Rosana, Yuri e Akira olharam para a porta, Rosana estava em pé pálida, neste momento Yuri correu até ela pegando-a no ar antes que pudesse cair ao chão. Akira atirou em Raoni. – Eu disse que você não sairia impune pela a audácia de invadir minha casa e ainda atirar em minha funcionária. Ele disse isso chutando a bota de Raoni, agora morto no chão. Yuri ia saindo com Rosana nos braços. - Ei, psiu. Onde você pensa que está indo com minha mulher nos braços. Akira chamou a tenção de Yuri. - Não seja idiota, você sabe que ela só disse aquelas coisas para me proteger. Yuri disse isso apontando a arma para Akira, se precisasse ele atiraria nele. - Como você pode garantir isso? Akira o questionou, parado onde estava vendo o sair. - Eu sei, mesmo que ela não queira, ainda assim, tenho direito sobre ela. Yuri disse e caminhou até o carro. - O que você quer dizer? Akira co