O que diabos ele estava falando? Eu estava na porta, pronta para sair, segurando o lençol em volta do meu corpo e agora tinha ficado paralisada na porta.— Do que você está falando? O que quer dizer com meu pai me prometeu a algum cara? E o que é um Koschei?— Um Koschei não, o Koschei, só existe um e ele é imortal. Há várias lendas sobre ele, o chamam de sequestrador de esposas de heróis, são várias histórias contadas, mas era o que achávamos que fosse, apenas histórias. Algumas falam que ele é um esqueleto vivo que anda por aí caçando as esposas, outros dizem que ele é um ancião barbudo, que não pode ser morto. — Quanah parou por um momento e se sentou na cadeira a sua frente, enfiando as mãos nos fios desgrenhados. — Mas quando transamos aquela noite ele despertou, ele soube o que tinha acontecido quando quebramos a maldição e veio atrás de você.Voltei para dentro da casa e me aproximei dele, precisava saber mais de toda essa história e ia aproveitar enquanto ele estava me dando r
Encarar de tão perto, aquele que vinha causando os meus problemas, não era como eu havia esperado.Eu não conseguia vê-lo como a criatura que haviam pintado, ele controlava o submundo, os seres das trevas, tinha me atacado, mas o olhando ali parado a minha frente, tão calmo enquanto me esquadrinhava, que não parecia se encaixar no perfil. — Eu não sou sua, não pertenço a ninguém. — falei entre os dentes, querendo acabar com qualquer ideia errada que ele tivesse. Tinha o chamado aqui com um motivo e apenas isso.— Entendo. Você foi exposta a essa coisa do amor humano por toda sua vida e não compreende a grandeza do pertencer. — falou cheio de floreios, dando passos lentos a minha volta, me cercando como se eu fosse sua presa e eu não gostei nada daquilo.— Amor humano? — desenhei do que tinha dito. — E você, Koschei é o que?— Sou muitas coisas, precisaria de tempo para explicar tudo para você e sei que também quer saber toda a verdade que não estão te contando, mas não temos esse tem
Ela estava ali, em meus braços. Tudo ao nosso redor era destroços da pequena casa de madeira que eu mesmo tinha construído anos atrás, um refúgio, para onde eu fugia quando queria estar longe de tudo. Não existia mais cabana, mas ela ainda estava ali.Eu podia sentir seu coração batendo forte contra meu peito, minha mão cobrindo suas costas coberta apenas com aquele lençol ridículo.Ainda não conseguia acreditar que ela realmente tinha cometido aquela estupidez. Atrair aquele demônio pra cá, onde ela estava com a cabeça?Seu corpo estremeceu e me lembrou do que realmente importava naquele momento. Meu filho e ela!O medo tinha tomado meu corpo quando senti seu poder pulsar mais forte e soube que ela tinha atraído ele até lá.Não tinha ideia de que ela tinha explodido a casa, mas sabia que algo grande havia acontecido, nossa ligação me deixava sentir isso.Podia não admitir nunca na minha vida, mas quando vi a coisa falando com ela meu coração se apertou dentro do peito. Medo de que el
Acordei sobressaltada, o coração batendo a mil, meu corpo todo em estado de alerta. Mas então eu vi que ainda estava ali, a salvo no quarto dele, mais uma vez tinha tido aquele sonho, Quanah em sua forma de lobo, preso a uma armadilha, então eu era amarrada a um poste e colocada sobre as madeiras em chamas, que rapidamente queimavam meu corpo. — Assustada? — a voz grossa, e que eu estava começando a me acostumar me acertou através do quarto. Olhei em volta e tudo o que eu via era o breu do quarto, nenhum sinal de Quanah. Eu estava enlouquecendo ou ainda estava sonhando? — Pesadelo de novo, não é nem mais uma novidade. — murmurei ainda encarando o nada. — Onde você está? A porta do banheiro se abriu e Quanah saiu de lá, respondendo a minha pergunta. Ele com certeza tinha acabado de sair do banho, já que estava usando apenas uma toalha enrolada em sua cintura, seu peitoral tatuado ainda estava úmido, com algumas gotas escorrendo por seu peito e abdômen, e eu não consegui evitar q
