Nina,Augusto passa o dia comigo, falamos sobre o futuro e eu amei o acolhimento dele para com os meus pais, o médico está pretendendo me dar alta amanhã, espero que dê mesmo pois não aguento mais ficar no hospital.Assistimos a um filme e eu faço alguns exames, mamãe manda mensagem a todo instante para saber como estão as coisas.Dona Helena vem para passar a noite comigo, mas Augusto faz questão de ele mesmo ficar.— Tem certeza? Eu vou para casa e venho pela manhã então. — Ela fala e segura as mãos de Augusto.— Tenho mãe, preciso cuidar da minha mulher ao menos uma noite. — Ele argumenta.— Então vou deixa-los descansar e eu volto cedinho, beijos minhas crianças.A noite passa em um piscar de olhos e mesmo tendo uma cama para o acompanhante eu e Augusto dormimos juntos no meu leito de paciente.Ouço uma batida suave na porta que é aberta logo em seguida, a enfermeira entra com a bandeja de medicação e sorri pequeno ao nos ver abraçados.— Por recomendações administrativas da unida
Nina, Chegamos ao apartamento e mamae já está me esperando ansiosa, uma mesa de café está posta e eu me sirvo sorridente, já não aguentava mais a dieta hospitalar.— Oh minha filha, como me alegra tê-la de volta em casa. — Papai fala e me dá um beijo nos cabelos.— Me alegra também… — falo e sinto algo ruim com a palavra alegre, como posso estar alegre se perdi o meu filho? Dona Helena nota minha mudança, e rapidamente pede que eu termine o café e suba para repousar.— Você não está bem, precisa comer e deitar. Foram as recomendações! — ela fala e eu assinto.Termino de me alimentar e subo pra o meu novo quarto com o auxílio de Augusto e acompanhanda de minha mãe e minha sogra.De fato é amplo e bonito, mamãe colocou minhas coisas no mesmo quarto de Augusto, sorrio pequeno e tímida.— Juntado com fé, casado é! — Mamãe fala sorrindo.— E depois que tudo se organizar, vocês podem fazer a cerimônia, essa é apenas uma medida de emergência. — Dona Helena complementa.As duas corujas saem
Nina,Estou vivendo dias de paz, e apesar de tudo estou feliz, a minha vida com Augusto está maravilhosa.Dona Helena já deixou claro que na semana que vem início no haras, inclusive meus pais também vão trabalhar lá, já estão organizando a casinha que vão morar.Mamãe está bem feliz, ela já não está aguentando ficar na cidade, as nossas vidas sempre foi na fazenda, por hora ficarei aqui, mas futuramente quero conversar com Augusto sobre sair da cidade.— Pronta? — Mamãe pergunta entrando no quarto.— Pronta! — Levanto e ajusto meu cinto.— Dona Helena está nos esperando, ela está chamando isso de dia das meninas, vê se pode!Rio divertida da colocação de mamãe, iremos as três fazer compras para o casamento de Nicole, eu já tenho meu figurino uma vez que sou madrinha, mas é claro que não perderia esse momento por nada.Saímos às três e passeamos por diversas lojas, paramos em uma cafeteria e tomamos um capuccino, fofocamos e sorrimos, logo após o casamento de Nicole, minha sogra ret
Augusto,Saio do escritório da fazenda que fica no centro de Goiânia, Nina vem em meus pensamentos e um desejo de lhe fazer uma surpresa toma conta do meu coração.Abro a central de câmera lá para ver se ela está em casa, ela, mamãe e minha sogra iam as compras hoje, o que me deixa feliz, pois assim Nina vai voltando a rotina e superando mais rápido nossa perda.Abro as imagens em meu celular e o que eu vejo me tira o chão, Vitória e mamãe estão rolando pelo chão do apartamento entre tapas e puxões de cabelo, mudo de câmera procurando por Nina e a vejo descer as escadas.Acelero a camionete, preciso chegar rapidamente em casa, não sei quais as intenções de Vitória indo até lá, mas certamente não são as melhores.Entre um semáforo e outro, olho as câmeras para ver em que pé está aquela confusão, mas vejo que não consigo chegar a tempo, Vitória está armada e ainda falta muito para que eu chegue.Ligo para a polícia e peço uma viatura, depois aviso dona Marília e então ando o mais rápido
