Tentei não pensar que era um anel, mas senti meu coração bater descompassadamente. Desfiz o laço e retirei a pequena tampa, onde havia uma chave descansando sobre o veludo vermelho. Eu poderia dizer que fiquei um pouco decepcionada, mas não fiquei: era a chave de um carro.
Olhei-o procurando maiores explicações.
- Eu sei que você queria outro carro... Então eu comprei para você.
- Mas eu disse que compraria, Noah. Com o meu salário.
- Eu quis lhe dar de presente.
- E o que fez com meu outro carro?
- Mandei levar para a casa dos seus pais.
- Você fez o que? – perguntei imaginando não ter ouvido certo.
- Espero que não se importe. Não precisamos dele mesmo. E ainda é outro problema a menos para você. – ele sorriu.
- Noah, como eu pude deixar você ficar tanto tempo longe de mim?<
Fui até a porta do escritório dele e a abri lentamente, sem bater. Não sei exatamente o que eu esperava. Quando Noah me viu ficou surpreso. Ele estava sentado em sua cadeira e Antonella à sua frente. Ela me olhou e eu não tenho certeza do que os olhos dela revelavam. Tive ciúme, mas tentei me conter.- Meg... Que surpresa boa. – ele disse vindo até mim e pegando Mel do meu colo.- Você nos deu um susto hoje, minha querida. – ele falou com Mel, que já começava a balbuciar um “pa” quando o via, o que o deixava completamente rendido a ela.Enquanto eu não sabia exatamente como agir e estava meio cega de ciúme, ele parecia estar completamente à vontade.- Oi. – cumprimentei Antonella.- Oi. – ela respondeu secamente.Aquela mulher era absolutamente perfeita e conseguia acabar com a autoestima de qualquer pes
- O que você está fazendo aqui? – perguntei confusa e amedrontada.- Eu estava com saudade das minhas irmãs favoritas... Entrem.- Acho melhor não. – falei dando um passo para trás.- Você tem uma faca aí? – perguntou Martina nervosa.- Não... Por que eu teria uma faca? Como vocês me julgam mal. – ela riu. - Eu tenho uma arma... Na minha mão, atrás da porta.Senti meu coração bater mais forte e olhei imediatamente para Mel. Novamente minha filha estava em perigo por causa daquela louca. Até quando isso iria acontecer?Ela abriu a porta e entramos. Realmente ela tinha uma arma na mão. Eu não sabia se era verdadeira, muito menos se tinha balas. Nunca vi um revólver na frente em toda vida.- Sentem-se e fiquem a vontade. – ela disse indo até o bar e pegando um drinque.
Caminhando, mas como se não conseguisse sentir minhas próprias pernas, fui até eles e Axel estava por cima dela. E eu rezei, com uma fé que eu nunca tive, para que ela tivesse levado o tiro.Eu e Martina ficamos em estado de choque observando Axel levantar do chão, com sua roupa ensanguentada, completamente perturbado. Amanda estava ferida... Ou morta. Eu não sabia. Em questão de segundos, Noah estava do meu lado e alguns policiais armados entraram na casa.- Meg, você está bem? Responda...Eu queria responder, mas eu não conseguia pronunciar nenhuma palavra. Era como se tudo aquilo fosse um pesadelo e eu estivesse tentando acordar, mas não conseguia.Observei Axel abraçar Martina e os policiais correrem até Amanda. Depois eu senti os braços de Noah me tirando do chão... E tudo ficou completamente escuro.Quando
Eu estava envolvida com vários documentos da empresa Sweet M quando meu chefe entrou pela porta. Eu estava de costas e não o via, mas sentia o cheiro do perfume dele impregnando o ambiente.- Senhorita Miller? – ele chamou.Virei-me e ele me entregou um lindo cupcake decorado com pequenos corações coloridos.- Um chefe que se preocupa com o bem estar de seus funcionários... Gosto disso. – falei provando aquela delícia que estava entre os meus dedos.- O que achou?- Perfeito. Parece ainda melhor que os outros.- Este não fui eu que fiz... Mas dei o nome: Mel.- Noah... Isso é tão fofo.- Na verdade estava com os confeiteiros pensando em algo diferente para a festa da nossa filha. Então surgiu esta ideia. A massa é à base de frutas e mel.- Pelo visto você está se saindo muito bem nos doces tamb&eacut
