Capítulo XXXIV
As minhas lágrimas não ajudavam de nada, não importava o quanto eu pedia para ela parar, ou se eu implorava, ela continuava.

— Deveria ter ficado fora do meu caminho! Te avisei que se o visse hoje me pagaria por ontem.

— Mas o papai que me encontrou. — choraminguei, torcendo para que ela ouvisse que eu não tinha ido até ele e parasse de me bater, mas isso nunca acontecia.

— Calado! Ou vai apanhar ainda mais! — a cinta de couro cortava o ar antes de acertar minhas costas e eu chorava ainda mais. — Você não deveria nem ter nascido, é uma pedra na minha vida, atrapalhando tudo!

Eu não entendia porque ela não gostava de mim, mães deveriam amar seus filhos, não é? Mas não sei o que essa palavra quer dizer, talvez meu pai me ame um pouco, ele quase nunca está aqui, tem sempre alguém que precisa da sua ajuda, por isso ele vive viajando.

Gosto quando os anciões me chamavam para as aulas sobre a nossa história, era o único jeito de passar mais tempo com meu pai e o mais longe dela.

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