Nina,Acordo assustada, uma equipe avalia meus batimentos cardíacos e pressão arterial, meus olhos estão abertos, respondo aos estímulos, contudo minha mente está vagando em outra dimensão.Vagarosamente vou recobrando minha ciência, olho em volta e vejo Vitória sendo levada em uma maca.— Nós nunca vamos ter paz? Já não aguento mais! — Falo olhando para Augusto que vem em minha direção.— Eu prometo que vamos! — Ele fala.Augusto senta ao meu lado e me abraça, a equipe passa recomendações a minha mãe e me libera, pedindo apenas um acompanhamento psicológico.— Vocês precisam ir até a delegacia prestar depoimento. — Um policial indica.— Estamos aguardando o nosso advogado, seguiremos assim que ele chegar. — Augusto informa.O policial sai e dona Helena me abraça do outro lado, mamãe se abaixa em minha frente.— Vocês está bem minha menina? — Mamãe pergunta.— Estou sim! E Vitória? E o bebê? Alguém avisou o avô dela? ou seu Jorge? — Pergunto realmente preocupada.— Seu coração vale ou
Nina,É engraçado como a vida nos prega peças, num dia tudo e flores e no outro vira um pesadelo, semana passada eu perdi meu bebê, dois dias atrás um anjinho perdeu sua mãe, acho que o destino pode estar querendo me ensinar algo.— Augusto, podemos adotar o bebê? — Pergunto enquanto passo manteiga numa torrada.— Amor, não penso que essa criança nos trará boas lembranças, podemos adotar outra se for do seu interesse ou então podemos fazer um nosso.— Eu não quero outro bebê, eu quero esse... algo em mim diz que nossos destinos estão cruzados há muito tempo. — Respondo olhando séria para Augusto.— Vocês estão esquecendo de um detalhe importante, essa criança tem um pai! — minha sogra fala e todos nós voltamos a atenção para ela.— Isso é verdade, por hora todos os direitos são dele. — Papai responde e passa o guardanapo na boca.— Resta saber quem é o pai da criança. — Mamãe complementa.— Eu tenho quase certeza de que sei... — Augusto fala e todos nós olhamos para ele — vou hoje mes
Augusto,Nina decidiu que quer adotar o filho de Vitória, eu na realidade não concordo e não por ser filho daquela louca e sim por medo do que as lembranças podem causar, mas se ela está decidida eu vou apoia-la.Passo no escritório atualizo as obrigações diárias, deixo algumas recomendações com a secretária e então saio para encontrar o amante da Vitória.Passo no clube que eles frequentavam mas não encontro, converso com algumas pessoas e então uma moça me diz onde posso encontra-lo.— Augusto! É esse seu nome, né? — A moça pergunta quando já estou saindo.— Sim! — Respondo seco.— A Vitória, o que aconteceu com ela? Por está atrás dele? — Ela pergunta claramente preocupada.— Ela faleceu há alguns dias... — O rosto da moça se transforma em desespero assim que ouve.— E o bebê? — Ela pergunta aflita.Nesse instante eu vejo que ela não é só uma pessoa qualquer, ela é íntima de Vitória e sabe muito sobre tudo isso. Volto dois passos ficando próximo a ela novamente.— O que você é da V
Nina,Estou feliz que as coisas estejam caminhando de acordo com o planejado, se tudo der certo em poucos dias meu filho estará comigo, o advogado da família Barros já está cuidando de toda parte burocrática.Jorge tem se aproximado de Augusto que ainda oferece alguma resistência, mas sei que em breve ele cederá totalmente.Hoje é o casamento de Nicole e Fabrício, estou ansiosa, daqui a pouco o carro vem me buscar para ir ao SPA onde a noiva e as madrinhas serão arrumadas.— O próximo será o nosso! — Augusto fala beijando minha testa.— Já somos praticamente casados. — Falo abraçando-o.— Quero casar com você dentro de tudo que exige o figurino. — Augusto fala e eu me emociono.O carro chega e eu me despeço, sinto um frio na barriga e em minha mente os últimos acontecimentos vão sendo repassado seguidos de reflexões, agradeço por todo aprendizado que todas as situações me trouxeram, uma vez superadas não há porque reclamar.— Estou tão ansiosa! — Nicole fala vindo me abraçar.— Já de