Augusto,Faz uma semana que deixei Nina no aeroporto, meu coração sentiu um aperto inigualável, a véspera da sua partida foi uma noite especial, admito que lutei contra mim mesmo para não dar espaço aos desejos do meu corpo, não quis causar um conflito na despedida dela.Mamãe me ligou informando que já buscou Nina no aeroporto e que está com ela no meu restaurante favorito, sorri pequeno ao ouvir ela confirmar o quão linda e educada Nina é e que eu tinha razão, como eu queria ser eu a apresentar tudo para ela.Na fazenda, papai segue empenhado em me comprometer com Vitória, reluto pois ela não é o meu tipo de mulher, não consigo lidar com a arrogância e prepotência de menina mimada que ela tem.Tiro paciência do além para suportar as visitas diárias da Vitória e sua chatice fútil, ela reclama de absolutamente tudo, de certo ela acha que vou me trancar em um apartamento na cidade só para satisfazer os mimos dela, tá querendo se amarrar no homem errado.— Estive conversando com João, e
Augusto,Acordo com o tinir de aparelhos hospitalares, olho em volta e as paredes brancas me doem as vistas, papai está sentado na poltrona de visitas e se levanta rapidamente ao me ver desperto.— O que houve? — Pergunto confuso e sentindo dores.— Você se envolveu em um acidente essa madrugada, que irresponsabilidade a sua, onde já se viu beber e dirigir? — Ele da uma bronca mas sua voz é de preocupação.— Papai... — começo a falar, mas somos interrompidos pela chegada do médico.Um homem alto, magro, com óculos e uma prancheta na mão se aproxima acompanhado de uma jovem enfermeira, ambos nos cumprimentam eu apenas aceno com a cabeça e dou um sorriso pálido.O médico passa toda ficha para o meu pai e explica que por muito pouco não fico paraplégico, ouvir isso foi um choque, eu não devia ter bebido tanto.— Está vendo o que sua imaturidade fez? você não é um jovenzinho de 18 anos não, você já tem quase 30, pare de agir feito um adolescente e comece a ter modos de homem — Jorge fala
Augusto,Acordo pela manhã com os primeiros raios de sol, dona Marília traz meus desjejum na cama, ela me dá os comprimidos e me ajuda a sentar e coloca a bandeja em meu colo.— E a Nina, está gostando do Texas? — pergunto receoso.— Ela está amando, essa especialização é muito importante para ela, sou muito grata ao senhor Barros por tudo que ele faz pela minha menina. — Ela responde toda orgulhosa.— Fico feliz por ela, Nina é muito esforçada tem um futuro incrível pela frente. — Sou sincero.— É, tem sim... desde novinha sempre foi garrada nos livros, esforçada e dedicada aos estudos e a carreira, nunca me deu trabalho— Ela fala saudosa.— Dona Marília, eu sei que fui um babaca com a Nina, não sei bem o que aconteceu comigo... peço que a senhora me perdoe, nunca foi minha intenção machucar o coração dela. — Peço com sinceridade.— São águas passadas, vocês já se acertaram então não tenho o porquê de ficar chateada. — Ela responde e me faz um cafuné— Qualquer coisa pode me chamar, v
Augusto,Dez dias passaram rápido, não Vitória veio me visitar sem falhar uma única vez, minha recuperação discorreu dentro do esperado e eu já estou de volta a minha rotina normal.A fazenda está uma agitação só, Vitória mesmo em um tempo curto organizou um jantar extravagante. Convidou todos da redondeza para esse noivado, eu preferia algo mais discreto, porém deixei que ela fizesse ao gosto dela.Estou tão agitado que ando de um lado para o outro no quarto, se o noivado está assim imagina no casamento, isso sendo uma união sem amor, imagino como deve ser gostosa essa adrenalina quando é com a pessoa que a gente ama.— Vamos, os convidados já estão chegando! — Papai me chama e descemos juntos para a sala.Não demora até que Vitória e seu avô cheguem, ela me cumprimenta com um selinho e fica ao meu lado, pouco a pouco os convidados vão chegando e a quantidade de pessoas me causa um certo incomodo, começo a acreditar que nem caibam todos dentro de casa.— Parabéns meu querido, pelo b