Chegou o dia da festa de comemoração do primeiro aniversário de Mel. Eu estava nervosa e ansiosa ao mesmo tempo. Aquele era um momento muito especial para nós. Mel iluminava nossos dias e unia a todos nós. Era uma criança especial, que contagiava com sua alegria e sorrisos todos os dias. Já chamava por mamãe e papai e balbuciava algumas outras palavras, principalmente o nome de alguns alimentos. Ensaiava os primeiros passinhos também.Comprei um vestido lindo para ela. Ela não parecia uma princesa, ela realmente era uma princesa para nós.Os convidados começaram a chegar. Felizmente a decoração estava perfeitamente bem montada no jardim da casa de campo, que continuava sendo o local onde morávamos. Não pensei em outro lugar para comemorar a festa da nossa filha do que na casa que tanto amávamos. O dia estava ensolarado e com temperatura a
Estávamos todas sentadas na sala conforme meu pai pediu. Reunião em família. Não costumava ser muito comum, mas acontecida vez ou outra, geralmente para dar bronca. Com três filhas mulheres solteiras dentro de casa, nem sempre era tudo tranquilo. Ambas tínhamos personalidades diferentes e brigávamos por atenção o tempo todo. Então às vezes meu pai simplesmente "surtava" e dava uns gritos para acabar com as confusões. Mas naquele dia estava tudo bem... Não havia tido nenhuma discussão. Não que eu tenha visto. Eu estava de frente para meu pai, Pedro Miller. Minha mãe sentou-se ao lado dele. Eu não tinha certeza se ela sabia ou não do que se tratava aquela conversa. Michelle estava deitada numa poltrona, com as pernas para cima. Minha irmã mais velha sempre queria exclusividade e vida boa e aquilo me incomodava um pouco. Martina sentou-se ao meu lado, com
No sábado daquela semana, cedinho, meus pais partiram para Noriah Norte em busca da herança do nosso tio desconhecido, Lewis Miller. Eu estava feliz, mas só acreditaria quando visse todo o dinheiro em posse da nossa família.Assim que eles saíram, Martina anunciou:- Vou passar o final de semana na casa de Dex.- Eu avisei que não queria esta responsabilidade de cuidar de vocês. –disse Michelle. – Depois de nove meses você aparece grávida e ainda vou ser culpada.- Acha mesmo que eu sou boba? – perguntou Martina.- Sinceramente, acho. – disse Michelle dando de ombros e servindo café. – Vou voltar para cama.Fiquei olhando as duas discutirem. Servi um café com leite e comecei a beber, sentada na cadeira pouco confortável, dura e fria da cozinha. Michelle voltou para o quarto. Eu disse:- Ela pode ter razão...- No que? – perguntou Martina. – Acha também que eu sou boba?- Não... Só acho que você deve ser cuidar... Imagina e
Eu senti um pouco de dor de cabeça. Abri meus olhos e vi que estava deitada num sofá enorme e confortável, coberta por uma manta grossa e quente. Uma lareira com labaredas de fogo consumiam a lenha vorazmente, deixando o lugar agradável e aconchegante. Levantei a cabeça e olhei à minha volta, não vendo ninguém. O lugar era muito amplo. A sala era bonita e bem decorada e as janelas de vidro ocupavam todo o espaço das paredes em madeira de lei escuras. Tentei levantar e percebi que estava somente de calcinha e sutiã. Fiquei com medo e meu coração acelerou. O que estava acontecendo? Vi minhas roupas penduradas próximo do fogo e tentei me acalmar. Se alguém tivesse me sequestrado não seria cuidadoso para secar minhas roupas. Não vi minha mochila em nenhum lugar. Eu tinha roupas secas lá dentro. Logo vi um homem vindo na minha direção. Meu coração disparou instantaneamente, parecendo querer pular para fora do meu peito. Quem era aquele estranho? Ele sorriu, mostrando os dentes branco