Eu não consigo resistir a ela, deveria ter apenas ignorado sua proximidade e saído daquele quarto, a deixando sozinha, mas não aguentei e a segui. Ainda usando aquela toalha, que quase não serviria para esconder meu tesão por muito tempo. Segurei sua cintura e ela estremeceu quando envolvi meu braço a puxando para mais perto, seu corpo ficando preso entre o meu e a janela, ela não tinha para onde correr. Ergui minha mão livre e toquei seu rosto macio, contornando com os dedos aquelas sardas delicadas. — Sei que o lobo mau come melhor. — ela sussurrou me encarando sobre os cílios. Não sei como conseguia, mas ela era a mistura perfeita de anjo e demônio. — Você não tem medo do lobo mau, Bri? — ela apenas sacudiu negando com a cabeça, eu já podia sentir meu pau pulsando através da toalha, querendo estar dentro dela. — E o que você quer? Sua língua saiu e passeou pelo lábio, em uma carícia lenta e erótica. Porra, essa garota ia me matar. — Quero que me coma. — sua voz saiu por um
Eu podia escutar o coração dele batendo calmo, estávamos quase no mesmo compasso. Quanah usava a ponta dos dedos para desenhar traços irregulares em minhas costas e me arrepiar.Ainda não conseguia entender o que tinha acontecido ali, algo estava diferente, mas eu não sabia dizer o que era. Ou não queria me iludir e supor coisas que só iriam me ferir no futuro.Quanah queria me manter por perto e eu estava carente, era a única explicação para ficarmos nos arrastando daquele jeito um para o outro.— Não é por isso. — sua voz estava baixa e mais rouca que o normal e aquilo fez seu peito tremer. — Você sente a corrente elétrica que gira em torno de nós.— Isso não te impediu de me manter longe antes.Quanah inspirou fundo e seus dedos pararam o que estavam fazendo, sua mão quente parou ali apenas me segurando contra ele.Demorou tempo de mais, cheguei a pensar que ele não diria nada, quando ele finalmente abriu a boca para falar.— A mulher que me deu a luz, foi pra cama com meu pai apen
Depois de toda a loucura dos últimos dias eu não achei que fosse conseguir toda a ajuda, mas ali estavam elas, vovó Blanca, Agnes e Alice. Alguns ancestrais também estavam ali, mas eu duvidava pela cara deles que era para me ajudar, estava mais para me vigiar e se certificar de que eu conseguiria controlar meus poderes. Quanah estava ali, mesmo que fosse uma quarta de manhã e que ele provavelmente tinha várias coisas a resolver, já que a boate fechada estava lhe dando muito prejuízo. Mas ele tinha insistido em assistir ao meu primeiro treinamento. Peta, Seth e Flora também estavam ali, junto com outros lobisomens que eu não conhecia bem. — Vamos lá Bridget, tente usar um dos elementos, vamos começar com algo pequeno. — vovó Blanca falou de mantendo a um distância segura. — Sem pressão. — Quanah murmurou. Claro, sem pressão com todos ali me encarando em expectativa. Mas me concentrei e me forcei a usar o ar, tentar fazer uma corrente mais forte balançar as árvores. Nada acontec
Bridget estava evoluindo, estava aprendendo a controlar seus poderes, tomando o controle da magia que existia dentro dela. Mas com isso seu poder crescia a cada dia, parecia que quanto mais ela o dominava maior ele ficava. Isso não deveria ser um problema, ela se tornar a bruxa mais poderosa e que não precisava de um feitiço, bastava uma ordem e a coisa acontecia, porém eu era um dos poucos a pensar assim ai. As bruxas estavam em polvorosa, aquelas mulheres e homens podiam pensar que sabiam esconder bem o que estavam tramando, mas não sabiam, Peta e eu já tínhamos escutado conversas em que a palavra “ameaça” “sem controle” “perigo” eram relacionadas a Bridget e seu poder. E foi por isso que resolvemos colocar homens na cola deles vinte e quatro horas por dia, se eles estavam planejando algo contra ela saberíamos antes de tudo. Ainda não tínhamos conseguido descobrir quem era o pai dela ou seja, não sabíamos com quem iriamos lutar, eu estava realmente preocupado com o que estávamos