Nina,A saudade de casa e da fazenda estão gritando em meu peito, porém os últimos acontecimentos dão conta de que a melhor coisa que poderia ter acontecido foi sim eu vir para cá, não sei se eu iria suportar ver Augusto noivar com Vitória, poderia seu qualquer uma exceto ela.Desde que eu vim, muita coisa tem acontecido por lá, Nicole me contou que Vanessa foi mandada embora, isso é uma surpresa para mim. O estranho disso é que ela não sabe o assunto e minha mãe não quis me contar, quando eu chegar de volta vou querer saber "Tim Tim por Tim Tim".Na última ligação que fiz para casa, minha mãe estava quase louca com a movimentação de gente organizando o noivado, ao que parece será uma festa de arromba, exagerada tanto quanto a noiva.Me dou conta dos níveis de pensamentos que ando tendo e me repreendo por eles, coisa feia ficar pensando mal dos outros. A melhor coisa que faço é viver, um dia eu ganho um espaço na lista celestial e sou agraciada com um amor desses de cinema.Desço para
Nina,A saudade de casa e da fazenda estão gritando em meu peito, porém os últimos acontecimentos dão conta de que a melhor coisa que poderia ter acontecido foi sim eu vir para cá, não sei se eu iria suportar ver Augusto noivar com Vitória, poderia seu qualquer uma exceto ela.Desde que eu vim, muita coisa tem acontecido por lá, Nicole me contou que Vanessa foi mandada embora, isso é uma surpresa para mim. O estranho disso é que ela não sabe o assunto e minha mãe não quis me contar, quando eu chegar de volta vou querer saber "Tim Tim por Tim Tim".Na última ligação que fiz para casa, minha mãe estava quase louca com a movimentação de gente organizando o noivado, ao que parece será uma festa de arromba, exagerada tanto quanto a noiva.Me dou conta dos níveis de pensamentos que ando tendo e me repreendo por eles, coisa feia ficar pensando mal dos outros. A melhor coisa que faço é viver, um dia eu ganho um espaço na lista celestial e sou agraciada com um amor desses de cinema.Desço para
Augusto,Vitória tem tornado meus dias difíceis, começou a falar que devíamos morar em Goiânia, que eu posso ficar no escritório da fazenda por lá e que é melhor, o que ela não entende é que eu quero e eu gosto da fazenda.— Está um charme meu peão! — Vitória fala alisando meu peitoral.— Você também está bonita, vamos? — falo colocando meu chapéu.Vamos em uma exposição de fazendas, Vitória está muito animada, estarão os maiores fazendeiros da região.Cumprimentamos alguns conhecidos, e somos guiados até nossa mesa, o evento está lindo e muito bem organizado, somente as melhores fazendas estão presentes.— Até que não é tão mequetrefe quanto imaginei que seria... — Vitória comenta com um meio sorriso.— Você fala como se não tivesse o sangue da roça correndo sob suas veias, até onde eu sei a sua família é desse ramo desde muito antes de você. — Minha voz soa mais rude do que eu gostaria e ela faz cara de birra.— Aí Augusto, não é porque eles vivem das terras que eu tenho de gostar!
Nina,Os dias no Texas são uma montanha russa de sentimentos, a saudade de casa está me matando mas o importante é que já se foi metade tô prazo, tenho aproveitado cada minuto de aprendizado e voltarei com uma bagagem acadêmica valiosa.Dona Helena me convidou para almoçar com ela hoje, no mesmo restaurante do dia que cheguei, aceitei, confesso que me sinto incomodada e como se tivesse tomando o tempo dela.Saio da especialização e encontro dona Helena me esperando na portaria, entro no carro e me assusto ao ver que hoje ela não trouxe motorista e nem o senhor Alfred.— Dia das meninas! — Dona Helena fala toda animada e me arranca um sorriso.— Vamos! — Abro a porta toda sorridente, ela tem idade para ser minha mãe mas age como se fosse da mesma idade que eu.Saímos animadas, falamos mal de alguns looks que encontramos pelo caminho e sorrimos de algumas situações, o restaurante é um pouco distante do centro de especialização.— Eu gosto tanto daqui, tenho ótimas recordações. — Dona He